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Transcrição:

LEI MUNICIPAL Nº. 2622/15, DE 26 DE MAIO DE 2015. Dispõe sobre Criação de Cargos, Mecanismos de Controle, Funcionamento e Eleição Direta dos Conselheiros Tutelares. O PREFEITO MUNICIPAL EM EXERCÍCIO, faz saber que a Câmara Municipal de Vereadores aprova e eu sanciono a seguinte Lei: TITULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DOS CONSELHOS TUTELARES Art. 1º. São criados na Administração Descentralizada do Município 05 (cinco) Cargos de Caráter Eletivo, denominado CONSELHEIROS TUTELARES, a serem providos mediante eleição por voto universal e facultativo dos eleitores Cruz-altenses. 1. O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei. 2º. No município haverá, no mínimo, 01 (um) Conselho Tutelar como órgão itinerante da administração pública local, composto de 05 (cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de 04 (quatro) anos, permitida 01 (uma) recondução, mediante novo processo de escolha. 3º. O número de Conselhos Tutelares poderá ser ampliado, conforme os critérios a seguir: I - população do Município; II - extensão territorial; III - densidade demográfica; IV - necessidade e problemas da população infanto-juvenil. 4º. A decisão do aumento do número de Conselhos Tutelares ficará sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, respeitados os critérios expostos em Lei. 5. A atuação de todos os Conselhos Tutelares deve atender à padronização de normas e de procedimentos, conforme disposições das leis federais, estaduais e municipais, destinadas à proteção integral à criança e ao adolescente. Art. 2º. Os Conselheiros Tutelares eleitos serão empossados nos cargos criados no artigo 1º por ato do Prefeito Municipal e exonerados automaticamente ao final de seus mandatos ou nos casos previstos nesta Lei.

Art. 3º. Os Cargos referidos no art. 1º da presente Lei, e arrolados em quantidade, denominação e códigos próprios, serão estruturados com base nos deste artigo. 1º. Os cargos ora criados terão a remuneração correspondente ao vencimento básico do Nível VI do Quadro Permanente de Cargos existente na estrutura administrativa da Prefeitura Municipal, estendendo-lhes ainda: a) direito ao Auxílio-Alimentação; b) direito de gozo de férias anuais de 30 (trinta) dias, acrescidas do 1/3 constitucional, podendo ser gozadas em dois períodos iguais, vedada a conversão em pecúnia de qualquer um dos períodos do gozo; c) direito do 13 salário; d) licença maternidade, nos termos da Lei Federal n 8213/91 (Regime Geral da Previdência Social); e) licença paternidade, de 05 (cinco) dias, nos termos do art. 10, 1 do ADCT Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; f) licença para tratamento da própria saúde, nos termos da Lei Federal n 8213/91 (Regime Geral da Previdência Social); g) direito à diária, nos termos do Regulamento Municipal que autoriza o referido pagamento; h) Cobertura Previdenciária. 2º. O pagamento e os reajustes serão efetivados nas mesmas datas, bases e condições dos demais servidores. 3º. Sobre a remuneração prevista no 1º e alíneas deste artigo, incidirão os descontos legais obrigatórios, inclusive previdenciários. 4. No caso de afastamento temporário de qualquer Conselheiro Tutelar, por 30 (trinta) dias ou mais, em virtude de férias e licenças previstas no 1, a Secretaria Desenvolvimento Social e o COMDICA convocarão o suplente conforme a ordem de classificação na lista de suplência, para atuar provisoriamente até o retorno do titular. 5. Fica assegurado aos atuais Conselheiros Tutelares que já completaram 12 (doze) meses de efetivo exercício no cargo, o direito do gozo de férias regulamentares, previsto no artigo 3º, 1º, Item b desta lei. 6º. O servidor público municipal que vier a exercer mandato de Conselheiro Tutelar cuja jornada de trabalho seja igual ou superior a 20 horas semanais, ficará licenciado do seu cargo efetivo, podendo, entretanto optar por sua remuneração, sendo o tempo de serviço que prestar como Conselheiro Tutelar computado para todos os efeitos legais. 7º. Constará da lei orçamentária municipal previsão dos recursos necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração e formação continuada dos conselheiros tutelares.

