A UTILIZAÇÃO DE MATERIAL CONCRETO E JOGOS NO ENSINO DO SND - SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL

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Transcrição:

A UTILIZAÇÃO DE MATERIAL CONCRETO E JOGOS NO ENSINO DO SND - SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL Maria Betânia de Castro Nunes Santos Escola Municipal Itália Cautiero Franco CAIC/Rede Municipal de Lavras, mbetaniacns@gmail.com Resumo Trabalhando com professores alfabetizadores, já há algum tempo, percebemos a dificuldade que os mesmos têm em compreender e ensinar o Sistema de Numeração Decimal - SND. O objetivo dessa oficina é conscientizá-los sobre a importância da utilização de material concreto e jogos para o ensino do SND, tanto para o seu entendimento, como para ensinar seus alunos. Diante da demanda atual pela formação continuada de professores e, pensando no impacto dessa formação no processo de ensino-aprendizagem, a oficina intitulada A utilização de material concreto e jogos no ensino do SND - Sistema de Numeração Decimal tem como principal objetivo fornecer subsídios ao professor para levar o aluno a compreender o SND e conceitos básicos da Matemática, através de situações lúdicas. Essa oficina consistirá de 4 momentos, sendo: (1) Apresentação; Parte teórica: um pouco da história do SND, Letramento Matemático, Apresentação de material concreto utilizado para compreensão do SND; (2) Demonstração e aplicação de jogos feitos com material simples ao acesso de todos; Troca de Experiências; (3) Manipulação de material concreto proposto; Elaboração, por parte dos participantes, de atividades pedagógicas utilizando o material concreto; (4) Apresentação, discussão e avaliação das atividades apresentadas; Encerramento. Espera-se com essa oficina, que os participantes percebam possibilidades de trabalho com material concreto e jogos, levando em conta os diferentes segmentos de ensino em que atuam, aliando práticas didáticas convencionais com recursos simples, mas de um resultado muito intenso nesse processo que envolve a sua atuação e a aprendizagem dos seus alunos. Palavras-chave: Formação Continuada, Ensino Fundamental I, Material Concreto, Jogos, Operações Básicas. PROGRAMAÇÃO DAS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS Um dos desafios do educador é conciliar métodos tradicionais de ensino com a utilização de jogos e material manipulável, os quais têm grande apelo sobre os estudantes por serem atrativos, interativos e desafiadores. Nesse contexto, a presente proposta da oficina intitulada A Utilização de material concreto e jogos no ensino do SND - Sistema De Numeração Decimal, pretende apresentar a participantes do VII Encontro Mineiro de Educação Matemática VII EMEM, uma proposta de ensinar o sistema de numeração decimal de forma lúdica e prazerosa. OBJETIVOS 1. Conscientizar os participantes sobre a importância da utilização de material concreto e jogos para o ensino do SND, tanto para o seu entendimento, como na sua prática;

2. Mostrar aos participantes que a utilização de material concreto facilita o aprendizado do SND: 3. Estimular os participantes a desenvolverem atividades pedagógicas utilizando material concreto e também, na confecção de jogos; 4. Promover uma discussão e avaliação das atividades desenvolvidas. METODOLOGIA Essa oficina consistirá de quatro momentos: (1) Apresentação; Momento expositivo no qual será apresentado um pouco da história do SND, suas características, as diversas representações de um número natural, o Letramento Matemático, a sala de aula como um ambiente alfabetizador, as operações básicas no quadro posicional, exposição dos materiais concretos existentes no mercado (Ábaco, Material Dourado, Barras de Cuisinaire) e a sua utilização; (2) Demonstração e aplicação de jogos feitos com material simples ao acesso de todos; Troca de Experiências.; (3) Manipulação de material concreto proposto; Elaboração, por parte dos participantes, de atividades pedagógicas utilizando o material concreto; (4) Apresentação, discussão e avaliação das atividades apresentadas, encerramento. A duração e o material necessário para cada um desses momentos estão apresentados na Tabela 1. Tabela 1: Cronograma das atividades propostas na Oficina A utilização de material concreto e jogos no ensino do SND - Sistema de Numeração Decimal Momento Atividades Material Duração 1 dia 1ª parte - Apresentação - Data Show. 1 h - Parte teórica: um pouco da história do SND, suas características, as diversas representações de um número natural, o Letramento Matemático, a sala de aula como um ambiente alfabetizador, as operações básicas no quadro posicional, os materiais concretos existentes no mercado e a sua utilização (Ábaco, Material Dourado, Barras de Cuisinaire) - Exposição dos materiais concretos 1 dia 2ª parte - Demonstração e aplicação de jogos feitos com material simples ao acesso de todos; - Troca de Experiências. - Data Show. 1 h 2 dia 1ª parte - Manipulação de material concreto proposto; - Elaboração, por parte dos - Data Show; -100 Folhas A4; - Lápis, caneta, borracha, 1h

