Tecnologias para fertilizantes nitrogenados. Prof. Dr. Douglas Guelfi

Documentos relacionados
Tecnologias para fertilizantes nitrogenados. Prof. Dr. Douglas Guelfi

Redução das perdas de nitrogênio pelo uso de fertilizantes nitrogenados estabilizados na região Sul do Brasil

Fertilizantes nitrogenados: obtenção, características, ação fertilizante e emprego

Fertilizantes nitrogenados: obtenção, características, ação fertilizante e emprego

NOVAS TECNOLOGIAS EM FERTILIZANTES. Uréia revestida com boro e cobre

ADUBAÇÃO DE CULTURAS ANUAIS EM SOLOS ARENOSOS. Heitor Cantarella

ADUBAÇÃO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS

Adubação do Milho Safrinha. Aildson Pereira Duarte Instituto Agronômico (IAC), Campinas

USO EFICIENTE DO N NA AGRICULTURA

08/06/2017. Prof. Dr. Reges Heinrichs FCAT UNESP/Dracena

PERDAS DE NITROGÊNIO POR VOLATILIZAÇÃO DE AMÔNIA EM DIFERENTES FONTES DE FERTILIZANTES NA CULTURA DO MILHO SOB PLANTIO DIRETO

UTILIZAÇÃO DE ADUBOS NK DE LENTA OU PROGRAMADA LIBERAÇÃO, PROTEGIDOS, ORGANOMINERAIS E ORGÂNICOS ASPECTOS GERAIS ROBERTO SANTINATO

ADUBOS FLUÍDOS (líquidos)

RENDIMENTO DA CULTURA DO MILHO COM DIFERENTES FONTES NITROGENADAS EM COBERTURA SOB PLANTIO DIRETO

CÁLCULOS DE FECHAMENTO DE FORMULAÇÕES E RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO

Ciclos Biogeoquímicos. Prof. Fernando Belan - BIOLOGIA MAIS

BPUFs para milho em Mato Grosso do Sul informações locais. Eng. Agr. M.Sc. Douglas de Castilho Gitti

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA DEPARTAMENTO DE SOLOS FERTILIDADE DO SOLO NITROGÊNIO OCORRÊNCIA FENÔMENOS ADIÇÃO MANEJO

Fertilizantes nitrogenados: obtenção, características, ação fertilizante e emprego

Ciclos em escala global, de elementos ou substâncias químicas que necessariamente contam com a participação de seres vivos.

SISTEMAS DE PRODUÇÃO E EFICIÊNCIA AGRONÔMICA DE FERTILIZANTES

Soluções Nutricionais Integradas via Solo

SISTEMAS DE PRODUÇÃO E EFICIÊNCIA AGRONÔMICA DE FERTILIZANTES

ADUBOS FLUIDOS E ADUBAÇÃO FOLIAR

Emissão de GEEs em Sistemas Integrados.

SISTEMAS DE PRODUÇÃO E EFICIÊNCIA AGRONÔMICA DE FERTILIZANTES

O SOLO COMO F0RNECEDOR DE NUTRIENTES

Prof. Marcelo Langer. Curso de Biologia. Aula 12 Ecologia

Estudos com adubos de libertação lenta, libertação controlada e fertilizantes estabilizados

Eco new farmers. Módulo 2 Solos e nutrientes vegetais. Sessão 2 O sistema planta/solo

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Campus Experimental de Dracena Curso de Zootecnia Disciplina: Fertilidade do solo e fertilizantes

NITROGÊNIO. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Campus Experimental de Dracena Faculdade de Zootecnia

Ciclos Biogeoquímicos

Prof. Francisco Hevilásio F. Pereira Cultivos em ambiente protegido

A melhor escolha em qualquer situação

Piracicaba, 17 e 18 de março de 2016.

