Cancro do rim Metastizado

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Transcrição:

Informação para Doentes Português 35 Cancro do rim Metastizado Os termos sublinhados estão listados no glossário. Os tumores do rim podem-se espalhar para outros órgãos ou gânglios linfáticos distantes. A isto chamase doença metastática. Na doença metastática, o tumor do rim é referido como tumor primário e os tumores nos outros órgãos chamam-se metástases. O seu médico pode recomendar tratar a doença metastática com cirurgia, geralmente em combinação com terapia antiangiogénica, também conhecido como terapia-alvo. Em casos raros, também pode ser usada a imunoterapia. Para o tratamento das metástases, pode ser recomendada a radioterapia. Geralmente, a doença metastática não pode ser curada. O tratamento da doença metastática visa reduzir o tamanho do tumor primário e as metástases. Isto irá dar-lhe a oportunidade de viver mais tempo e ter menos sintomas. Estas são informações gerais e não são específicas para suas necessidades individuais. Tenha em mente que as situações podem variar nos diferentes países. O que é cancro renal metastizado? Se o cancro do rim metastizar, normalmente espalharse-á para os pulmões, ossos, gânglios linfáticos distantes ou cérebro (Fig. 1). As metástases podem ser visualizadas numa TAC durante o diagnóstico inicial ou durante as visitas de acompanhamento após o tratamento. Também podem ser detetadas porque causam sintomas. A doença metastática pode ser assintomática ou pode causar vários sintomas, de acordo com o sítio para onde o cancro se espalhou. Os sintomas mais frequentes são tosse persistente no caso de metástase pulmonar, ou dor nos ossos se o cancro se espalhou para os ossos. Esta secção descreve as diferentes opções de tratamento, que deve discutir com seu médico. Página 1 / 12

metástase cerebral metástase óssea 2017 patient.uroweb ALL RIGHTS RESERVED Fig. 1: O cancro do rim metastático pode espalhar-se para os pulmões, ossos ou cérebro. Opções de tratamento Se tem uma doença metastática, a remoção cirúrgica do rim é recomendada para reduzir o tamanho do tumor e aliviar os sintomas. Esta cirurgia é chamada de nefrectomia citorredutora. O procedimento só é possível se tiver condições físicas suficientes para se submeter à cirurgia. Se for bem-sucedida, pode viver mais tempo e com menos efeitos secundários. Se as metástases causarem muitas dores ou outros sintomas, poderá ser necessário fazer mais cirurgias para remover os tumores metastáticos. O seu médico poderá recomendar isto se os tumores puderem ser removidos e se tiver condições físicas para ser submetido a uma grande cirurgia. Se o tumor primário não for muito grande ou se o seu outro rim não estiver a funcionar bem, o seu médico poderá recomendar uma nefrectomia parcial citorredutora. Durante a cirurgia, o médico deixará intacto o máximo possível de tecido renal saudável. Página 2 / 12

Na doença metastática, a cirurgia é geralmente combinada com terapia farmacológica. Existem vários tipos de tratamento para o cancro do rim: Terapia antiangiogénica, normalmente conhecida como terapia-alvo Imunoterapia Quimioterapia, combinada com imunoterapia O tratamento farmacológico mais comum para o tratamento do cancro do rim é a terapia antiangiogénica. O seu médico pode recomendar tratamento farmacológico antes da cirurgia para diminuir o tumor para poder ser removido. Nalguns casos, é usada terapia antiangiogénica antes da cirurgia, para ver como o cancro responde a esta. Se responde bem, o tratamento continua após a cirurgia. Também é possível que seu médico recomende tratamento farmacológico somente após a cirurgia. Se a cirurgia não for possível, poderá iniciar de imediato o tratamento com terapia farmacológica. Estes medicamentos influenciam os mecanismos que tumores usam para crescer. Geralmente, é utilizada aa terapia antiangiogénica. Nalguns casos raros, poderá ser recomendada a imunoterapia. A terapia farmacológica poderá aliviar os seus