CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE BOM PRINCÍPIO

Transcrição

1 EDITAL 001/2015 O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Bom Princípio, no uso de suas atribuições institucionais, elencadas da Lei Federal 8.069/90, de 13/07/1990 e Lei Municipal 1527/2008, e Lei Municipal 2.320/2015 torna público o edital que regulamenta o processo de eleição e posse dos membros do Conselho Tutelar, com mandato para o período de 10/01/2016 a 09/01/2020. REGULAMENTO DO PROCESSO ELEITORAL I - Das disposições preliminares Art. 1 O Processo de Escolha em Data Unificada é disciplinado pela Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), Resolução nº 170/2015 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA, assim como pela Lei Municipal nº 1527/2008 e suas alterações, do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de B o m P r i n c í p i o, sendo conduzido e realizado sob a responsabilidade deste e fiscalização do Ministério Público, conforme cronograma no anexo I. Art. 2 Os membros do Conselho Tutelar local serão escolhidos mediante o sufrágio universal, direto, secreto e facultativo dos eleitores do município, em data de 04 de outubro de 2015, sendo que a posse dos eleitos e seus respectivos suplentes ocorrerão em data de 10 de janeiro de 2016; Art. 3 Os candidatos concorrerão a 05 (cinco) vagas de Conselheiros Tutelares, sendo eleitos os 05 (cinco) primeiros mais votados. Serão considerados suplentes os seguintes 05 (cinco) mais votados. Art. 4 A eleição será realizada no dia 04 de outubro de 2015 na Prefeitura Municipal.

2 Art. 5 As atribuições do cargo estão descritas no ANEXO II desse edital, conforme o previsto no art. 17 da Lei Municipal n 1.527/2008 e suas alterações que Dispõe sobre a Política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente. A carga horária do Conselheiro Tutelar será de 24 horas semanais, distribuídas nos turnos de 4 horas de funcionamento e plantões com dedicação exclusiva (Constituição Federal art 37, Inc. XVI e XVII) II Das competências da comissão eleitoral Art. 6 Compete à comissão eleitoral: I - Divulgar o processo eleitoral dando ampla publicidade com a afixação de editais e resoluções junto aos órgãos públicos, locais de grande acesso público e mídia local; bem como a notificação pessoal do representante do Ministério Público de todas as etapas do certame e seus incidentes. II -Proceder às inscrições dos candidatos. III - Viabilizar o processo de pré-seleção dos candidatos. IV- Decidir sobre o registro da candidatura. V - Zelar pelo bom andamento da votação, bem como resolver eventuais incidentes que venham ocorrer no dia da eleição. VI - Receber recursos previstos em lei e julgá-los. VII -Coordenar os trabalhos de votação e apuração. VIII - Expedir boletins de apuração dos votos. IX - Deliberar a cerca dos casos não previstos no presente edital, na Lei Municipal 1527/2008 e suas alterações ou contrários a ela. III Dos critérios para candidatura: Art. 7 São requisitos para candidatar-se à função de Conselheiro Tutelar, conforme estabelecido no Art. 16 da Lei municipal 1527/2008 e alterações: I - reconhecida idoneidade, comprovada mediante certidão negativa judicial; II - idade superior a vinte e um (21) anos; III - residir no Município, há pelo menos dois anos; IV - ser eleitor;