Conceitos Básicos sobre Fertilidade de Solo

INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS

METABOLISMO DO NITROGÊNIO Prof. Dr. Roberto Cezar Lobo da Costa

Ciclos Biogeoquímicos

ADUBOS FLUIDOS E ADUBAÇÃO FOLIAR

Resposta de híbridos de milho ao nitrogênio. Eng. Agr. Dr. Douglas Gitti Pesquisador Manejo e Fertilidade do solo

USO DE FONTES MINERAIS NITROGENADAS PARA O CULTIVO DO MILHO

A ICL Oferece Soluções em Fertirrigação, Aplicação Foliar e Produtos de Liberação Controlada para Todas as Culturas do Brasil. Where need take us

Dinâmica de Fósforo em Solos Tropicais

Iniciação Científica (PIBIC) - IFMG 2 Professora Orientadora IFMG. 3 Estudante de Agronomia.

Continente asiático maior produtor (80%) Arroz sequeiro perdendo área para milho e soja

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1610

PERDAS DE NITROGÊNIO POR VOLATILIZAÇÃO DE AMÔNIA ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DE UREIA EM SOLOS AGRÍCOLAS

Corretivos Adubos e Adubações. Prof. ELOIR MISSIO

MILHO PARA OS DIFERENTES NÍVEIS TECNOLÓGICOS

MILHO PARA OS DIFERENTES NÍVEIS TECNOLÓGICOS

6 CALAGEM E ADUBAÇÃO

CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

Nutrição de Plantas: Técnicas para aumento da produtividade da Soja. Eng. Agr. Dr. Douglas Gitti Pesquisador de Manejo e Fertilidade do Solo

NUTRIÇÃO EQUILIBRADA DO CAFEEIRO. ROBERTO SANTINATO 40º CBPC Serra Negra - SP

Boas Práticas para Uso Eficiente de Fertilizantes na Cultura do Milho. Aildson Pereira Duarte Instituto Agronômico, Campinas (IAC)

APRESENTAÇÃO: FERTILIZANTE TERRAPLANT

Manejo da adubação nitrogenada na cultura do milho

Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Antoine de Lavoisier

Feijão. 9.3 Calagem e Adubação

Enxofre Nutrição Mineral de Plantas ENXOFRE. Prof. Volnei Pauletti. Departamento de Solos e Engenharia Agrícola

Ciclos biogeoquímicos

Balanço de nutrientes em sistemas de produção soja-milho* Equipe Fundação MT Leandro Zancanaro

MITOS E VERDADES SOBRE FERTILIDADE DO SOLO. Luciano Colpo Gatiboni Universidade do Estado de Santa Catarina CREA-SC

ADUBOS FLUIDOS E ADUBAÇÃO FOLIAR

A Cultura da Cana-de-Açúcar

ABSORÇÃO FOLIAR. Prof. Josinaldo Lopes Araujo. Plantas cultivadas dividem-se em: Folhas Caule Raízes

ADUBAÇÃO DO SISTEMA SOJA-MILHO- ALGODÃO

Protocolo. Boro. Cultivo de soja sobre doses de boro em solo de textura média

INSTALAÇÃO DE EXPERIMENTOS A CAMPO

NITROGÊNIO. Princípios da Modelagem e Controle da Qualidade da Água Superficial Regina Kishi, 7/24/2015, Página 1

EQUILÍBRIO QUÍMICO DO SOLO EM PROFUNDIDADE. Eng. Agr. Dr. Nelson Harger Coordenador Estadual/Emater

MANEJO DO SOLO PARA O CULTIVO DE HORTALIÇAS

01/03/2013 FLUXO DE ENERGIA E MATÉRIA. A matéria obedece a um ciclo FLUXO CÍCLICO PRODUTORES CONSUMIDORES. MATÉRIA INORGÂNICA pobre em energia química

Recomendação de corretivos e fertilizantes para a cultura do café

Agro Pastoril Paschoal Campanelli

CURSO DE AGRONOMIA FERTILIDADE DO SOLO

OBJETIVO SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DA ADUBAÇÃO NPKS MINERAL (QUÍMICA) POR ORGÂNICA COM E. GALINHA MAIS PALHA DE CAFÉ

COMPOSTAGEM DE RESÍDUOS DE FÁBRICA DE CELULOSE E PAPEL

Manejo da adubação nitrogenada para altas produtividades da cana-de-açúcar

CÁTIONS NO SOLO. PAULO ROBERTO ERNANI, Ph.D. Professor da UDESC Bolsista do CNPq

Prof. MSc. Leandro Felício

RELATÓRIO DE PESQUISA 11 17

INTRODUÇÃO. Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Antoine de Lavoisier