sintomas e diminuir o tumor primário, bem como as metástases. Se as metástases ainda causarem sintomas após a cirurgia ou enquanto recebe tratamento farmacológico, a radioterapia pode ajudar a aliviá-los ainda mais. Existem alguns tópicos que dever discutir com o seu médico aquando do planeamento do seu tratamento: A sua história clínica A sua função renal Se tem um ou mais tumores num ou em ambos os rins Para onde o cancro se espalhou O tipo de tratamento disponível no seu hospital A experiência do seu médico. Pergunte ao seu médico qual a experiência que tem com a opção de tratamento recomendada. As suas preferências e valores pessoais. Apoio durante o tratamento. Nefrectomia citorredutora A nefrectomia citorredutora é um tratamento recomendado para o cancro de rim metastático, se estiver apto para a cirurgia e se o tumor puder ser removido. O objetivo é remover o máximo do tumor possível. Para isso, pode ser necessário remover órgãos vizinhos, tais como o baço ou o pâncreas ou parte de intestinos ou do fígado. Para realizar a nefrectomia citorredutora terá de receber anestesia geral. Durante esta cirurgia irá ficar posicionado de lado ou de costas, dependendo da localização e tamanho do tumor. Como é realizada a nefrectomia citorredutora? O tratamento padrão é a nefrectomia citorredutora aberta. Primeiro determina-se o tamanho do tumor e o médico verifica se o tecido ou órgãos circundantes foram afetados. Depois o cirurgião realiza uma incisão na parede abdominal para aceder diretamente ao rim. Para evitar derramamento do tumor, o cirurgião mantém o rim coberto com uma camada protetora de tecido adiposo. Por fim, o cirurgião separa o rim da artéria renal, da veia renal e do uréter para poder removê-lo. Nefrectomia parcial citorredutora Se o tumor primário no rim não for muito grande, ou se o seu outro rim não estiver a funcionar bem, o seu médico poderá recomendar uma nefrectomia parcial citorredutora. Este é um procedimento raramente realizado. O objetivo é remover a parte do rim afectada pelo tumor, e deixar intacto o máximo possível de tecido saudável renal. O procedimento pode ser feito através de cirurgia aberta ou laparoscopia. Outra possibilidade é tratar o tumor com terapia de ablação. Esta pode ser ablação por radiofrequência (ARF) ou crioterapia. O objetivo desses procedimentos é matar as células tumorais por aquecimento (ARF) ou congelação (crioterapia). Isso pode ser feito sob anestesia local ou geral. Metastectomia O seu médico poderá recomendar uma cirurgia Página 3 / 12

adicional para remover as metástases tumorais. Isso só é recomendado se for tecnicamente possível remover as metástases e se estiver apto ser submetido a uma cirurgia de risco. Este procedimento poderá ajudá-lo se tiver muitas dores ou outros sintomas causadores de desconforto. Como será o acompanhamento? Depois da nefrectomia citorredutora para o cancro do rim, o seu médico irá recomendar-lhe tratamento farmacológico. Como me preparo para este procedimento? O seu médico irá aconselhá-lo em detalhe sobre como se preparar para a cirurgia. Não deverá comer, beber, ou fumar, nas 6 horas anteriores ao procedimento para se preparar para a anestesia. Se está a tomar alguma medicação prescrita deverá avisar o seu médico. Poderá ter necessidade de interrompê-la alguns dias antes da cirurgia. Quais são os efeitos secundários do procedimento? Depois de uma nefrectomia citorredutora poderá sentir uma dor ligeira no lado do corpo durante algumas semanas. Recomendações para as 4 a 6 semanas após a cirurgia: Dependendo das recomendações do seu médico ingira 1 a 2 litros de líquidos diariamente, especialmente água. Não levante pesos superiores a 5 kg. Não realize exercício físico pesado Discuta com o seu médico qualquer medicação prescrita. Deverá consultar o seu médico ou regressar ao hospital imediatamente se: Tiver febre Tiver alguma perda de sangue Tiver uma dor aguda Tiver sangue na urina. Qual o impacto do tratamento? Se a nefrectomia redutora for um sucesso, ela irá permitir-lhe viver mais tempo e com menos efeitos secundários. Página 4 / 12

