EFEITO DE DIFERENTES AGENTES DESINFETANTES NA ESTABILIDADE DIMENSIONAL EM HIDROCOLÓIDE IRREVERSÍVEL DE ÚLTIMA GERAÇÃO

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Transcrição:

EFEITO DE DIFERENTES AGENTES DESINFETANTES NA ESTABILIDADE DIMENSIONAL EM HIDROCOLÓIDE IRREVERSÍVEL DE ÚLTIMA GERAÇÃO Gislyane Lima de Queiroz 1 ; Matheus Duarte de Araújo 1 ; Nathaly de Oliveira Queiroz 1 ; Déborah Maria Martins de Paula 1 ; Victor Pinheiro Feitosa 2 ; Erika Matias Pinto Dinelly 2 1 Discente do Curso de Odontologia do Centro Universitário Católica de Quixadá; 2 Docente do Curso de Odontologia do Centro Universitário Católica de Quixadá; E-mail: victorpfeitosa@hotmail.com; kikadinelly@hotmail.com RESUMO A prática odontológica incorpora uma variedade de microorganismos causadores de infecção, que estão dispostos em gotículas salivares, sangue e materiais que entraram em contato com a cavidade oral. Dessa forma é necessário a realização de desinfecção de moldes de hidrocolóides irreversíveis, pensando nas possibilidades de reduzir o número de vetores para os agentes patógenos sem interferir na precisão dimensional dos moldes. O presente estudo buscou avaliar a estabilidade dimensional de modelos obtidos a partir de moldes de hidrocolóides irreversível de última geração submetidos a diferentes agentes desinfetantes. Para tanto foi realizado estudo transversal de natureza descritiva, exploratória, e quantitativa no laboratório da Universidade Federal do Ceará em Fortaleza no período de Junho a Agosto de 2016. Por meio de um troquel mestre metálico e uma moldeira compatível foram realizadas 90 moldagens divididas em grupos com os diferentes métodos de desinfecção. Obteve-se as mensurações iniciais e após cinco dias de moldagem por meio de um paquímetro digital. Os dados obtidos foram submetidos a análises estatísticas descritivas. Todos os corpos de provas mostram alteração significativa após cinco dias de armazenamento, sendo que o grupo controle e grupo hipoclorito de sódio não mostrou alteração significativa. Dessa forma, podemos concluir que para desinfecção do Hydrogun 5 o método mais indicado é clorexidina a 2%, que em contra partida mostra-se prejudicial ao silicone de adição, sendo indicado para este o hipoclorito de sódio a 1%. Palavras-chave: Moldagem, desinfecção, hipoclorito, clorexidina.

INTRODUÇÃO O alginato, dentre os materiais de moldagem, é o mais utilizado em odontologia, onde apresenta diferentes formulações em sua composição. Estes materiais são caracterizados por sofrer muitas alterações, uma vez que o molde não for preenchido com gesso em um determinado espaço de tempo e em condições de armazenagem adequadas (GUIRALDO et al., 2014). No procedimento de moldagem, os materiais utilizados entram em contato com fluidos bucais, como saliva, sangue, exsudatos e outros, que podem conter microrganismos patogênicos, possibilitando a transmissão de doenças infectocontagiosas, como herpes, hepatite, tuberculose e AIDS via molde (MOURA et al., 2010). Preocupado com a questão da biossegurança, tanto para a equipe profissional, quanto para os pacientes, além de a esterilização ser um método danoso aos materiais de moldagens, procedimentos como desinfecção por imersão, aonde soluções químicas vêm sendo utilizadas para a desinfecção dos materiais de moldagem têm sido considerado o método mais eficaz. O processo de desinfecção elimina os microrganismos na forma vegetativa, exceto os esporos bacterianos (FERNANDES et al., 2014). Atualmente no mercado, há uma grande variedade de antimicrobianos utilizados para a desinfecção dos moldes odontológicos. No entanto, devem ser levados em consideração alguns fatores para a desinfecção das impressões dentárias, como garantir que o produto seja eficaz e que a composição química desses produtos não altere a estabilidade dimensional e a capacidade de reprodução de detalhes do material de moldagem. Nesse seguimento, a desinfecção dos moldes antes de enviá-los para os laboratórios de prótese, ou no momento que os moldes chegam, deve ser uma prática rotineira nas clínicas e laboratórios (RENTZIA et al., 2011). Hidrocolóides de última geração apresenta-se como novas alternativas de material de moldagem no mercado é indispensável estudos que mostrem os melhores antimicrobianos para sua desinfecção e que tenham menor interferência na sua estabilidade dimensional. Desta forma, o presente estudo buscou avaliar a estabilidade dimensional de modelos obtidos a partir de moldes de hidrocolóides irreversível de última geração submetidos a diferentes agentes desinfetantes, analisando se agentes de desinfecção influenciam na estabilidade dimensional, verificando o potencial de

