As Tecnologias de Informação na minha Vida Pessoal e Profissional



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As Tecnologias de Informação na minha Vida Pessoal e Profissional Foi na madrugada de 03 de Agosto de 1972, que nasceu uma linda menina, no Hospital de Faro, e deram-lhe o nome de Fernanda Maria. Essa menina foi morar para Montenegro para uma casa muito simples, no meio das estufas e pinheiros, mas não tinha água canalizada, nem luz eléctrica, o que dificultava muito a vida dos meus pais. Não ter frigorífico era o que dificultava mais, especialmente no verão, mas para além da agricultura o meu pai também pescava e assim, tínhamos alguma variedade na alimentação. Ao fim de dois anos e meio nasceu a minha irmã, e ainda veio dificultar mais a vida dos meus pais, devido às condições em que vivíamos. Mas com saúde e trabalho conseguimos viver com muita alegria e amor. Aos seis anos entrei para a escola primária, ia e vinha a pé, porque era perto de casa, e tinha a companhia de um vizinho, que também andava na minha sala. Mas aos sete anos os meus pais decidiram mudar de casa e de profissão, e então mudámos para as Ferreiras, mas as condições eram

as mesmas e lá tínhamos novamente o candeeiro a petróleo, sem frigorífico, televisão, só o rádio a pilhas. Anos mais tarde fomos viver para outra casa, mas já não era isolada e tínhamos vizinhos, o que era muito bom. Mas as condições eram as mesmas, mas estávamos mais contactáveis, porque a minha vizinha já tinha telefone. Algum tempo mais tarde o meu pai comprou uma televisão a bateria, ficámos muito contentes, mas tinha o inconveniente que só dava para alguns dias, e depois tinha que ser carregada. Adorava ver o Festival da Canção, as Misses de Portugal, o Um, Dois, Três, o Topo Gigio, e as novelas.

Ao fim de alguns anos chegou a electricidade, para nossa alegria, e aí veio o frigorífico, era tão bons termos gelados no Verão. Depois foi a televisão e a seguir o meu pai comprou uma bomba para tirar a água da cisterna e assim passámos a ter água em casa. Algum tempo depois veio a máquina de lavar, muito importante também, porque assim deixei de lavar a roupa no tanque. Comecei a trabalhar aos catorze anos, num supermercado, porque desisti da escola e no princípio estava na parte da fruta, pão e charcutaria. Nesta época as balanças ainda eram com os pesos e as máquinas registadoras eram enormes e tinham um teclado grande.

Os pedidos dos produtos frescos eram feitos através de telefone, os outros, era o meu chefe que levava por escrito e ia a Silves entregar ao armazém central, e alguns dias mais tarde é que o camião ia fazer a entrega. Anos mais tarde os meus pais compraram um apartamento, junto de habitações, transportes, supermercado, farmácia entre outros. Assim já tínhamos telefone, já comunicava com os meus amigos e com a família. Finalmente tínhamos uma casa com o mínimo de condições, fiquei muito feliz, e ajudei monetariamente com o que pude. Depois comecei a tirar a carta de condução, chumbei a primeira vez no código, mas não desisti, e passei à segunda vez. Com a condução foi bem mais fácil e passei logo. Continuei no mesmo trabalho, mas nesta altura já tinha havido algumas mudanças. Foi instalado o telefone com fax, e então assim já enviávamos os pedidos dos produtos através de fax. As balanças e as registadoras eram mais modernas, facilitava mais o nosso trabalho.

Ao fim de três anos o meu patrão abriu um supermercado em Vale de Lobo e convidou-me para ser chefe de secção e eu aceitei, a loja era maior do que aquelas que eu tinha trabalhado e era um desafio. Ao fim de algum tempo, começaram a instalar o computador e ficámos um pouco assustados com aquela tecnologia. E então, chegaram as registadoras novas com scanner, após uma pequena formação, começámos a trabalhar com o novo equipamento. Tornou-se muito mais fácil trabalhar, porque assim não tínhamos que marcar os produtos com a máquina de marcar, o que poupava tempo, o processo passou a ser feito com a entrada de todos os produtos no computador, na caixa registadora era só passar os produtos, através do código de barras. A fruta deixou de ser pesada na frutaria, mas sim na caixa registadora, porque as balanças estavam junto da caixa. Os inventários deixaram de ser escritos, o que levava quase uma semana, a contar e a escrever,