Tratamento farmacológico para doença metastizada O tratamento farmacológico é normalmente usado para o cancro do rim metastizado. Existem vários tipos de tratamentos: Terapia antiangiogénica, normalmente descrita como terapia-alvo Imunoterapia Quimioterapia, em combinação com imunoterapia Estas drogas influenciam os mecanismos que tumores usam para crescer. Todas as decisões sobre a terapia certa para si, são tomadas após uma avaliação cuidadosa da sua condição física geral, dos seus sintomas e do seu prognóstico. Também são realizados mais exames para decidir qual o tratamento a escolher. Geralmente, a terapia antiangiogénica é recomendada para o cancro do rim. Se o cancro for de um tipo raro, o seu médico pode recomendar o tratamento com quimioterapia em combinação com imunoterapia. Terapia antiangiogénica Estes são um grupo de medicamentos que desaceleram o crescimento do tumor, ou permitem mesmo encolher o tumor. Eles impedem a formação de novos vasos sanguíneos que alimentam o cancro e permitem que este cresça. A formação destes vasos é chamada neoangiogénese, e o termo médico para estes medicamentos é terapia antiangiogénica. A terapia antiangiogénica é muitas vezes referida como terapia-alvo, porque afeta principalmente as células cancerosas. Existem vários tipos, cada um visando factores específicos que influenciam o crescimento do tumor. A maioria dos tipos de terapia antiangiogénica existe na forma de comprimidos que poderá tomar em casa. Alguns são administrados por via endovenosa, para o que precisará de ir ao hospital. Para o tratamento do cancro do rim metastizado os medicamentos antiangiogénicos mais comuns são: Sunitinib Pazopanib Axitinib Sorafenib Tivozanib Bevacizumab (combinado com imunoterapia) Os medicamentos antiangiogénicos que atingem uma enzima específica chamada mtor são conhecidos como inibidores da mtor. A enzima mtor é importante para o crescimento e sobrevivência das células. Os seguintes fármacos específicos visam diminuir o tumor ao atacar a enzima: Temsirolimus Everolimus Com base no seu prognóstico individual e nas características do tumor, o seu médico irá selecionar o melhor medicamento antiangiogénico para sua situação específica. Se este medicamento for ineficaz ou não aliviar aos seus sintomas, poderá discutir esta situação com seu médico para tentar um medicamento diferente. Uma vez que estes medicamentos influenciam a formação de novos vasos sanguíneos por todo o corpo, eles podem causar muitos efeitos secundários. A fadiga é um efeito secundário comum. Isto significa que se irá sentir mais cansado do que o habitual, sem energia e não melhorando após dormir. Poderá sentir dor nas articulações, músculos e peito. A fadiga pode ser um efeito secundário dos medicamentos, mas também pode ser causada pelo tumor ou pelas metástases. É comum que se sinta doente ou com náuseas durante o tratamento. Poderá também ter diarreia ou obstipação. Se tiver algum destes sintomas avise sua equipa médica. O seu médico pode dar-lhe medicação para controlar estes sintomas. Durante o tratamento, poderá ter tensão arterial elevada. As sua tensão arterial será medida no Página 5 / 12

início do tratamento e nas semanas iniciais. Se for necessário, o seu médico irá prescrever-lhe medicamentos anti-hipertensores para controlar a sua tensão. A terapia antiangiogénica também poderá causar disfunção erétil. Estes medicamentos podem afetar a função da tiroide. A tiroide é uma glândula que produz hormonas e controla a forma como o seu corpo usa a energia. Se houver uma queda do nível das hormonas que a sua tiroide produz poderá sentir frio, cansaço ou ganhar peso. Se a tiroide se torna hiperativa, poderá sentir-se quente, suado, inquieto, com problemas de concentração e de sono, ou perder peso. Sunitinib, pazopanib, axitinib, sorafenib, tivozanib e bevacizumab abrandam a cicatrização das feridas. Por este motivo não poderá