Regulamento Prova de Aptidão Profissional
I Natureza e Âmbito 1. Faz parte integrante do curso a conceção e realização pelo aluno de uma PROVA DE APTIDÃO PROFISSIONAL (PAP), que é condição necessária para a obtenção do diploma de qualificação profissional. 2. 2. A PAP reveste a forma de um projeto pessoal, transdisciplinar e integrador de todos os saberes e capacidades desenvolvidos ao longo da formação. 3. 3. O projeto a desenvolver, deverá ser um elemento estruturante do futuro profissional do formando e centrar-se em temas e problemas abordados de forma pessoal, perspetivados pelo aluno, por ele apresentado e defendido perante um Júri. 4. 4. Em função do fim que visa, deve a temática do projeto incidir sobre a componente de Formação Técnica, Tecnológica e Prática do curso e ser, preferencialmente, desenvolvido em estreita ligação com os contextos de trabalho. 5. 5. A PAP perspetivará uma aplicação prática para determinar o grau de aplicabilidade de cada um dos projetos. II Objetivos da Prova de Aptidão Profissional 1. A realização da PAP visa proporcionar a experiência de conceção e definição de um projeto de carácter pessoal que deve nascer do interesse do aluno na resolução de um problema profissional, fator determinante para que a prova seja um efetivo instrumento de interiorização de conhecimentos e de intervenção profissional. 2. A definição do projeto implica a apresentação das motivações pessoais, a análise de recursos, a recolha de informação, a definição de estratégias e da sua exequibilidade. 3. A PAP, enquanto projeto de carácter profissional, visa uma efetiva aplicação prática, enquanto projeto de carácter pluridisciplinar, visa a mobilização e a aplicação das aprendizagens nas respetivas áreas de formação. 4. A PAP operacionaliza competências essenciais para a resolução de problemas profissionais, nomeadamente: - A reflexão sobre causas e/ou consequências das decisões profissionais; - O espirito de iniciativa; - O espirito de abertura a soluções criativas e alternativas; - O desenvolvimento de capacidades de comunicação, programação e avaliação; Página1
III Intervenientes e suas competências 1. Durante o processo de conceção, elaboração e avaliação da PAP, intervêm os seguintes órgãos/elementos: a) Direção Pedagógica b) Conselho Pedagógico c) Coordenador de Curso d) Orientador Educativo e) Professor Acompanhante da PAP f) Júri de Avaliação Final 2. Compete ao Aluno, sob a orientação do Professor/Técnico Acompanhante do projeto, conceber, realizar, avaliar, apresentar e defender um projeto. 3. Compete ao Professor/Técnico Acompanhante: a) Estabelecer um contacto próximo com o aluno numa atitude de avaliação contínua. 4. Compete ao Coordenador de Curso: a) Analisar os anteprojetos dos alunos e apresentar recomendações de otimização ou alterações; b) Dar conhecimento aos alunos do parecer resultante da análise dos anteprojetos; c) Comunicar à Direção Pedagógica da Escola qual o professor ou professores que o aluno sugere como acompanhante (s) da sua PAP. 5. Compete ao Conselho Pedagógico; a) Pronunciar-se sobre os projetos dos alunos. 6. Compete à Direção Pedagógica: a) Desenvolver os esforços necessários para uma resposta cabal às solicitações que lhe são feitas na tentativa de proporcionar o melhor êxito na realização dos projetos; b) Aceitar os projetos de PAP dos alunos, na sua versão definitiva; c) Nomear os professores/técnicos acompanhantes dos projetos; d) Receber o Documento Escrito da PAP e os meios de suporte; e) Entregar ao Júri de Avaliação os documentos necessários à avaliação da PAP; f) Convocar o Júri de Avaliação Página2
7. O Júri de Avaliação deve integrar os seguintes elementos: - Um representante da Direção Pedagógica, que preside, e tem, nesse exercício, o voto de qualidade em caso de empate; - O Coordenador de Curso; - O Professor Acompanhante do projeto; - Um técnico externo acompanhante, nos casos específicos dos projetos cuja natureza o requeira; - Um representante das associações empresariais (ou das empresas afins ao curso) e/ou um representante das associações sindicais (ou profissionais dos sectores de atividade afins ao curso). Compete ao Júri de Avaliação: a) Reunir, pelo menos uma vez, antes da avaliação final dos projetos, para apreciação dos mesmos; b) Avaliar o projeto do aluno, deliberando quanto à sua avaliação, necessitando para o efeito de, pelo menos, três elementos IV Faseamento A realização do projeto compreende três momentos essenciais: 1) Conceção do projeto 2) Desenvolvimento do projeto 3) Apresentação e avaliação final do projeto Página3