Art. 4º. Os Conselheiros Tutelares serão eleitos por voto direto, secreto, universal e facultativo dos eleitores do Município, em eleição presidida sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente COMDICA com apoio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e a fiscalização do Ministério Público, na forma da Lei. Parágrafo Único. Podem votar os maiores de 16 (dezesseis) anos, inscritos como eleitores no Município. Art. 5º. A eleição será organizada mediante resolução do COMDICA. Art. 6. Os Conselheiros Tutelares serão compostos de 05 (cinco) membros com mandato de 04 (quatro) anos, permitida 01 (uma) recondução, o suplente ao assumir como titular, permitida 01 (uma) recondução. Parágrafo único. Serão cinco Conselheiros Tutelares efetivos e dez Conselheiros Tutelares suplentes conforme ordem de votação. Art. 7º. São requisitos para candidatar-se a exercer as funções de membro do Conselho Tutelar: I Escolaridade: Ensino Superior Completo até a data da inscrição, conforme legislação em vigor; II estar residindo e ter domicílio neste Município, no mínimo, há dois anos ininterruptos; III reconhecida idoneidade moral, demonstrada através de certidão negativa de antecedentes criminais e alvarás de folha corrida judicial da Comarca onde tenha residido nos últimos 5 (cinco) anos; IV apresentar quitação com as obrigações militares e eleitorais; V avaliação que demonstrem a capacidade de lidar com conflitos sóciofamiliares para prestar atendimento às crianças, adolescentes e suas famílias e exercer as atribuições previstas na presente lei e na lei 8.069/90, o que será objeto de análise de seus currículos e avaliações de aptidões físicas, psiquiátricas, psicológicas e psicopedagógica, sendo de caráter eliminatório e soberano; VI a avaliação prevista no inciso anterior será realizada pelo poder público municipal através da Rede Pública de Saúde; VII Ser aprovado em prova de questões objetivas versando sobre conhecimentos e aplicação da Lei nº 8069/90, Estatuto da Criança e do Adolescente, para concorrer à eleição para o Conselho Tutelar, aqueles que atingirem o percentual mínimo de 70% das questões da prova; VIII Se Conselheiro ou ex-conselheiro Tutelar não pode ter sofrido as penalidades previstas nesta lei e se servidor ou ex-servidor público, de qualquer esfera, não pode ter sido punido com a pena de demissão no serviço público, na forma de seu estatuto ou legislação; IX participar de capacitação a ser promovida pelo COMDICA e SMDS com 100% de participação; X idade mínima 21 anos, no ato da inscrição; XI Ser eleitor no município de Cruz Alta há no mínimo dois anos ininterruptos;

1. Se o Conselheiro quiser candidatar-se a qualquer outro cargo eletivo, exceto para Conselheiro Tutelar, deverá licenciar-se de sua função conforme prevê a lei eleitoral. 2º. O Conselheiro Tutelar poderá dirigir veículo do Conselho Tutelar quando em exercícios de suas atividades, desde que devidamente habilitado e excepcionalmente na falta de motorista. Art. 8º. O exercício efetivo da função de membro do Conselho Tutelar constituirá serviço público relevante, estabelecerá presunção de idoneidade moral e assegurará prisão especial em caso de crime comum até julgamento definitivo. exclusiva. 1º. O exercício da função de Conselheiro deverá ser de dedicação 2º. Se o Conselheiro quiser candidatar-se a qualquer outro cargo eletivo deverá licenciar-se de sua função 120 (cento e vinte) dias antes do pleito. Art. 9º. Na qualidade de membros eleitos para cargo eletivo, os conselheiros não serão incluídos nos quadros da Administração Municipal, mas terão direito a remuneração fixada, nos termos do Artigo 3º,, Incisos e alíneas desta Lei, devendo as respectivas despesas correr por conta de rubricas orçamentárias próprias do Município Art. 10. A partir da publicação da presente Lei, o Conselho Tutelar passará a prestar expediente da seguinte forma: 1º. De segunda a sexta-feira, com carga horária de 40 horas semanais, no horário compreendido das 8 horas às 12 horas e das 13 horas e 30 minutos às 17 horas e 30 minutos, em sua sede, devendo o atendimento ser diário pelos Conselheiros Tutelares, não podendo ser inferior a 03 (três) Conselheiros, mantendo-se um plantão diário para os demais horários, inclusive aos sábados, domingos e feriados, a ser cumprido mediante escala, por um ou mais Conselheiros. 2º. O regime de plantão não dará direito à percepção de horário extraordinário, devendo ainda as escalas ser organizadas com a aprovação do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente COMDICA e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social - SMDS, que poderá propor as modificações que se façam necessárias ao bom desempenho das atribuições inerentes aos conselheiros. 3º. Semanalmente, ou quando necessário, o colegiado reunir-se-á, em sessões com no mínimo três conselheiros, para avaliação e ratificação do atendimento individualizado que tenha sido prestado pelos conselheiros, procedendo-se o registro em ata. 4º. O Conselho Tutelar atenderá informalmente as partes, mantendo registro das providencias adotadas em cada caso, fazendo constar em ata apenas o essencial.

