DISPÕE SOBRE A OBRIGATORIEDADE DA INSTALAÇÃO DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS (SPRINKLERS) NOS LOCAIS QUE ESPECIFICA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

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Transcrição:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA DE VEREADORES DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE ITU/SP. PROJETO DE LEI ORDINÁRIA Nº /2.013 DISPÕE SOBRE A OBRIGATORIEDADE DA INSTALAÇÃO DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS (SPRINKLERS) NOS LOCAIS QUE ESPECIFICA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. Art. 1. Os projetos de edificações, residenciais ou não, com capacidade para mais de 100 pessoas, protocolizados na Prefeitura para aprovação, a partir da data de promulgação da presente Lei, deverão prever a instalação de "Chuveiros Automáticos (Sprinklers)". 1. Para os fins desta Lei, "Chuveiros Automáticos - Sprinklers" são dispositivos com elemento termo-sensível projetados para serem acionados em temperaturas prédeterminadas, lançando automaticamente água sob a forma de aspersão sobre determina da área, com vazão e pressão especificados, para controlar ou extinguir um foco de incêndio. 2.Os chuveiros automáticos deverão sempre estar em conformidade com as normas da ABNT. Art. 2. Com a finalidade de tornar públicos os modos de aplicação e os benefícios do "Chuveiros Automáticos - Sprinklers", e de incentivar a sua aplicação nas edificações, poderão ser elaborados:

I estudos junto a organizações públicas ou privadas para a definição de padrões estruturais para implantação dos "Chuveiros Automáticos - Sprinklers"; II cursos e palestras para a divulgação das melhores técnicas disponíveis à implantação do "Chuveiros Automáticos - Sprinklers"; III incentivos aos proprietários das edificações que adotarem "Chuveiros Automáticos - Sprinklers" em conformidade com padrões técnicos especificados na regulamentação desta Lei. Art.3º. O Poder Executivo Municipal regulamentará a presente Lei, no prazo de 90 (noventa) dias, após após a data de sua publicação. Art. 4. Revogadas as disposições em contrário, esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Itu, Plenário "Luiz Guido", aos 18 de novembro de 2013. Vereador PTN Presidente

Justificativa: Quando se analisa um sistema de proteção contra incêndio, deve -se considerar uma série de importantes fatores, tais como: Perdas econômicas; Redução ou paralisação total das atividades comerciais e/ou industriais; Perdas de vidas humanas. Projetar um sistema de combate ao fogo significa, em última instância, entender os riscos de perdas a que uma edificação possa estar sujeita, sejam elas humanas ou econômicas. A partir dessa compreensão, um sistema inteligente minimizará ao máximo esses riscos. Desde sua invenção e correta aplicação, os sprinklers (chuveiros automáticos) têm demonstrado ser o melhor equipamento disponível, e que obteve maior êxito no combate ao incêndios em edificações. Contudo, é sempre bom lembrar que um sistema de sprinklers tem como função central realizar o primeiro combate ao incêndio, na sua fase inicial, para extinguí-lo ou então controlá-lo até a chegada do Corpo de Bombeiros. Ou seja, ter um sistema de "CHUVEIROS AUTOMÁTICOS" instalado em uma edificação pode não ser uma garantia de sucesso no combate ao incêndio. Contudo, um "sprinkler automático" ou "chuveiro automático" é um equipamento capaz de controlar ou suprimir um incêndio antes que ele se espalhe, por meio da distribuição de um jato de água que atua sobre o foco inicial do fogo.

Uma pesquisa realizada ao longo da década de 80 nos EUA (Solomon, 1996) apresentou os seguintes resultados: 8% dos focos de incêndio foram extintos ou controlados por apenas 1(um) 48% dos focos de incêndio foram extintos ou controlados por apenas 2 (dois) 89% dos focos de incêndio foram extintos ou controlados por até 15 (quinze) Adicionalmente, ainda nos apresenta mais duas informações interessantes: Os danos materiais causados por incêndios em hotéis foram 78% menores nos hotéis que possuíam um sistema correto de "chuveiros automáticos"; Não se tem registro de mais do que 2 (duas) vítimas fatais em edificações protegidas por sistemas de chuveiros automáticos corretamente projetados e operados. O "chuveiro automático" é ativado por meio de um elemento termosensível que, quando atinge a temperatura de operação (de 68 C a 74 C, dependendo do sistema), rompe-se, permitindo que o sprinkler se abra. Nesse momento, sob pressão, a água é descarregada pelo orifício do sprinkler, atingindo o defletor e espalhando-se em formato de guarda-chuva sobre o fogo. Um sistema de "chuveiros automáticos" faz soar um alarme sempre que a água é descarregada por um ou mais sprinklers. O alarme local a campainha fora do edifício soa, alertando a todos na área da liberação de água. Ao mesmo tempo, um alarme também poderá soar em uma central remota de monitoramento ou supervisão. Ao ouvirem o alarme ou descobrirem o fogo, as pessoas presentes no edifício devem telefonar para a brigada local de combate a incêndio. Mas terão a segurança de que o sistema de "chuveiro automático" já estará acionado para o controle e até a supressão do fogo, minimizando as perdas e facilitando o trabalho dos bombeiros. Normalmente, um incêndio começa quase imperceptível e pode permanecer assim por um longo período enquanto está se formando. Quando se

propaga o bastante para ser visto ou desencadear um alarme, o tempo que leva para tomar uma proporção maior pode ser medido em segundos. O sistema de "chuveiros automáticos" inicia o combate ao incêndio sem a necessidade da ação humana. Já outros meios, co mo extintores e mangueiras, obviamente pressupõem a ação de pessoas. Como o fogo provoca altas temperaturas em pouquíssimo tempo, gerando densa fumaça e acabando com o oxigênio, a ação humana no controle do incêndio é prejudicada. Em um edifício sem "chuveiros automáticos", o fogo facilmente fica descontrolado e quando os bombeiros chegam, têm dificuldade de combatê-lo muitas vezes não evitando perdas irreparávei s. Assim sendo, levando em conta a importância desta proposta na prevenção de tragédias e preservação de vidas humanas, solicita -se aos Nobres Pares, especial atenção ao presente Projeto de Lei. Itu, Plenário "Luiz Guido", aos 18 de novembro de 2013. Vereador PTN Presidente