SUSTENTABILIDADE DO BIOETANOL Oficina de Trabalho Brasília 25 e 26 de fevereiro de 2010

AVALIAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE METAIS PESADOS EM GRÃOS DE SOJA E FEIJÃO CULTIVADOS EM SOLO SUPLEMENTADO COM LODO DE ESGOTO

IX Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí IX Jornada Científica

CLAUDINEI KURTZ Eng. Agrônomo, Dr. Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina

INOVAÇÕES PRODUQUÍMICA PARA A CORREÇÃO E MANUTENÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO. Ithamar Prada

Adubação do Milho Safrinha

Gestão da fertilidade do solo no sistema soja e milho

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

FUNÇÕES MICROBIANAS NOS SOLOS: ciclos biogeoquímicos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA TRANSFORMAÇÕES DA MATÉRIA E QUANTIDADES LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DA NATUREZA. Uruguaiana, maio de 2016.

Adubação na Cultura de Milho

Protocolo. Enxofre. Resposta da cultura da sojaa fontes e doses deenxofre

Impactos ambientais dos fertilizantes e sua mitigação

Transcrição:

Tecnologias para fertilizantes nitrogenados Prof. Dr. Douglas Guelfi

Desnitrificção Volatilização Ciclagem do N N 2 N 2 O NO Gás Amônia Matéria prima (NH Amônia 3 ) Adubos N tecido da planta Matéria orgânica Nitrato (NO 3- ) Nitrito (NO 2- ) Amônio (NH 4+ ) Lixiviação

Consumo de Fertilizantes Nitrogenados - 2016 Mundo = 111.590.000 t de N Brasil (4º) = 4.576.370 t de N Ureia (2.581.302 t) Nitrato de Amônio (477.915 t) Sulfato de Amônio (421.491 t) 766.664 t N 56,4% 83% N foi importado 10,4% 9,2% 3.799.706 t N Nacional Importado ANDA, 2017 MAP (447.080 t) Outros (648.582 t) 0 9,8% 14,2% 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 Milhões de toneladas de N

NH 3 Volatilização Atmosfera Hidrólise NH 3 NH 3 NH 3 NH 3 NH 3 NH 3 Ureia + H + Urease NH 4 + NH 3 NH 3 Solução do solo Ar do solo Argila NH 4 + NH 3 (gás) M.O NH 4 + NH 4 + NH 4 + (aq) Equilíbrio NH (aq) + 3 H +

Atmosfera Hidrólise da ureia na superfície do solo CTC + Chuva Temperatura = Volatilização Ureia Ureia Ureia Ureia H + H + H + H + NH 3 NH 3 + NH + + 4 + 4 NH NH 3 3 4 4 NH 3 NH + NH + 4 4 NH + H + 4 H + H CTC + H + NH 3 NH 3 NH 3 NH 4 + 1,5 cm ph 6 7 8 9

Hidrólise da ureia abaixo da superfície do solo CTC + Chuva Temperatura = Volatilização Ureia Ureia Ureia Ureia Ureia Ureia Ureia Ureia NH + NH + 4 + 4 NH + NH 3 4 4 NH + 4 NH + H + 4 NH + H + 4 H + H + H + H + H + H + CTC NH 4 + ph 6 7 5 cm

Condições ótimas para: Volatilização Penetração da ureia no solo Precipitação pluviométrica nos 7 primeiros dias após a aplicação da ureia CTC Evaporação = Solo úmido secando Temperatura

Quantos milímetros de chuva? Urea Ureia Urea Ureia Urea Ureia Resíduos? Evaporação? 5 cm Ureia Ureia Ureia

Como melhorar a eficiência no uso de nitrogênio pelas plantas? A F

Classificação das Tecnologias Fertilizantes nitrogenados Convencionais Estabilizados Lenta Controlada Blends Ureia NA SA UF IBDU CDU SCU SCU PSCU URP Inibidores de urease Inibidores de nitrificação Ureia + NBPT Ureia + DMPP Preço ($): convencionais < estabilizados < blends liberação lenta < liberação controlada