5º. A escala de plantão do Conselho Tutelar deverá ser encaminhada ao COMDICA, SMDS, Prefeito Municipal, Juizado da Infância e Juventude e fixada no quadro mural de avisos da Prefeitura para publicização. Art. 11. As decisões do Conselho Tutelar serão tomadas por maioria de votos dos conselheiros presentes e na forma de seu regimento interno, e os casos que não forem da sua competência serão encaminhados à promotoria da infância e da juventude e ou ao juizado da infância e da juventude. Art. 12. Perderá o mandato o conselheiro que for condenado por sentença irrecorrível pela prática de crime doloso, ou pela prática dos crimes de infrações administrativas na Lei Federal nº 8069/90. Art. 13. São impedidos de servir no mesmo Conselho, marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogros e genros ou noras, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tios e sobrinhos, padrastos ou madrasta e enteados. Parágrafo único. Entende-se o impedimento do Conselheiro, na forma deste artigo, em relação à autoridade judiciária e ao representante do Ministério Público com atuação na Justiça da Infância e da Juventude, em exercício na Comarca, Foro Regional ou Distrital local. TITULO II DAS INSTÂNCIAS ELEITORAIS Art. 14. O Conselho Municipal dos direitos da Criança e do Adolescente COMDICA, indicará e nomeará Comissão Eleitoral responsável pela organização do pleito, bem como por toda a condução do processo eleitoral. Parágrafo único. Para compor a Comissão Eleitoral, o COMDICA escolherá entre seus pares e poderá indicar eleitores e representantes de entidades. Art. 15. O COMDICA expedirá Resolução estabelecendo a data de registro de candidaturas, os documentos necessários à inscrição e o período de duração da campanha eleitoral. 1º. O prazo para registro de candidaturas durará, no mínimo, 15 (dias) e será precedido de ampla divulgação. (trinta) dias. 2º. A campanha eleitoral se estenderá por um período não inferior a 30 Art. 16. Constituem instâncias eleitorais: I o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (COMDICA); II a Comissão Eleitoral;

III as Juntas Eleitorais. Art. 17. Compete ao COMDICA: I formar a Comissão Eleitoral; II aprovar a composição das Juntas Eleitorais, propostas pela Comissão Eleitoral; III publicar a composição das Juntas Eleitorais; IV expedir as resoluções acerca do processo eleitoral; V julgar: a) os recursos interpostos contra as decisões da Comissão Eleitoral; b) as impugnações apresentadas contra a indicação de membros das Juntas Eleitorais; c) as impugnações ao resultado geral das eleições, nos termos desta Lei. VI publicar o resultado geral do pleito, bem como proclamar os eleitos; VII - Dar posse aos Conselheiros Tutelares nos termos do artigo 85 desta Lei; Art. 18. Compete a Comissão Eleitoral: I dirigir o processo eleitoral; II adotar todas as providências necessárias para a realização do pleito; III indicar ao COMDICA a composição das Juntas Eleitorais; IV publicar a lista dos mesários e dos escrutinadores de votos; V receber e processar as impugnações apresentadas contra mesários e escrutinadores; VI analisar e homologar o registro das candidaturas; VII receber denúncias contra candidatos, nos casos previstos nesta Lei, bem como adotar os procedimentos necessários para apurá-las; VIII processar e decidir, em primeiro grau as denúncias referentes à impugnação e a cassação de candidaturas; IX julgar: a) os recursos interpostos contra as decisões das juntas eleitorais; b) as impugnações apresentadas contra mesários e escrutinadores. X publicar o resultado do pleito, abrindo prazo para recursos, nos termos desta Lei. Art. 19. Compete as Juntas Eleitorais: I responsabilizar-se pelo bom andamento da votação do pleito pela qual é responsável, bem como resolver os eventuais incidentes que venham a ocorrer na área de sua competência; II resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos de apuração de votos;

