Banco de Dados. Professor: Rômulo César. romulodandrade@gmail.com www.romulocesar.com.br



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Transcrição:

Banco de Dados Professor: Rômulo César romulodandrade@gmail.com www.romulocesar.com.br

Sistema de arquivos X Sistemas de Banco de Dados Sistema de arquivos Sistema de Banco de Dados Aplicativos Dados (arquivos) Aplicativos SGBD Dados (arquivos) O acesso/gerenciamento aos/dos dados é feito diretamente pelos programas aplicativos. O acesso/gerenciamento aos/dos dados é feito pelo SGBD. O SGBD funciona como uma interface entre o BD e os programas aplicativos.

Definições... Dados: Algo que faz parte da realidade. são fatos que podem ser gravados e que possuem um significado implícito. Banco de Dados (BD): é uma coleção de dados relacionados: Representa aspectos do mundo real (minimundo ou universo de discurso) e mudanças no mundo real devem ser refletidas no BD. É uma coleção lógica e coerente de dados com algum significado inerente. Uma organização randômica de dados não pode ser considerada um BD. Um BD é construído em atendimento a uma proposta específica.

Definições... Um Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) é uma coleção de programas que permite aos usuários criar e manter um banco de dados. É um sistema de software de propósito geral que facilita os processos de definição, construção, manipulação e compartilhamento de bancos de dados entre vários usuários e aplicações.

Interação...

Principais Funções Inclusão (INSERT) INSERT INTO clientes (codigo,nome,valor) VALUES ( 1234, José da Silva,678.55) Alteração (UPDATE) UPDATE clientes SET nome = Antonio da Silva WHERE codigo = 1234 Exclusão (DELETE) DELETE FROM clientes WHERE codigo = 1234 Consulta (SELECT) SELECT * FROM clientes WHERE codigo = 1234

SISTEMA DE BANCO DE DADOS Usuários/Programadores Programas de Aplicações / Consultas (Queries) SGBD Programas para Processamento de consultas / gerenciamento de dados Software para Acesso aos Dados Armazenados Definição dos dados Banco de dados armazenados

Independência entre Programas e Dados É a capacidade de modificar a definição dos esquemas em determinado nível, sem afetar o esquema de nível superior. Independência física de dados: é a capacidade de modificar o esquema físico sem que, com isso, qualquer programa de aplicação precise ser reescrito. Modificações no nível físico são necessárias, ocasionalmente, para aprimorar desempenho. (mais fácil de ser alcançada nos SBDs) Independência lógica de dados: é a capacidade de modificar o esquema lógico sem que, com isso, qualquer programa de aplicação precise ser reescrito. Modificações no nível lógico são necessárias sempre que uma estrutura lógica do banco de dados é alterada (por exemplo, mudança do sistema monetário).

Utilitários de um SGBD Carregamento (loading) : carrega arquivos e dados existentes dentro do banco de dados. Útil para transferência de dados entre SGBDs ou entre SGBDs e outros sistemas (são ferramentas de conversão). Backup: cria uma cópia do banco de dados, geralmente descarregando (dumping) todo o banco de dados em uma fita (por exemplo). Também possibilita o backup incremental. Reorganização de arquivos: reorganiza os arquivos do banco de dados em uma nova forma buscando melhorar seu desempenho. Monitoramento de desempenho: monitora o uso do BD e fornece estatísticas para o DBA, que pode tomar decisões para melhorar o desempenho.

Utilitários de um SGBD Espelhamento Replicação Clusterização

Arquitetura de Sistemas de Banco de Dados Primeira arquitetura: Centralizada (uso de Mainframes) O processamento principal e de todas as funções do sistema (aplicativos, interface e SGBD) eram executados nos mainframes. Os usuários interagiam com o sistema via terminais sem poder de processamento, conectados ao mainframe por redes de comunicação. Com o barateamento do hardware, os terminais foram sendo trocados por estações de trabalho e naturalmente a tecnologia de banco de dados começou a aproveitar esse potencial de processamento no lado do usuário. Surge a segunda arquitetura.

Arquitetura de Sistemas de Banco de Dados Segunda arquitetura: Cliente-Servidor Dividiu as tarefas de processamento criando servidores especializados como os servidores de arquivos. As máquinas clientes disponibilizavam as interfaces para os usuários, de forma a capacitá-lo ao uso de servidores. Também tinham autonomia para executar aplicações locais. No caso específico de banco de dados, nesta arquitetura, um SGBD centralizado é implantado no servidor, assim as consultas (servidor SQL) e funcionalidades transacionais são executadas no servidor. No lado do cliente é possível formular as consultas e desenvolver programas aplicativos. O servidor SQLé conhecido como Back-End Machine e o cliente como Front-End Machine.