assim todos os produtos passaram a ser introduzidos e depois era só tirar as listagens. Os fins de caixa e de dia eram gravados em disquetes. Foi a primeira vez que trabalhei com um computador, mas só com esta finalidade e em casa não tinha. Comecei a namorar com o meu marido e como ele às vezes ia para Lisboa em trabalho, então para comunicarmos melhor, ofereceu-me um telemóvel, foi o Mimo da Alcatel. Foi e continua a ser muito útil, se deixasse de existir, iria ser muito difícil viver sem ele. Nesta fase da minha vida já tinha televisão no quarto com vídeo gravador, aparelhagem e o que era muito bom. Casei há 11 anos e fui morar para a minha casa, que tinha sido acabada de construir e que já tinha muito mais tecnologia, a televisão era maior, já tinha máquina de lavar loiça, entre outros Nesta altura as condições de vida eram muito melhores. Passado alguns anos inscrevi-me num curso de informática, para ficar com mais conhecimentos, visto nesta altura começar a haver mais interesse nessa área.

Aprendi um pouco de Word e Excel, e gostei bastante Quando engravidei, tive que ficar em casa de baixa, por ser uma gravidez de risco, e porque eu já tinha perdido um bebé e assim comprei um computador, para estar mais ocupada e treinar mais um pouco o que tinha aprendido no curso, mas como não tinha internet ao fim de algum tempo já estava cansada de fazer o mesmo. Depois de o meu filho nascer, voltei ao trabalho, mas ao fim de dois anos a situação financeira da empresa estava muito má e como apareceu uma proposta de trabalho despedi-me, foram vinte anos, custou-me um pouco, porque foi ali que praticamente cresci, em todas as áreas. Fui trabalhar para uma loja de cristais, artesanato e produtos em cortiça. Os pedidos da loja para o armazém também eram feitos através de computador. Ao fim de seis meses de contrato fui despedida, e entrei para o desemprego. Fiquei doente e entrei numa depressão muito grande, nunca tinha estado numa situação como aquela. O meu médico disse-me que eu tinha que me manter ocupada, então sugeriu que eu ligasse mais ao computador, para comunicar com outras pessoas. A partir de aí, comecei a utilizar o Messenger, o Hotmail, o Hi5, o Google, o Facebook e a fazer pesquisas.

Como estava desempregada, inscrevi-me em muitos cursos e em Setembro de 2008, entrei num Curso Efa de Massagista de Estética, com equivalência escolar ao 9ºano que teve a duração de quinze meses, e acabei com um Bom aproveitamento. Não foi fácil, houve muitos testes, tive que aprender todos os ossos e músculos do corpo humano, mas adorei a massagem e tudo o que se relaciona com o corpo Adorei o módulo, T.I.C. (Tecnologias da Informação e Comunicação), porque aprendi muito mais coisas acerca da Informática. E como era formanda de um curso Efa, tive a oportunidade de comprar um computador portátil, mais barato. Adorei porque assim podia levá-lo para todo o lado. Quando o curso acabou, não consegui encontrar emprego nessa área, então, inscrevi-me em vários cursos de 12ºano. Ao fim de alguns meses, fui chamada para este curso. Estou a gostar, tem muita matéria à base das novas Tecnologias, que para mim até à algum tempo atrás, não ligava e nem percebia, mas como no mundo já não vive sem isso, temos que nos habituar às novas mudanças. Sei que não vai ser fácil, mas como tudo na vida, temos que ter força de vontade e ter a mente aberta para novas ideias.

Reconheço que as novas Tecnologias mudaram bastante a minha vida. Todos os dias eu vou ao computador, coisa que há algum tempo atrás. eu não ligava, qualquer dúvida que eu tenho, vou à Net, como adoro viajar ando sempre a pesquisar os outros países, pesquiso os filmes do cinema vejo os trailers e já compro os bilhetes através da internet, coisa impensável à algum tempo atrás. Como me inscrevi na Biblioteca, estou sempre actualizada das novidades. Nunca tirei filmes nem músicas, talvez por nunca me ter feito falta, mas também porque não sei fazer isso. E também porque sei que é crime retirar coisas da internet indevidamente, devido aos direitos de autor e quem o faz incorre em crime que é punido por lei. Estes novos meios de comunicação tecnológicos vieram fazer com que as pessoas comunicassem mais, a toda a hora e todos os dias, como se fossemos todos vizinhos e o mundo muito pequeno. Nos dias de hoje já não é preciso irmos ao museu para vermos as obras de arte. Quando o curso acabar e se eu seguir esta área, vai ser uma ferramenta indispensável, para os relatórios, power point no caso de formação, emails para contactar clientes, Excel para tabelas entre outros.

E como eu costumo dizer, daqui a algum tempo vai deixar de existir livros, as crianças vão passar a levar o computador para a escola, e acredito que com a evolução muitos empregos vão ser substituídos pelas novas tecnologias. Só espero que seja daqui a muitos anos.