III expedir os boletins de apuração relativos as urnas localizadas na circunscrição relativa a sua micro-região. Parágrafo único. A cada micro-região do Município, corresponderá uma Junta Eleitoral, podendo haver aglutinação. TITULO III DO REGISTRO DAS CANDIDATURAS Art. 20. Admitir-se-á somente o registro de candidaturas que preencham os requisitos desta Lei. Art. 2l. As candidaturas serão registradas individualmente. Parágrafo único. Somente serão aceitos registros de candidatos que tiveram cumprido os requisitos do Art. 7º, seus parágrafos e Incisos. Art. 22. A Comissão Eleitoral indeferirá o registro de candidatura que deixe de preencher os requisitos legais. Art. 23. Indeferido o registro, o candidato será notificado para, querendo, no prazo de 3 (três) dias úteis, para apresentar recursos. Art. 24. O candidato poderá registrar um apelido. Art. 25. Após o deferimento do registro das candidaturas, a Comissão Eleitoral fará publicar a lista dos candidatos. Parágrafo único. Os pedidos de impugnação de candidatura deverão ser apresentados no prazo de 3 (três) dias úteis, a contar da data da publicação referida no caput. Art. 26. Constitui motivo de impugnação o não preenchimento de qualquer dos requisitos para candidatura ou a incidência de alguma hipótese de impedimento para o exercício da função de Conselheiro Tutelar, prevista na legislação em vigor. Art. 27. As impugnações podem ser apresentadas por qualquer cidadão, desde que fundamentadas e com a devida comprovação. Art. 28. Aos candidatos impugnados dar-se-á o direito de defesa que deverá ser apresentada em 3 (três) dias úteis, a contar da notificação. Art. 29. A Comissão Eleitoral avaliará a impugnação e notificará o candidato de sua decisão.

Parágrafo único. Da decisão da Comissão Eleitoral caberá recursos ao COMDICA, que deverá ser apresentado em 3 (três) dias úteis, contados da notificação da respectiva decisão. Art. 30. O COMDICA deverá manifestar-se em 3 (três) dias úteis, sobre as impugnações. TITULO IV DA ELEIÇÃO Art. 31. Considerar-se-ão eleitos os cinco candidatos que obtiverem maior número de votos, sendo os demais, pela ordem de classificação, até o número de dez, suplentes. de: 1º. Os suplentes serão convocados por ordem de classificação, nos casos I Férias e licenças temporárias a que fazem jus os titulares, pelo período de 30 (trinta) dias ou mais; II - vacância, por renúncia, destituição ou perda da função, falecimento ou outras hipóteses de afastamento definitivo. 2º. Aplicam-se às situações de licença e vacância, no que couberem, as normas de pessoal da Administração Pública Municipal. Art. 32. A eleição se realizará a cada 04 (quatro) anos, no primeiro domingo do mês de Outubro do ano subsequente ao da eleição presidencial. Parágrafo único. No processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, é vedado ao candidato doar, oferecer, prometer ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive brindes. Art. 33. A Comissão Eleitoral é o órgão eleitoral responsável pelo desenvolvimento do pleito no Município, cabendo às Juntas Eleitorais o exercício do trabalho na região para o qual foram designadas. Art. 34. Compete ao COMDICA e a Comissão Eleitoral indicar, dentre os funcionários públicos municipais, estaduais, federais, membros do colegiado não impedido, os eleitores para atuarem durante o pleito como mesários e escrutinadores. 1º. Para o atendimento do disposto no caput deste artigo, o Município, o Estado e a Federação, fornecerão listagem dos funcionários residentes no Município. 2º. Na impossibilidade de completar-se o quadro de mesários e escrutinadores, conforme previsto no caput deste artigo, o COMDICA e a Comissão

Eleitoral ficam autorizados a convocar outros cidadãos indicados por entidades para atuarem como mesários e escrutinadores. Art. 35. Não podem atuar como mesários ou escrutinadores: I os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau; II o cônjuge ou (a) companheiro(a) de candidato; III as pessoas que notoriamente estejam fazendo campanha para um dos candidatos concorrentes ao pleito. Art. 36. A Comissão Eleitoral publicará em jornal de circulação na cidade, através de edital, a nominata dos mesários e escrutinadores que trabalharão no pleito. 1º. O candidato impugnado e o cidadão interessado serão notificado da decisão da Comissão Eleitoral. 2º. Da decisão da Comissão Eleitoral caberá recurso ao COMDICA, que deverá ser apresentado em 3 (três) dias úteis, a contar da notificação. Art. 37. Cada candidato poderá credenciar 1 (um) fiscal para atuar junto à mesa receptora de votos. Art. 38. Nas mesas receptoras de votos será permitida a fiscalização da votação, a formulação de protestos, impugnações, inclusive quanto à identidade do eleitor, devendo tudo ser registrado em ata. Art. 39. O eleitor votará na mesa receptora correspondente a sua zona eleitoral, com identificação conforme a legislação eleitoral vigente. Parágrafo único. Os votos poderão ser computados através de urnas eletrônicas, nos termos da Legislação Eleitoral vigente. TITULO V DA APURAÇÃO DOS VOTOS Art. 40. Cada candidato poderá credenciar 1 (um) fiscal para atuar na apuração do sufrágio. Parágrafo único. O fiscal indicado representará o candidato em toda a apuração, sendo vedada a entrada de pessoa não credenciada no recinto destinada a apuração. Art. 41. Toda a apuração terá fiscalização da Junta Eleitoral ou da Comissão Eleitoral, quando for o caso, para decisão quanto à impugnação de votos e urnas.

