O teatro transcende a arte, pelo fato de unir palavra, imagem, som e dança com ação, emoção e reflexão direta.



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Transcrição:

O teatro transcende a arte, pelo fato de unir palavra, imagem, som e dança com ação, emoção e reflexão direta.

cp Oração Oração do operário Jesus, divino operário e amigo dos operários, volvei vosso olhar benigno sobre o mundo do trabalho. Nós vos apresentamos as necessidades dos que trabalham intelectual, moral ou materialmente. Bem sabeis como são duros os nossos dias: cheios de canseiras, sofrimentos e insídias. Vede as nossas penas físicas e morais; repeti o brado do vosso Sagrado Coração: Tenho dó deste povo. E confortai-nos pelos méritos e intercessão de São José, modelo dos operários e trabalhadores. Dai-nos a sabedoria, a virtude e o amor que vos alentou nas vossas laboriosas jornadas. Inspirai-nos pensamentos de fé, de paz, de moderação, de economia, a fim de procurarmos, com o pão de cada dia, os bens espirituais e o céu. Livrai-nos dos que, com enganos, intentam roubar-nos a fé e a confiança na vossa providência. Livrai-nos dos exploradores, que desconhecem os direitos e a dignidade da pessoa humana. Inspirai leis sociais conforme as encíclicas pontifícias. Fazei que todos entrem nas organizações cristãs do trabalho. Reinem juntas a caridade e a justiça, com a sincera colaboração das classes sociais. Convertei os comunistas e os exploradores do operário pobre. Que todos tenham o Vigário de Cristo por mestre da única doutrina social, que assegura ao operário uma gradual e satisfatória melhoria, e o reino dos céus, herança dos pobres. Amém. SXC

cp Sumário Arquivo Discípulas 12 Palavra e Comunicação A arte e a evangelização na contemporaneidade SXC 21 Caminhar com a Igreja Momentos que marcam Arquivo O Cooperador Paulino 24 Santidade Paulina Majorino Vigolungo Família Paulina 06 Entrevista 08 Catequese Paulina 10 Espaço Cooperador 14 Recado de Paulo 20 Interatividade 22 Notícias 26 Atualidades 30 Tiago Alberione 32 Cartas 33 Humor 34 O Cooperador Paulino Publicação quadrimestral da Família Paulina Ano LXXI Nº 90 maio agosto de 2009 ISSN 1413-1595 O Cooperador Paulino é uma revista fundada pelo bem-aventurado Tiago Alberione em 1978. Sua missão é servir o Evangelho, a cultura humana e a catequese do povo de Deus na cultura da comunicação, bem como informar sobre a vida, espiritualidade e atividade missionária da Família Paulina, que procura manter viva, no mundo moderno, a obra evangelizadora do apóstolo Paulo. Editora: Pia Sociedade de São Paulo (Paulus) capa sxc Jornalista responsável e editor: Augusto Ferreira, ssp MTb 11099/MG Revisor: Tiago José Risi Leme Projeto gráfico: Pia Sociedade Filhas de São Paulo/Paulinas Diagramação: Bruna Araujo 4 cooperador paulino maio-agosto de 2009

cp Editorial A internet revolucionou a forma de escrever para jornal e revistas, como também mudou a linguagem da rádio e da televisão. Infl uenciados pela internet, antes de escrevermos qualquer notícia, seja para qual for o meio, três frases nos ditam a ordem: poucas palavras, muitas imagens e o máximo de criatividade. Não foi por acaso que pensamos em um novo projeto gráfico e editorial para a revista O Cooperador Paulino. Se você, caro cooperador, teve a curiosidade em folhear esta edição, percebeu que estamos de cara nova. Para chegarmos a este projeto gráfi co e editorial, a equipe de O Cooperador se reuniu várias vezes para pensar e executar um projeto que traduza a identidade da Família Paulina. Claro! Queríamos passar a você, amigo cooperador, a nossa identidade, sem nos esquecermos de que é por sua gentileza que entramos em sua casa e fazemos parte de sua família. Logo, nossa preocupação sempre foi em produzir um material de qualidade. Com essa perspectiva, fi nalizamos o projeto com este resultado que você vai saborear ao ler os artigos desta edição! Nossa proposta é apresentar uma variedade de temas, como diversão, passando pelo que é próprio da Família Paulina, até a refl exão de temas atuais da Igreja. Caro cooperador, não deixe de ler nas páginas seguintes as novidades que preparamos exclusivamente para você. Entramos, a partir desta edição da revista, em uma nova fase, com artigos curtos, porém profundos, com um visual leve e bonito. Aproveite, abra o presente e desfrute dele! Foi preparado com todo carinho para você! Augusto Ferreira, ssp Equipe de redação: Ir. Clotilde Prates de Azevedo, ap Ir. Ivonete Kurten, fsp Ir. Maria Hetzler, ijbp Ir. Maria Rogéria, fsp Ir. Terezinha Lubiana, pddm Impressão: Paulus Gráfi ca Via Raposo Tavares, Km 18,5 São Paulo (SP) Tiragem: 12.000 exemplares Redação: O Cooperador Paulino Caixa Postal 2.534 01060-970 São Paulo SP Página na internet: www.paulinos.org.br Endereço eletrônico: cooperadorpaulino@paulus.com.br cooperador paulino maio-agosto de 2009 5