iniciar este tratamento até as feridas da cirurgia estarem completamente cicatrizadas. Enquanto estiver a tomar estes medicamentos, poderá sentir falta de ar, dor no peito e inchaço dos tornozelos e pés. Também podem causar coágulos de sangue que aumentam o risco de acidentes vasculares cerebrais ou ataque cardíaco. Sua pele pode ficar seca, ou vermelha, e poderá desenvolver uma erupção cutânea. Nalguns casos, que sua pele poderá ficar amarela, o que desaparece após terminar o tratamento. Pode sentir dormência e formigueiro nos dedos das mãos e pés. O seu cabelo pode ficar cinzento durante o tratamento. No intervalo entre séries de tratamento poderá voltar alguma da sua cor. Poderá também desenvolver síndrome mão-pé que faz com que apareçam bolhas e vermelhidão na palma das mãos e planta dos pés. Se isto acontecer o seu médico poderá recomendar ajustar ou interromper o tratamento. Os inibidores mtor temsirolimus e everolimus podem causar outros efeitos secundários específicos, essencialmente relacionados com o sangue e os pulmões. A terapia pode causar uma queda temporária do número de células brancas ou vermelhas do sangue, ou das plaquetas. A diminuição das células brancas pode aumentar o risco de infeções. Níveis mais baixos de células vermelhas podem originar cansaço ou sensação de falta de ar. Poderá necessitar de uma transfusão de sangue se os níveis ficarem muito baixos. Uma diminuição das plaquetas poderá causar hemorragias nasais, sangramento das gengivas após lavar os dentes, ou o aparecimento de pequenos pontos vermelhos ou hematomas nos seus braços e pernas, conhecidos como petéquias. Deverá contatar a sua equipa de cuidados de saúde se sentir algum destes efeitos secundários. O seu médico irá verificar regularmente os seus hemogramas. Os inibidores de mtor também podem afetar os níveis de açúcar e de colesterol no sangue. Estes valores serão verificados regularmente. Outro sintoma possível é dor na boca. Um colutório pode ajudar a aliviar os sintomas, mas evite colutórios que contenham álcool, água oxigenada, iodo ou tomilho porque estes podem piorar a dor. Peça à sua equipa médica sugestões das marcas que pode usar. Os seus pulmões podem ficar afetados por estas terapias farmacológicas. Avise sua equipa de cuidados de saúde se desenvolver tosse durante o tratamento. Você pode ler mais sobre como lidar com os efeitos secundários na secção Lidar com os efeitos secundários do tratamento farmacológico. Imunoterapia A imunoterapia é um tipo de tratamento que estimula o sistema imunológico para combater as células tumorais. Estas terapias são usadas apenas em casos específicos. Se o seu estado geral é bom e se você tiver poucas metástases nos pulmões, o seu médico poderá recomendar este tratamento. Página 6 / 12

São usados 2 tipos diferentes de imunoterapia para o tratamento de cancro do rim metastizado: Interferão-alfa (INF-α) Interleucina-2 (IL-2) O seu médico poderá recomendar-lhe a terapia com interferão-alfa se o subtipo do seu tumor for um carcinoma renal de células claras e se o tumor se tiver espalhado apenas para os pulmões. O interferão é geralmente combinado com o medicamento antiangiogénico bevacizumab. É aplicado sob a pele. O seu médico irá discutir consigo o esquema de tratamento. Se seu médico recomendar o tratamento com interleucina-2, precisará de ficar no hospital durante o tratamento por causa dos efeitos secundários. O Interferão-alfa e a interleucina-2 podem causar inúmeros efeitos secundários. Os mais comuns são fadiga e sintomas tipo gripe, tais como febre e arrepios, dores de cabeça, e dor nos músculos e articulações. Quase todos os doentes que são tratados com imunoterapia sentem estes efeitos secundários no início, mas normalmente melhoram à medida que o tratamento avança. Estes sintomas aparecem 2 a 4 horas após a injeção e duram cerca de 12 horas. O paracetamol pode ajudar a aliviar estes sintomas. Outros sintomas incluem náuseas e vómitos, diarreia, perda de apetite, alterações no paladar