participantes, de atividades pedagógicas utilizando o material concreto. 2 dia 2ª parte - Apresentação, discussão e avaliação das atividades apresentadas; - Encerramento. régua, caneta hidrocor ou pincel atômico (se possível) - 10 Folhas de papel cartão cores variadas (se possível). - Data Show. 1h REFERENCIAL TEÓRICO Ao trabalhar com professores das séries iniciais da cidade de Lavras MG, em diversos momentos e situações diferentes como professora do Curso Normal Nível Médio ministrando as aulas de Matemática e Metodologia Matemática, como Tutora do Pró- Letramento de Matemática, como Orientadora de Estudos do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa PNAIC e também em apresentações de oficinas e minicursos voltados a esse público, percebe-se a urgente necessidade de colaborar com o entendimento e domínio de conceitos básicos da Matemática que muitas das vezes esses professores não dominam e como consequência, não têm segurança para transmiti-los aos seus alunos. Segundo Santos (2012), a educação passa por mudanças significativas e chega ao século XXI com uma proposta diferenciada, onde o ensino-aprendizagem, que sempre esteve voltado apenas para a assimilação do conhecimento e onde o papel principal era do educador, dá lugar ao ensino onde o aluno é levado a adquirir habilidades e competências para aprender a pensar, comunicar, pesquisar, fazer sínteses e construções teóricas, e principalmente, ser independente e autônomo. Conforme Delors (1996, p. 78), a prática pedagógica deve preocupar-se em desenvolver quatro aprendizagens fundamentais, que serão para cada indivíduo os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, que indica o interesse, a abertura para o conhecimento que verdadeiramente liberta da ignorância; aprender a fazer, que mostra a coragem de executar, de correr riscos, de errar mesmo na busca de acertar; aprender a conviver, que traz o desafio da convivência, que apresenta o respeito a todos e o exercício de fraternidade como caminho do entendimento; e, finalmente, aprender a ser, que, talvez, seja o mais importante por explicitar o papel do cidadão e o objetivo de viver (DELORS, 1996, p. 78). Uma educação fundamentada nos quatro pilares acima sugere alguns procedimentos didáticos que lhe seja condizente, tendo como propósito principal a valorização do profissional da educação que é um dos grandes desafios para a construção desta educação de qualidade. É o educador, o sujeito capaz de mobilizar crianças e adolescentes para as diversas ações educativas. Ele é o grande motivador, empreendedor, entusiasta e interessado pelo desenvolvimento intelectual do aluno. E é por isso que, quando se fala em qualidade da educação, é necessário pensar a valorização dos profissionais que atuam no processo. Valorização esta, que passa pela valorização financeira, respeito e consideração nas comunidades em que atuam e condições de trabalho adequadas às suas propostas de trabalho (GRAEFF, 2007, p. 1).

