GEOLOGIA GERAL CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

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Transcrição:

GEOLOGIA GERAL CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Quarta 14 às 18h museu IC II Aula 13 Variação do nível do mar Turma: 2015/1 Profª. Larissa Bertoldi larabertoldi@gmail.com

Variação do nível do mar Porque o nível do mar (NM) varia? Variação absoluta de volume da água do mar Variação de volume das bacias oceânicas

Variação do nível do mar Variação absoluta de volume da água do mar Pequenas flutuações vulcanismo, subducção; Grandes flutuações formação e degelo de calotas polares, aquecimento global; Ex1: Completo degelo das calotas Antártica e Greenland Elevação NM 60-80m Redução da porção terrestre em 20% Ex2: Aquecimento médio global da água dos oceanos em 10ºC Elevação NM 10m

Variação do nível do mar Variação de volume das bacias oceânicas Tectônica de Placas Principal processo que controla a forma e tamanho das bacias; Aumento da taxa de espalhamento diminuição do volume da bacia e maior volume de magma soerguimento da CMO Subida do NM nos continentes Alta taxa de sedimentação diminui o volume da bacia

Variação do nível do mar Variação Continental Soerguimento e Subsidência Falhamentos soerguimento/subsidência tectônica na costa; Recalque isostático peso das calotas polares. Bacias Sedimentares peso do sedimento.

Variação do nível do mar DEFINIÇÕES Variação Eustática do NM NM global medido como sendo a distância entre a superfície do mar e um datum fixo centro da Terra; Controladas por mudanças volume da água dos oceanos: Glacio-eustasia Tectono-eustasia

Variação do nível do mar DEFINIÇÕES - Glacio-Eustasia As variações climáticas do planeta são controladas pelos seguintes fatores: Mudanças na órbita do planeta (Ciclos de Milankovich). Distribuição dos continentes energia solar e correntes oceânicas. Composição da atmosfera. Mudança na circulação dos oceanos (temperatura, input de água doce, etc).

Variação do nível do mar DEFINIÇÕES - Glacio-Eustasia Ciclos de Milankovitch A insolação ou radiação solar efetiva que incide sobre a superfície terrestre, dependeria de parâmetros orbitais: Excentricidade: mudanças na forma da órbita da Terra Obliquidade: mudanças na inclinação do eixo de rotação da Terra. Precessão: variação do sentido desse eixo de rotação.

Variação do nível do mar DEFINIÇÕES

Variação Relativa do nível do mar NM local medido como sendo a distância entre a superfície do mar e um datum local. Controladas tanto por mudanças volume da água dos oceanos, como por variações tectônicas locais (soerguimento e subsidência) e taxas de sedimentação.

Variação Relativa do nível do mar Porque o termo variação relativa do NM é amplamente aplicado? Não denota um mecanismo particular causador da variação; Não indica que a variação do NM seja global; Aplicado localmente, já que denota tanto variações (locais) eustáticas, tectônicas e de sedimentação.

Variação Relativa do nível do mar Holoceno Eustasia Tectonismo Sedimentação A eterna briga local para ver quem leva a melhor e dita as variações relativas do NM

Variação Relativa do NM e Aporte Sedimentar As variações relativas do NM e de aporte sedimentar em uma determinada bacia são controladas por dois processos básicos: Mudanças Climáticas Tectonismo Estes processos agem em diferentes escalas de tempo e magnitude, sendo muitas vezes cíclicos ou regulares.

Variação Relativa do NM e Aporte Sedimentar O conceito de Espaço de Acomodação Para que ocorra deposição, é necessário que haja espaço disponível na bacia. Espaço de acomodação sedimentar é governado pelas variações relativas do NM.

Variação Relativa do NM e Aporte Sedimentar O conceito de Espaço de Acomodação 1. Zero de espaço disponível zona de by-pass, ou seja, o sedimento é transportado para uma zona com espaço. 2. Espaço de acomodação negativo (soerguimento) erosão. 3. Taxa de aporte de sedimento > Taxa de criação de espaço progradação da costa - regressão marinha. 4. Taxa de aporte sedimento < Taxa de criação de espaço retrogradação da costa - transgressão marinha.

Variação Relativa do NM e Aporte Sedimentar Variação Relativa NM e Ambientes de Sedimentação Costeiros Ambientes Progradantes Ocorre quando existe uma regressão marinha em função do balanço entre os fatores eustasia, tectonismo e sedimentação. Ex: Deltas e Planícies de Cristas de Praia

Variação Relativa do NM e Aporte Sedimentar Paraíba do Sul Doce

Variação Relativa do NM e Aporte Sedimentar Variação Relativa NM e Ambientes de Sedimentação Costeiros Ambientes Retrogradantes Ocorre quando existe uma trangressão marinha em função do balanço entre os fatores eustasia, tectonismo e sedimentação. Ex: Cordões Litorâneos com lagunas, Estuários.

Variação Relativa do NM e Aporte Sedimentar Baía de Vitória Litoral Norte-fluminense Laguna Araruama

Medindo as Variações Relativas NM No passado Registro de isótopos de oxigênio no sedimento: A razão entre os isótopos estáveis de O 16 e O 18, varia conforme a salinidade, temperatura e volume de gelo. Há relativa diminuição de O 18 nas águas oceânicas em períodos mais quentes. Riqueza O 16 nos sedimentos marinhos períodos úmidos e quentes Condições Interglaciais. Riqueza O 18 nos sedimentos marinhos períodos secos e frios Condições Glaciais. Datação C 14, Pb 210 Datação de fósseis relacionando a posição altimétrica atual em relação a um datum.

Medindo as Variações Relativas NM Séries históricas em marégrafos variação na amplitude da maré Série mínima de 50 anos. Tendência Atual

Material disponível em: http://bertoldi.weebly.com/geologia-geral.html