OBTENÇÃO DE ANTICORPO POLICLONAL ANTI-GP43 DE PARACOCCIDIOIDES BRASILIENSIS EM COELHO

Documentos relacionados
MICOSES SUBCUTÂNEAS E PROFUNDAS. Prof. Benedito Corrêa ICB/USP

Detecção de anticorpos para Paracoccidioides brasiliensis em cavalos da região norte do Estado do Paraná

Interação Antígeno Anticorpo. Profª Heide Baida

1.1 Antígenos virais para uso na técnica de ELISA indireto com anticorpo de captura

PARACOCCIDIOIDOMICOSE: REVISÃO

Heterologous antibodies to evaluate the kinetics of the humoral immune response in dogs experimentally infected with Toxoplasma gondii RH strain

Universidade Federal da Bahia Faculdade de Medicina Departamento de Anatomia Patológica e Medicina Legal Disciplina de Imunologia MED 194 ANTÍGENOS

Interacções anticorpo-antigénio

REAÇÃO SOROLÓGICA ANTÍGENOS, OS ANTICORPOS E ELEMENTOS DE UMA REAÇÃO SOROLÓGICA ANTICORPO: MOLÉCULA GLICOPROTEICA (SEMPRE SOLÚVEL) ANTÍGENO

Imunologia Aplicada. Sorologia

Análise de soros de pacientes com paracoccidioidomicose por Western Blotting

A crescente ameaça global dos vírus da Zika, Dengue e Chikungunya

Introdução a imunologia clínica. Alessandra Barone

RESUMOS DE PROJETOS

Paracoccidioidomycosis in wild and domestic animals

Antígenos Recombinantes e suas aplicações em Imunologia

Micoses e zoonoses. Simone Nouér. Infectologia Hospitalar. CCIH-HUCFF Doenças Infecciosas e Parasitárias Faculdade de Medicina

Antígenos Recombinantes e suas aplicações em Imunologia

Receptores de Antígeno no Sistema Imune Adaptativo

Cultivo celular de hibridomas: produção de anticorpos monoclonais

Aplicações de anticorpos em métodos diagnósticos

Antígenos e Imunoglobulinas

CRONOGRAMA E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Assunto Turma Docente

REAÇÃO DE SOROGLUTINAÇÃO MODELO TITULAÇÃO DE ANTICORPOS HEMAGLUTINANTES. Prof. Helio José Montassier

Replicação. Transcrição. Antígenos Recombinantes e suas aplicações em Imunologia 22/03/2016

FABÍOLA SILVEIRA GOMES

Resposta imune humoral na paracoccidioidomicose experimental em camundongos ddy

Vírus da Peste suína Clássica - VPSC. Diagnóstico Laboratorial

Doutoranda: Priscila Diniz Lopes Prof. Hélio José Montassier Disciplina: Imunologia Veterinária

Resposta imune adquirida

AVALIAÇÃO IN SILICO DO POLIMORFISMO DA REGIÃO AMONTANTE DE GENES RELACIONADOS À AUTOFAGIA EM PARACOCCIDIOIDES BRASILIENSIS.

PRODUÇÃO DO EXOANTÍGENO BRUTO DO Paracoccidioides brasiliensis PARA USO EM TESTES DIAGNÓSTICOS DE IMUNODIFUSÃO DUPLA

PLANO DE ENSINO EMENTA

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral

Ativação de linfócitos B mecanismos efetores da resposta Humoral Estrutura e função de imunoglobulinas

Interação Ag-AC Testes sorológicos primário e secundário. Disciplina: Imunologia Discente: Priscila Diniz Lopes Docente: Hélio J.