Uma das formas de valorização desses profissionais é a oportunidade da formação continuada por meio de debates, cursos, encontros, oficinas, minicursos, etc., onde a troca de experiências e a percepção de que todos os envolvidos nesse processo também têm as mesmas dificuldades e medos. Diante disso, visando o direcionamento do professor para lidar com essas questões, surge a oportunidade de desenvolver a oficina A utilização de material concreto e jogos no ensino do SND - Sistema de Numeração Decimal, num evento de grande importância como o VII EMEM, direcionada aos professores das séries iniciais do Ensino Fundamental e dar suporte a esses educadores, para que possam trabalhar de uma maneira diferenciada e contribuir para melhor assimilação desse conteúdo por parte dos alunos. NÍVEL Preferencialmente, professores das séries iniciais do Ensino Fundamental. No entanto, a oficina estará aberto aos demais interessados dependendo da disponibilidade de vagas. CONSIDERAÇÕES FINAIS A utilização de novos métodos no ensino da Matemática tem se mostrado de grande valor diante da necessidade de se reformular os métodos convencionais, adotando novas maneiras de se ensinar, para que o conteúdo se torne mais atrativo e de melhor compreensão. A inserção das novas formas de ensinar, tornam o processo de aprendizado mais dinâmico e interessante. Trabalhar com materiais concretos e jogos é uma possibilidade nesse sentido e deve ser considerado pelos educadores. Segundo Santos, 2012, alimentar a ideia de que a Matemática é um bicho-papão só faz dificultar o aprendizado dos alunos e também a sua inserção na sociedade, uma vez que a Matemática, sendo uma linguagem universal, está presente não apenas nas escolas, mas também no cotidiano de todos. Por colocar as crianças constantemente diante de situações-problema, esses jogos favorecem as (re)elaborações pessoais a partir de seus conhecimentos prévios. A introdução de jogos nas aulas de Matemática é uma forma de diminuir bloqueios apresentados por muitos alunos que temem a Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação do jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, ao mesmo tempo em que estes alunos falam Matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem (BORIN, 1996, p. 9). Não conhecer Matemática torna o individuo um ser à margem do conhecimento, um ser alienado. Na maioria dos casos, o aluno consegue resolver problemas do cotidiano, porém, na sala de aula o que mais se sobressai é o sentimento de insucesso. Esse insucesso merece um olhar especial principalmente com relação à revisão dos conceitos, materiais e práticas adotadas pelo professor, a fim de tornar o processo de ensino/aprendizagem voltado para as novas exigências que a sociedade impõe e que traga de volta o interesse dos alunos por essa disciplina. A utilização de materiais concretos aparece como uma alternativa interessante, assim como, a necessidade da formação continuada para os professores atuantes nas séries iniciais, pois muitos tiveram uma formação que não atenta para metodologias de ensino inovadoras que facilitem o estudo/ensino dos conteúdos e a preparação de aulas, a

dificuldade de alguns deles no sentido de demonstrar, repassar e fazer com que os alunos assimilem melhor o sistema de numeração decimal. O material concreto é um dos caminhos possíveis para ensinar Matemática e ao mesmo tempo uma maneira de ajudar a resgatar nos alunos o prazer pelo estudo dessa disciplina. Além disso, momentos como a oficina A utilização de material concreto e jogos no ensino do SND - Sistema de Numeração Decimal são importantes oportunidades de trocas entre educadores e concretizam a ideia da formação continuada. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BORIN, J. Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de matemática. São Paulo: IME-USP, 1996. DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. Lisboa: UNESCO/ASA, 1996. GRAEFF, N. V. Qualidade Social da Educação. Disponível em: <http://www.guiadigital.info/index.php?not=1&pesq_not=1&mostra=3317> Acesso em: 26 jul. 2015. SANTOS, M. B. C. N.. Formação Continuada de Professores da rede pública municipal: 'Oficina de multiplicação' em Lavras, MG. In: VI Encontro Mineiro de Educação Matemática EMEM, 2012, Juiz de Fora, MG. Anais do VI Encontro Mineiro de Educação Matemática EMEM, 2012.