Processo de fabricação da ureia formaldeído (UF) Liberação lenta Ureia formaldeído (UF) - 38 % N - Patente - DRP 431 585 - (1924) Estrutura química UF N C N C N N C N C N C N C N C N Peso molecular Tamanho da cadeia N C N C N C N C N C N C N C N C N N N C N N C N N N C N C N C N C N C C C N C N N C N C N N Grau de polimerização Insolubilidade

Ureia formaldeído (UF) Liberação do N Os micro-organismos quebram a cadeia carbônica longa, geram energia para o seu metabolismo liberando N no solo. Nitrificação UREIA A ureia liberada é convertida em amônio que entra no ciclo do N Carbono Nitrogênio Oxigênio Hidrogênio no solo.

Fertilizantes estabilizados Modos de ação Inibidores da Nitrificação Inibidores da Urease Volatilização Desnitrificação Inibidores da urease NH 3 NH 4 + Inibidores de nitrificação NO 3 - (NH 2 ) 2 CO NH 4 NO 3 (NH 4 ) 2 SO 4 Lixiviação

Processos de fabricação de fertilizantes nitrogenados estabilizados Ureia + NBPT (Inibidor de urease) Ureia tratada durante ou após a granulação com 400 a 1.100 ppm de NBPT. NBPT é instável em: solos ácidos (Engel et al., 2013), temperatura e em meio aquoso (Whitehurst et al., 2014).

Processos de fabricação de fertilizantes nitrogenados estabilizados Ureia + NBPT (Modo de ação) S NBPT (S) CH 3 (CH 2 ) 3 N P NH 2 H NH 2 Átomos de Ni da urease e NBPT formam Ligação tridentada = Enzima inativada O Urease NBPT (O) CH 3 (CH 2 ) 3 N P NH 2 H NH 2

% Recuperação 120 100 Temperatura 80 armazenagem 60 40 20 T = 11,9ºC 9 meses New melted Recuperação do NBPT (Após 9 meses) New Melt Old melt Superfície UAN Old melted UAN Superfície 4ºC 98,3 89,5 66,3 85,2 15ºC 88,0 55,5 42,0 43,1 0 19-03-05 08-05-05 27-06-05 16-08-05 05-10-05 24-11-05 13-01-06 25ºC 75,0 14,3 19,3 3,3

Novas formulações de ureia estabilizada Milho Perdas de N-NH 3 de fertilizantes nitrogenados estabilizados aplicados no milho na safra 2015/2016 Formulação N-NH 3 Produtividade (kg ha -1 ) Controle 0,8 a 7.886 b Ureia + NBPT + Solvente X 6,1 a (-72%) 11.406 a (+11%) Ureia + NBPT + Solvente Y 7,3 a (-67%) 11.531 a (+11%) Ureia + NBPT + Hidroquinona + Cu + Hg 8,5 a (-61%) 10.667 ab (+4%) Ureia + Hidroquinona + Ni + Solvente Y 10,3 ab (-53%) 11.481 a (+11%) Ureia + Pirocatecol + Solvente Y 21,0 bc (-4%) 11.802 a (+14%) Ureia granulada convencional 21,8 bc 10.300 ab Ureia + Hg + Cu + Solvente Y 22,0 bc 10.907 ab Ureia + Hg + Solvente Y 23,5 c 11.433 a Ureia + Hidroquinona + Solvente Y 26,1 c 11.290 a Ureia + Ni + Solvente Y 26,2 c 10.816 ab

Milho 2014/2015 (Souza et al., 2017) Fertilizantes Perdas de N-NH 3 (%) Redução (%) Produtividade (kg ha -1 ) Ureia granulada 39 a - 11.356 a Ureia perolada 38 a 3 11.229 a Ureia + 16% S 0 32 b 18 11.126 a Blend 32 b 19 10.352 b Ureia incorporada (2 cm) 24 c 39 11.554 a Ureia + NBPT 8 d 79 11.805 a Ureia + resina 3 e 92 10.352 b Sulfato de amônio 1 e 97 11.783 a Nitrato de amônio 0,7 e 98 11.389 a Controle - - 9.036 c