distorção dos modelos obtidos frente a diferentes agente desinfetantes, buscando identificar qual agente desinfetante tem menor potencial de alterar a estabilidade dimensional dos mesmos. METODOLOGIA O presente trabalho trata-se de um estudo transversal de natureza descritiva, exploratória, e quantitativa. A pesquisa foi realizada no laboratório de pesquisa da Universidade Federal do Ceará em Fortaleza no período de Junho a Agosto de 2016. Esta pesquisa buscou o conhecimento do melhor produto para desinfecção do Hydrogum 5 (Zhermack/Badia Polesine/Itália) bem como do Silicona de condensação (Clonage/Nova DFL) frente a alteração de sua estabilidade dimensional no período imediato e com cinco dias após a realização do procedimento de moldagem. Por meio de um troquel mestre metálico e uma moldeira compatível foram realizadas 90 moldagens divididas em dois grupos G1 (Hydrogun 5) e G2 (Silicona de adição), sendo estes subdivididos em três grupos de acordo com o métodos de desinfecção, a saber: 1. 15 moldagens sem desinfecção (controle); 2. 15 moldagens desinfetado com hipoclorito de sódio a 1%; 3. 15 moldagens desinfetado com digluconato de clorexidina a 2%. Para obtenção dos corpos de prova seguiu-se o mesmo procedimento padrão alterando-se o material desinfetante, sendo realizado da seguinte forma: Preparo do material de moldagem de acordo com as recomendações do fabricante; moldagem do troquel por 3 minutos; lavagem do molde por 1 minuto em água corrente e em seguida leves jatos de ar com a seringa tríplice por 5 segundos; desinfecção do molde por 10 minutos com o método de imersão (exceto no grupo controle); após o tempo de desinfecção os corpos foram novamente lavados em água corrente por 1 minuto e em seguida recebeu leves jatos de ar com seringa tríplice por 5 segundos. Após a obtenção e desinfecção dos corpos de provas os mesmos foram medidos utilizando-se um paquímetro digital para verificar a mensuração imediata. Os corpos de prova foram armazenados em uma caixa hermeticamente selada no período de cinco dias, período para a realização das segundas mensurações. Obtendo-se no total de 180 mensurações. A partir dos dados obtidos forma realizados analises estatísticas descritivas, onde os resultados foram expressos como média dos valores (M) e desvio padrão (SD), [M+-SD]. Foram realizados teste de normalidade e de homogeneidade