Art. 42. Antes do início da contagem dos votos, a Junta Eleitoral resolverá as impugnações constantes das atas, apresentadas junto à mesa receptora dos votos. 1º. As impugnações de votos e de urnas deverão ser apresentadas pelos fiscais no momento em que estiverem sendo apurados, sob pena de preclusão ao direito de impugnar. 2º. Das decisões da Junta Eleitoral caberá recurso à Comissão Eleitoral, que deverá ser apresentado no ato, por escrito e devidamente fundamentado, sob pena de não recebimento. 3º. Os recursos, juntamente com os votos impugnados, serão deixados em separado devendo constar no boletim de apuração a ocorrência. Art. 43. Cabe impugnação de urna somente na hipótese de indício de sua violação. Parágrafo único. O exame das impugnações de urna apresentadas pelos fiscais deverá seguir as mesmas regras estabelecidas nesta Lei para as demais impugnações. Art. 44. A Junta Eleitoral expedirá boletim correspondente a cada urna apurada, contendo o número de votantes, as seções eleitorais correspondentes, o local em que funciona a mesa receptora de votos, os candidatos que receberam votos, bem como número de votos em brancos, nulos e válidos. Parágrafo único. O boletim de apuração será afixado em local onde possa ser consultado pelo público em geral. Art. 45. Encerrada a apuração as Juntas Eleitorais entregarão o resultado e o material respectivo à Comissão Eleitoral. Parágrafo único. Após as urnas serem apuradas e devidamente lacradas, não poderão, em hipótese alguma, ser novamente abertas. Art. 46. As urnas que tiverem votos impugnados deverão ser devidamente apuradas e, ao final, lacradas, sendo que os votos impugnados deverão ser remetidos em separado à Comissão Eleitoral. 1º. Na ata e no boletim de apuração deverá constar o número de votos impugnados e a indicação que eles estão em separado. 2º. A ata de apuração deve ficar anexa à urna apurada. 3º. Juntamente com o voto em separado devem ser remetidas à Comissão Eleitoral as razões dos recursos e a cópia da ata de apuração, com o indicativo da urna que pertence o voto impugnado.

Art. 47. A Comissão Eleitoral decidirá em definitivo os recursos referentes à validade de votos e à violação de urnas. Art. 48. A Comissão Eleitoral, computados os dados constantes dos boletins de apuração, publicará edital dando conhecimento do resultado do pleito. Art. 49. O resultado final cabe ao COMDICA, o qual deverá ser apresentado e publicado em até 05 (cinco) dias úteis, a contar da publicação do Edital de conhecimento do resultado do pleito feito pela Comissão Eleitoral. 1º. O resultado deverá ser por escrito e devidamente fundamentado. 2º. O COMDICA decidirá os resultados apresentados, em reunião convocada exclusivamente para esse fim. Art. 50. Na hipótese de empate entre candidatos, o candidato que tiver mais idade será considerado o vencedor. TITULO VI DA PROPAGANDA ELEITORAL Art. 51. A propaganda dos candidatos somente será permitida após o registro das candidaturas, nos moldes da legislação eleitoral vigente. Parágrafo Único. O descumprimento das disposições que regem a propaganda eleitoral por candidato ou simpatizante do mesmo ensejará ao infrator multa de até 25 VRM a ser recolhida ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente. Art. 52. Toda a propaganda eleitoral será realizada sob responsabilidade dos candidatos, imputando-lhes solidariamente nos excessos praticados por seus simpatizantes. Art. 53. Não será permitida propaganda que implique grave perturbação à ordem, aliciamento de eleitores por meio insidiosos e propaganda enganosa. Art. 54. Considerar-se-á, para os efeitos desta Lei, grave perturbação à ordem a propaganda que fira as posturas municipais, que perturbe o sossego público ou que prejudique a higiene e a estética urbana, conforme legislação pertinente. Art. 55. Considerar-se-á aliciamento de eleitores o oferecimento ou a promessa de dinheiro, dádivas, benefícios ou vantagens de qualquer natureza, mediante o apoio a qualquer candidatura. Art. 56. Compete a Comissão Eleitoral processar e decidir sobre as denúncias referentes à propaganda eleitoral, podendo inclusive, determinar a suspensão da propaganda, o recolhimento do material ou a cassação do registro de candidaturas.