cp Família Paulina por padre Antonio Lúcio, paulino Apostolinas Discípulas Paulinas Paulinos Pastorinhas A Família Paulina no pensamento alberioniano A capacidade de organização do padre Alberione, sua sensibilidade ante as necessidades do tempo e a exigência de uma colaboração cada vez mais ampla nas iniciativas paulinas foram sugerindo, no transcurso de meio século, a fundação de uma série de instituições, diversas em sua estrutura, porém unidas pelo mesmo ideal apostólico. Assim, o padre Alberione deixou como herança na Igreja, além da Pia Sociedade de São Paulo (Paulinos), nove fundações: Paulinas, Pias Discípulas, Pastorinhas, Apostolinas, Anunciatinas, Gabrielinos, Jesus Sacerdote, Santa Família e Cooperadores Paulinos. Todos esses institutos, considerados em seu conjunto, formam a Família Paulina... Têm origem comum, espírito comum e fins convergentes, afirma o padre Alberione. Na diversidade de expressões apostólicas e de formas de presença na Igreja, existe algo muito profundo que une as diversas instituições: o que poderíamos chamar de vínculo eucarístico. Existe uma unidade e uma complementaridade que têm como constante ponto de origem e de referência o sacrário. Com efeito, as instituições da Família Paulina têm origem comum nasceram da Eucaristia, do sacrário, espírito comum viver de Cristo, como fez são Paulo e têm fins convergentes que se anuncie Cristo Mestre, Caminho, Verdade e Vida com todos os instrumentos de comunicação social, para que as pessoas sejam conduzidas a ele. O padre Alberione explicava com insistência que cada um dos institutos teve a sua própria formação e recebeu a aprovação da Santa Sé; cada um tem o seu governo, as suas A Família Paulina tem uma única espiritualidade: viver integralmente o Evangelho; viver no Divino Mestre, que é Caminho, Verdade e Vida. próprias constituições, a sua administração e apostolado específico. Entretanto, todos devem considerar-se como parte integrante de uma única família, a Família Paulina. A união de espírito, repete padre Alberione, é o essencial. A Família Paulina tem uma única espiritualidade: viver integralmente o Evangelho, viver no Divino Mestre, que é Caminho, Verdade e Vida; vivê-lo tal como o compreendeu seu discípulo São Paulo. Esse espírito constitui a alma da Família Paulina (UPS III, 184-187). Escreve padre Alberione: Há estreito parentesco entre as congregações, porque todas nasceram do Tabernáculo. Há um espírito: viver Jesus Cristo e servir à Igreja. Há quem representa todos, junto ao Tabernáculo; quem difunde, como do alto, a doutrina de Jesus Cristo; e quem se aproxima das almas. Há entre elas estreita colaboração espiritual, intelectual, moral e econômica. Há separação de governo e administração. A Pia Sociedade de São Paulo é a altriz, isto é, aquela que alimenta as demais congregações. São independentes entre si, mas existe permuta de orações, de ajuda, de muitos modos: a atividade é separada, porém, deve haver coparticipação nas alegrias e nos sofrimentos, como também no prêmio eterno (AD 33-35). 6 cooperador paulino maio-agosto de 2009

cp Entrevista UNIDOS pelas vocações Em setembro de 2010, em Itaici (SP), acontecerá o III Congresso Vocacional do Brasil, com o tema Discípulos-missionários a serviço das vocações e o lema Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações (Mt 28,19). O I Congresso foi realizado em 1999, com o tema Vocações e ministérios para o Novo Milênio e o lema Coragem! Levanta-te, ele te chama (Mc 10,49b). O II ocorreu em 2005, com o tema Igreja, povo de Deus a serviço da vida e o lema Ide também vós para a minha vinha (Mt 20,4). Para saber um pouco mais sobre esse Congresso, conversamos com a irmã Clotilde Prates de Azevedo, superiora das irmãs apostolinas. CP: Como nasceu a ideia de um novo Congresso Vocacional? É importante lembrar que já no I Congresso, em 1999, uma das linhas indicativas do documento conclusivo era que fossem realizados a cada cinco anos novos congressos em âmbito nacional. Para esse congresso, tudo começou na reunião ampliada da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, da CNBB (CMOVC-CNBB), realizada de 27 a 30 de outubro de 2008, em Brasília. Na oportunidade, reconheceuse a importância da realização do III Congresso, para que o serviço de animação vocacional aprofundasse as orientações da Conferência de Aparecida e acolhesse as indicações do Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus, realizado em 2008. CP: Que objetivo o III Congresso Vocacional do Brasil visa alcançar? Sua principal proposta é ser expressão da caminhada vocacional da Igreja no Brasil e, ao mesmo tempo, aprofundar a grande temática da Conferência de Aparecida: Discípulo-missionário a serviço das vocações e ministérios. Segundo a indicação do projeto, os objetivos específicos são: oferecer o instrumental teórico sobre o discipulado; refletir a teologia das vocações e do serviço de animação vocacional à luz da Conferência de Aparecida; celebrar a caminhada do serviço de animação vocacional; reforçar e consolidar a identidade do animador vocacional, tendo a Palavra de Deus como fonte; garantir o itinerário e a urgência do planejamento vocacional e propor pistas de ação para o serviço de animação vocacional. CP: Como foi feita a organização? Na reunião de 2 de dezembro de 2008, com a coordenação do padre Reginaldo Lima, assessor dessa comissão, foi nomeada uma comissão executiva. Essa comissão ficou encarregada de dar os encaminhamentos para a elaboração do texto-base, a partir do método ver, julgar, agir de modo que o texto será organizado em três partes: um resgate histórico vocacional, até o momento presente; uma iluminação bíblicoteológica a partir do lema (cf. Mt 28,19); indicações e consequências pastorais para a animação vocacional. A comissão executiva deverá definir: assessores, a elaboração da logomarca, cartaz, folder, oração e hino do congresso. CP: Você já sente os efeitos, em termos pasto rais, dos congressos realizados anteriormente? Sem dúvidas. O primeiro deles foi na fase preparatória do próprio congresso de 1999, que acabou alavancando o trabalho vocacional em muitas dioceses e regionais de nosso país. No pós-congresso aumentou a busca pelas Escolas Vocacionais, para uma melhor capacitação dos agentes nas áreas da teologia e eclesiologia da vocação, e sobre as várias etapas do itinerário vocacional. Com a celebração do Ano Vocacional, em 2003, a maioria das paróquias e dioceses aprofundou o texto-base; com isso, surgiram as equipes vocacionais nas paróquias. Esse ano também provocou o crescimento na consciência de que o batismo é fonte de todas as vocações, de que a vocação é uma dimensão conatural da Igreja e de que somos uma Igreja chamada para chamar. Em 2005, com o II Congresso, refletin- 8 cooperador paulino maio-agosto de 2009

