ÀS QUARTAS, NA APA MORCEGOS: INFINDÁVEL DIVERSIDADE ECOLÓGICA

Documentos relacionados
Chave de identificação de vocalizações dos morcegos de Portugal continental

DIVERSIDADE DA QUIROPTEROFAUNA (MAMMALIA, CHIROPTERA), NO BOSQUE MUNICIPAL PARQUE DAS AVES, APUCARANA-PARANÁ MARCHI. E. C. 1 ; TOZZO, R. A.

Guião de Exploração da Exposição. Enquadramento curricular Exploração de conteúdos Atividades em sala de aula

UNIDADE 1. Conteúdos. Ser humano: semelhanças e diferenças (características físicas e comportamentais; gostos pessoais) Partes do corpo humano

Ecologia Marinha. Programa/Conteúdo/Métodos Ensino Teórico e Prático. Pedro Ré (Teóricas) 2007/2008

Ecologia Geral MEAmb Nome: Nº

[OS QUIRÓPTEROS DA MATA DA MACHADA E DO SAPAL DO RIO COINA]

Seleção de variáveis e escalas em estudos com morcegos em paisagens de cerrado

BLABLABLABLABLABLA. Blablabla. Blablabla. Blablabla. Blablabla. Blablabla. ERN.702 UFSCar - Marco A.R. Mello

Planeta Terra 8.º ano

Acções de Conservação de Morcegos na Área de Regolfo de Alqueva + Pedrogão

Os morcegos da Mata Nacional do Bussaco, centro de Portugal

Abundância PNSC Estatuto (LV) Nome vulgar Nome científico. Muito raro CR Morcego-de-ferradura-mediterrânico Rhinolophus euryale

Programa Analítico de Disciplina AGR146 Entomologia Geral

REVISÃO SOBRE OS MORCEGOS DO ARQUIPELAGO DOS AÇORES CONTRIBUIÇÃO PARA A SUA CONSERVAÇÃO

Unidade 2 Relações bióticas. Planeta Terra 8.º ano

AVALIAÇÃO DO EFEITO DOS PARQUES EÓLICOS SOBRE OS MORCEGOS EM PORTUGAL CONTINENTAL. (análise dos dados disponíveis em Outubro de 2009)

Atividade de morcegos e preferência por habitat na zona urbana da Grande

Habitar (n)a Natureza

9 o ANO E. FUNDAMENTAL II / Recuperação de Biologia. Ecologia. Prof. Cecil Fazolato

Modelagem de Ecossistemas TX-770 (2012/01)

BIOLOGIA. Ecologia e Ciências Ambientais. Dinâmica de populações. Prof.ª. Daniele Duó

Recuperação Contínua. 7º anos- 1º PERÍODO 2012 Professores: Cláudio Corrêa Janine C. Bandeira Maria Aparecida Donangelo

Diversidade funcional e gradiente de estresse ambiental: um estudo de caso na restinga

Ecologia. introdução, fluxo de energia e ciclo da matéria. Aula 1/2

Usa-se mais onde mais se precisa?

Ecossistemas PROF. ROBERTH FAGUNDES DEBIO/UFOP ENGENHARIA AMBIENTAL

Biologia. Rubens Oda (Julio Junior) Ecologia


Ecologia Geral MEAmb

ECOLOGIA. Aula n º 2. Luís Chícharo

QUADRO III.A Espécies florísticas protegidas existentes na área das Serras de Aire e Candeeiros* Protecção Nome vulgar Espécie Observações

Os Morcegos. (Carimbo: Bat Cave)

FIRST RECORD OF BECHSTEIN S BAT (Myotis bechsteinii KUHL, 1817) AT NORTH OF PORTUGAL AND NEW SPECIE FOR THE SITE OF COMUNITARY IMPORTANCE ALVÃO-MARÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ NATÁLIA LUCIA DOS SANTOS

CIÊNCIAS DESCRITORES BIM4/2017

CONCEITOS DE ECOLOGIA. É a história natural científica que se relaciona à sociologia e economia dos animais (Elton,1937)

Ecologia. Fluxo de matéria e energia. Prof. Bruno Uchôa

Ecography. Supplementary material

Myotis myotis Morcego-rato-grande

A ESPECIE EM CONSERVAÇÃO

Morcegos (Mammalia: Chiroptera) na Reserva de Desenvolvimento Sustentável da Barra do Una, Peruíbe-SP

Biodiversidade e prosperidade económica

História de vida. História de vida. Estratégia r vs. estratégia K. História de vida 06/09/2013. Investimento reprodutivo vs. sobrevivência de adultos

BI63B - ECOSSISTEMAS. Profa. Patrícia C. Lobo Faria

Anais da Semana de Ciência e Tecnologia, Ouro Preto, v. 3, p , 2011.

