Análise de Conjuntura Política Cenário Nacional - Semana 25.09 29.09 Poder Executivo: o Revogação do decreto sobre RENCA: O presidente Michel Temer revogou, nesta terça-feira (26), por meio do Decreto nº 9.159, outro decreto, o de número 9.147, de 28 de agosto de 2017, que extinguia a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca). A decisão do presidente se fez em decorrência da forte pressão de ambientalistas e artistas, com repercussão na mídia internacional. A reserva agora não será mais explorada. o Pesquisa de avaliação do governo Temer: Pesquisa de avaliação governamental realizada pelo Ibope e encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), mostra que o Presidente Michel Temer tem reprovação de 77% dos brasileiros, que consideram o seu governo ruim ou péssimo. A pesquisa aponta que somente 3% avaliam a gestão do presidente como ótima ou boa, outros 16% consideram o governo de Temer regular. Poder Legislativo - Câmara dos Deputados: o Reforma Política 1: O Plenário da Câmara dos Deputados concluiu, nesta quarta-feira (27), a votação em segundo turno da proposta de emenda à Constituição, PEC 282/16, que proíbe coligações em eleições proporcionais (deputados e vereadores) a partir de 2020 e exige desempenho eleitoral mínimo para que partidos tenham acesso ao Fundo Partidário e tempo de propaganda no rádio e televisão. A proposta foi encaminhada ao Senado que necessita aprovar a PEC em dois turnos até o próximo dia 7 de outubro para que as regras se apliquem nas eleições de 2018.
o Reforma Política 2: A Câmara dos Deputados adiou para a próxima semana a discussão dos projetos de lei 8703 e 8612, que tratam sobre o Fundo Eleitoral. O PL 8703 é o texto aprovado pelo Senado, nesta terça-feira (26), enquanto que o PL 8612 é fruto da Comissão Especial da Reforma Política, relatada pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP). o Escolha do Relator da 2ª denúncia contra Temer: O presidente da Comissão da Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), escolheu, nesta quinta-feira (28), o relator da nova denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer. O responsável será o deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG). Em pronunciamento, o relator disse que pretende entregar um relatório técnico. Análise: Espera-se que a próxima semana na Câmara dos Deputados seja bastante agitada em decorrência de dois importantes itens constantes em sua pauta: a denúncia da PGR contra o presidente Temer e o Fundo Eleitoral, item remanescente da Reforma Política na Casa. A relatoria entregue a um deputado do PSDB causou alvoroço entre os parlamentares, a oposição critica a escolha de um relator cujo posicionamento tende a não ter a devida isonomia quanto ao assunto, parlamentares do PSDB em especial o núcleo dos cabeças pretas pressionam para que o deputado Bonifácio de Andrada renuncie ao posto considerando que o PSDB ensaia há meses a saída da base aliada. Apesar da necessidade de contornar mais esta crise institucional dentro de sua própria base aliada, espera-se que o governo, novamente, arquivar a denúncia apresentada. Todavia, o Planalto avalia com ponderação todo o processo por vir relativo à peça apresentada no final da gestão de Rodrigo Janot, isso porque, embora espera-se a vitória governista, o governo pretende que a votação da segunda denúncia tenha um placar maior que o visto na primeira. Neste sentido, a votação do pedido da PGR servirá, novamente, como um termômetro de força do governo que pretende, ainda, aprovar neste ano a Reforma da Previdência, tida como fundamental por seu núcleo econômico. Paralelamente à movimentação política relativa à denúncia contra Temer, os deputados têm pela frente a necessidade de aprovar com bastante celeridade o Fundo Eleitoral para as campanhas do próximo ano. Constam na pauta da Câmara dois projetos relativos a
esta temática: o projeto de lei 8703, advindo do Senado Federal, e o texto da Comissão Especial da Reforma Política (PL 8612). O texto aprovado pelos senadores nesta terça-feira (26) está mais avançado, uma vez que já passou pela Casa e com a aprovação dos deputados seria enviado, em não havendo alterações, à sanção presidencial. Já o texto construído na Comissão Especial necessitaria de aprovação pela Câmara para em seguida seguir ao Senado que, aprovando-o integralmente, remeteria também à sanção presidencial. De toda forma, o tempo urge para que o Congresso consiga finalizar as propostas relativas à Reforma Política, tendo tanto a Câmara, quanto o Senado, somente uma semana para finalizar o assunto. Poder Legislativo - Senado Federal: o Reforma Política: O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (26), em votação simbólica, o projeto de lei que institui o Fundo Especial de Financiamento de Campanha, que poderá valer para as eleições de 2018. A medida é vista como alternativa ao financiamento empresarial de campanha, proibido pelo Supremo Tribunal Federal. O projeto segue agora para análise da Câmara dos Deputados e estimasse que o fundo será de, ao menos, R$ 1,7 bilhão. o Senado aprova urgência para apreciar afastamento de Aécio Neves: Nesta quinta-feira (28) senadores aprovaram requerimento de urgência para analisarem a decisão do STF em afastar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) de seu mandato. Alguns senadores entendem que cabe ao Poder Legislativo, no presente caso ao Senado, decidir convalidar ou não a decisão do STF.
