Eficiência Energética e a Regulamentação do PEE ANEEL
Eficiência Energética no Brasil Procedimentos do Programa de Eficiência Energética ANEEL Projetos de Eficiência Energética da Celesc
4 Geração Transmissão 750kV 500kV 230kV Subestação de Transmissão Linha de Distribuição 138kV 69kV Subestação de Distribuição Rede de Distribuição 13,8kV 23,1kV 34,5kV Clientes Geração 12 PCHs próprias Potência Instalada de 106,8MW Energia Assegurada de 65,8MW Participação Minoritária em UHE (DFESA) Potência Instalada de 125MW Energia Assegurada de 78MW Participação Minoritária em PCHs (SPEs) Potência Instalada de 9,6MW Energia Assegurada de 5,3MW Transmissão Participação Minoritária em Linha de Transmissão (ECTE) Extensão de 252 Km Tensão de 525kV 2 Subestações de Transmissão 546 Torres Distribuição 157 Subestações de Distribuição 5.101 km de Linhas de Distribuição (AT) 146.713 km de Redes de Distribuição (MT e BT) 159.917 Transformadores de Distribuição 1.609.573 Postes 415 Religadores 4
6ª maior em volume de receita 7ª maior em volume de energia fornecida 10ª maior em número de unidades consumidoras (mais de 2,7 milhões) 264 municípios em SC e 01 em PR 23,4 TWh distribuídos em 2014 3.286 empregados em Dez/2014
O conceito de eficiência energética está ligado à minimização de perdas na conversão de energia primária em energia útil. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA = Fazer mais (produção) com menos (recursos) Eficiência energética consiste em obter o melhor desempenho na produção de um serviço com o menor gasto de energia Eficiência energética consiste da relação entre a quantidade de energia empregada em uma atividade e aquela disponibilizada para sua realização.
O tema eficiência energética surgiu com maior importância durante os choques do petróleo nos anos de 1973-1974 e 1979-1981. Em 1997, com o Protocolo de Kioto, o assunto voltou a ser alvo de discussões, visando os benefícios que a eficiência energética pode trazer para a sociedade.
Em 2001, o Brasil enfrentou o maior racionamento de energia de sua história, tanto em intensidade como em abrangência. O racionamento criou novos hábitos na população. O brasileiro adotou selos de eficiência energética e passou a prestar atenção nos gastos com energia elétrica.
Hoje o Brasil possui várias políticas de eficiência energética reconhecidos internacionalmente, que são: Programa Brasileiro de Etiquetagem - PBE, executado pelo Inmetro, com a participação do Procel e do Conpet; 1984 Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica - PROCEL, executado pela Eletrobras; 1985 Programa de Eficiência Energética - PEE, executado pela Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL; 2000 Lei de Eficiência Energética - Lei nº 10.295; 2001 Plano Nacional de Eficiência Energética - PNEF; 2012
LEI Nº 9.991, DE 24 DE JULHO DE 2000 Dispõe sobre realização de investimentos em pesquisa e desenvolvimento e em eficiência energética por parte das empresas concessionárias, permissionárias e autorizadas do setor de energia elétrica, e dá outras providências. LEI Nº 11.465, DE 28 DE MARÇO DE 2007 [...] aplicarem, no mínimo, 0,50% de sua receita operacional líquida em programas de eficiência energética no uso final. LEI Nº 12.212, DE 20 DE JANEIRO DE 2010 as concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica deverão aplicar, no mínimo, 60% (sessenta por cento) dos recursos dos seus programas de eficiência para unidades consumidoras beneficiadas pela Tarifa Social. RN/ANEEL Nº 556, DE 18 DE JUNHO DE 2013 Aprovar os Procedimentos do Programa de Eficiência Energética PROPEE.
O PEE da ANEEL conta com um orçamento anual da ordem de R$ 400 milhões. 60% deste total são destinados à consumidores de baixa renda, de acordo com a lei 12.212 de 20 de janeiro de 2010.
