Estudo especial Os Impactos do Simples Nacional 14 de setembro de 2017 Transmissão ao vivo em: videoteca.sebrae.com.br 1 1
Características do estudo Fontes de informações: 1. SRF 2. IBGE 3. RAIS 4. Funcex/Secex 5. Banco Central do Brasil 6. Pesquisas do Sebrae Principais resultados: 1. Expansão do número de empresas 2. Expansão do número de empregos 3. Expansão da arrecadação de impostos 4. Redução da informalidade 5. Aumento da sobrevivência das empresas 6. Percepção positiva das empresas sobre o Simples 7. Percepção positiva das empresas sobre o Sebrae 2 2
Principais conclusões 1. O Simples estimula a criação de empresas 2. O Simples estimula a formalização dos empreendimentos informais 3. O Simples proporciona a ampliação da arrecadação de impostos 4. O Simples proporciona o aumento da taxa de sobrevivência das empresas 5. O Simples contribui para a redução da inadimplência dos Pequenos Negócios 6. A maioria das empresas optantes aprova o Simples 7. O fim do Simples prejudicaria seriamente 2/3 das atuais empresas optantes 3 3
Evolução do Simples Nacional 1996- Criação do SIMPLES Federal (em vigor a partir de 01/01/1997) ME limite de faturamento até R$ 240 mil/ano EPP- limite de faturamento até R$ 2,4 milhões/ano 2006- Criação do SIMPLES Nacional (em vigor a partir de 01/07/2007) 2007- Extensão do SIMPLES para algumas atividades de serviços 2008- Extensão do SIMPLES para algumas atividades de serviços 2008- Criação do MEI (nova figura jurídica optante do SIMPLES, registro a partir de 01/07/2009) MEI limite de faturamento até R$ 36 mil/ano 2009- Extensão do SIMPLES para novas atividades de serviços 2011- Aumento do limite de faturamento anual do SIMPLES (em vigor a partir de 01/01/2012) MEI - de R$ 36 mil para R$ 48 mil/ano ME - de R$ 240 mil para R$ 360 mil/ano EPP - de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões/ano 2014- Redução da substituição tributária sobre parte dos optantes do SIMPLES 2014- Universalização do SIMPLES (extensão à todas atividades de serviços exceto as vedadas em lei) 2016- Aumento do limite de faturamento anual do SIMPLES (em vigor a partir de 01/01/2018) MEI - de R$ 48 mil para R$ 81 mil/ano EPP - de R$ 3,6 milhões para R$ 4,8 milhões/ano 2016- Mudança nas tabelas do SIMPLES, com a inserção de alíquotas progressivas, tal como no modelo do Imposto de Renda das Pessoas Físicas, que suavizam o aumento de impostos quando a empresa cresce Fonte: Fonte: Lei Federal Nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, LC nº 123/2006, LC nº 127/2007, LC nº 128/2008, LC nº 133/2009, LC nº 139/2011, LC nº 147/2014, LC nº 154 e 155/2016 e site: http://www.leigeral.com.br/o-site/historico-da-lei-geral 4 4
Número de optantes Entre 2007 e 2016, foram criadas 9,1 milhões de novas empresas Até 2022, estima-se serão criadas mais 6,1 milhão de empresas. Expansão do número de empresas optantes 9,1 milhões de novas empresas Expansão esperada de +6,1 milhões de novas empresas 11,6 milhões 17,7 milhões (*) 2,5 milhões Fonte: SRF e Sebrae (*) projeção até 2022 Dez/2007 Dez/2016 Dez/2022 5 5
Em dez/07, o número de empresas optantes representava apenas 11% dos Donos de Negócio. Em dez/2017 chegará a 50%. E em dez/22 chegará a 63% Redução da informalidade Donos de Negócio (em milhões) 22,7 23,1 23,2 23,2 23,1 23,5 23,5 24,9 25,4 25,7 26,1 26,5 26,9 27,2 27,6 28,0 MEI+ME+EPP (em milhões) 2,5 2,6 3,2 4,3 5,6 7,1 8,2 9,5 10,7 11,6 13,0 14,1 15,2 Equivale a 50% dos Donos de Negócio 16,2 17,0 17,7 Equivale a 63% dos Donos de Negócio Equivale a 11% dos Donos de Negócio dez/07 dez/08 dez/09 dez/10 dez/11 dez/12 dez/13 dez/14 dez/15 dez/16 dez/17 dez/18 dez/19 dez/20 dez/21 dez/22 Fonte: SRF, IBGE (PNAD) e Sebrae (*) projeções até 2022 6 6