MAMÍFEROS MARINHOS CARNIVORA SIRENIA CETACEA. Otaridae. Trichechidae. Mysticeti. Odontoceti. Phocidae. Dugongidae. Mustelidae

POPULATION ECOLOGY OF TWO SPECIES OF CAVE-DWELLING BATS (Miniopterus schreibersii and Myotis myotis)

ONGEP PRÉ-PROVA BIOLOGIA 2013

INSTITUTO TECNOLÓGICO VALE ITV Curso de Mestrado Profissional (pós-graduação stricto sensu)

ECOLOGIA. Introdução Cadeias alimentares Pirâmides ecológicas

Exame de Ingresso no Doutorado Programa de Pós-graduação em Ecologia - USP

COLÉGIO SHALOM Ensino Médio 1ª Série. Profº: Ms Marcelo Biologia Aluno (a):. No.

Rhinolophus euryale Morcego-de-ferradura-mediterrânico

SELEÇÃO DE HABITAT. 1. Habitat. 2. Seleção de habitat

Relações Entre Seres Vivos

Introdução - Ecologia II

BIOLOGIA. Ecologia e ciências ambientais. Níveis de organização da vida. Professor: Alex Santos

Ecologia Introdução - Natureza

Dieta de morcegos insetívoros (Mammalia: Chiroptera) em fragmentos de Floresta de Araucárias, no Sul do Brasil

Myotis emarginatus Morcego-lanudo

Miniopterus schreibersii Morcego-de-peluche

DOMÍNIO/SUBDOMÍNIO OBJETIVOS GERAIS DESCRITORES DE DESEMPENHO CONTEÚDOS. 1.1 Indicar três fatores que permitam considerar

Programa Analítico de Disciplina ENT160 Entomologia Geral

Organização biológica dos ecossistemas

O homem não teceu a teia da vida:ele é simplesmente um fio nessa teia. O que quer que faça à teia, ele faz a si mesmo...

BIOLOGIA NO ENEM. O que estudar para mandar bem na prova

ESTUDO DIRIGIDO CONTEÚDO DO BIMESTRE CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO TÓPICOS DO CONTEÚDO

Myotis blythii Morcego-rato-pequeno

BIE-212: Ecologia Licenciatura em Geociências e Educação Ambiental. Comunidades I

BI63B - ECOSSISTEMAS. Profa. Patrícia C. Lobo Faria

CORREÇÃO ROTEIRO SUCESSÃO ECOLÓGICA, RELAÇÕES ECOLÓGICAS E DINÂMICA DE POPULAÇÃO APOSTILA 11 PROVA MENSAL 4º. BIMESTRE

NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO ECOLÓGICA

PIRÂMIDES ECOLÓGICAS E POPULAÇÕES FRENTE 1B AULA 03 PROFESSOR: MARCIEL C. MORAES

Frederico Simão Hintze de Oliveira. Influência das albufeiras de pequenas barragens na actividade de quirópteros no Nordeste de Portugal

Introdução - Ecologia II

PLANO CURRICULAR DISCIPLINAR. Ciências Naturais 5º Ano

Análise cienciométrica do uso de marcadores microssatélites em estudos de quirópteros Introdução Material e Métodos

Repertório Sonoro de Ecolocalização de Molossus molossus (Chiroptera, Molossidae)

Fatores ecológicos. Qualquer elemento do meio que pode atuar diretamente sobre os organismos

FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL E IMPACTOS SOBRE A COMUNIDADE DE MORCEGOS (MAMMALIA, CHIROPTERA) DO PARQUE ESTADUAL VILA RICA DO ESPÍRITO SANTO - FÊNIX, PR, BR

Consulta por Classificação / Área Avaliação

HORÁRIO DE ATIVIDADES DE TRÊS ESPÉCIES DE MORCEGOS DA RPPN FAZENDA BOM RETIRO, CASIMIRO DE ABREU, RJ

DESCRITORES BIM4/2018 4º ANO

Escola EB 2,3 Dr. José Neves Júnior Ciências Naturais - 8.º Ano Ano Lectivo 2010/2011. Penso, acredito e faço!

