1 #4 A era dos profetas. Introdução: Visão geral do ministério dos profetas na Bíblia 1. As principais figuras de autoridade na sociedade judaica no Antigo Testamento eram: REIS SACERDOTES PROFETAS 2. Sempre houve dificuldade entre os sacerdotes e os profetas. Os sacerdotes estavam em geral ligados à política e ao palácio. Por isso, muitas vezes, apenas confirmavam a exploração e a opressão. Os profetas em geral denunciavam esse movimento.
2 3. A mensagem dos profetas consiste não apenas de predições sobre o futuro, mas especialmente em denunciar o presente. Denúncia é a principal característica do ministério profético nas Escrituras. O conteúdo Ético de sua proclamação, segundo Stanley A Elissen, no livro Conheça melhor o A.T. (pág 213) a A condenação da idolatria, imoralidade e injustiça, seguida do convite ao arrependimento e vida íntegra b Sua mensagem exibia o caráter santo de Deus ao exigir justiça e misericórdia, e ao prometer julgamento para os impenitentes c Sua mensagem mostrava que a verdadeira religião está ligada ao coração e não apenas às mãos. d. Sua mensagem denunciava a opressão dos pobres Amós, durante sua breve atuação no reino do Norte, denuncia vigorosamente a opressão e exploração dos pobres endividados(2,6-8, 8:6, 5:1), a violência que reina em Samaria (3:9-12), os banquetes frívolos das madames de Samaria e as construções aparatosas (4:1-3 cf.2:8b 6:6; 5:11b 3:10b,11b,15 e 6:8-11). O conteúdo escatológico de sua mensagem a A vinda do Senhor e seu impacto sobre Israel e as nações b A vinda do Messias no julgamento, salvação e glória. c A vinda da era messiânica d A preservação do remanescente fiel
3 O que provocou a mensagem dos profetas da escrita foi a total apostasia de Israel no período dos reis (I e II Reis). Deus levantou homens para anunciar seu desgosto com o pecado e suas próximas ações. De um modo geral a mensagem dos profetas retomava o desejo de Deus em criar uma nação sábia e justa onde o respeito fosse a base da justiça e da paz entre os homens. Por isso é que o anuncio de um reino de paz costura a fala dos profetas. Assim, entendemos que um profeta não é caracterizado por ser o vidente e nem o autofalante de Deus. - Estavam mas identificados ao coração de Deus. - Revelavam a opinião de Deus em relação aos desvios da nação. Um claro exemplo disso são os dias de Jesus: Os sacerdotes estavam vendidos ao poder romano O templo estava comprometido com a opressão os sacerdotes desprezavam o povo. Quem era a classe sacerdotal? Zacarias (pai de João Batista) Anás Lc 3:2 Caifás Lc 3:2 Estes dois últimos lideravam o sinédrio que tramou a morte de Jesus e exigiu a Pilatos sua condenação (Jo 11:45-56). A milícia que prendeu Jesus foi enviada do templo, e não do exército romano (Mt 26:47). A primeira prisão de Jesus foi a masmorra da casa do sacerdote (Mt 26:57) Em síntese, esse era o estilo dos sacerdotes dos dias de Jesus. Agiam de igual modo aos sacerdotes do AT. Por essa razão os profetas sempre denunciavam suas ações.
4 4. João Batista foi o último profeta do AT. Apesar de sua história estar escrita nos manuscritos do Novo Testamento, ainda refere-se ao Antigo Pacto, isto é, Antigo Testamento. O Novo Pacto foi inaugurado pelo sacrifício do Cordeiro de Deus, que é Jesus. Assim, o novo sacrifício substitui o anterior. João Batista preferia o deserto a ficar peto da religiosidade praticada no templo Morreu exatamente por denunciar os pecados do governador Jesus seguiu a tradição profética e não a tradição sacerdotal 5. Existem dois tipos de profetas no Antigo Testamento: 1. Profetas DA PALAVRA Sua mensagem foi apenas oral. Não deixaram textos escritos. 2. Profetas DA ESCRITA Profetizaram, mas também escreveram suas profecias Esses são os autores dos livros proféticos. O período dos profetas da escrita Durou em torno de 400 anos (de 800 a 400 ac). O ponto central deste período foi a queda de Jerusalém. A mensagem dos profetas foi de precaução para evitar sua destruição 6. Os profetas dividem-se em três grupos: 1. PRÉ-EXÍLICOS. 2. EXÍLICOS. 3. PÓS-EXÍLICOS.