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS HEPATITES VIRAIS. Profa. Ms.: Themis Rocha

BIOMEDICINA EMENTA DE DISCIPLINA

Resposta Imune Humoral Dr. Carlos R Prudencio

Estrutura de um anticorpo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DOENÇAS INFECCIOSAS ALINE LYRA PEREIRA

Detecção de IL-1 por ELISA sanduíche. Andréa Calado

Prática 00. Total 02 Pré-requisitos 2 CBI257. N o. de Créditos 02. Período 3º. Aprovado pelo Colegiado de curso DATA: Presidente do Colegiado

BMM 160 Microbiologia Básica para Farmácia Prof. Armando Ventura. Apostila de Virologia

INVESTIGAÇÃO SOROEPIDEMIOLÓGICA SOBRE A LARVA MIGRANS VISCERAL POR TOXOCARA CANIS EM USUÁRIOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE GOIÂNIA GO

Técnicas de Imuno-Citoquímica e Imuno-Histoquímica

PRODUÇÃO DE ANTICORPOS POLICLONAIS ANTI-RICINA*

RELAÇÃO DA MANIFESTAÇÃO DE PARACOCCIDIOIDOMICOSE COM A IMUNIDADE DO INDIVÍDUO.

Molecular para Diagnóstico Clínico Western blotting. Prof. Dra. Marieta Torres de Abreu Assis

NOTA INFORMATIVA Nº 92, DE 2017/SVS/MS

Diagnóstico da paracoccidioidomicose em pacientes atendidos em Serviços de rotina de hospital universitário

3. CASUÍSTICA E MÉTODOS

Enfermidades Micóticas

DIAGNÓSTICOS SOROLÓGICO NAS INFECÇÕES BACTERIANAS. Sífilis

CARACTERÍSTICAS GERAIS

ORIANA MAYORGA NADER

Resposta Imune Humoral Dr. Carlos R Prudencio. Técnicas sorológicas e de biologia molecular no diagnóstico de agentes infecciosos

PARACOCCIDIODOMICOSE

Ensaios imunes. Profª Heide Baida

Interações Ag-Ac: reações sorológicas e testes sorológicos secundários. Viviane Mariguela- pós-doutoranda

Imunoensaios no laboratório clínico

A portaria 29, de 17 de dezembro de 2013 SVS/MS, regulamenta o diagnóstico da infecção pelo HIV, no Brasil.

Vacinas e Vacinação 24/02/2014. Prof. Jean Berg. Defesas orgânicas. Imunoprofilaxia. Imunoprofilaxia. Resistência à infecção.

05/03/2017. Zoonose. Cocobacilos gram (-) Colônias Lisas B. suis (A e M) B. abortus (A) B. melitensis (M)

Ms. Romeu Moreira dos Santos

Moléculas Reconhecidas pelo Sistema Imune:- PAMPS e Antígenos (Ag)

ISTs Condilomas 03/12/2018. O que são as ISTs? Imunodiagnóstico das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) O que são as ISTs?

Vacinas e Vacinação. cüéya ]xtç UxÜz 18/5/2010. Defesas orgânicas. Imunoprofilaxia. Imunoprofilaxia. Resistência à infecção.

ANTÍGENOS & ANTICORPOS

IMUNOLOGIA Aula 3: ANTICORPOS

Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI

TÍTULO: INTERAÇÃO ENTRE O SISTEMA IMUNOLÓGICO E O SISTEMA NERVOSO CENTRAL INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

APOSTILA DO CURSO PRÁTICO DE VIROLOGIA ENSAIO IMUNOENZIMÁTICO (ELISA) Cláudia Lamarca Vitral Prof. Adjunto de Virologia

Edy Firmina Pereira Campo Grande 2015

Histoplasmose em região de palato duro simulando lesão causada por Leishmania

ENFERMAGEM IMUNIZAÇÃO. Política Nacional de Imunização Parte 4. Profª. Tatiane da Silva Campos

MSc. Romeu Moreira dos Santos

Agente etiológico. Leishmania brasiliensis

EXAMES LABORATORIAIS: IMUNOLOGIA

Moléculas Reconhecidas pelo Sistema Imune:- PAMPS e Antígenos (Ag)