Professora Leonilda Brandão da Silva

ECOLOGIA DE POPULAÇÕES

BIODIVERSIDADE = DIVERSIDADE BIOLÓGICA

Fragmentação. Umberto Kubota Laboratório de Interações Inseto Planta Dep. Zoologia IB Unicamp

Frederico Hintze Oliveira

Identificação automatizada de morcegos através de modelos estatísticos

Comunidades de morcegos em hábitats de uma Mata Amazônica remanescente na Ilha de São Luís, Maranhão

O ESTUDO DAS RELAÇÕES TRÓFICAS

ECOLOGIA DE POPULAÇÕES

MORCEGOS. Daniele Cristine Agripino Vitorino. Graduanda em Medicina Veterinária Bolsista PET - FMVZ

Ciências do Ambiente. Prof. M.Sc. Alessandro de Oliveira Limas Engenheiro Químico (UNISUL ) Mestre em Engenharia de Alimentos (UFSC )

Myotis blythii Morcego-rato-pequeno

Psicoacústica. S = k. I / I. S = k. log I. Onde S é a sensação, I a intensidade do estímulo e k uma constante.

networks, 9 bird-fruit networks and 1 mixed network with bats and birds. Some of these datasets were downloaded from the Interaction Web Database

Transcrição:

ÀS QUARTAS, NA APA MORCEGOS: INFINDÁVEL DIVERSIDADE ECOLÓGICA

ECOLOGIA Estudo das interações entre os organismos e o seu ambiente, nas suas componentes bióticas e abióticas DIVERSIDADE DE ESPÉCIES ESTRATÉGIAS DE VIDA ECOLOGIA SENSORIAL ECOLOGIA FUNCIONAL ADAPTAÇÕES AO MEIO

ECOLOGIA DO INDIVÍDUO AO ECOSSISTEMA

DIVERSIDADE TAXONÓMICA ELEVADA DIVERSIDADE TAXONÓMICA 27

DIVERSIDADE TAXONÓMICA ELEVADA DIVERSIDADE TAXONÓMICA ~ 1300

ONDE VIVER?

ONDE VIVER?

ONDE VIVER?

ONDE VIVER? ADAPTAÇÕES AO MEIO

ONDE VIVER?

ONDE VIVER? MIGRAÇÕES Busca de abrigos termicamente mais adequados Rodrigues L & Palmeirim J. 2007. Migratory behaviour of the Schreiber s bat: when, where and why do cave bats migrate in a Mediterranean region? Journal of Zoology 274:116-125.

ONDE VIVER? MIGRAÇÕES Busca de alimento Fleming TH & Eby P. 2003. Ecology of bat migration. In Bat ecology (eds TH Kunz & MB Fenton), pp. 156-208. The University of Chicago Press.

ONDE VIVER? FILOPATRIA

VIVER DEVAGAR CHIROPTERA Dobson FS & Oli MK. 2008. The life histories of orders of mammals: Fast and slow breeding. Current Science 95: 862-865.

VIVER DEVAGAR ELEVADA LONGEVIDADE HIBERNAÇÃO REPRODUÇÃO TARDIA EVENTOS REPRODUTIVOS MÚLTIPLOS

REPRODUÇÃO REDUZIDO NÚMERO DE CRIAS GESTAÇÃO LONGA MATURAÇÃO SEXUAL TARDIA

VIVER DEVAGAR CHIROPTERA Dobson FS & Oli MK. 2008. The life histories of orders of mammals: Fast and slow breeding. Current Science 95: 862-865.

SAZONALIDADE & REPRODUÇÃO REGIÃO MEDITERRÂNICA - INSECTÍVOROS nascimentos Ramos Pereira MJ et al. 2002. Prey selection by Myotis myotis (Vespertilionidae) in a Mediterranean region. Acta Chiropterologica 4: 183-193.