Inibidores da nitrificação (IN) Bactericida ou bacteriostático NH 4 + Nitrosomonas Bactéria O inibidor de nitrificação age sobre a bactéria. Nitrobacter Bactéria NO 2 - NO 3 - Amônio Nitrito Nitrato Principais compostos utilizados: - DCD: Dicianamida (H 4 C 2 N); DMPP:(3,4 dimetilpirazole fosfato) e Nytrapirin. Reduzem a lixiviação e desnitrificação. E a volatilização?

Fertilizantes nitrogenados estabilizados Perdas de N-NH 3 e produtividade do milho (Leite, 2016) Tipos de ureia Perdas de N-NH 3 (% do N aplicado) Produtividade (t ha -1 ) Controle - 9,00 b Ureia + DMPP (IN) 52,2 a 10,64 a Ureia + 0,15% Cu + 0,4% B 37,6 c 11,28 a Ureia + PA 46,5 b 9,70 b Ureia + PA+ 3% Zn 44,5 b 11,00 a Ureia + PA + 1,5% Cu 44,3 b 11,55 a Ureia + PA + 0,1% Cu + 0,3% B + 0,05% Mo 42,7 b 11,36 a Ureia + PA + 3% Cu 41,0 c 11,74 a Ureia perolada 39,4 c 11,03 a Ureia + PA + 1,5% Zn 37,7 c 11,55 a Ureia + PA + 0,25% Cu + 0,68% B 36,2 c 11,67 a Ureia + PA + 0,34% Cu + 0,94% B 36,1 c 11,53 a

Fertilizantes nitrogenados de liberação controlada São fertilizantes convencionais aos quais após a granulação ou perolamento recebem um recobrimento para controlar a penetração de água e, consequentemente, a taxa de dissolução do fertilizante e duração do tempo de liberação do N.

o TVA em 1961. SCU contêm: Grânulos perfeitos, danificados selados o A fabricação inicia-se com aquecimento da ureia (71-82ºC) e, posteriormente e danificados e realizada = Irregularidade a aplicação de S na pré-aquecido liberação (150 C de N 40 µm) e os poros selados com parafina ou ceras. S 0 SO 4 2-3 meses a 12 meses

S, gel, polietileno, etileno vinil acetato, poliésteres, resina de ureia formaldeído, Poli-cloreto de Vinidileno (PVDC), poliuretano, látex e ceras, fosfatos de Ca e Mg, gesso, extrato de nim, dentro outros. f = (propriedades físicas e químicas, custo e disponibilidade). Fertilizante convencional solúvel O recobrimento é aplicado na superfície dos grânulos

Os polímeros ficam intactos A temperatura, umidade do solo e a espessura do revestimento controlam a difusão. Água Ureia Ureia Dissolvida Água Ureia Dissolvida Ureia Dissolvida Liberação Completa

A = 67-68 µm Taxa de liberação e função de: 1) Temperatura e umidade do solo. 2) Tipo e espessura do revestimento. B = 87-99 µm

Teste de liberação de N Blend A - Temperatura 40ºC 90 85 Ureia "A" 87% N liberado (%) 80 75 70 65 60 13 7 14 21 28 35 42 49 56 63 77 98 133 233 63 Dias 233

Teste de liberação de N Blend B - Temperatura 40ºC 75 70 Ureia "B" 71% N liberado (%) 65 60 55 50 45 40 35 137 1421283542495663 77 98 133 233 63 Dias 233