Taxa de sobrevivência A taxa de sobrevivência das empresas optantes é o dobro da taxa de sobrevivência das não-optantes Taxa de sobrevivência de empresas com até 2 anos (empresas optantes e não-optantes) 90% 85% 83% 83% 80% 70% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 35% 39% 39% 38% 0% Criadas em 2009 checadas em 2011 Criadas em 2010 checadas 2012 Criadas em 2011 checadas em 2013 Criadas em 2012 checadas 2014 Fonte: Sebrae Taxa de sobrevivência dos Optantes do SIMPLES Taxa de sobrevivência dos Não-Optantes do SIMPLES 7 7
2/3 das empresas optantes enfrentariam sérias consequências se o Simples Nacional acabasse (29% fecharia, 20% iria pra informalidade e 18% reduziria atividades) Implicações do fim do Simples Nacional 12% 29% 18% A empresa provavelmente fecharia A empresa iria para informalidade A empresa continuaria como está A empresa reduziria suas atividades Aconteceria outra coisa 20% 20% Fonte: Sebrae 8 8
Entre 2010 e 2015, houve um acréscimo de quase 630 mil novas empresas que declaram a RAIS. Isso foi resultado de um aumento de 783 mil novas declarantes optantes e queda de 153 mil nãooptantes Variação do número de empresas que declararam a RAIS (2010-2015) Equivale a 124% do acréscimo de novos declarantes 783.174 629.923-153.251 Empresas optantes Empresas não-optantes TOTAL Fonte: Elaboração própria a partir da RAIS 9 9
Detalhamento da variação do número de empresas que declararam a RAIS (2010-2015) Tipo de Empresa 2010 2015 Variação relativa Variação absoluta Empresas optantes 3.608.785 4.391.959 22% 783.174 Empresas não-optantes 2.604.343 2.451.092-6% -153.251 TOTAL 6.213.128 6.843.051 10% 629.923 Número de empresas optantes Variação Variação relativa 2010 2015 absoluta Zero Empregados 2.052.745 2.391.972 17% 339.227 1 a 4 Empregados 1.031.033 1.336.745 30% 305.712 5 a 9 Empregados 305.154 396.131 30% 90.977 10 a 19 Empregados 145.755 181.948 25% 36.193 20 a 49 Empregados 61.626 72.791 18% 11.165 50 a 99 Empregados 10.019 10.425 4% 406 100 Empregados ou mais 2.453 1.947-21% -506 TOTAL 3.608.785 4.391.959 22% 783.174 Número de Empresas Taxa de expansão do número de empresas: TOTAL das não optantes (-6%) TOTAL das optantes(22%) TOTAL geral (10%) Taxa de expansão nas optantes: - Zero Empregados (17%) - 1 a 4 empregados (30%) - 5 a 9 empregados (30%) - 10 a 19 empregados (25%) - 20 a 49 empregados (18%) - 50 a 99 empregados (4%) - 100 empregados ou mais (-21%) Fonte: Elaboração própria a partir da RAIS 10 10
Entre 2010 e 2015, houve um acréscimo de quase 3 milhões de empregos com carteira nas empresas que declaram a RAIS. De cada 3 novos empregos com carteira, 2 foram criados pelas empresas optantes Variação do número de empregados nas empresas que declararam a RAIS (2010-2015) 2.957.177 1.877.271 Equivale a 63% dos novos empregos com carteira 1.079.906 Empresas optantes Empresas não-optantes TOTAL Fonte: Elaboração própria a partir da RAIS 11 11