regidos pela análise de variância ANOVA one-way ou two-way e o teste de Kruskal- Wallis a depender da indicação. Em todas as situações foi adotado o nível de significância de 5%. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os dados obtidos das moldagens realizadas com silicona de adição mostrou que o grupo controle reduziu 0,93% de sua estabilidade dimensional. Quando desinfectado com o hipoclorito de sódio a 1%, a silicone mostrou aumento de 0,89%, no entanto quando desinfetada com a clorexidina a 2% mostrou após cinco dias alteração dimensional de 3%, sendo que a ISO estabelece que este material deve ter no máximo 1,5% de alteração após 7 dias. Os moldes de Hydrogun 5 do grupo controle obteve um aumento dimensional de 2,54%, no grupo desinfetado com clorexidina a 2% obteve-se alteração de 1,91% e do Hipoclorito de sódio a 1% de 2,90%. Todos os corpos de provas mostram alteração significativa após cinco dias de armazenamento, sendo que o grupo controle e grupo hipoclorito de sódio não mostrou alteração significativa. Dessa forma, podemos concluir que para desinfecção do Hydrogun 5 o método mais indicado é clorexidina a 2%, que em contra partida mostra-se prejudicial ao silicone de adição, sendo indicado para este o hipoclorito de sódio a 1%. Lemos et al. (2010), analisaram algumas características do hipoclorito de sódio a 1%, que possui função intermediária, de largo espectro, de combate a vírus e bactérias, além de possuir baixo custo. Possui eficiente ação antimicrobiana, com ação comprovada em 10 minutos. Essa concentração permite que ele possa agir sobre o vírus da hepatite B, Mycobacterium tuberculosis (bactéria causadora da tuberculose), vírus HIV, entre outros. Estudos que foram realizados envolvendo a estabilidade dimensional do alginato comprovaram que o hidrocolóide irreversível (alginato) reage à imersão em solução desinfetante num tempo determinado por possuir composições que restringem um contato excessivo com materiais de desinfecção. Porém, existem outras técnicas que também mostraram mais eficácia quanto a preservação da estabilidade dimensional e do controle microbiológico, como por exemplo, spray e nebulização de hipoclorito de sódio (MOURA et al., 2010).

Alginatos de última geração como Carvex ColorChange e Hydrogum 5 apresentam suas dimensões favoráveis quando são armazenados seguindo um padrão de tempo e local adequados para que haja a obtenção de modelos de estudo e, possivelmente, de estruturas para próteses parciais, entre outros. Sendo que, estaticamente, o Hydrogum 5 sofre menos alterações dimensionais durante 5 dias, quando comparado ao Cavex ColorChange (FERNANDES et al., 2014). CONCLUSÕES Apesar da inconveniente alteração na estabilidade dimensional dos moldes frente aos métodos desinfetantes, faz-se necessário a desinfecção destes independentemente do material de moldagem usado, pois a negligência nesta etapa clínica pode ocasionar contaminações diversas. A partir desta pesquisa podemos concluir que para desinfecção do Hydrogun 5 o método mais indicado é clorexidina a 2%, que em contra partida mostra-se prejudicial ao silicone de adição, sendo indicado para este o hipoclorito de sódio a 1%. REFERÊNCIAS FERNANDES, S.L; FRANCISCONI, P. A. S; FRANCISCONI, L. F; MANFREDI, G. G. P; CAVENAGO, B. C; COSTA, A. U; ALCADE, M. P; BORGES, A. F. S. Estabilidade dimensional linear de alginatos de última geração em função do tempo de armazenagem dos moldes. Innov Implant J, Biomater Esthet, V. 8, Nº 1, P. 18-22, 2014. GUIRALDO, R.D. Characterization of morphology and composition of inorganic fillers in dental alginates. BioMed Research International, Nova York EUA, v. 2014, n. 1; ID 178064, p 1-6, Jul. 2014. LEMOS, I. S; PORTO, R. O; ALVES, B. P; JASSÉ, F; GALVÃO, M. R; ANDRADE, M. F; CURY, R. J. Avaliação da alteração dimensional de modelos obtidos a partir de moldagens com alginato tradicional e outro com desinfetante. Rev. Odontologia UNESP, Araraquara, V. 39, Nº 1, P. 41-47, 2010. MOURA, C. D; MOURA, W. L; FRANÇA, F. M. G; MARTINS, G. A. S; FELTRIN, P. P; ZANETTI, R. V. Disinfection of irreversible hydrocolloid impressions with sodium hypochlorite steam: assessment antimicrobial efficacy. Rev. Odont. Cienc., V. 25, Nº 2, P. 182-9, 2010.

RENTZIA, A. Disinfection procedures: their efficacy and effect on dimensional accuracy and surface quality of an irreversible hydrocolloid impression material. J Dent, v. 39, n. 2, p. 133-140, Fev. 2011.