Tecnologias N - Cafeeiro (Dominghetti et al., 2016) Perdas de N-NH 3 (% N aplicado) - 450 kg ha -1 ano -1 1º ano (2013/2014) 2º ano (2014/2015) Fertilizante Adubação Adubação Média Redução 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª (%) Ureia 28,3 c 22,2 d 43,2 e 31,5 d 55,3 e 22,0 d 33,8 g - Nitrato de amônio 0,7 a 0,1 a 0,2 a 0,3 a 0,2 a 0,1 a 0,2 a -99 Sulfato de amônio 1,5 a 0,5 a 0,7 a 0,5 a 1,2 a 0,1 a 0,7 a -98 Ureia formaldeído (UF) 2,2 a 0,6 a 0,6 a 0,7 a 0,6 a 0,1 a 0,8 a -98 Ureia dissolvida (água) 8,8 b 2,3 b 2,6 a 4,6 a 9,3 b 2,2 a 5,0 b -85 Ureia + resina plástica 1,4 a 3,7 b 20,5 b 5,6 a 14,7 b 23,6 d 11,6 c -66 Ureia + NBPT 3,3 a 3,0 b 29,5 c 22,5 c 38,2 d 9,7 b 17,7 d -48 Ureia + cobre + boro 25,4 c 17,1 c 34,3 d 15,4 b 27,0 c 7,7 b 21,2 e -38 Blend 29,6 c 23,5 d 39,8 e 23,3 c 38,0 d 16,9 c 29,0 f -15 Ureia + polímero 32,6 c 30,2 e 44,7 e 38,0 e 43,0 d 27,5 e 36,0 g +6

Blends Mistura física de grânulos com diferentes tecnologias na forma de blends. Alternativa para redução de custos e ajuste da curva de liberação do N. 100% PSCU 70:30 50:50 30:70 100% Ureia

Absorção de N (kg ha -1 ) Liberação acumulada de N (%) Absorção de N (kg ha -1 ) 140 130 120 110 100 90 80 70 60 100 50 40 30 80 20 10 Blends Milho safrinha - 2015/2016 Ureia Adubação convecional (C) (semeadura e cobertura) 0 0 60 0 32 58 76 92 138 110 20 100 90 80 0 70 60 50 40 30 20 10 40 0 Dias após plantio Blend 2 (89% Blend N - V14) 1 Estádios Fenológicos Adubação em linha (L2) Adubação em linha (L1) Adubação em linha (L2) Adubação em linha (L3) 0 0 32 58 76 92 138 Dias após plantio Grãos Curva de liberação de N no campo Blend 1 (93% N - V14) Palha Colmo Folha Grãos 0 32 58 76 92 138 Dias pós após Pantio o plantio Palha Estádios fenológicos 100 75 50 25 Blend 3 (83% N - V14) P 0 V6 0 V10 0 VT/R1 0 R3 0 R6 0 Colmo Folha 100 75 50 25 Porcentagem total (%) Porcentagem total (%) Absorção de N (kg ha -1 ) Produção (kg ha -1 ) 120 110 100 90 80 70 5500 60 50 5000 40 30 4500 20 10 Blend 2 Adubação em linha (L1) 0 0 4000 0 32 58 76 92 138 3500 120 3000 110 100 2500 90 Absorção de N (kg ha -1 ) 50 40 30 20 10 Produção Dias após plantio Estádios Fenológicos Blend 3 Adubação em linha (L3) Y = 16,76N + 2953,37 R 2 =0,96* 80 2000 70 0 78 104 130 50 60 Dose de nitrogênio (kg ha -1 ) 0 0 0 32 58 76 92 138 Dias após plantio Estádios Fenológicos Grãos Palha Colmo Folha Grãos Palha Colmo Folha 100 75 50 25 100 75 25 Porcentagem total (%) Porcentagem total (%)

Conclusões: Existem diferentes tecnologias para produção de fertilizantes nitrogenados convencionais, estabilizados, de liberação lenta ou controlada e seus blends. Isso influência o custo, a eficiência no uso do N e o preço. Reduzem à lixiviação, volatilização e desnitrificação em comparação a ureia, mas nem sempre a redução nessas perdas de N está associada ao aumento de produtividade das culturas. São uma realidade, mas precisamos de mais estudos científicos nas condições brasileiras.

Que saber mais sobre o assunto? Número 157, Março/2017

Faça parte desse desafio! O Brasil precisa conhecer os benefícios dos fertilizantes, pois sem eles não existira Agricultura! www.nutrientesparaavida.org.br

O que são fertilizantes e sua função?! Av. Paulista - SP

Obrigado!