3 V - escolaridade mínima em nível de ensino médio; VI Estar em pleno gozo das aptidões físicas e mentais para o exercício efetivo da função de Conselheiro Tutelar, devidamente, atestado por profissional habilitado. VII É vedado aos membros do Conselho Tutelar: I - receber, a qualquer título, honorários, exceto estipêndios legais; II - exercer advocacia na Vara da Infância e Juventude; III - exercer mandato público eletivo ou candidatar-se ao mesmo; IV - divulgar, por qualquer meio, notícia a respeito de fato que possa identificar a criança, o adolescente ou sua família, salvo autorização judicial, nos termos da Lei n.º 8.069/90. IV - Das Etapas Art. 8º - O Processo de Escolha se realizará em três etapas: I) 1ª etapa: inscrição; II) 2ª etapa: prova de conhecimentos específicos; III) 3ª etapa: eleição. V - Das Inscrições Art. 9 Para as inscrições, os candidatos deverão preencher o formulário de inscrição, no Centro de Referência de Assistência Social Rua Canísio Rech, 24, sala 02,no horário das 08h às 11horas, 13h às 16 horas, do dia 05 de junho de 2015 até o dia 19 de junho de 2015, apresentando os seguintes documentos no ato, sob pena de indeferimento da inscrição: I - certidão negativa judicial; II cópia da identidade e CPF; III comprovante de residência em nome do candidato (caso não esteja em seu nome deverá vir acompanhado de documentação comprovatória); IV título de eleitor; V atestado de escolaridade concluída; VI atestado de profissional habilitado de pleno gozo das aptidões físicas e mentais para o exercício efetivo da função;

4 VII- Uma foto 3x4 recente. Parágrafo único: A inscrição somente será aceita mediante a entrega de toda a documentação. VI- Da Impugnação das Candidaturas Art. 10 Encerrado o prazo das inscrições, o COMDICA fará pré-seleção dos candidatos e, abre-se o prazo de 03 (três) dias, a contar da data da divulgação, para que qualquer cidadão, o Ministério Público ou o próprio COMDICA, apresente, por escrito, pedido de impugnação de candidatura, devidamente fundamentado. 1º Oferecida a impugnação, o COMDICA dará ciência formal e imediata ao candidato e emitirá parecer, acolhendo ou rejeitando a impugnação, dando ciência da sua decisão ao candidato. 2º Ao candidato, cuja impugnação tiver sido acolhida, caberá recurso (prazo de 04 dias) ao próprio COMDICA, sem prejuízo das medidas judiciais previstas na legislação. 3º Findo o prazo aberto para a apresentação de impugnações, e após a solução das que tiverem sido interpostas, o COMDICA fará a divulgação, por resolução, da relação das candidaturas confirmadas não havendo mais prazos para impugnações. VII Da Prova Escrita de Conhecimentos Específicos Art. 11 O candidato que não obtiver aprovação na prova escrita será excluído da relação de candidatos às eleições a membro do Conselho Tutelar de Bom Princípio. VIII - Da Conduta Durante a Eleição Art. 12 Não será tolerado, por parte dos candidatos: I - oferecimento, promessa ou solicitação de dinheiro, dádiva, rifa, sorteio ou vantagem de qualquer natureza;

5 II - promoção de atos que prejudiquem a higiene e a estética urbana ou contravenha a postura municipal ou a qualquer outra restrição de direito; III - promoção de transporte de eleitores; IV - promoção de boca de urna, dificultando a decisão do eleitor. XI - Do Resultado das Eleições Art 13. Concluída a apuração dos votos que começará logo após o encerramento da votação, o Presidente do COMDICA proclamará o resultado da escolha, determinando a publicação do resultado em Resolução que será afixada no mural da Prefeitura Municipal e em meios de comunicação local no dia seguinte às eleições; 1º Havendo empate no número de votos, será considerado eleito: I o candidato com maior idade; II - se ainda assim prevalecer o empate, o candidato eleito será conhecido por sorteio, realizado no mesmo local da apuração. 2º Os 05 (cinco) primeiros mais votados serão os membros titulares do Conselho Tutelar e os 5 (cinco) seguintes serão os suplentes. 3º Os conselheiros eleitos tomarão posse no dia 10/01/2016 em horário e local a ser determinado pelo COMDICA. X Da gratificação: Art.14 Os membros do Conselho Tutelar receberão, a título de representação, uma remuneração mensal no valor de 1 Salário Mínimo Nacional. XI - Das disposições finais: Art.15 Dos trabalhos de votação, apuração e proclamação dos eleitos lavrarse-á ata assinada por todos os membros da Comissão Eleitoral. Art. 16 O Ministério Público atuará na fiscalização de todo o processo eleitoral.