do sobre as novas praças vocacionais, os animadores(as) vocacionais se deram conta da necessidade de alargar seu campo de ação, deixar preconceitos, cuidar mais do processo de discernimento e acompanhamento vocacional, como também a necessidade de encontrar uma pedagogia adequada para apresentar a pessoa de Jesus Cristo como fundamento e modelo de toda vocação. CP: O que necessita ser feito na Igreja para que ela se sinta comprometida permanentemente. com a questão vocacional? Esta pergunta abre uma questão central no tocante ao tema vocacional: de que conceito de Igreja e vocação falamos? Se partimos do pressuposto de que Igreja limita-se ao campo da instituição/hierarquia, delegamos tal compromisso de ação à hierarquia e reduzimos o trabalho vocacional ao recrutamento de padres e freiras. A estrada aberta pelo Concílio Vaticano II, mais exatamente pela Lumen Gentium, nos remete a um conceito de Igreja muito mais abrangente e bíblico: a Igreja como povo de Deus. A Igreja é povo reunido na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ou seja, a grande assembleia dos chamados, da qual nos fala o texto-base do Ano Vocacional de 2003. Somente quando partimos desse conceito de Igreja, contribuímos para que todos os batizados(as) vivam em estado de vocação e missão, sentindo-se convocados pelo Pai para o serviço do reino de Deus. Nesse paradigma eclesial, temos o rosto de uma Igreja mãe das vocações, onde se vivem a comunhão e participação, e que se identifica com todas as vocações de que é constituída. CP: Padre Alberione deu a sua congregação a missão de viver e oferecer a vida pelas vocações.. Como você vive isso no dia a dia? Há algum tempo atrás, provavelmente, responderia a essa pergunta falando das várias atividades que desenvolvi ou desenvolvo (encontros, formação de agentes, retiros, programas de rádio ou TV, semanas voca- Participantes do II Congresso Vocacional, refletindo sobre a temática. Esse ano também provocou o crescimento na consciência de que o batismo é fonte de todas as vocações, de que a vocação é uma dimensão conatural da Igreja e de que somos uma Igreja chamada para chamar. cionais, aulas etc.). Ao longo dos anos, o contato com as pessoas foi e vai me ensinando que uma missão tão bela e importante, como dizia padre Alberione, não se realiza por meio de atividades, mas pela oferta cotidiana da vida, pela forma como vivo e assumo a minha própria vocação e relacionamento com Deus. Certa vez, um padre disse: a missão de vocês se desenvolve no sofá. Pode parecer estranho, mas é verdade. Algumas religiosas desenvolvem sua missão em hospitais, escolas, asilos, pelos meios de comunicação. Para uma apostolina, a metáfora do sofá rende muito, pois simboliza o lugar do encontro, da partilha, das paradas, das confidências, dos questionamentos, das tomadas de decisões; é exatamente isso que a apostolina é chamada a ser e fazer na vida das pessoas. Arquivo Pastolinas cooperador paulino maio-agosto de 2009 9

cp Catequese Paulina por Ir. Fátima Scaramuzzi, paulina Arquivo Paulinas Jesus, o Mestre Divino Cada membro da Família Paulina é motivado a identificar-se com Jesus. Para isso, exercita sua mente, vontade e coração na imitação dos gestos virtuosos de Jesus, o Mestre Divino da humanidade. 10 cooperador paulino maio-agosto de 2009

O jovem seminarista Tiago Alberione, na última noite do século XIX, ficou em oração diante de Jesus eucarístico, na igreja matriz de Alba, Itália. Após a celebração eucarística da passagem de ano, ele permaneceu na igreja até a manhã seguinte. Durante quatro horas ininterruptas de oração e reflexão, intuiu que deveria fazer alguma coisa de bom para a humanidade do século XX. Foi tão intenso e profundo o seu desejo, que depois de poucos anos de sua ordenação sacerdotal, ainda no ardor de sua juventude, dedicou-se inteira e intensamente à fundação da Família Paulina. Hoje, passado um século, há na Igreja um número significativo de congregações religiosas e institutos paulinos fundados por ele. Qual é o segredo de tanta produtividade? O que foi que impulsionou o jovem sacerdote de tão pouca idade e saúde a percorrer um caminho de santidade e a concluir tantas obras em favor das pessoas do novo século? Foi o Espírito de Deus que agiu e que encontrou nele a correspondência a suas graças e a seus desígnios. Tiago Alberione simplesmente colocou-se à disposição do que Deus tinha pensado e preparado para ele. E o que Deus pensou se cumpriu. Na linda trajetória de Alberione, descobrimos um elemento de vida e santidade que lhe foi doado, para que deixasse como herança para a Família Paulina: a devoção a Jesus, Divino Mestre, Caminho, Verdade e Vida. Essa herança caracteriza as fundações do bem-aventurado Tiago Alberione. Por quê? Porque Jesus mesmo se definiu, dizendo: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim (Jo 14,6). E os membros da Família Paulina, espalhados por inúmeros países do mundo, usufruem dessa devoção a Jesus Mestre, procurando identificar-se com ele. A devoção a Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida tem como referência a identificação da pessoa com Jesus Cristo. Cada membro da Família Paulina é motivado a identificar-se com Jesus. Para isso, exercita sua mente, vontade e coração na imitação dos gestos virtuosos de Jesus, o Mestre Divino da humanidade. O seguimento de Jesus Mestre, mediante o método Caminho, Verdade e Vida, consiste em aplicar a mente na leitura de um texto da Sagrada Escritura, principalmente do Evangelho, a fim de conhecer os ensinamentos de Jesus; motivar a vontade para colocá-los em prática; dispor o coração pela oração, a fim de fortalecer a vontade para praticar o que foi motivado. Para se chegar a essas conclusões, é necessário traçar a meta. Tendo tomado consciência de que somos frágeis na prática de determinada virtude, voltamos nossos esforços para adquiri-la pela imitação de Jesus Cristo. Esse método nos leva a mudar o rumo de nossa vida, pois Jesus é o modelo a quem devemos imitar, o Mestre a quem devemos seguir e a quem devemos amar sobre todas as coisas. O seguimento de Jesus no dia a dia, na imitação de suas virtudes, garante nossa transformação e identificação com ele. SXC cooperador paulino maio-agosto de 2009 11

cp Palavra e Comunicação por Ir. Goretti, discípula Arquivo Discípulas A arte e a evangelização na contemporaneidade O teatro transcende a arte, pelo fato de unir palavra, imagem, som e dança com ação, emoção e reflexão direta. A contemporaneidade diz respeito aos tempos atuais, dos últimos vinte anos, e pode-se considerar como marca dessa época o fenômeno da globalização. Compreendida fundamentalmente como uma rede de informações à distância e de fluxo contínuo, tendo como suporte a tecnologia avançada da informação, a globalização influencia a vida econômica, política e social, segundo uma nova ordem mundial. A comunicação que interage nesse contexto é a linguagem da imagem verbal e da não verbal. Decididamente, a arte, como em todos os tempos, terá o seu papel decisivo dentro desse mundo globalizado, com o desafio de evangelizar com eficiência e eficácia a nova sociedade no século atual. O Papa João Paulo II insiste e convoca todo artista a desempenhar o seu papel dentro 12 cooperador paulino maio-agosto de 2009