Parágrafo único. A Comissão Eleitoral cabe processar e decidir sobre as denúncias referentes à propaganda eleitoral, bem como recolher material, a fim de garantir o cumprimento desta Lei. Art. 57. Qualquer cidadão, fundamentadamente, poderá dirigir denúncia à Comissão Eleitoral sobre a existência de propaganda irregular, por escrito, vedado o anonimato. Art. 58. Tendo a denúncia indício de procedência, a Comissão Eleitoral determinará que a candidatura envolvida apresente defesa no prazo de até 03 (três) dias úteis. ouvir; 1. Na defesa deverá constar rol de testemunhas que o denunciado pretenda 2. Havendo testemunhas ou depoimentos a serem colhidos, a oitiva se dará em até 03 (três) dias úteis da apresentação da defesa; 3. As testemunhas do denunciado e denunciante deverão ser apresentadas para depor, independente de intimação, sob pena de perda da prova; 4. Em até 03 (três) dias úteis da colheita de provas, poderá o denunciado apresentar alegações finais. Art. 59. Para instruir sua decisão, a Comissão Eleitoral poderá ouvir testemunhas, determinar a anexação de provas, bem com efetuar diligências. Art. 60. O candidato envolvido e o denunciante deverão ser notificados da decisão da Comissão Eleitoral. Art. 61. Da decisão da Comissão Eleitoral caberá recurso ao COMDICA, que deverá ser apresentado até 03 (três) dias úteis, a contar da notificação. TITULO VII DO CONTROLE, FUNCIONAMENTO E ORGANIZAÇÃO INTERNA DOS CONSELHEIROS TUTELARES Art. 62. Fica criada a Coordenação do Conselho Tutelar. 1. A Coordenação será escolhida pelo Colegiado na sua 1ª sessão e será composta pelo Coordenador, Vice-coordenador, 1º e 2º secretários do Conselho Tutelar com mandato de doze meses, sendo permitida uma recondução. 2º. Na falta ou impedimento do Coordenador assumirá a coordenação dos trabalhos sucessivamente seu Vice o 1º ou o 2º Secretário.

3º. O Coordenador do Conselho Tutelar poderá ser substituído caso não desempenhe as suas funções, com a fiscalização do COMDICA e a Administração Municipal, através da SMDS. Art. 63. A Coordenação dos Conselheiros Tutelares, constituída por um membro do Conselho é o órgão que disciplina a organização interna do conjunto dos Conselheiros Tutelares no Município. Art. 64. A coordenação do Conselho Tutelar terá o prazo de 60 dias a contar da posse, para apresentar ao COMDICA o regimento interno do Conselho para avaliação e aprovação. Art. 65. Compete ao Colegiado dos Conselheiros Tutelares: I distribuir, de forma ordenada, os casos a serem avaliados, bem como o modo de decisão coletiva dos casos que lhe forem submetidos. II elaborar o Regimento Interno do Conselho Tutelar; III uniformizar a forma de prestar o trabalho, bem como o atendimento do Conselho de Cruz Alta; IV cabe ao coordenador (a) do Conselho Tutelar manifestar-se em nome do colegiado, sempre que necessário; V prestar contas, mensalmente, dos trabalhos realizados em relatório circunstanciado, a ser remetido ao Executivo, Judiciário e COMDICA. Parágrafo único. Caberá ao Coordenador do Conselho Tutelar decidir sobre os conflitos de competência entre os Conselheiros Tutelares. Art. 66. Compete à Administração: I- fiscalizar o cumprimento do horário dos Conselheiros Tutelares, o regime de trabalho, a forma de trabalho, a forma de plantão, de modo que compatibilize o atendimento à população 24 horas por dia; II- fiscalizar o regime de trabalho e a efetividade dos Conselheiros Tutelares ; III- instaurar e proceder sindicâncias para apurar a eventual falta grave cometida por Conselheiro Tutelar no desempenho de suas funções; IV- emitir parecer conclusivo nas sindicâncias instauradas e notificar o Conselho Tutelar indiciado de sua decisão; TITULO VIII DO PROCESSO DISCIPLINAR Art. 67. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço prestado por Conselheiro Tutelar é obrigada a promover sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar para apurar a existência de eventual falta grave.