6 Art. 17 Em todas as etapas do concurso caberá recurso que deverá ser encaminhado à Comissão Eleitoral no prazo de 05 (cinco) dias corridos a contar da publicação dos resultados. Art. 18 O cronograma poderá sofrer alterações caso haja necessidade detectado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, sendo estas publicadas com antecedência. CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE BOM PRINCIPIO, AOS QUATRO DIAS DO MÊS DE JUNHO DE FERNANDO SCHOMMER Presidente do COMDICA de Bom Principio- RS

7 ANEXO I CRONOGRAMA 04/06 PUBLICAÇÃO DO EDITAL 05/06 à 19/06 PERÍODO DE REGISTRO DAS CANDIDATURAS (INSCRIÇÕES PRELIMINARES) 22/06 à 25/06 AVALIAÇÃO DAS INSCRIÇÕES PELO COMDICA. 26/06 PUBLICAÇÃO DA NOMINATA DOS CANDIDATOS COM INSCRIÇÕES DEFERIDAS/INDEFERIDAS 29/06 à 01/07 PERÍODO DE RECURSOS AO COMDICA 02/07 ANÁLISE DOS RECURSOS E NOTIFICAÇÃO DOS CANDIDATOS 03/07 à 07/07 APRESENTAÇÃO DE DEFESA PELOS CANDIDATOS 08/07 ANÁLISE DE RECURSOS 09/07 PUBLICAÇÃO DA NOMINATA DOS CANDIDATOS 10/07 PUBLICAÇÃO DE EDITAL REFERENTE À PROVA, DATA, LOCAL E HORÁRIO DA MESMA. 15/07 e 16/07 CAPACITAÇÃO P/ CANDIDATOS AO CONSELHO TUTELAR 01/08 REALIZAÇÃO DA PROVA 04/08 PUBLICAÇÃO DOS RESULTADOS DA PROVA ESCRITA 04/08 à 07/08 PERÍODO DE RECURSOS AO COMDICA 12/08 RESPOSTAS DOS RECURSOS E PUBLICAÇÃO DA NOMINATA DOS CANDIDATOS COM INSCRIÇÕES DEFENITIVAS DEFERIDAS 14/08 REUNIÃO PARA FIRMAR COMPROMISSO 17/08 À 30/09- PERÍODO DE CAMPANHA ELEITORAL 04/10 ELEIÇÕES 05/10 RESULTADO DAS ELEIÇÕES AFIXADO NO MURAL DA PREFEITURA 06/10 DIVULGAÇÃO DA NOMINATA DOS CONSELHEIROS TUTELARES ELEITOS 10/01/2016 NOMEAÇÃO E POSSE DOS CONSELHEIROS.

8 ANEXO II ATRIBUIÇÕES DO CARGO: I - atender às crianças e adolescentes sempre que seus direitos forem ameaçados ou violados; II - atender e aconselhar os pais ou responsáveis, aplicando as medidas previstas em Lei; III - promover a execução de suas decisões, podendo, para tanto: a) requisitar serviços públicos no âmbito do Município, nas áreas da saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança; b) representar junto à autoridade judicial nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações. IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança e do adolescente; V - encaminhar à autoridade judiciária nos casos de sua competência; VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária quanto a: a) encaminhamento de pais e responsáveis, mediante termo de responsabilidade; b) orientação, apoio e acompanhamento temporário; c) matrícula e freqüência obrigatória em estabelecimento oficial de ensino fundamental; d) inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; e) inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao adolescente; f) requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; g) abrigo em entidade; h) colocação em família substituta. VII - expedir notificações; VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança e adolescente, quando necessário; IX - assessorar o Poder Executivo na elaboração de proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente; X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no inciso II do 3º do art. 220 da Constituição Federal; XI - representar ao Ministério Público, para efeito das ações de perda ou suspensão do poder familiar.