dessa nova realidade à qual somos chamados e a dar uma resposta, com responsabilidade, ao mundo em que vivemos: Convido-vos a descobrir a profundeza da dimensão espiritual e religiosa que sempre caracterizou a arte nas suas formas expressivas mais nobres. Nessa perspectiva, faço um apelo a vós, artistas da palavra escrita e oral, do teatro e da música, das artes plásticas e das mais modernas tecnologias de comunicação. Esse apelo dirijo de modo especial a vós, artistas cristãos: a cada um, quero recordar que a aliança que sempre vigorou entre Evangelho e arte, independentemente das exigências funcionais, implica o convite a penetrar, pela intuição criativa, no mistério de Deus encarnado e, contemporaneamente, no mistério do homem (Carta do Papa João Paulo II aos Artistas, 1999). A arte é um excelente meio para a evangelização atual, porque a pessoa humana, seja criança, jovem ou adulto, absorve com muito mais rapidez e solicitude a mensagem cristã por meio da arte. Principalmente as crianças e os jovens que estão sendo formados nessa nova cultura da linguagem sonora e visual, e hoje muito mais virtual. A arte de representar A inteireza da arte cênica no contexto da evangelização ou da educação como fator motivacional, de sensibilização por excelência, se torna um meio incontestável para o anúncio cristão dentro dessa realidade contemporânea. O teatro transcende a arte, pelo fato de unir palavra, imagem, som e dança com ação, emoção e reflexão direta. O teatro é considerado a arte mais completa, pois envolve todas as expressões artísticas: artes plásticas, música, dança, literatura, enfim, uma multiplicidade de expressões cultural de arte. Quando o teatro se conjuga com o discipulado, a expressão tem o potencial de ajudar pessoas a vivenciarem a experiência de Deus. É uma forma de arte que conecta as pessoas a uma experiência comum, uma experiência de encontro. Atrai-nos para relacionamentos interpessoais, de maneira que nossa identidade possa ser desenvolvida, humanizada e divinizada. Evangelizar com a arte é dar à matéria uma voz, para que se fale de Deus no hoje de nossa história contemporânea, de forma decisiva, direta e profética. Levando a humanidade até Deus e Deus até a humanidade. E para concluirmos, não nos esqueçamos de que somos a primeira matéria viva como obra artística de Deus, a qual é chamada a ser imagem e semelhança dele inseridas no grande ateliê chamado mundo. Arquivo Discípulas cooperador paulino maio-agosto de 2009 13

cp Mandamentos do Cooperador Os dez mandamentos do cooperador 1 Dedica-se à sua maior perfeição, segundo o próprio estado, no seguimento de Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, sob o olhar de Maria Rainha dos Apóstolos e no espírito de São Paulo Apóstolo. 6 Distingue-se por amor profundo à Igreja: segue e vive as obrigações de sua comunidade cristã. 2 Lê, medita e difunde o Evangelho. 7 Vive em união de mente e de coração com a Família Paulina, com a qual reza, age, colabora. 3 Possui o sentir de Cristo: conhece, crê, ama. 8 Atento aos sinais dos tempos, faz chegar a todos a Palavra de luz e de verdade, através dos instrumentos da comunicação social. 4 Proclama e testemunha como são Paulo: Não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. 9 Como Maria, Rainha dos Apóstolos e primeira cooperadora da redenção, dá ao mundo o Filho Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, Mestre e Pastor, crucificado e ressuscitado. 5 Vive da Eucaristia e derrama o amor recebido em todas as várias formas de apostolado. 10 Em união íntima com Cristo, como São Paulo, enfrenta com coragem e esperança as dificuldades e os sacrifícios da missão. 14 cooperador paulino maio-agosto de 2009

Espiritualidade por padre Antonio da Silva, paulino cp Como o cooperador pode viver a espiritualidade paulina O bem-aventurado Tiago Alberione tinha consciência de ser chamado para uma grande realização no reino de Deus e sabia bem que não possuía nenhuma riqueza. Via bem claro que o caminho de sua vida devia ser trilhado entre duas margens de um lado, a pobreza; do outro, a humildade, para ter livres a mente, a vontade e o coração, a fim de buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, e todo o resto lhe seria dado em acréscimo. Em outras palavras, o padre Alberione se sentia envolvido por uma especial aliança de Deus para com ele e a Família Paulina, por isso assegurava: é necessário que estejamos profundamente convencidos de que fundar a obra da boa imprensa é um milagre grande, e permaneçamos tranquilos que Deus a realizará. O preço dessa realização Deus punha na conta da Família Paulina. Mas como pagar? Para viver e comunicar essa realidade espiritual, o bem-aventurado Alberione usou uma imagem cambiária, uma nota promissória assinada pela Família Paulina, que promete buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, e pela Trindade, que promete ser fiel em abrir todos os caminhos e meios para a missão. Deus vai fazer a parte dele se os paulinos, paulinas e cooperadores buscarem a santidade, a glória dele, e confiarem unicamente nele, não nas próprias forças. Concretamente, como pode o cooperador ou cooperadora viver essa espiritualidade? É necessário que estejamos profundamente convencidos de que fundar a obra da boa imprensa é um milagre grande, e permaneçamos tranquilos que Deus a realizará. * Alimentando-se com a escuta da Palavra de Deus e confortando-se com os sacramentos e a oração pessoal, no encontro vivo e constante com Cristo Caminho, Verdade e Vida. * Partilhando, segundo as próprias possibilidades, ofertas para a promoção de iniciativas de evangelização nas várias áreas da comunicação social. * Trabalhando em primeira pessoa nas obras de evangelização, especialmente em colaboração com os vários ramos de apostolado da Família Paulina. O campo é imenso: desde a difusão da Bíblia, nos diversos tipos de edições, aos vários subsídios catequéticos e litúrgicos, ao empenho nas pastorais, no apostolado litúrgico e vocacional. Se precisar de alguma ajuda ou luz especial, certamente poderá recorrer àquela parte da Família Paulina que já chegou ao céu, não deixando de invocar a proteção dos bemaventurados Tiago Alberione e Timóteo Giaccardo. cooperador paulino maio-agosto de 2009 15