Detalhamento da variação do número de empregados nas empresas que declararam a RAIS (2010-2015) Número de Empregados Tipo de empresa 2010 2015 Variação relativa Variação absoluta Empresas optantes 8.880.644 10.757.915 21% 1.877.271 Empresas não-optantes 20.043.517 21.123.423 5% 1.079.906 TOTAL 28.924.161 31.881.338 10% 2.957.177 2010 2015 Variação relativa Variação absoluta Zero Empregados 0 0 0% 0 1 a 4 Empregados 2.080.090 2.681.658 29% 601.568 5 a 9 Empregados 1.985.147 2.579.825 30% 594.678 10 a 19 Empregados 1.929.865 2.401.126 24% 471.261 20 a 49 Empregados 1.772.633 2.079.548 17% 306.915 50 a 99 Empregados 662.343 684.944 3% 22.601 100 Empregados ou mais 450.566 330.814-27% -119.752 TOTAL 8.880.644 10.757.915 21% 1.877.271 Taxa de expansão dos empregos: TOTAL das não optantes (5%) TOTAL das optantes(21%) TOTAL geral (10%) Taxa de expansão nas optantes: - Zero Empregados (0%) - 1 a 4 empregados (29%) - 5 a 9 empregados (30%) - 10 a 19 empregados (24%) - 20 a 49 empregados (17%) - 50 a 99 empregados (3%) - 100 empregados ou mais (-27%) 1/3 dos novos empregos gerados pelas empresas optantes se deu na faixa de 1 a 4 empregados (acréscimo de 602 mil empregos), o que possivelmente expressa um processo de formalização também de empregos. Fonte: Elaboração própria a partir da RAIS 12 12
Arrecadação do Simples (em R$ bilhões) Entre 2008 e 2016, a arrecadação total o Simples Nacional cresceu 77%, passando de R$41 bilhões/ano para R$73 bilhões/ano Arrecadação Total do Simples Nacional (em R$ bilhões de dez/16) R$ 70 R$ 75 R$ 77 R$ 73 R$ 61 R$ 64 R$ 55 R$ 41 R$ 43 R$ 15 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Fonte: Elaboração própria a partir da SRF. Nota: o ano de 2007 registra apenas dados para os meses de julho a dezembro. 13 13
Participação na arrecadação total com tributos federais (em%) Entre 2007 e 2016, A participação do Simples Nacional na arrecadação total dos tributos federais quase que dobrou, passando de 4,2% para 7,9%. Arrecadação Total do Simples Nacional em relação à arrecadação total de tributos federais (em %) 4,2% 4,8% 5,4% 6,0% 6,1% 6,4% 6,7% 7,5% 8,1% 7,9% 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Fonte: Elaboração própria a partir da SRF. Nota: o ano de 2007 registra apenas dados para os meses de julho a dezembro. 14 14
O valor médio dos empréstimos tomados pelas optantes é mais baixo que das não-optantes. Em parte, a baixa escala explica as taxas de juros mais elevadas (mesmo que com inadimplência mais baixa) Características das operações de crédito das MPE, em dez/16 (optantes e não-optantes) Optantes Não-optantes Valor médio das operações R$ 50.753 R$ 67.808 Taxa de juros média (% a.a.) 49% a.a. 44% a.a. Taxa de inadimplência 8,1% 9,5% Taxa de inadimplência 15% mais baixa Fonte: BACEN (SCR) 15 15
Valor médio das operações Valor total das operações Detalhamento das operações de crédito das MPE, em dez/16 (optantes e não-optantes) Situação em dezembro de 2016 Optantes Não-optantes TOTAL TOTAL 89% 11% 100% Capital de Giro 92% 8% 100% Investimento 95% 5% 100% Giro Rotativo 89% 11% 100% Recebíveis 83% 17% 100% Outros 75% 25% 100% Recursos Direcionados 91% 9% 100% TOTAL R$ 50.753 R$ 67.808 R$ 52.264 Fonte: BACEN (SCR) Capital de Giro R$ 40.595 R$ 50.693 R$ 41.226 Investimento R$ 29.758 R$ 20.631 R$ 29.148 Giro Rotativo R$ 9.169 R$ 9.483 R$ 9.201 Recebíveis R$ 13.774 R$ 32.448 R$ 15.306 Outros R$ 11.276 R$ 40.423 R$ 13.811 Recursos Direcionados R$ 58.595 R$ 99.000 R$ 60.841 Taxa de juros média paga nas operações (% a.a.) 48,9 44,5 48,3 Prazo médio das operações com o peso original das empresas na amostra (em meses) 27,8 24,3 27,5 Prazo médio das operações ponderado pelo volume de crédito (em meses) 72,9 66,3 72,1 Proporção de empresas inadimplentes (%) 8,1 9,5 8,2 Classificação de risco da operação (0 = sem risco; 100 = altíssimo risco) (com ponderação) * 25 50 37,50 Classificação de risco da operação (com ponderação) * B D C 16 16