ou um sabor metálico na boca. Pode também sentir a garganta irritada ou dor de garganta ao engolir. Visto estes sintomas poderem causar desidratação, perda de peso ou desnutrição, avise o seu médico ou enfermeiro se estes sintomas não desaparecerem. Durante o tratamento poderá sentir-se deprimido, ansioso ou ter problemas a adormecer. Isto poderá ser um efeito secundário da imunoterapia, mas também poderá ser uma resposta ao seu diagnóstico. Poderá pedir apoio psicológico à sua equipa médica se sentir que necessita de falar com alguém. Poderá ler mais informações sobre como lidar com os efeitos secundários na secção Lidar com os efeitos laterais do tratamento farmacológico. A imunoterapia pode causar uma queda temporária do número de células brancas ou vermelhas, ou das plaquetas. A queda de células brancas pode aumentar o risco de infeções. Níveis mais baixos de células vermelhas podem originar cansaço ou sensação de falta de ar. Poderá necessitar de uma transfusão de sangue se os níveis ficarem muito baixos. Uma diminuição das plaquetas poderá causar hemorragias nasais, sangramento das gengivas após lavar os dentes, ou muitos pequenos pontos vermelhos ou hematomas nos seus braços e pernas, conhecidos como petéquias. Também pode aparecer comichão, pele seca ou erupção cutânea. Deverá contatar a sua equipa de cuidados de saúde se sentir algum destes efeitos secundários. O seu médico irá verificar regularmente os seus hemogramas. Página 7 / 12

Quimioterapia A quimioterapia é um tipo de tratamento farmacológico que consiste no uso de um ou mais químicos que são tóxicos para as células. Ataca qualquer célula do corpo que se divida rapidamente, incluindo as células tumorais, mas também as células de crescimento do cabelo e as da medula óssea, entre outras. Normalmente é administrada por via endovenosa. Normalmente a quimioterapia não é eficaz para o tratamento do cancro do rim. No tratamento do cancro do rim metastático a quimioterapia com 5-fluorouracil poderá ter efeito se combinada com imunoterapia, depois de uma receção completa do tumor primário. Radioterapia A Radioterapia danifica e mata o tecido canceroso. Em geral os tumores do rim não são muito sensíveis à radioterapia. Por este motivo, este tratamento só é recomendado para alívio dos sintomas nos casos em que o tumor primário ou as metástases não podem ser removidos cirurgia. O tratamento pode ser dado numa dose única de radioterapia. Também poderá ser necessário ir ao hospital várias vezes para realizar um tratamento de doses fracionadas de radioterapia. Neste caso recebe uma dose de radiação por dia. Ensaios Clínicos O seu médico pode sugerir-lhe que participe num ensaio clínico. Este é um tipo de estudo em que se avaliam os novos medicamentos. Também pode ser um estudo sobre a sequência ou a dose de tratamentos farmacológicos já existentes. Participar em ensaios clínicos tem várias vantagens. Dá-lhe a oportunidade de ser tratado com medicamentos atualmente que não estão disponíveis de forma generalizada. Estes medicamentos foram testados previamente, de forma assegurar que não existem mais riscos para a saúde. Também pode acontecer participar num ensaio clínico para testar a ordem em que os diferentes medicamentos podem ser usados, ou novas combinações de medicamentos. O seu médico irá dar-lhe toda informação de que pode necessitar antes de participar no estudo. Os seus sintomas e estado geral de saúde serão monitorizados mais frequentemente e mais de perto que durante o tratamento habitual. É importante saber que pode parar sua participação no ensaio clínico em qualquer altura. Não terá de explicar as suas razões. A radioterapia para o cancro do rim é geralmente recomendada como parte de um tratamento de cuidados paliativos. Página 8 / 12