cp Formação por padre Antonio da Silva, paulino O cooperador paulino no pensamento do padre Alberione Para responder sobre quem é o cooperador paulino no pensamento do padre Tiago Alberione, é preciso considerar aquilo que, na Família Paulina, é indicado como espírito paulino, ou seja, um modo de ser e viver que comporta ao mesmo tempo ideia, vivência e ação. Trata-se de uma proposta inspirada no apóstolo Paulo e codifi cada pelo bem-aventurado Tiago, como ele mesmo afi rma no memorial de sua vida, conhecido como abundantes divitiae gratiae suae: O espírito de São Paulo adquire-se da sua vida, das suas cartas, do seu apostolado (AD 94). O padre Alberione deu início às suas fundações constituindo o ramo masculino em 1914 mais tarde chamado Sociedade de São Paulo, o ramo feminino em 1915 chamado depois Filhas de São Paulo e aguardava o momento oportuno para fundar o ramo dos cooperadores. Para isso, preparou-se com um curso de exercícios espirituais, durante o qual escreveu o estatuto, pediu a aprovação do bispo de Alba e, no dia 29 de setembro de 1918, apresentou a nova fundação à comunidade, então chamada simplesmente como A Casa. Os pontos fundamentais do estatuto eram três: a oração, as ofertas e a ação (escrever, difundir a boa imprensa, combater a má imprensa). Foram essas três as características Nós fizemos todo o possível para que a publicação seja bonita e acertada, mas se Deus não der sua bênção, de nada valerá a nossa criatividade; com a bênção de Deus, ao contrário, se espalharão e se produzirão frutos. que o padre Alberione desenvolveu em seus pensamentos sobre os cooperadores. Para quem conhece a vida do bemaventurado Tiago, não causa maravilha que ele tenha colocado em primeiro lugar a oração, pois ele via suas fundações à luz de uma aliança querida por Deus. E via o ramo dos cooperadores como fruto de uma ação criadora de Deus que, com sua Palavra, criou o céu e a terra e agora podia suscitar milhares de cooperadores da boa imprensa. Diante dos jovens reunidos na capela, com o Santíssimo exposto, padre Alberione mostrou o primeiro número, carinhosamente preparado, da revista para os cooperadores, mas advertia: Pela primeira vez sai o boletim que deve apoiar a nossa boa imprensa, é importante que saia com a benção do Senhor. Nós fi zemos todo o possível para que a publicação seja bonita e acertada, mas se Deus não der sua bênção, de nada valerá a nossa criatividade; com a bênção de Deus, ao contrário, se espalharão e produzirão frutos. A partir dessa advertência, o padre Alberione unia estreitamente a missão dos cooperadores à dos paulinos e paulinas consagrados/ as em comunidades, que era a santificação e o apostolado: Cooperador paulino é aquele que conhece bem estes dois fins e quer colaborar para que sejam atingidos. 16 cooperador paulino maio-agosto de 2009

Espiritualidade por padre Antonio da Silva, paulino cp O bem-aventurado Tiago não hesita em propor uma forte identidade evangélica ao cooperador: deve procurar a própria santifi cação, aprofundar o conhecimento da própria fé e vivenciar o espírito de São Paulo. Esse espírito se manifestará no trabalho de evangelização unido à Família Paulina, promovendo iniciativas, buscando apoio econômico para as edições, redigindo artigos, livros e mensagens. Hoje, a gente poderia resumir dizendo que o cooperador paulino se torna um comunicador do Evangelho em todas as expressões da cultura da comunicação. Dois pontos muito bonitos do pensamento do padre Alberione sobre os cooperadores paulinos na Família Paulina: os cooperadores são chamados a promover vocacionados, homens e mulheres, para a vida paulina, e os paulinos e paulinas acompanham os cooperadores em vida e em morte, oferecendo anualmente pelo menos duas mil e quatrocentas missas pelos falecidos. SXC cooperador paulino maio-agosto de 2009 17

cp Testemunho As bênçãos de Deus O paulistano Maurício de Souza Barreto, de Caieiras (SP), partilha sua experiência com a Família Paulina: como a conheceu e como se tornou um devedor do Evangelho a todos. Nada é coincidência, tudo é providência. Vejam só: minha esposa e eu fomos convidados por um amigo, Fernando Gomez, para participar de um curso promovido pela Família Paulina, Cartas de Paulo, ministrado pelo cônego Celso Pedro, nas dependências da Paulina Livrarias, situada na Rua Domingos de Morais, em São Paulo. Ao iniciar o curso, um fato me chamou a atenção: não conhecia ninguém, mas fui recebido como se fosse um irmão. A simpatia e a simplicidade da Família Paulina eram contagiantes. Imaginem uma pessoa que trabalha o dia todo, na correria de São Paulo (trânsito, estresse, cansaço etc.), mas quando chega ao local do curso, é recebido por vários sorrisos, que quebram tudo isso como num encanto; eu assim me animei e passei a ter forças para continuar. Também era agradável ouvir o cônego em suas brilhantes explanações teológicas e animadas comparações com nosso dia a dia. Nesse mesmo tempo, o Fernando e eu recebemos um convite do nosso pároco, padre Wagner Navarro, para promovermos uma formação paulina em nossa paróquia. Desafios? Muitos... Como passar a formação? Que linha abordar? Como torná-la interessante aos participantes? Novamente, Deus agiu através de uma irmã paulina que, sem me conhecer e sabendo das minhas dificuldades, me auxiliou, concedendo textos, fotos, vídeos, mapas e imagens sobre a vida de Paulo e, principalmente, me animando e se mostrando feliz com esse projeto. Não preciso dizer o quanto isso foi fundamental. Hoje, em nossa paróquia, temos cerca de cem agentes de pastorais que querem conhecer melhor a figura deste grande homem de Deus: Paulo de Tarso. Quando dei a notícia à irmã, ela ficou maravilhada e fez questão de que eu partilhasse essa experiência com os meus colegas. Vejam como Deus é maravilhoso. Iniciamos um ousado projeto de formação, com apoio da Família Paulina, sem nos conhecermos bem, apenas sei que me acolheram e acreditaram em mim, assim como fez Paulo com seus colaboradores. Hoje compreendo a importância de ser um cooperador paulino, levando o amor, a partilha e a espiritualidade paulina aonde for necessário. Fiquei surpreso em saber quantos colaboradores existem no Brasil e no mundo, fazendo trabalhos simples, mas regados com muito amor. Este é o perfil de Paulo: sério, determinado e, ao mesmo tempo, muito carinhoso e amoroso com as pessoas que conheceu. Agradeço a Deus por ter conhecido esta linda família paulina e desejo continuar colaborando nesta grande missão: anunciar a Palavra de Deus. Arquivo Paulinas 18 cooperador paulino maio-agosto de 2009