Análise: A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em afastar, mais uma vez, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) de seu mandato reflete a atual crise institucional que aflige a tripartição de Poderes da República brasileira. Os desdobramentos da Operação Lava-Jato têm acrescentando considerável tensão na relação, principalmente, do Poder Legislativo do Poder Jurídico. Embora espere-se que a tripartição contribua para o contrabalanceamento institucional, com pesos e contrapesos, não tem sido raro observar eventuais intervenções das instituições em matérias privativas, por vezes exclusivas, de outras. Assim o é com a possibilidade de a Reforma Política sofrer uma judicialização por parte do STF, em não havendo conclusão da matéria no Congresso Nacional, e igualmente o é com o posicionamento de parte dos senadores em se posicionarem contrários à medida judicial proferida pela 1ª turma da Suprema Corte. O Plenário do Senado terá, na próxima semana, a difícil tarefa de tratar com relativa celeridade estes dois temas emergenciais: a Reforma Política, que retorna à Casa após aprovação da Câmara dos Deputados do fim das coligações a partir de 2020 e a cláusula de barreira já para o próximo ano, e o posicionamento de acatar ou não a decisão proferida pelo STF. Poder Judiciário: o STF afasta Aécio Neves: A Primeira Turma de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (26), por 3 dos 5 ministros, afastar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) do exercício das funções parlamentares e colocá-lo em recolhimento domiciliar noturno. Caberá ao Senado decidir pela permanência ou não do afastamento de Aécio. A votação está prevista para acontecer na próxima semana, contudo, alguns senadores manifestaram-se contra a decisão do STF. o STF envia denúncia contra Temer à Câmara: O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 10 votos a 1, que a denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República contra o presidente Temer deve ser enviada à Câmara dos Deputados. O julgamento encerrou após três sessões, sendo o ministro Gilmar Mendes a exceção no entendimento de enviar a peça processual para a Câmara.
Análise de Conjuntura Econômica Cenário Nacional: Semana 25.09 29.09 Liberação do PIS/PASEP: Após o bom desempenho com a liberação do FGTS inativo no primeiro semestre, o governo busca uma nova estratégia com a antecipação do PIS/PASEP, que normalmente é liberado para idosos com 70 anos. Nesta quinta-feira (28), foram liberados para mulheres com 62 anos e homens com 65 anos, a intensão é injetar dinheiro na economia, buscando efeito na redução do número de inadimplentes e aumento no consumo. Normalmente quando aumenta o papel moeda em poder do público (PMPP), gera-se inflação, porém no estado atual da economia, onde a preocupação é a inadimplência, essa solução é viável. É como se o PMPP estivesse negativo e tudo o que entra se torna um tipo de reposição. Desemprego: Uma das maiores preocupações relativa aos indicadores econômicos do Brasil é a elevada taxa de desemprego que vem sendo registrada nos últimos meses. O país chegou a ter, este ano, mais de 14 milhões de pessoas sem emprego. Embora dados do IBGE apontem uma queda no desemprego comparando com o trimestre passado, encerrado em maio de 4,8%, isto vem acompanhado de uma estabilização na economia, que tem crescido. Conheça mais sobre a Fundação da Ordem Social. Acesse nossos canais de comunicação e fique por dentro das ações que a FOS tem feito: http://ordemsocial.org/ https://www.facebook.com/fundacaodaordemsocial/ https://www.instagram.com/fundacaodaordemsocial/ https://www.linkedin.com/in/fundacao-da-ordem-social/