Apoio para a doença metastática O diagnóstico de cancro tem um grande impacto na sua vida e na dos seus entes queridos. Pode causar sentimentos de ansiedade, incerteza, medo, ou até depressão. Iniciar um tratamento para o cancro é intenso e irá afetar seu trabalho e sua vida social. Para encontrar apoio, pergunte ao seu médico ou enfermeiro. Eles serão capazes de lhe dar informação de contacto sobre organizações de doentes, ou outras, que o poderão ajudar com apoio psicológico ou em assuntos práticos, tais como aconselhamento financeiro Preparar a consulta Preparar a consulta pode ser bastante útil. Irá ajudálo a si e ao seu médico a abordar melhor as suas questões e preocupações. Aqui estão algumas coisas que pode tentar: Escreva as perguntas que gostaria de fazer ao seu médico. Isto irá ajuda-lo a lembrar-se das perguntas que quer fazer. Escrever as perguntas também pode ajudá-lo a organizar as suas ideias Se puder, faça-se acompanhar durante a consulta. É bom ter alguém com quem discutir o que o médico disse e provavelmente irão lembrar-se de coisas diferentes Peça informações acerca do seu tipo específico de cancro. Pergunte quais são as suas opções de tratamento. Descubra quais são os efeitos secundários do tratamento e qual a forma de lidar com eles Se o médico usar termos que não entende, peçalhe que se explique melhor Diga ao seu médico que medicamentos toma e se toma algum medicamento de medicina alternativa. Alguns destes medicamentos podem afectar o seu tratamento. Depois desta consulta poderá: Procurar mais informação sobre o seu tipo de cancro na internet ou em bibliotecas. Tenha atenção que nem toda a informação existente online é de boa qualidade. O seu médico, ou equipa de cuidados de saúde, poder-lhe-á indicar sites da internet fidedignos. Contacte uma organização de doentes, eles podem oferecer-lhe apoio e informação Discuta com a sua equipa de cuidados de saúde as consequências financeiras possíveis do seu tratamento. Eles poderão encaminhálo para pessoas ou locais onde poderá obter aconselhamento acerca da sua situação económica, ou mesmo apoio financeiro. Se quiser, poderá pedir uma segunda opinião a um outro especialista. Apoio após a cirurgia Nos primeiros dias ou semanas após a cirurgia poderá necessitar de ajuda com as suas atividades diárias. Se puder, peça à família, amigos ou vizinhos que o ajudem com coisas como comprar e carregar compras, cozinhar, limpar, lavar roupa, jardinar. Poderá pedir à sua equipa de cuidados de saúde informações acerca de apoio domiciliário profissional. Lidar com os efeitos secundários do tratamento farmacológico Se necessita de tratamento farmacológico para o cancro do rim irá sentir efeitos secundários desagradáveis. os efeitos secundários são comuns e o seu tratamento inclui terapias para os aliviar. É importante que diga ao seu médico quais são os efeitos secundários que tem. Escreva os seus sintomas todos os dias e tente ser mais exato possível. Escreva quantas vezes eles ocorrem e como afetam sua vida diária. Nalguns casos, poderá ser necessário interromper temporariamente o tratamento, modificar a dose, ou parar o tratamento. É comum sentir fadiga. Isto significa que se sente mais cansado que o habitual, sem energia, tem problemas de concentração, e não melhora após dormir. Se sentir fadiga, poderá ajudar: Escrever as coisas que lhe dão energia e darlhes prioridade durante o seu dia ou semana Página 9 / 12

Arranjar ajuda para as actividades domésticas, como limpar, lavar roupa, ou jardinagem Fazer pequenas sestas várias vezes ao longo do dia Tentar ser o mais activo que conseguir. Uma pequena caminhada todos os dias é melhor que uma caminhada longa por semana Quando planear actividades sociais, como uma viagem ou uma visita, lembre-se que poderá ter necessidade de descansar durante o dia. Discuta isso com a sua família, amigos ou cuidador, para poder planear antecipadamente. É importante dizer-lhes quando se sente cansado Fale com o seu médico se estiver a planear viajar para o estrangeiro. O médico pode aconselhálo sobre vacinas ou restrições possíveis sobre alguns medicamentos. Assegure-se que também verifica o seu seguro de viagem Outros efeitos secundários incluem náuseas, diarreia, tensão