cp Recado de Paulo por irmã Maria Inês Carniato, paulina Quem é Jesus Cristo para Paulo No tempo de Paulo, o conhecimento de Jesus ainda não era claro como o temos hoje. O mistério de Cristo iluminou-se lentamente para as comunidades, entre intuições, experiências de fé e reflexões à luz das Escrituras. E nisso, Paulo foi muito além dos doze apóstolos, pois possuía cultura e experiência de vida mais profundas e diversifi cadas do que eles. Existia um impasse pastoral, uma questão de identidade nas primeiras comunidades cristãs: os judeus cristãos continuavam fiéis à lei de Moisés e viam em Jesus o Messias de Israel, o enviado de Deus para realizar a esperança messiânica do povo e restabelecer o reino de paz e justiça. Para eles, tudo era claro. Mas e os gentios convertidos? Não deveriam assimilar a fé judaica antes de seguir Jesus? Paulo diz que não, porque Jesus não é só Messias de Israel. É o Cristo de Deus, Filho único do Pai e irmão maior de todas as criaturas (cf. Cl 1,15-20). Por isso, os cristãos gentios não precisam se tornar judeus para segui-lo. Surge daí um outro desafi o à convicção de Paulo: sem a lei de Moisés, onde os gentios iriam fundamentar a prática da fé? O que os distinguiria dos outros pagãos? A lei do amor e do serviço fraterno, conforme Jesus viveu e ensinou - responde Paulo. Paulo vai mais longe ainda: para ele, Jesus é o fi lho de Abraão imolado, o que foi até o fi m no sacrifício. É o perfeito e único herdeiro da fé do patriarca. É ele a descendência da qual sairá uma multidão de nações (cf. Gn 17,4-6). Jesus acreditou que o Pai aprovaria o seu modo de testemunhar e pregar o Reino. Ao ser condenado, sob a maldição da Lei, não recuou, pois sabia que seu sacrifício não cairia no vazio. Deus respondeu ao supremo ato de fé de Jesus e o fez vencedor da morte. Paulo diz na Carta aos Gálatas: Vivo na fé do Filho de Deus que me amou e se entregou por mim (Gl 2,20). E repete, na Carta aos Romanos: Fostes chamados à fé de Jesus Cristo (Rm 1,6). Essa intuição é clara na Carta aos Filipenses, onde Paulo diz que, após a entrega de Jesus à morte, Deus lhe deu um nome novo (cf. Fl 2,5-11; Rm 3,25): ungido e consagrado, Cristo, primogênito dos ressuscitados. É esse o Senhor por quem Paulo deu a vida até o martírio. Divulgação Foto: Encontro de Saulo com o Senhor Ressuscitado às portas de Damasco (vitral do templo de São Paulo, construído pela Família Paulina em Alba, Itália). 20 cooperador paulino maio-agosto de 2009

Caminhar com a Igreja por Romilson Ferreira Lima, paulino cp Momentos que marcam Foi um tempo muito frutífero, pois muitas dioceses, paróquias e comunidades levaram a sério a oportunidade de estudar e conhecer a vida do apóstolo das gentes. Graça e paz! Era dessa forma que São Paulo saudava suas comunidades, e é assim que saudamos a todos os cooperadores que, no Ano Paulino (de 28 de junho de 2008 a 29 de junho de 2009), souberam estudar, conhecer e testemunhar esse apóstolo. O Ano Paulino foi uma graça para a Igreja no Brasil e no mundo, foi um momento forte de espiritualidade em que pudemos compreender melhor a vida e o pensamento desse grande apóstolo da comunicação. Isso mesmo, Paulo foi o que mais soube usar a comunicação no seu tempo! No Brasil, não posso me esquecer de destacar o grande dinamismo da Família Paulina no Ano Paulino. Motivada pela sua espiritualidade baseada nos escritos paulinos, a Família Paulina assumiu com zelo e ardor a tarefa de divulgar esse evento, proporcionando momentos de formação, informação e meditação. Celebrou com a Igreja diversas missas dedicadas a São Paulo. Produziu livros, revistas, jornais, DVDs, CDs, gincanas, concursos, cursos, um simpósio... Levou São Paulo apóstolo ao povo, às ruas, às escolas, às TVs, às rádios, à internet, às faculdades e, principalmente, às comunidades. Desde o lançamento, até os últimos dias do Ano Paulino, a Família Paulina mostrou sua dedicação a esse grande evento, fazendo o que seu próprio pai lhe ensinou: divulgar a Palavra de Deus com a ideia de tornar o mundo mais cheio de fé, esperança e caridade. Muitos diziam que o Ano Paulino se tornaria mais um evento sem grande impacto na Igreja, porque São Paulo não seria um santo popular e, assim, não despertaria o interesse da sociedade. Contrariamente a essas expectativas, foi um tempo muito frutífero, pois muitas dioceses, paróquias e comunidades levaram a sério a oportunidade de estudar e conhecer a vida do apóstolo das gentes. O Ano Paulino circunscreveu-se a esse período solene, mas isso não significa que o dinamismo por ele suscitado deva também se encerrar! Continuar aprendendo com São Paulo significa assumir com renovado entusiasmo e amor a missão de levar ao mundo a mensagem de Jesus. cooperador paulino maio-agosto de 2009 21

cp Interatividade por irmã Ângela Soldera, pastorinha Ano catequético, novo vigor à Igreja Formação Como Pastorinhas, motivadas por esse evento, a Província Jesus Bom Pastor está promovendo um encontro de partilha e estudo para todas as irmãs que atuam no campo da catequese, com especial ênfase ao aspecto da Palavra, essencial na vida e missão de nosso fundador. Término SXC A conclusão do Ano Catequético será com a realização da terceira semana brasileira de Catequese, de 6 a 11 de outubro de 2009, em Itaici (SP), com o tema Iniciação à vida cristã. 22 cooperador paulino maio-agosto de 2009 Ação A diocese de Caxias do Sul se une à Igreja do Brasil nesse processo. Todas as coordenadoras de catequese das paróquias já receberam uma sugestão de celebração para melhor vivenciar esse acontecimento. É importante que o fato seja lembrado e celebrado em comunidade, em união com toda a Igreja, no intuito de crescermos como discípulos missionários à luz da Palavra. Em Caxias, esse dia será marcado também por um encontro celebrativo, reunindo os catequistas representantes das paróquias, no santuário de Caravágio.

Tema Com o tema Catequese, caminho para o discipulado, iluminada por Lc 24 ( Nosso coração arde quando Ele fala, explica as Escrituras e parte o pão ), a Igreja celebrou a abertura do Ano Catequético Nacional no dia 19 de abril, 2º domingo da Páscoa, à luz de Cristo Ressuscitado. O fato não se restringe à catequese, mas envolve a Igreja toda, com suas pastorais, movimentos e grupos. Jornada Um ponto alto para a celebração do Ano Catequético acontece no dia 24 de maio de 2009, em Santa Cruz do Sul (RS), com a I Jornada Catequética Estadual, na qual estaremos reunindo em torno de dez mil catequistas de todo o estado do Rio Grande do Sul. Ficaram a cargo da diocese de Caxias a preparação e dinamização da celebração eucarística, bem como a celebração do envio. Oração para o Ano Catequético Senhor, como discípulos de Emaús, somos peregrinos. Vem caminhar conosco! Dános teu Espírito, para que façamos da catequese caminho para o discipulado. Transforma nossa Igreja em comunidades orantes e acolhedoras, testemunhas de fé, de esperança e caridade. Abre nossos olhos para reconhecer-te nas situações em que a vida está ameaçada. Aquece nosso coração, para que sintamos sempre tua presença. Abre nossos ouvidos para escutar a tua Palavra, fonte de vida e missão. Ensina-nos a partilhar e comungar do pão, alimento para a caminhada. Permanece conosco! Faz de nós discípulos missionários, a exemplo de Maria, a discípula fiel, sendo testemunhas da tua ressurreição. Tu, que és o Caminho para o Pai! Amém. cooperador paulino maio-agosto de 2009 23