76% dos empresários considera o Simples Nacional ótimo ou bom Avaliação do Simples pelos empresários optantes 28% 48% 18% 3% 3% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Empresas Ótimo Bom Regular Ruim Não sabe Fonte: Sebrae 17 17
Empresas Os dois principais benefícios do Simples nacional são: saber que a empresa está em dia com suas obrigações e a redução dos impostos Principais benefícios do Simples Nacional, segundo as empresas optantes 89% 83% 82% 80% 76% 67% 65% 65% 53% Saber que a Reduzir o peso dos empresa está em dia impostos com as suas obrigações Conhecer o quanto a Reduzir a burocracia empresa paga de imposto Aumentar a formalização dos negócios Reduzir as obrigações acessórias Aumentar a formalização dos empregados Aumentar o faturamento Aumentar o número de empregados Fonte: Sebrae 18 18
Apesar da avaliação positiva do Simples Nacional, por parte das empresas optantes, 64% acredita que ele pode ser melhorado. O Simples precisa ser melhorado? Item mais citado que precisa ser aperfeiçoado 10% 26% 64% Sim Não Não sabe Tornar mais suave o aumento dos impostos quando a empresa crescer Observação: em jan/2018 entrará em vigor o sistema de alíquotas mais progressivas que suavizam o aumento dos impostos Fonte: Sebrae 19 19
Nota As empresas optantes fazem uma avaliação do Sebrae mais positiva que as empresas não-optantes Nota atribuída à imagem do Sebrae 8,5 8,0 Optantes Não-optantes Fonte: Sebrae 20 20
Valor das exportações A participação das empresas optantes no valor total das exportações é muito pequena Distribuição do valor das exportações por tipo de empresa 100,0% 99,0% 75,0% 50,0% 25,0% 0,0% 1,0% 0,2% MGE MPE Optantes Fonte: Funcex/Secex. 21 21
Detalhamento (I) da distribuição do valor das exportações por tipo de empresa Anos Firmas que exportam Optantes Não-optantes Total Valor da Exportação Firmas que exportam Valor da Exportação Firmas que exportam Valor da Exportação 2007 17,1% 0,13% 82,9% 99,87% 100% 100% 2008 16,4% 0,10% 83,6% 99,90% 100% 100% 2009 15,9% 0,11% 84,1% 99,89% 100% 100% 2010 16,0% 0,10% 84,0% 99,90% 100% 100% 2011 15,2% 0,08% 84,8% 99,92% 100% 100% 2012 16,0% 0,09% 84,0% 99,91% 100% 100% 2013 16,2% 0,11% 83,8% 99,89% 100% 100% 2014 17,3% 0,13% 82,7% 99,87% 100% 100% Fonte: Funcex/Secex. 22 22
Detalhamento (II) principais segmentos das exportações, por tipo de empresa Segmentos Máquinas e equipamentos Artigos do vestuário e acessórios Produtos de metal Equipamento de informática, produtos eletrônicos e ópticos MPE optantes 270 246 136 110 Segmentos MPE nãooptantes Máquinas e equipamentos 1.622 Químicos Alimentos Borracha e plástico 889 850 790 Borracha e plástico 105 Veículos automotores 612 Químicos 90 Produtos de metal 609 Produtos minerais não-metálicos 84 Couros e calçados 489 Couros e calçados 76 Equipamento de informática, produtos eletrônicos e ópticos 434 Madeira 56 Produtos minerais não-metálicos 417 Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 56 Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 411 Alimentos 52 Madeira 396 Veículos automotores 39 Têxteis 369 Manutenção, reparação de máquinas e equipamentos 35 Móveis 329 Têxteis 31 Metalurgia 296 Móveis 30 Artigos do vestuário e acessórios 276 Fonte: Funcex/Secex. Metalurgia Celulose e papel 17 12 Celulose e papel Farmoquímicos e farmacêuticos 186 153 23 23
Obrigado! 24 24