1. Conceção a) O Aluno terá que apresentar ao Coordenador de Curso o seu anteprojeto até ao final setembro. b) O anteprojeto deve fazer menção explícita dos seguintes elementos: - Tema / Assunto a desenvolver - Fundamentação da escolha realizada - Objetivos que se propõe atingir - Meios materiais e humanos a utilizar c) A Direção Pedagógica nomeará o professor/técnico acompanhante durante a primeira quinzena de outubro. d) Após apreciação pelo Coordenador de Curso e tendo em conta um parecer do professor acompanhante, o aluno efetuará as correções/alterações que forem necessárias, tendo que apresentar o seu projeto definitivo de PAP à Direção Pedagógica até ao dia 15 de outubro de cada ano. (Sempre que possível o projeto de PAP deverá incluir uma previsão de custos). 2. Desenvolvimento a) Uma vez aprovado o anteprojeto, o aluno poderá iniciar o desenvolvimento do seu projeto, o que decorrerá até ao dia 11 de Março. Caso o aluno tenha mais de cinco módulos em atraso, após a 2ª semana de janeiro, o desenvolvimento do projeto passará para época extraordinária com datas a divulgar posteriormente. b) O desenvolvimento do projeto poderá decorrer dentro da carga horária curricular, desde que não comprometa o cumprimento dos objetivos gerais do curso. c) Dando seguimento ao ponto anterior, o professor acompanhante poderá propor à Direção Pedagógica ajustamentos à planificação curricular do curso. d) A Direção do IPTA compromete-se a apoiar, na medida do possível, seminários, colóquios, visitas de estudo e outras atividades na elaboração do projeto. e) A Direção, à medida das possibilidades da Escola, e apoiada em parecer do professor acompanhante, poderá facultar ao aluno um conjunto de recursos de apoio, convenientes ao desenvolvimento do projeto. f) O Aluno deve entregar ao Orientador do Projeto de forma faseada, o seu Documento Escrito da PAP para análise e eventual retificação. Página4
3. Apresentação e Avaliação Final a) Até ao dia 11 de março, o aluno deve proceder à entrega do seu projeto definitivo de PAP onde conste: - O documento final e os diferentes meios de suporte necessários à concretização do projeto. b) De 11 de março ao dia de apresentação/ defesa, os elementos do Júri de Avaliação apreciarão os projetos, e respetivos relatórios, desenvolvidos pelos alunos. c) Na época normal para o período de defesa da PAP, que decorre de 14 de março a 18 de março, e no dia e hora oportunamente marcada para o efeito, o aluno deve apresentar e defender, perante o Júri, o projeto por si realizado. d) A apresentação do projeto pelo aluno, bem como as intervenções por parte do Júri de Avaliação não poderá exceder o período de 30 minutos. e) O representante da Direção Pedagógica levará, para a reunião de avaliação do projeto, o registo biográfico do aluno. f) O Júri de Avaliação, após a apresentação e defesa do projeto pelo aluno, na posse do relatório do projeto, do relatório do professor acompanhante, da ficha de observação do aluno e da respetiva ficha curricular, avaliará e classificará o projeto com incidência nos seguintes parâmetros: 1. Projeto (P) Critérios: - Originalidade temática e pessoalidade; - Qualidade científica e rigor técnico; - Grau de viabilidade/aplicabilidade do projeto, ponderadas as dificuldades e obstáculos encontrados pelo aluno na realização do projeto. Obs. No parâmetro P poderão estar incluídos todos os recursos audiovisuais e técnicos utilizados pelos alunos. Página5
2. Relatório (R) Critérios: - Metodologia de Relatório; - Formato: Página A4, corpo 12/14. Mínimo: 10 páginas; Máximo: 35 páginas 3. Apresentação Oral (AO) Critérios: - Poder de síntese e objetividade demonstradas pelo aluno; - Capacidade de argumentação; - Qualidade dos recursos utilizados na apresentação oral do projeto. 4. Envolvimento Pessoal (EP) Critérios: - Responsabilidade, empenho e assiduidade manifestadas pelo aluno ao longo da realização do projeto. - O percurso educativo do aluno g) A classificação final da PAP será atribuída mediante ponderação dos parâmetros referidos no número anterior e calculada segundo a seguinte fórmula: (P x 50%) + (R x 15%) + (AO x 20 %) + (EP x 15 %) h) A avaliação será atribuída segundo uma escala de 0 a 20 valores. i) Consideram-se aprovados na PAP todos os alunos que obtenham uma classificação igual ou superior a 10 valores. j) Após a afixação dos resultados, o aluno terá três dias úteis para apresentar ao Presidente do Júri recurso fundamentado das classificações da prova, se não concordar com elas. k) A Direção Pedagógica convocará, no prazo de cinco dias úteis após a receção do recurso, o Júri da prova que ponderará as alegações do recurso, sendo da sua competência alterar ou não as classificações inicialmente atribuídas. Página6
V Sanções 1. Todos os alunos que desrespeitarem os prazos estipulados neste regulamento, apenas poderão apresentar os seus projetos em época extraordinária que terá lugar no mês de Julho em data a afixar e mediante o pagamento de um valor nunca inferior a 100. 2. O não cumprimento deste regulamento por parte dos alunos levará à anulação dos projetos. VI Outras Disposições 1. Casos omissos neste regulamento são supridos pelo Conselho Pedagógico. 2. Para além das disposições deste regulamento, são aplicáveis as constantes na legislação em vigor. (Aprovado pelo Conselho Pedagógico, em 09 de outubro de 2015) Página7