O Mondego a caminho do Helena Terêncio - Câmara Municipal de Coimbra 8-05-2017 Portugal 2020
Coimbra e o rio Mondego Coimbra
Coimbra e o rio Mondego Alguns dados sobre Coimbra: Área: 319,41 km 2 População residente (2001): 143.396 hab Extensão do rio Mondego no Município: 24 km
Antecedentes históricos Durante séculos Coimbra e a região do Baixo Mondego foram repetidamente inundados. Os prejuízos eram elevados e traduziam-se na perda de vidas humanas, destruição dos campos agrícolas e de vias de comunicação. Simultaneamente, a erosão da parte superior da bacia hidrográfica e o consequente transporte de sedimentos, originou o assoreamento progressivo do leito do rio e da planície aluvionar. Havia que procurar soluções para minorar os prejuízos das inundações!
Antecedentes históricos No final do século XVIII, P. e Estevão Cabral projetou e fez construir um novo leito, o chamado Rio Novo, quase em linha reta desde o Choupal até à Figueira da Foz.
Antecedentes históricos Em 1962, a Direção Geral dos Serviços Hidráulicos apresentou o Plano Geral do Aproveitamento Hidráulico da Bacia do Rio Mondego. Este plano preconizava a regularização das cheias no Baixo- Mondego através da construção de albufeiras de fins múltiplos: barragens da Aguieira-Raiva e Açude-ponte, no Mondego e Fronhas, no Alva. A 1ª fase deste plano iniciou-se em 1974 e terminou em 1986. O aproveitamento integrado dos recursos hídricos da bacia previa: Produção energética; Regularização fluvial; Correção torrencial; Controle e defesa conta cheias; Abastecimento de água a populações e indústria; Reorganização da rede viária regional; Valorização das componentes ambientais, piscícolas, recreativas e de apoio ao turismo; Desenvolvimento agrícola através da rega. Aguieira Raiva Açude ponte (em construção) Fronhas
Apesar destes investimentos, continuou a haver cheias, assoreamento da albufeira e prejuízos Entre 1985 (início da exploração da albufeira do Açude Ponte) e o final do ano hidrológico de 2007/08, o leito da albufeira terá acumulado cerca de 1,26 hm 3 de sedimentos. 2001 2009 2016
Para mitigar esta situação, a CCDRC e o INAG decidiram, em 2008, que a albufeira deveria ser desassoreada até atingir o leito que existia em 1985. Foi elaborado um projeto que previa a dragagem de 1,07 hm 3 de material inerte, ao longo de 7200 metros de comprimento (desde o paramento de montante do açude até 1600 m a montante da ponte ferroviária da Portela). Ponte ferroviária da Portela Ponte Rainha Santa Açude Ponte Ponte Santa Clara
Objetivo do projeto: Permitir a utilização lúdica, em geral, da albufeira; Permitir a navegabilidade; Reduzir os níveis de cheia. Custo da obra: 0,00 A comercialização dos inertes deveria gerar recursos financeiros que ultrapassassem os custos da sua extração; Aplicação dos valores excedentários em medidas de minimização das erosões ocorridas a jusante do açude. DIA emitida em 15-10-2010
Para além do assoreamento, outro problema se levanta no rio Mondego: a estabilidade das suas margens, com destaque para o troço entre a Ponte de Santa Clara e o Açude Ponte, na margem direita. Os muros apresentam diversas deteriorações, designadamente, fissuração e fendilhação, assentamentos e rotações. As escadas e as rampas apresentam um conjunto de deteriorações semelhantes.
Acordos de parceria entre a APA e a CMC Considerando que o Desassoreamento da Albufeira do Açude Ponte de Coimbra e a Estabilização da Margem Direita do Mondego, entre a Ponte de Santa Clara e o Açude Ponte de Coimbra fazem parte dos objetivos partilhados entre a Administração e o Município de Coimbra para a proteção e valorização do troço do rio Mondego e sua envolvente na cidade de Coimbra, foram assinados 2 Acordos de Parceria entre a APA e a CMC, em 4 de julho de 2016.
Acordos de parceria entre a APA e a CMC Principais obrigações da CMC: Comparticipar com o valor de 15% dos custos totais da empreitada, correspondente à contrapartida nacional; Candidatar esta ação ao PO SEUR, nos termos do aviso POSEUR-10-2016-49 (financiamento dos restantes 85%); Preparar o processo administrativo e proceder à adjudicação das obras; Assumir as demais ações processuais que lhe passam a competir como dona da obra. Principais obrigações da APA: Emitir, com caráter prioritário, pareceres para as ações que se tornem necessárias no âmbito da intervenção; Proceder à prorrogação da DIA (projeto de desassoreamento da albufeira); Prestar apoio técnico.
Candidatura PO SEUR 02 1810 FC 000 380 Duas componentes: UNIÃO EUROPEIA Fundo de Coesão 1. Desassoreamento da albufeira; 2. Estabilização da margem direita do rio Mondego entre a Ponte de Santa Clara e o Açude Ponte de Coimbra. Submetida em: 19-08-2016 Aprovada em: 26-10-2016 Custo total do investimento: 14.183.073,00 Custo total elegível: 14.026,527,32 Investimento não elegível: 156.545,68 Taxa de cofinanciamento: 85% Desassoreamento da albufeira: 5.232.405,00 (36,9%) Data do fim da operação: 31-12-2018 Apoio financeiro da UE / Fundo de Coesão: 11.922.548,22 Comparticipação CMC: (2.104.979,10 (15%)+ 156,545,68 ) = 2.261.524,78 Estabilização da margem direita: 8.950.668,00 (63,1%)
Componente 1 - Desassoreamento da Albufeira Volume de sedimentos a dragar: 700.000 m 3 ; Troço da albufeira a intervencionar: entre o paramento montante do açude e o perfil 140 do projeto inicial, numa extensão de 3 500 metros ; Deposição dos dragados: nas zonas erodidas entre as quedas 1 e 6, a jusante do Açude Ponte, numa extensão de 5 800 metros, acompanhada por reforço das proteções junto às quedas, com enrocamento.
Componente 1 - Desassoreamento da Albufeira Ponto de situação: Obra adjudicada em 20-03-2017; Empresa: Mota-Engil, Engenharia e Construção, S.A. Valor: 3.802.961,88 (+ IVA) Prazo de execução: 730 dias Serviços de fiscalização e coordenação de segurança em obra e gestão da qualidade e ambiente: Empresa: Engisphera Engenharia, L.da Valor: 200.550,00 (+ IVA)
Componente 2- Estabilização da margem direita Intervenção num troço com 1124 metros de extensão
Componente 2- Estabilização da margem direita Estabilizar, reabilitar e adaptar as estruturas de contenção; Recuperar guardas e proteções; Criar novas estruturas de contenção e de fundação do novo passeio; Criar rampas, escadas e taludes; Promover uma maior aproximação ao rio através de uma via pedonal próxima da cota do rio; Infraestruturar e integrar paisagisticamente o passeio marginal;
Componente 2- Estabilização da margem direita Ponto de situação: Abertura das propostas em 24-04-2017 (em análise); Preço base: 7.891.149,00 (+ IVA) Prazo de execução: 540 dias
Obrigado