Exames laboratoriais específicos

( 02 ) Teórica ( 02 ) Prática

Concurso Público para Técnico-Administrativo Edital 067/2016

ANTIGENICIDADE DE QUIMERAS RECOMBINANTES COMPOSTAS PELO ADJUVANTE LTB E ANTÍGENOS DE Mycoplasma hyopneumoniae

Pré-requisito: --- Período Letivo: PLANO DE CURSO

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral

Paracoccidioidomicose: relato de caso em paciente do gênero feminino

MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA II

PAULO EDUARDO BRANDÃO, PhD DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA E SAÚDE ANIMAL FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA UNIVERSIDADE

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

Células envolvidas. Fases da RI Adaptativa RESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA. Resposta Imune adaptativa. Início da RI adaptativa 24/08/2009

Sara de Paula FERREIRA 1# Rodrigo da Silva SANTOS 2# Leonardo Barcelos de PAULA 3 Angela Adamski da Silva REIS 4

Me. Romeu Moreira dos Santos

Clonagem do gene Core do vírus da Hepatite C em vetores binários para direcionamento a diferentes compartimentos da célula vegetal

Vírus da Diarréia Epidêmica Suína (PEDV) Albert Rovira, Nubia Macedo

Imunocromatografia e Dot-ELISA. Responsável Prof. Helio J. Montassier

ANÁLISE DA IMUNOGENICIDADE E GRAU DE PROTEÇÃO DE UMA VACINA INATIVADA PARA FEBRE AMARELA EM MODELO MURINO. Renata Carvalho Pereira, Bio Manguinhos

Infecções congênitas. Prof. Regia Lira

Universidade Federal de Pelotas Medicina Veterinária Zoonoses. Diagnóstico laboratorial Brucelose TESTE DO 2-MERCAPTOETANOL

Moléculas Reconhecidas pelo Sistema Imune:- PAMPS e Antígenos (Ag)

Transcrição:

OBTENÇÃO DE ANTICORPO POLICLONAL ANTI-GP43 DE PARACOCCIDIOIDES BRASILIENSIS EM COELHO Atilio Sersun Calefi (PIBIC/UEL), Melina Bertola Galvão (Mestranda), Isabele Kazahaya (Mestranda), Donizeti Rodrigues Belitardo (Doutorando), Aline Myuki Omori, Marilda Carlos Vidotto, Mario Augusto Ono (Orientador), email: marioono@uel.br Universidade Estadual de Londrina/Departamento de Patologia Geral/Londrina, PR. Ciências Biológicas; Microbiologia. Palavras-chave: Paracoccidioidomicose, Paracoccidioides brasiliensis, blastomicose sul-americana. Resumo: A Paracoccidioidomicose (PCM), causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis, é uma micose sistêmica de natureza granulomatosa crônica que acomete principalmente trabalhadores rurais. A doença é limitada aos países da América Latina, e o Brasil apresenta o maior número de casos. Ensaios sorológicos são os principais métodos auxiliares no diagnóstico da PCM. A gp43 é o principal antígeno utilizado no imunodiagnóstico da PCM, porém podem ocorrer reações cruzadas devido à porção carboidrato. Uma das alternativas seria a utilização de gp43 recombinante produzida em Escherichia coli, sem a porção carboidrato. Este estudo teve como objetivo produzir anticorpo policlonal de coelho para a gp43 recombinante. Introdução O fungo Paracoccidioides brasiliensis é o agente etiológico da Paracoccidioidomicose, uma micose humana sistêmica descrita pela primeira vez no Brasil há um século. É uma doença limitada aos países da América Latina, e no Brasil é a oitava causa de óbito entre as doenças infecciosas e parasitárias, sendo que a maioria dos casos tem sido reportada nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste (BRUMMER et al., 1993). Paracoccidioides brasiliensis é um fungo termo-dimórfico, que à 25ºC, apresentam-se na forma de micélio com colônias brancas, aderentes ao meio, com hifas finas, septadas, com esporos terminais ou intercalares. À temperatura de 37ºC apresenta-se na forma de levedura, com células globosas com múltiplos brotamentos (BRUMMER et al., 1993). Acredita-se que a infecção ocorra por inalação de propágulos de fungo provenientes do solo, seu provável hábitat. Ao atingirem o pulmão, os