Tipos de arquitetura Cliente / Servidor Ponto a ponto (peer to peer) Distribuído Servidor / Cliente Servidor Servidor Servidor Cliente / Servidor Cliente Cliente Cliente

Tipos de arquitetura Cliente / Servidor Remoto RS Frame Relay VPN Satélite ADSL Roteador HUB / SWITCH Roteador SP HUB / SWITCH

BANCOS DE DADOS NA INTERNET Normalmente baseados em WEB Servers, que geram automaticamente e dinamicamente páginas HTML a partir de consultas SQL; O WEB Server (Internet Information Services / Apache): recebe solicitações (consultas SQL) dos clientes (navegadores WWW) repassam as solicitações ao servidor de bancos de dados recebem o resultado montam uma página HTML com o resultado repassam a página HTML para o cliente

Sistemas Comerciais dbase: Lançado pela Ashton-Tate e posteriormente adquirido pela Borland. Possuía uma linguagem de programação própria para desenvolvimento de aplicações, teve versões para DOS e Windows, trabalhava com gerenciamento de arquivos planos baseados em listas invertidas. A partir da versão 7, os direitos foram vendidos pela Borland. Paradox: Possui ambiente integrado de desenvolvimento para criação de aplicativos. Os direitos de produção foram vendido pela Borland para a Corel. Teve versões para DOS e hoje possui apenas versões para Windows. DataFlex: Popular para ambiente Unix, mas teve versões para DOS e Windows. Possui ambiente integrado para desenvolvimento de aplicações e hoje é comercializado com o nome de Visual Data Flex. FoxBase/FoxPro: Concorrente do dbase com total compatibilidade em termos de arquivos e programas-fontes. Com recursos adicionais como a capacidade de pré-compilação dos códigos-fontes para melhorar performance. Hoje, após a aquisição pela Microsoft da Fox Software (produtora original), se chama: Visual FoxPro.

Sistemas Comerciais Access: é padrão em banco de dados para microcomputadores do ambiente Windows. Possui ambiente integrado que permite a criação e gerenciamento do banco de dados, desenvolvimento de aplicações e geração de relatórios. A linguagem de programação usada neste ambiente deriva do Visual Basic. Oracle: O primeiro em Banco de Dados Corporativos (cliente/servidor) possuindo grande variedade de distribuições (para Macintosh, Windows, Linux, FreeBSD, Unix) e para computadores de grande porte. É padrão SQL com uma linguagem própria para desenvolvimento de aplicações. Interbase: Foi incluído, pela Borland, nas suas ferramentas de desenvolvimento (Delphi, C++Builder, JBuider). Teve uma versão liberada como Open Source. MS-SQL Server: Produzido pela Microsoft, inicialmente era uma versão especial do Sybase. As versões atuais são independentes e opera exclusivamente sobre Windows.

Sistemas Comerciais Sybase SQL Anywhere: Concorre com o Oracle no mercado corporativo. Aplicações para este banco são desenvolvidas com o PowerBuilder. MySQL: Possui versões para Windows, Solaris, Unix, FreeBSD, Linux) e é gratuito. Muito poderoso, usado principalmente para desenvolvimento WEB como servidor de dados para comércio eletrônico. PostgreSQL: Gratuito e com boa aceitação. Originalmente concebido para rodar em Linux. Possui versões para Windows. Principalmente usado para comércio eletrônico juntamente com linguagem PHP. Informix: Boa escalabilidade e desempenho. Comercializado pela IBM. DB2: Produzido pela IBM, nasceu nos ambientes de grande porte, sendo posteriormente portado para plataformas mais simples (microcomputadores). Firebird: Nascido de uma iniciativa da Borland em abrir o código do InterBase 6, este sistema é open source e esbanja versatilidade e robustez. Possui recursos de trigger, store procedures e transações concorrentes.

Sistemas Comerciais Além dos gerenciadores, pode-se citar algumas linguagens/ferramentas de desenvolvimento, que manipulam os banco de dados desses gerenciadores: Clipper: Comumente utilizado junto ao dbase. O Brasil foi o líder mundial em vendas e uso dessa ferramenta. Joiner: Produto nacional concorrente do Clipper, produzido por uma empresa paulista chamada Tuxon Software, com versões para DOS, Unix, e algum suporte para Windows. Delphi/C++Builder/JBuilder: Ferramentas de desenvolvimento da Borland que possuem suporte nativo aos bancos de dados Interbase e MySQL. Delphi e C++Builder também podem acessar arquivos no formato dbase, Paradox e Access nativamente, enquanto outras bases de dados podem ser maipuladas através da tecnologia ODBC. Visual Basic/Visual C++: O programador pode criar aplicações que acessam bancos de dados Access ou, por meio de ODBC, outros formatos.

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