cp Santidade Paulina por Natali Santos Bertoso, pré-postulante discípula Majorino Vigolungo Arquivo O Cooperador Paulino Majorino Vigolungo nasceu no dia 6 de maio de 1904, em Benevello, norte da Itália. De inteligência perspicaz, retinha conhecimentos superiores à capacidade de seus poucos anos. Um desejo imperioso e uma vontade resoluta e quase irresistível de aprender bem o levavam a aprofundar todas as coisas. Frutos dessa educação verdadeira foram as aspirações santas que empolgaram a alma pura do menino e que, enrobustecidas gradativamente pela graça divina, levaram-no ao que se propôs como meta da vida: Tornar-se santo, sacerdote de Jesus, salvador de almas e apóstolo da imprensa. Ingressou na Sociedade de São Paulo (Paulinos) no dia 15 de outubro de 1916, com apenas 12 anos. Desde o primeiro dia, entregou-se com prazer à nova vida, ao estudo, ao trabalho, à piedade. Não admitia a mediocridade. Aos 13 anos, Majorino já compreendera tão bem o apostolado da imprensa, a ponto de superar nisso as pessoas muito mais idosas. E a isso aspirava com tanto ardor, com tanto zelo quanto amava Jesus. Escreveu em seu diário: com a ajuda de Deus e sob a proteção de São Paulo, quero consagrar a minha vida inteira ao apostolado da imprensa. Destruamos a má imprensa, porque essa é um flagelo pior que a peste, que a fome, que a guerra. Ainda no seu diário: É possível tornar-se santo em qualquer estado. Crescer um pouquinho em virtude, a cada dia, até o fim da vida. Ficou conhecido na Família Paulina pelo pensamento: progredir um pouquinho a cada dia. Amante da Eucaristia, dedicou-se à vocação e missão dos paulinos com grande entusiasmo, até que, em 1918, no dia 27 de julho, com apenas 14 anos, vítima de meningite, veio a falecer, enquanto era assistido por padre Alberione. Suas últimas palavras foram: cumprimente a todos os meus companheiros, digalhes que rezem por mim e que nos encontraremos todos no céu. Considerado patrono dos aspirantes paulinos, foi declarado venerável no dia 28 de março de 1988, pelo papa João Paulo II. É possível tornar-se santo em qualquer estado. Crescer um pouquinho em virtude, a cada dia, até o fim da vida. 24 cooperador paulino maio-agosto de 2009

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cp Notícias Simpósio marca Ano Paulino Apostolinas Discípulas Paulinas Paulinos Pastorinhas Os dias 26, 27 e 28 de março vão ficar por muito tempo na memória de quem participou do I Simpósio sobre São Paulo, com o tema O apóstolo Paulo e a evangelização nas grandes cidades. Foram dias de conhecimento e reflexão sobre esse apóstolo fundamental na história do cristianismo. O evento contou com a presença de diversos palestrantes renomados na área da história e da exegese bíblicas. O simpósio foi um compromisso assumido pela Família Paulina, a fim de abrilhantar e proporcionar formação, neste ano que dedicamos ao apóstolo Paulo. Entusiasmados pela presença do público nas três noites de palestras, a Família Paulina já pensa em continuar movimentando os cristãos para eventos desse nível. Arquivo O Cooperador Paulino Compromisso e responsabilidade No sábado, 18 de abril, no Seminário da Cidade Paulina, em São Paulo, José Carlos de Freitas Júnior e Romilson Ferreira de Lima emitiram os votos perpétuos. A celebração eucarística foi presidida pelo padre Valdecir Conte, superior provincial, que ressaltou na homilia a importância do seguimento de Jesus na vida dos paulinos. A Família Paulina participou desse momento importante para as vidas de José Carlos e Romilson. Desejamos a eles felicidades e realizações no caminho que escolheram. Arquivo O Cooperador Paulino 26 cooperador paulino maio-agosto de 2009

Semanas Missionárias Paulinas Apostolinas Discípulas Paulinas Paulinos Pastorinhas De março a maio deste ano, as Irmãs Paulinas realizaram diversas semanas missionárias, como a que aconteceu em Itapajé (CE), diocese de Itapipoca. Nessa paróquia, as irmãs Pollyana Brandão e Rosa Ramalho, desenvolveram intensa programação, articulada pelo padre José Arnoldo de Lima Sales, com a ajuda dos leigos e de religiosas. O que marcou essa semana paulina foi a vivência forte da fé, com as características típicas de São Paulo: a missionariedade, a oração e o amor radical a Deus e às pessoas. Arquivo Paulinas Arquivo Paulinas No domingo de Páscoa, dia 12 de abril, com a Celebração da Palavra, ingressaram no noviciado das Filhas de São Paulo as jovens (da esquerda para a direita): Ana Paula, Viviani, Rosângela, Viviane e Ana Karla. Permanecerão no noviciado durante dois anos, aprimorando sua formação religiosa. III Retiro dos Jovens Pastorinhos Jopas Apostolinas Discípulas Paulinas Paulinos Pastorinhas Aconteceu nos dias 4 e 5 de abril, na casa das pastorinhas, Caxias do Sul, mais um retiro dos jovens pastorinhos. Na ocasião, o grupo retomou sua identidade de jovens cooperadores que, partilhando o carisma das Irmãs Pastorinhas, têm como objetivo animar grupos de jovens e comunidades, através da música, dança e teatro. Todo o retiro aconteceu a partir de vivências que ajudaram cada jovem a rezar e partilhar sua própria realidade e, ao mesmo tempo, adquirir conhecimentos para sua missão em meio à juventude. Momentos fortes foram a adoração eucarística a partir da Palavra de Deus e pensamentos do jovem Alberione, bem como a celebração eucarística conclusiva, presidida pelo padre Valdecir Uveda, ssp. A essa celebração, estiveram presentes familiares, Irmãs Pastorinhas e seminaristas paulinos. Arquivo Pastorinhas cooperador paulino maio-agosto de 2009 27

cp Notícias Jovens em busca vocacional Apostolinas Discípulas Paulinas Paulinos Pastorinhas Dos dias 18 a 20 de abril, a comunidade apostolina de São Paulo foi enriquecida pela presença de cinco jovens em busca vocacional: Amanda, Deronice, Jéssica, Tereza e Joyce. Cada uma trouxe a riqueza de sua experiência pessoal e eclesial na busca da vontade de Deus sobre suas vidas. Um dos momentos marcantes foi a leitura orante vocacional da Palavra de Deus, que acontecerá uma vez por mês na capela das irmãs; para quem desejar participar, basta entrar em contato. Arquivo Apostolinas Missão vocacional no Espírito Santo Entre os dias 26 de abril a 2 de maio, irmã Luciana Conceição Oliveira participou da Semana Vocacional em preparação para a ordenação do jovem redentorista Maikel Pablo Dalbem. Durante a semana, as comunidades eclesiais de Itaguaçu (ES) se viram envolvidas em muitas atividades vocacionais, e os jovens das escolas locais foram interpelados sobre sua vocação, por meio da visita dos missionários e missionárias. A ordenação aconteceu no dia 2 de maio, às 10 horas, na igreja matriz de Nossa Senhora das Graças. Arquivo Apostolinas 28 cooperador paulino maio-agosto de 2009