alta, problemas de pele e boca, e alterações do paladar. Algumas das coisas que poderá fazer para lidar com isto estão indicadas abaixo: Durante o tratamento, poderá sentir náuseas causadas pela terapia, crescimento do tumor, ou por ansiedade acerca do seu prognóstico. Médico pode prescrever medicamentos para reduzir as náuseas. Mantenha limpa a zona anal para evitar irritações Use um hidratante se tem irritação anal Peça ao seu médico que prescreva medicamentos para evitar a diarreia Poderá ter um aumento leve a moderado da tensão arterial, principalmente no início do seu tratamento. Isto é normal e pode ser tratado com terapia padrão O seu médico irá aconselhá-lo se precisar de monitorizar a sua tensão arterial, e com que regularidade precisa de o fazer. Se sentir tonturas ou tiver uma dor de cabeça avise seu médico assim que possível. Outro efeito possível da terapia farmacológica é pele seca ou aparecimento de bolhas nas mãos e pés. Para cuidar da sua pele poderá: Usar hidratante para manter a pele macia Usar sapatos largos Secar suavemente a pele depois do duche ou banho Evitar exposição solar Usar protetor solar Usar luvas enquanto realiza atividades como a jardinagem, porque estas podem magoar a pele das suas mãos Evitar produtos de limpeza com químicos fortes Evitar a sauna Poderá ajudar se: Comer refeições mais pequenas e com maior frequência longo do dia, para garantir que tem uma alimentação adequada. Comer pequenos lanches Beber pequenas quantidades, mas beber mais vezes para se manter hidratado Tentar pratos frios, se os quentes o deixarem nauseado Se possível, peça a alguém para cozinhar para si Um outro efeito secundário comum durante o tratamento é o aparecimento de diarreia. A diarreia pode levar à desidratação, é importante que: Beba mais do que o habitual Evite comidas que pense que pioram a diarreia A mucosa da sua boca pode ficar vermelha e irritada durante o tratamento. Poderá sentir dor quando come ou enquanto lava os dentes. Para prevenir infeções, é importante que mantenha sua boca e dentes limpos. Certifique-se que: Lava os dentes cuidadosamente e duas vezes ao dia Usa uma escova de dentes suave Usa uma pasta de dentes suave A terapia farmacológica poderá alterar a forma como a comida lhe sabe. Poderá inclusive começar é não gostar de certos alimentos de que gostava anteriormente. A melhor forma de descobrir de que alimentos gosta é experimentar coisas diferentes: Página 10 / 12

Beba água antes de comer para neutralizar o paladar Se a carne vermelha tiver um sabor estranho, tente carne branca ou peixe, ou então o inverso Se a comida quente tiver um sabor estranho, tente comê-la fria, ou então o inverso Tento usar mais especiarias, ou tente usar menos Use talheres de plástico se comida lhe souber a metal. Aconselhamento de estilo de vida É importante manter um estilo de vida saudável durante o tratamento. Tente realizar exercício físico regularmente. Encontre um actividade que goste de fazer. Se tiver dúvidas sobre o que pode fazer, peça ao seu médico que o encaminhe para um fisioterapeuta. Tente comer uma dieta equilibrada com vegetais, fruta e laticínios. Inclua também comida rica em amido tal como pão, batatas, arroz ou massa, alimentos ricos em proteína, como carne, peixe, ovos e leguminosas. Tente comer menos açúcar, sal e gorduras. Se tiver alguma questão, peça ao seu médico que o encaminhe para um nutricionista. Apoio psicológico Depois da cirurgia poderá ficar preocupado com o seu prognóstico, o impacto do cancro na sua situação financeira, ou com outras questões. Se sentir necessidade de falar com alguém, pode pedir ao seu médico que o encaminhe para um psicólogo. Uma organização de doentes também poderá oferecer-lhe apoio. Discuta as possíveis consequências financeiras do seu tratamento com a sua equipa de cuidados de saúde. Eles poderão indicar-lhe pessoas ou locais onde poderá receber aconselhamento acerca da sua situação económica, ou mesmo apoio financeiro. Eles também poderão