propágulos convertem-se para a forma de levedura, provocando lesões granulomatosas. A partir do pulmão pode ocorrer disseminação para qualquer outro órgão e tecido como fígado, baço, linfonodos, pele, sistema nervoso central, mucosas, testículos, sistema esqueléticos e adrenais (LACAZ, 1982;SCULLY & ALMEIDA, 1992; BRUMMER et al., 1993). A PCM pode ser classificada como PCM Infecção e PCM Doença. A PCM-Infecção acomete indivíduos de ambos os sexos, aparentemente sadios, que residem ou residiram em áreas endêmicas. É caracterizada pela ausência de sinais clínicos e reação intradérmica positiva a paracoccidioidina. (FRANCO, 1987). A PCM-doença afeta principalmente trabalhadores rurais do sexo masculino, com idade média de 40 anos. A forma crônica ocorre em mais de 90% dos pacientes, e é freqüente em indivíduos adultos do sexo masculino. A doença progride lentamente e o período de incubação pode durar meses ou anos. A forma aguda ou juvenil é caracterizada por um período curto de incubação e por envolvimento do sistema reiculoendotelial (LONDERO; MELO, 1983). Devido a composição estrutural antigênica complexa do P. brasiliensis, tem sido empregado para o imunodiagnóstico da PCM a detecção de uma glicoproteína de 43 kda (gp43). A gp43 é o principal antígeno utilizado no imunodiagnóstico e em estudos soroepidemiológicos de PCM (MENDES-GIANNINI et al.,1997, ONO et al., 2001). Embora a gp43 seja o antígeno específico para o PCM, em testes imunológicos que preservam sua conformação nativa, unidades galactofuranose terminais na cadeia oligossacarídica podem ser responsáveis pela reatividade cruzada em testes que utilizam antígeno imobilizado, tal como o ELISA (PUCCIA E TRAVASSOS, 1991). Este estudo teve como objetivo produzir anticorpo policlonal em coelho para a gp43 recombinante produzida em E. coli. Materiais e métodos Isolado de P. brasiliensis Manutenção do isolado B-339 em ágar Sabouraud a 25º C. Obtenção do exoantígeno de P. brasiliensis O isolado de P. brasiliensis B-339 foi cultivado em ágar Sabouraud à 35ºC, e então transferido para Erlenmeyer com meio de Negroni, e mantido sob agitação a 50 rpm, a 35ºC. Após 3 dias, o crescimento foi transferido para frasco de Fernbach, contendo o mesmo meio e mantido em agitador orbital, a 35ºC, por 7 dias. A cultura foi interrompida com timerosal (0,05%), filtrada, e o filtrado foi concentrado e liofilizado. Obtenção de gp43

A gp43 foi purificada a partir da aplicação de exoantígeno em coluna de afinidade acoplada com anticorpos monoclonais anti-gp43. Obtenção de gp43 recombinante Com a utilização de E. coli BL21 transformada com plasmídio pet30.gp43 foi feita indução para a expressão da proteína de interesse. A purificação da proteína foi realizada em coluna de afinidade com posterior determinação de pureza e concentração de proteína. Obtenção de anticorpo policlonal anti-gp43 recombinante O anticorpo policlonal foi produzido em coelho mantido em biotério com fornecimento de água e ração comercial ad libitum. Foram inoculadas quatro doses de 100 µg gp43 recombinante, por vias subcutânea, com espaço de 7 dias entre as doses (1 a. dose com adjuvante completo de Freud e adjuvante incompleto de Freud nas demais doses). Foram coletadas amostras de sangue semanalmente para obtenção do soro, que foi armazenado a 20ºC até a utilização no ELISA indireto. ELISA indireto com antígeno gp43 recombinante e nativa Microplacas de poliestireno, de fundo chato com 96 cavidades, foram sensibilizadas com antígeno gp43 recombinante ou nativa. Cada cavidade foi incubada com soro de coelho (concentração 1:100) imunizado com gp43 recombinante. Após foi incubado com conjugado IgG Anti-IgG de coelhoperoxidase, seguido de revelação com solução de substrato/cromógeno. A reação foi bloqueada com H2SO4 4N e a absorbância a 450 foi determinada em leitora de ELISA. ELISA indireto com antígeno gp43 recombinante e nativa desnaturadas As amostras de gp43 recombinante e nativa foram aquecidas à 100ºC por 5 minutos para desnaturação das proteínas. Microplacas de poliestireno, de fundo chato contendo 96 cavidades, foram sensibilizadas com antígeno gp43 recombinante ou nativa desnaturadas. O ensaio de ELISA foi realizado conforme descrito anteriormente. Resultados e Discussão A resposta humoral do coelho imunizado com a gp43 recombinante foi avaliada por meio de ensaio de ELISA indireto com a gp43 nas formas