1. A Sindicância e o Processo Administrativo serão processadas nos termos previstos nesta Lei e, subsidiariamente, no que couber, pelo Estatuto do Servidor Público Municipal. 2. O COMDICA deverá ser informado da abertura de Sindicância ou Processo Administrativo, podendo designar um de seus membros para acompanhar todo o procedimento, como assistente. Art. 68. Constitui falta grave: I usar de sua função para benefício próprio; II romper o sigilo em ralação aos casos analisados pelo Conselho Tutelar; III exceder-se no exercício da função de modo a exorbitar sua competência, usando da autoridade que lhe foi conferida; IV recusar-se a prestar atendimento, conforme aqueles previstos em lei para as suas atribuições; V omitir-se quanto ao exercício de suas atribuições; VI deixar de comparecer no horário de trabalho estabelecido; VII exercer outra atividade incompatível com a dedicação exclusiva; VIII- ser condenado criminalmente, por sentença transitada em julgado, por crime contra os costumes, crimes dolosos contra a vida, crime contra a família, crianças e adolescentes, que impliquem em conduta incompatível com o exercício do cargo. Art. 69. É vedado aos Conselheiros Tutelares: I Receber a qualquer título honorários, propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; II Divulgar, por qualquer meio, notícia a respeito do fato que possa identificar a criança, o adolescente ou sua família, salvo autorização judicial; III - Utilizar recursos humanos ou materiais públicos em serviços ou atividades particulares; IV - Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da função que exerce; V - Omitir-se quanto ao exercício de suas atribuições; VI - Proceder de forma desidiosa; VIII Atribuir a pessoa estranha ao Conselho Tutelar fora dos casos previstos em Lei o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade; IX Coagir ou aliciar pessoas sujeitas a atendimento do conselho Tutelar no sentido de filiarem-se a Associação Profissional ou Sindical ou a partido político. Parágrafo único. O indicado deverá ser afastado de suas funções imediatamente, sem direito a remuneração, após a abertura de Sindicância ou Processo Administrativo. Art. 70. Constatada a falta grave, a Administração poderá aplicar as seguintes penalidades: I - advertência; II - suspensão não remunerada;

III - perda de função. Art. 71. Ocorrida falta grave o COMDICA deverá solicitar a Administração Municipal o afastamento preventivo e temporário sem remuneração de Conselheiro que tenha violado o direito de criança ou adolescente, quando houver receio de que prejudique a pessoa com o direito violado ou o andamento do processo disciplinar ou judicial. Art. 72. Aplica-se a advertência nas hipóteses previstas nos incisos II, III, IV, V, VI do art. 68. Parágrafo único. Reincidindo o Conselheiro Tutelar nas faltas previstas no artigo 68 deverá ser aplicada pela Administração a penalidade de suspensão não remunerada. Art. 73. Aplica-se a penalidade de suspensão não remunerada ocorrendo reincidência comprovada e perderá o direito a função. Parágrafo único. Considera-se reincidência comprovada quando constatada falta grave em sindicância anterior, regularmente processada. Art. 74. Aplica-se a penalidade de perda de função quando: I após a aplicação de suspensão não remunerada, cometer o Conselheiro Tutelar falta grave regularmente constatada em sindicância; II - deixar de residir no município; III- abandono de cargo, nas hipóteses previstas na Lei Complementar nº. 004/95 Estatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos do Município de Cruz Alta- RS; IV- inassiduidade habitual; V- improbidade administrativa; VI- incontinência pública e conduta escandalosa; VII- reincidência. VIII- na hipótese prevista nos incisos VII e VIII do art. 68. IX incorrer nos impedimentos do Artigo 140 da Lei 8069/90 (ECA); X assumir cargo público em virtude de aprovação de provas e títulos nos termos do Artigo 37, Incisos II e XVI da CF 88; XI for eleito a cargo público; XII findar o mandato para o qual foi eleito. Municipal. Parágrafo único. A perda do mandato será decretada por ato do Prefeito Art. 75. Na sindicância, cabe à Administração assegurar o exercício do contraditório e da ampla defesa ao Conselheiro Tutelar. 1º. Todo cidadão poderá e o COMDICA deverá, ao tomar conhecimento de infração cometida por Conselheiro tutelar, representar ao Prefeito Municipal pela instauração de processo administrativo.