ajudá-lo a encontrar aconselhamento jurídico sobre o seu testamento e assuntos relacionados. A cirurgia e o tratamento do cancro podem afectar a sua vida sexual. Por exemplo, alguns homens sofrem de disfunção erétil como efeito secundário da terapia antiangiogénica. Os sentimentos de depressão e fadiga também podem ter um efeito negativo na sua vida sexual. É importante que fale com o seu parceiro acerca dos seus sentimentos. Existem muitas formas de intimidade. Se não quiser ser sexualmente activo, estejam perto um do outro, toquem um no outro, deem e recebam abraços, ou simplesmente sentemse ou deitem-se perto um do outro. UM diagnóstico de cancro poderá levá-lo-á olhar para a vida de uma forma diferente e pode perceber que agora tem prioridades diferentes. Isto irá afetar o seu trabalho ou relações e poderá fazê-lo sentir desorientado e inseguro. Fale com a sua família, amigos, ou com o seu conselheiro espiritual acerca dos seus sentimentos e desejos. Se não se sentir confortável em falar deste assunto com alguém próximo, poderá pedir à sua equipa de cuidados de saúde para o encaminhar para um psicólogo. Um psicólogo irá fornecer-lhe as ferramentas necessárias para lidar com estes sentimentos. Apoio para a família e amigos Um diagnóstico de cancro não afeta apenas o doente, mas também todas as pessoas do seu circulo próximo. Como ente querido, poderá oferecer-lhe apoio de inúmeras formas. Por vezes poderá ajudar em situações práticas do dia-a-dia, como tratar da roupa, jardinagem ou fazer as compras. Também poderá ser útil acompanhar o doente ao médico. Poderá oferecer-se para conduzir até lá ou fazer as perguntas durante a consulta. Simplesmente estar lá também poderá ser bom. Poderá lembrar-se de diferentes aspetos ou focar-se noutros detalhes, que mais tarde poderão discutir em conjunto. Poderá também perguntar ao médico como o tratamento irá afectar as vossas vidas em termos de prestação de cuidados e de efeitos psicológicos. O diagnóstico e tratamento podem ser um processo muito emotivo para todos os envolvidos. O tratamento do cancro é intenso e afecta a sua vida de uma forma Página 11 / 12

súbita. Irão surgir perguntas sobre o prognóstico, efeitos do tratamento, ou mesmo sobre a morte. Como amigo ou ente querido poderá estar lá e ouvir. Não precisa de ter as respostas. Se sentir que precisa de alguém para conversar consulte o seu médico de família ou a equipa médica para encontrar apoio. Organizações de doentes também podem oferecer ajuda aos membros da família ou amigos de pessoas diagnosticadas com cancro. Estas organizações também podem ajudar em assuntos mais práticos, tais como apoio financeiro e aconselhamento jurídico. Esta informação foi actualizada em maio de 2014. Este folheto faz parte das Informações da EAU para os Doentes, sobre Cancro Renal. Contém informações gerais sobre esta doença. Se tiver perguntas específicas sobre sua situação médica deverá consultar seu médico ou outro profissional de saúde. Nenhum folheto pode substituir uma conversa pessoal com o seu médico. Estas informações foram produzidas pela European Association of Urology [Associação Europeia de Urologia] (EAU) em colaboração com a Secção de Uro-Oncologia (ESOU) da EAU, Grupo de Trabalho sobre Carcinoma das Células Renais da Young Academic Urologists [Jovens Urologistas] (YAU) e European Association of Urology Nurses [Associação Europeia de Enfermeiros de Urologia] (EAUN). Colaboradores da série: Dr. Bülent Akdoǧan Dr. Sabine D. Brookman-May Prof. Dr. Martin Marszalek Dr. Andrea Minervini Prof. Haluk Özen Dr. Alessandro Volpe Ms. Bodil Westman Tradutores: Dr. José Preza Fernandes Dr. Pedro Passos Ancara, Turquia Munique, Alemanha Viena, Áustria Florença, Itália Ancara, Turquia Novara, Itália Estocolmo, Suécia Porto, Portugal Porto, Portugal O conteúdo deste folheto está em linha com as Guidelines da EAU. Poderá encontrar estas e outras informações sobre doenças urológicas no nosso website: http://patients.uroweb.org Página 12 / 12