5 7. Os livros dos profetas dividem-se em 2 grupos: 1. Profetas maiores 2. Profetas menores São descritos assim, em razão do tamanho de seus escritos. O maior é Isaías, com 66 capítulos e o menor é Malaquias com apenas 4. I Os profetas pré-exílicos 1. O contexto de Israel antes do Exílio: 1.1 A vida na monarquia: Reis devassos, povo longe de Deus Algumas reformas religiosas aconteceram, mas jamais foram suficientes para acordar o povo 1.2 Deus envia profetas para anunciar a queda O profeta Elias ainda estava na terra quando, Deus começou a levantar profetas pré exílicos. A Era dos profetas está registrada em 4 livros históricos do AT: II Reis, II Crônicas Esdras e Neemias, que vão do Séc 8 ao Séc 5 ac. Narram o contexto da queda, o exílio e o tempo da restauração. Profetas do pré-exílio foram TRANSIÇÃO: Mas Israel e Judá não ouviram os apelos de Deus. Então vieram...
6 II A queda e o exílio O povo judeu sofreu dois grandes cativeiros: 1 Exlílio na ASSÍRIA (capital Nínive)...10 tribos do Norte 2 Exílio na BABILÔNIA...2 tribos do sul Fatores que levaram à conquista de Israel (reino do Norte) pela Assíria Enfraquecimento do Reino de Israel: Derrotas militares: perdas territoriais e redução do exército; Instabilidade política: Sucessão de reis fracos e incompetentes; Constantes conspirações e traições; Idolatria generalizada: Povo e governantes surdos aos alertas dos profetas; Disputa de poder entre as grandes potências: Assíria X Egito Cronologia da queda (reino do norte) Sargão II (Assíria) conquistou Israel (reino do norte). 840 ac Israel (reino do norte), governado por Jeú, começa a pagar tributo à Assíria 732 ac Assíria invadiu o norte (Israel) e levou cativo o seu povo (10 tribos exiladas) as 10 tribos perdidas 722 ac (13 anos depois) Samaria caiu aos pés da Assíria e o resto de Israel(reino do norte) foi ao cativeiro II Rs 17 Isaías era apenas um jovem em Judá II Rs 17
7 A queda de Judá (reino do sul) : Inicia-se com a Assíria e termina com o Cativeiro da babilônia 702 ac 701 ac Os assírios invadem Judá (reino do sul) e destroem 46 cidades, levando 200 mil cativos Assíria novamente tenta invadir o restante de Judá. Desta vez, Jerusalém, mas foram impedidos por um anjo de Deus II Rs 19 Isaías já era idoso Nabucondonosor invade e conquista a Assíria Nabucondonosor continua a campanha de conquista de Judá e procede com a deportação que acontece em 3 fases 1 a Leva: Em 597 a.c, foram deportados 10.000 (ou 7.000) da elite do povo (2 Rs 24, 8-17, 14.16 Jr 13,18-19 24,1.5-7 29,1ss). 2 a leva Em 587 e 586, depois da destruição de Jerusalém e do templo, houve a deportação de vários milhares de pessoas (2 Rs 25,7.11-12 Jr 39,9-10 52,15-16.29 2 Cr 36,20). 3 a Leva - Em 581aC (ou 582) (Lamentações de jeremias) Segundo Jeremias foram deportados mais 745 judeus (Jr 52,30). Mas Jeremias contou apenas a coorte. Segundo os historiadores o número foi entre 85 e 100 mil judeus A queda final de Judá. Jerusalém é dominada Os judeus foram deportados para a Babilônia (onde Daniel profetizou) Foi o cativeriro da Babilônia, quando Nabucondonosor II era rei
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