R$ 5,72 bilhões investimento de 1998 a 2014 R$ 104,40/MWh energia conservada 9,14 TWh/ano Energia Economizada (EE) Equivalente a 1,8% do consumo anual do BR 2,84 GW Redução de Demanda na Ponta (RDP) *Cada unidade geradora de Itaipu tem capacidade de 700MW
Potencial de contribuição da eficiência para o balanço energético do País*. (TWh/ano) Gás Natural 69,0 Potencial de Eficiência Energética 53,2** Derivados petróleo 26,6 Carvão e derivados Eólica 6,6 15,8 Nuclear 14,6 Biomassa 46,4 * Fonte: Empresa de Pesquisa Energética, 2014 ** Potencial de mercado (10,3%), Empresa de Pesquisa Energética, 2012 1,0% Eólica 2,2% Nuclear 2,4% Matriz elétrica brasileira 4,0% Derivados petróleo 7,0% Biomassa 8,0% Hidráulica 430,9 10,4% Gás Natural 65,0% Hidráulica Carvão e derivados Eficiência Energética
Eficiência x Geração (custos) Foi considerado para o custo de geração o preço médio do leilão A-3 de 06/06/2014-49,5% Os custos de transmissão e distribuição foram calculados considerando a participação destes segmentos na tarifa (dados fornecidos pela SRE/ANEEL ) MWh
Determinar: Documentos, Regras de aplicação e procedimentos contábeis. Identificar: Tipologias de projetos. Indicar: Ações permitidas e Apuração de resultados.
Estabelecer diretrizes para a realização de projetos com as tipologias e ações mais utilizadas. Tipologias Industrial Comércio e Serviços Poder Público Serviços Públicos Rural Iluminação Pública Residencial Baixa Renda GEM Educacional Ações Melhoria de instalação Educacional Bônus para Eletrodomésticos Gestão Energética Geração Fontes Incentivadas Aquecimento Solar
Objetiva dar transparência e publicidade aos projetos; Saldo da conta; Projetos concluídos e previstos; Disponibilizar um site com informações de projetos e outras relevantes. Colher subsídios e sugestões de novos projetos; Informações dos interessados em projetos; Permitir que consumidores encaminhem seus pleitos, opiniões e sugestões. E-mail permanente para recebimento das contribuições. Publicar a abertura da AP em Diário Oficial.
50% do investimento obrigatório não comprometido (20% x (0,5% ROL+Juros+Contratos de desempenho)) em unidades consumidoras das duas classes com maior participação em seu mercado. A partir de 18/06/2015*, a seleção dos projetos deverá ser feita por chamada pública uma vez por ano. Exceto para Baixa Renda e Educacional. Comunicar a ANEEL sobre a Chamada Pública. 60% da ROL deve ser aplicado em consumidores com Tarifa Social *24 meses da publicação do PROPEE
60% da ROL deve ser aplicado em consumidores com Tarifa Social
Projetos em unidades consumidoras com fins lucrativos deverão ser feitos por meio de contrato de desempenho. A devolução dos investimentos para a Celesc será calculada conforme a economia verificada com o projeto de eficiência energética executado. Ex: A energia economizada e a redução de demanda na ponta gerou uma economia de R$ 10.000,00 mensais na fatura. O valor total investido no projeto foi de R$100.000,00. Portanto a devolução será realizada em 10 parcelas de R$ 10.000,00 por mês + correção monetária
Objetiva tornar o processo decisório de escolha de projetos e consumidores beneficiados mais transparente e democrático. A Chamada Pública deverá definir: Projetos Elegíveis Critérios de aceitação Critérios de qualificação projetos e empresas ofertantes Critérios de seleção de projetos e empresas ofertantes Limite de recurso Dados necessários para a proposta A ANEEL disponibiliza no site um GUIA para Chamada Pública
O benefício tem que ser 25% maior que o custo: Contratos de desempenho: Os valores são conservadores e garantem ao consumidor que a economia foi realmente maior que o custo da expansão. Essa margem tenderá a ser reduzida na medida que as ações de eficiência forem ganhando credibilidade e as metodologias de M&V mais precisas.