SAZONALIDADE & REPRODUÇÃO TRÓPICOS - FRUGÍVOROS Ramos Pereira MJ et al. 2010. Ecological responses of frugivorous bats to seasonal fluctuation in fruit availability in Amazonian forests. Biotropica 42: 680-687.

ECOLOGIA SENSORIAL AUDIÇÃO VISÃO OLFACTO TACTO TERMO-RECEPÇÃO

ECOLOGIA SENSORIAL AUDIÇÃO / OLFACTO

ECOLOGIA SENSORIAL VISÃO Tsoar A et al. 2011. Large-scale navigational map in a mammal. PNAS 108: E718 E724.

ECOLOGIA SENSORIAL TACTO / TERMO-RECEPÇÃO

Frequência ECOLOGIA SENSORIAL ECOLOCALIZAÇÃO 212 khz Cloeotis percivali Comprimento de onda 9 khz Tadarida teniotis

ECOLOGIA SENSORIAL ECOLOCALIZAÇÃO INFORMAÇÃO ADQUIRIDA http://www.life.umd.edu/faculty/wilki nson/sft/b5-echolocation.pdf

ECOLOGIA SENSORIAL ECOLOCALIZAÇÃO Pipistrellus pygmaeus Miniopterus schreibersii

ECOLOGIA SENSORIAL ECOLOCALIZAÇÃO Nyctalus leisleri Nyctalus lasiopterus

ECOLOGIA SENSORIAL ECOLOCALIZAÇÃO PULSOS CF E HIGH DUTY CYCLE DETECÇÃO FREQUÊNCIA CONSTANTE (CF) FREQUÊNCIA MODULADA (FM) FREQUÊNCIA DE MÁXIMA INTENSIDADE FREQ. MAX & FREQ. MIN. PULSOS FM E LOW DUTY CYCLE LOCALIZAÇÃO INTENSIDADE DURAÇÃO DO PULSO INTERVALO ENTRE PULSOS TIPO DE CHAMAMENTO: NAVEGAÇÃO, ALIMENTAÇÃO

ECOLOGIA SENSORIAL ECOLOCALIZAÇÃO

O QUE COMER? CHIROPTERA Ordem de mamíferos com maior diversidade de dietas

ONDE COMER? SELECÇÃO DE HABITAT Factores relevantes Distância ao abrigo Distância a pontos/linhas de água Qualidade do solo Rainho A & Palmeirim J. 2011. The importance of distance to resources in the spatial modelling of bat foraging habitat. PLoS one 6 e19227.

CO-EVOLUÇÃO ARMS RACE ECOLOCALIZAÇÃO DISCRETA Goerlitz HR et al. 2010. An Aerial-Hawking Bat Uses Stealth Echolocation to Counter Moth Hearing. Current Biology 20: 1568 1572. AUDIÇÃO DESENVOLVIDA REFLEXOS RESPOSTA A ULTRA-SONS ESTALIDOS PARA CONFUNDIR

CO-EVOLUÇÃO MUTUALISMO Von Helversen O & Winter Y. 2003. Glossophagine bats and their flowers: costs and benefits for plants and pollinators. In Bat ecology (eds TH Kunz & MB Fenton), pp. 346-397. The University of Chicago Press.

CO-EVOLUÇÃO PARASITISMO Lourenço SI & Palmeirim J 2007. Can mite parasitism affect the condition of bat hosts? Implications for the social structure of colonial bats. Journal of Zoology 273: 161-168.

SERVIÇOS DE ECOSSISTEMA

SERVIÇOS DE ECOSSISTEMA 22 mil milhões USD/ano

SERVIÇOS DE ECOSSISTEMA

SERVIÇOS DE ECOSSISTEMA Horner etal. 1998. Foraging behaviour and energetics of a nectar-feeding bat, Leptonycteris curasoae. Journal of Zool.ogy 244: 575-586. Valiente-Banuet etal_1996. Ecological relationships between columnar cacti and nectar-feeding bats in Mexico. Journal of Tropical Ecology 12:103-119

AEROECOLOGIA?