Discípulas na Terra Santa Apostolinas Discípulas Paulinas Paulinos Pastorinhas No dia 24 de março deste ano, as Pias Discípulas inauguraram uma nova comunidade em Jerusalém. Dia da vigília da solenidade da Anunciação do Senhor e do 22º aniversário de morte de Madre Escolástica. Sentimos que o Divino Mestre nos confirma na preciosidade de nossa vocação à oração incessante e ao serviço incansável à sua Igreja, pela paz do mundo. O papa Bento XVI afirma que este será um lugar de contínua oração pela paz na Terra Santa. Rogamos a Deus que escute nossa oração e coloque nos corações humanos a sua paz. Arquivo Discípulas Tríduo pascal em Extrema e em Itajubá (MG) Há algum tempo, as Discípulas acompanham comunidades eclesiais no sul de Minas Gerais. Este ano, estiveram presentes quatro irmãs em Itajubá e duas em Extrema, para ajudar nas celebrações do tríduo pascal. É significativa também a presença, a animação e o incentivo dos padres, pastores dedicados que servem o povo de Deus naquelas terras. É edificante a acolhida das pessoas que nos recebem em suas casas e também a abertura das lideranças em acolher as irmãs, que chegam para colaborar nas celebrações. Arquivo Discípulas cooperador paulino maio-agosto de 2009 29

cp Atualidades por Augusto Ferreira, paulino Cinema Não foi por acaso que o filme Quem quer ser um milionário?, de Danny Boyle, ganhou tantas estatuetas no evento mais importante do cinema. Um filme que emociona do início ao fim. Um jovem pobre, da favela de Mumbai, é convidado para participar do famoso programa televisivo Quem quer ser um milionário? e, surpreendentemente, consegue responder a todas as perguntas exibidas pelo computador. Sua história e seu passado foram determinantes para ele conquistar um sonho que parecia impossível. Música La Plata Jota Quest Preço: R$21,90 reais onde achar: nas principais lojas de discos La Plata é o mais novo sucesso do grupo mineiro Jota Quest. Um disco que coroa o excelente estilo do grupo. Um toque de samba, muito rock e a mistura das novas tendências musicais fazem com que La Plata ganhe um tom especial. O grupo mineiro convidou nomes de peso para este trabalho. Ashley Slater, um dos criadores da banda inglesa Freak Power, é um deles. Ladeira é uma das faixas mais eletrizantes do disco. Vale a pena conferir! 30 cooperador paulino maio-agosto de 2009

Família em foco, no ar Desde o último dia 5 de março, a família brasileira conta com mais um programa televisivo de Paulinas TV Produções voltado para as questões da família. É transmitido às 13 horas de todas as quintas-feiras, com duração de uma hora, pela Rede Vida de Televisão, e apresentado por Suzy Camacho. O formato de Família em foco é o de uma revista eletrônica voltada para o entretenimento, informação e formação, abordando pautas diretamente relacionadas ao cotidiano dos lares brasileiros, com foco prioritário no oferecimento de serviços para a família. Livros Informação ao crucificado Carlos Heitor Cony Preço: R$30 reais onde achar: nas principais livrarias Leite Derramado Chico Buarque Preço: R$36 reais onde achar: nas principais livrarias Dizemos que um livro é bom quando consegue prender a atenção do leitor do início ao fim. Informação ao crucificado é um livro não muito recente, de 1961, do renomado autor Carlos Heitor Cony. O livro narra a experiência pessoal do autor no seminário maior da arquidiocese do Rio de Janeiro. Uma experiência vivida de forma extremamente intensa e cujo resultado é um estado permanente de dúvida e descrença. Um livro para ler, guardar e, depois de alguns dias, reler. Vale a pena tê-lo na biblioteca. Leite Derramado é o novo sucesso de Chico Buarque. O romance é um relato, de um velho com mais de cem anos, no leito de um hospital, rememorando sua juventude, quando conheceu e se casou com Matilde, filha de um político. Levado pelas conexões subjetivas de uma memória que se constrói e ao mesmo tempo se desconstrói. É interessante destacar dois traços, que nos levam à reflexão sobre a formação do povo brasileiro: a família nobre, com uma linhagem de filhos únicos, e a nódoa do leite de uma mulher, de origem negra. Esses dois elementos constituem o ápice da obra. cooperador paulino maio-agosto de 2009 31

cp Tiago Alberione Miguel e Teresa, pais de Tiago Alberione, eram camponeses e casaram-se na paróquia de Santo André, em Brá. Depois de casados, mudaram-se para São Lourenço de Fossano, onde eram inquilinos da família Ramazzoti. O primeiro filho do casal nasceu em 1874 e morreu em seguida. Depois disso, todos os filhos foram consagrados a N. Sra. das Flores. Tiago Alberione foi o quarto filho do casal Miguel e Teresa. Nasceu no dia 5 de abril de 1884. Sua saúde era frágil e delicada, por isso foi batizado no dia seguinte ao seu nascimento, na paróquia de São Lourenço de Fossano. Aos dois anos de idade, mudou-se com a família para Cherasco. Ali, os Alberione permaneceram por 24 anos. Da janela de sua casa, Tiago costumava rezar e dali via o Santuário Nossa Senhora das Flores. Em 1898, um dos irmãos de Tiago sofreu um acidente com uma carroça, mas nada sofreu, pois a mãe logo invocou Nossa Senhora das Flores. Aos 9 anos, Tiago fez uma promessa para Nossa Senhora das Flores, pois já era próximo de Maria. Tiago aprendeu com sua mãe Teresa a rezar para Nossa Senhora e invocar Maria como mãe. Ele a chamava de mãezinha. Tiago Alberione fez a Primeira Eucaristia em março e a Crisma em novembro de 1893, na paróquia de São Martinho. O padre Giovanni Montersino, pároco de São Martinho, sempre foi amigo da família Alberione, que crescia em fé e harmonia. Arquivo Ricardo Correa/ Paulinas 32 cooperador paulino maio-agosto de 2009