Fórmula Básica: Custos Anualizados: Fator de recuperação de Capital: Benefício Anualizado: Custo p/ Plurianuais: Deverão ser apresentados 4 cálculos da RCB: 2 ex-ante e 2 ex-post
Mensuráveis Pode-se considerar outros benefícios, desde que sejam comprovados por M&V. Economia de água, Produtividade, Melhoria de qualidade do produto ou serviço, Impacto socioambiental. Não Mensuráveis Projetos com resultados não mensuráveis. Projetos Educacionais Mudança no comportamento Número de alunos treinado Duração do treinamento Avaliação
Aplica-se a todos os projetos, exceto: Benefícios não energéticos. Projetos educacionais. Projetos de GEM (cumprimento de metas). As medições devem ser baseadas no Protocolo Internacional para Medição e Verificação de Performance (PIMVP). A ANEEL disponibiliza um guia para auxiliar na realização da M&V.
Geração com fonte incentivada: Microgeração: P 100 kw; Minigeração: 100 kw < P 1000 kw Fontes: Hídricas, Solar, Eólica, Biomassa ou cogeração qualificada. Somente permitido após a execução das ações viáveis de eficiência energética. * RESOLUÇÃO ANEEL n. 482/2012 * I-432.0004 REQUISITOS PARA A CONEXÃO DE MICRO OU MINIGERADORES DE ENERGIA AO SISTEMA ELÉTRICO DA CELESC DISTRIBUIÇÃO
Análise de viabilidade: Custos somente aportados pelo PEE. Viabilidade: Se RCB 0,8 não necessita avaliação inicial. 0,8 < RCB 1, avaliação inicial simplificada. RCB > 1, não aceito. CEE e CED para cálculo do benefício: Central geradora: de acordo com o preço final da energia paga pelo consumidor, incluindo impostos e encargos. Eficiência energética: de acordo com a sistema de bandeiras tarifárias (método semelhante ao tradicional)
Utiliza-se para cálculo do Benefício: Energia Gerada/ano Demanda Provida na ponta Os sistemas de medição deverão ser permanentes. A apuração da energia e demanda provida deve ser de 1 ano.
Poderá ser realizada pela ANEEL ou agentes conveniados. (ex: AGESC) Inicia com o encaminhamento de Ofício SFE ou SFF/ANEEL. Visitação in loco com analise física e documental. Emissão do Termo de Notificação TN.
Constatadas inconformidades, a distribuidora estará sujeita à imposição das penalidades previstas na Resolução nº 63/2004.
Desde 1989, a Celesc executa uma série de ações e projetos de combate ao desperdício de energia elétrica, por meio do Programa de Eficiência Energética Celesc PEE CELESC. 80 projetos concluídos De 1999 a 2014 R$ 177,64 milhões Investimentos Realizados 158,74 GWh/ano Energia Economizada (EE) Equivalente a 64 mil residências no mesmo período 55,8 MW Redução de Demanda na Ponta
182 instituições beneficiadas. Instalação de Aquecimento Solar para água de banho em instituições filantrópicas; Diagnóstico e medição e verificação dos sistemas de aquecimento.
RESULTADOS 1.158 MWh/ano Energia Economizada (EE) 2,4 MW Redução de Demanda na Ponta (RDP) Consumo de 491 residências no mesmo período 166,7 ton CO 2 na atmosfera* R$ 4,4 milhões investimento R$ 602,2 mil/ano economia R$ 3,3 mil/ano economia média por instituição ou o plantio de 1 mil árvores** * Ministério da Ciência e Tecnologia - jun/14 0,1440 tco2/mwh ** Instituto Brasileiro de Florestas 1ton de CO2 a cada 6 árvores plantadas
60 hospitais beneficiados. Substituição do sistema de iluminação, ar condicionado, refrigeradores e motores elétricos e equipamentos para esterilização de materiais.