2º. As denúncias serão encaminhadas à Administração por escrito desde que fundamentadas. Art. 76. O processo de sindicância disciplinar para apuração de ato irregular de Conselheiro, terá prioridade absoluta na sua tramitação sobre todos os outros processos face à garantia da teoria da proteção integral prevista no ECA, terá caráter sigiloso e deverá ser concluído no prazo de 60 (sessenta) dias, após a sua instauração, salvo impedimento justificado. Art. 77. Instaurada a sindicância, o indiciado deverá ser notificado previamente da data em que será ouvido pela Administração. Art. 78. Após ouvido o indiciado, o mesmo terá 3 (três) dias para apresentar sua defesa prévia, sendo-lhe facultada consulta aos autos. Parágrafo único. Na defesa prévia devem ser anexados os documentos, as provas produzidas, bem como indicado o número de testemunhas a serem ouvidas, no máximo de 03 (três) por fato imputado. defesa. Art. 79. Ouvir-se-ão primeiro as testemunhas de acusação e posteriormente as de Parágrafo único. As testemunhas de defesa e acusação, comparecerão mediante intimação e a falta das mesmas não obstará o prosseguimento da instrução. Art. 80. Concluída a fase de instrução, dar-se-á vista dos autos a defesa para produzir alegações finais, 10 (dez) dias. Art. 81. Apresentadas as alegações finais, a Administração terá 15 (quinze) dias para findar a sindicância, sugerindo o arquivamento ou aplicando a penalidade cabível. Parágrafo único. Na hipótese de arquivamento por falta de provas ou por decisão judicial, somente será aberta nova sindicância ou Processo Disciplinar sobre o mesmo fato, caso sejam apresentados fatos novos. Art. 82. Da decisão da Administração, o Conselheiro poderá interpor recurso fundamentado ao Prefeito Municipal, devendo apresentá-lo em 15 (quinze) dias, a contar da intimação pessoal do indiciado ou de seu Procurador. Art. 83. Caso a denúncia do fato apurado tenha sido dirigida por particular, quando da conclusão dos trabalhos, ao denunciante será disponibilizada a decisão da administração. Art. 84. Concluída a sindicância pela incidência de uma das hipóteses previstas nos artigos 228 e 258 da Lei Federal nº 8069/90, os autos serão remetidos imediatamente ao Ministério Público, sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis.

TITULO IX DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 85. A posse dos Conselheiros Tutelares ocorrerá no dia 10 de janeiro do ano subsequente ao processo de escolha, e serão empossados em sessão solene pelo Presidente do COMDICA e pelo Prefeito Municipal que assinará portaria de nomeação para o cargo de Conselheiro Tutelar no Município de Cruz Alta. Parágrafo Único. Será tornado sem efeito o provimento do cargo se o Conselheiro Tutelar eleito não tomar posse do cargo na ocasião a que se refere o caput deste artigo, admitida a prorrogação justificada a pedido do interessado pelo prazo de cinco dias ou que tiver cassada a sua eleição por decisão judicial irrecorrível. Art. 86. Para contagem dos prazos previstos nesta Lei exclui-se o dia do início e inclui-se o do vencimento. 1º. Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil, se o vencimento cair em feriado, sábado ou domingo. intimação. 2º. Os prazos somente começarão a correr do primeiro dia útil após a Art. 87. Os funcionários municipais que atuarem como mesário e/ou escrutinadores durante o pleito terá direito a um dia de dispensa do comparecimento ao trabalho, mediante comprovação expedida pela Comissão Eleitoral, que será entregue ao servidor convocado no ato de encerramento de seus trabalhos. Art. 88. Os atuais detentores de cargos de Conselheiros Tutelares passarão a ocupar os cargos criados por esta Lei, percebendo a remuneração prevista para os mesmos, para os quais deverão ser nomeados imediatamente após a entrada em vigor do presente Diploma Legal. Art. 89. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 90. Revoga-se a Lei Municipal nº 1329, de 31 de janeiro de 2005 e suas alterações. Cruz Alta, 26 de Maio de 2015. Registre-se. MOACIR MARCHESAN PREFEITO MUNICIPAL EM EXERCÍCIO AIRON GIANLUPPI SECRETÁRIO INTERINO DA ADMINISTRAÇÃO