nativa e recombinante. O pico da reposta ocorreu após a quarta dose sendo observado maior reatividade com a gp43 recombinante (Figura 1). A diferença na reatividade possivelmente se deve ao fato de que a gp43 recombinante, pelo fato de estar desnaturada, apresenta apenas os epítopos lineares. Desta forma o anticorpo policlonal anti-gp43 recombinante reconheceria apenas esse tipo de epítopo, reduzindo portanto a reatividade com a gp43 nativa, que apresenta predominantemente os epítopos conformacionais. Para avaliar essa hipótese, foi realizado um ELISA com gp43 nas formas nativa e desnaturada. A maior reatividade do anticorpo anti-gp43 recombinante com a gp43 desnaturada sugere que a diferença na reatividade se deve aos epítopos lineares. Figura 1. Avaliação da resposta imune humoral de coelho imunizado com gp43 recombinante por meio de ensaio de ELISA indireto com a gp43 nas formas nativa e recombinante. Conclusões O anticorpo policlonal de coelho anti-gp43 recombinante apresentou maior reatividade com a gp43 recombinante quando comparada com a gp43 nativa. A diferença observada possivelmente se deve ao fato da gp43 recombinante estar na forma desnaturada. Mais estudo são necessários para melhor caracterizar o anticorpo anti-gp43 recombinante e seu possível uso no imunodiagnóstico da PCM. Referências Brummer, E.; Castaneda, E.; Restrepo, A. Paracoccidioidomycosis: An update. Clinical Microbiology, v.6, n.2, p.89-117, 1993.

Franco, M. Paracoccidioidomycosis: a recently proposed classification on its clinical forms. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v.20, p.129-133, 1987. Lacaz, C.S.; Del Negro, C.S.; Fialho. Aspectos clínicos gerais. Formas polares de paracoccidioidomicose. In: A.M. Paracoccidioidomycosis. Ed.: Sarvier EDUSP, São Paulo, 1982. Londero, A.T.; Mello, I.S. Paracoccidioidomycosis in childhood. A critical review. Mycopathology, v.82, p.49-55, 1983. Mendes-GianinniI, M.J.S.; Bueno, J.P.; Shikanai-Yasuda, M.A.; Stolf, A.M.; Masuda, A.; Neto, V.A.; Ferreira, A.W. Antibody response to 43KDa glycoprotein of Paracoccidioides brasiliensis as a marker for the evaluation of patients under treatment. American Journal of Tropical Medicine and Hygiene, Mclean, v.43, n.2, p.200-206, 1990. Scully, C.; Almeida, O.P. Orofacial manifestations of the systemic mycoses. J. Oral Pathol. Med., 21: 289-94, 1992. Travassos, L.R.; Puccia, R.; Cisalpino, P.; Taborda, C.; Rodrigues, E.G.; Rodrigues, M.; Silveira, J.F.; Almeida, I.C. Biochemistry and molecular biology of the mais diagnostic antigen of Paracoccidioides brasiliensis. Arch. Med. Res., 26: 297-307, 1995.