RESULTADOS 9.763 MWh/ano Energia Economizada (EE) 1,9 MW Redução de Demanda na Ponta (RDP) Consumo de 4,1 mil residências no mesmo período 1,4 mil ton CO 2 na atmosfera* R$ 15,6 milhões investimento R$ 3,8 milhões/ano economia R$ 43,3 mil/ano economia média por hospital ou o plantio de 8,4 mil árvores** * Ministério da Ciência e Tecnologia - jun/14 0,1440 tco2/mwh ** Instituto Brasileiro de Florestas 1ton de CO2 a cada 6 árvores plantadas
Eventos de lançamento e encerramento do projetos
+ de 60 mil famílias beneficiadas. Palestras educacionais, substituição de lâmpadas, refrigeradores, instalação de aquecedores solar de água e recuperadores de calor. 18 mil refrigeradores e 165 mil lâmpadas substituídas; 5 mil aquecedores e 30 mil recuperadores instalados.
RESULTADOS 37.040 MWh/ano Energia Economizada (EE) 16,4 MW Redução de Demanda na Ponta (RDP) Consumo de 15,7 mil residências no mesmo período 5,3 mil ton CO 2 na atmosfera* R$ 59,2 milhões investimento R$ 13,7 milhões/ano economia R$ 258,58/ano economia média por família ou o plantio de 31,8 mil árvores** * Ministério da Ciência e Tecnologia - jun/14 0,1440 tco2/mwh ** Instituto Brasileiro de Florestas 1ton de CO2 a cada 6 árvores plantadas
+ de 50 mil famílias beneficiadas. Programa de subsídio para a troca de eletrodomésticos; 50 mil eletrodomésticos substituídos (refrigeradores, freezers e condicionadores de ar); + de 440 mil lâmpadas incandescentes substituídas por fluorescentes compactas.
RESULTADOS 40.028 MWh/ano Energia Economizada (EE) 18,1 MW Redução de Demanda na Ponta (RDP) Consumo de 17 mil residências no mesmo período 5,8 mil ton CO 2 na atmosfera* R$ 50,5 milhões investimento R$ 20,8 milhões/ano economia R$ 416,29/ano economia média por família ou o plantio de 34,8 mil árvores** * Ministério da Ciência e Tecnologia - jun/14 0,1440 tco2/mwh ** Instituto Brasileiro de Florestas 1ton de CO2 a cada 6 árvores plantadas
Eventos de lançamento e encerramento de projetos
04 empresas beneficiadas. Seleção e financiamento, sem juros, de projetos de eficiência energética em instalações industriais; Substituição de 501 motores e 02 chillers e instalação de 220 inversores (automação de processo).
RESULTADOS 24.573 MWh/ano Energia Economizada (EE) 2,2 MW Redução de Demanda na Ponta (RDP) Consumo de 10,5 mil residências no mesmo período 3,5 mil ton CO 2 na atmosfera* R$ 18,2 milhões investimento R$ 4,8 milhões/ano economia R$ 1,2 milhões/ano economia média por projeto ou o plantio de 21 mil árvores** * Ministério da Ciência e Tecnologia - jun/14 0,1440 tco2/mwh ** Instituto Brasileiro de Florestas 1ton de CO2 a cada 6 árvores plantadas
Projeto Indústria +Eficiente Revista publicada pela WEG e ProCobre
Capinzal 2.324,52 MWh/ano Energia Economizada (EE) 269,04 kw Redução de Demanda na Ponta (RDP) 1.102,51 MWh/ano Energia Economizada (EE) 127,61 kw Redução de Demanda na Ponta (RDP) 448,49 MWh/ano Energia Economizada (EE) 150,46 kw Redução de Demanda na Ponta (RDP) R$ 2,19 milhões investimento R$ 585,88 mil/ano economia RCB = 0,42 R$ 2,51 milhões investimento R$ 472,74 mil/ano economia RCB = 0,59 R$ 984,42 mil investimento R$ 179,96 mil/ano economia RCB = 0,63
Eng. Marco Aurelio Gianesini Gerente da Divisão de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética Departamento de Engenharia e Planejamento do Sistema Elétrico marcoag@celesc.com.br (48) 3231-5390 www.celesc.com.br/peecelesc..só consuma o que você precisa, a sustentabilidade de nosso planeta depende de um consumo consciente e responsável..