Automação. 4 de fevereiro de Prof. Ramon Moreira Lemos

Documentos relacionados
Automação Industrial. Prof.: Ramon Moreira Lemos 4 de fevereiro de 2016

Classificação das redes para automação industrial. Luiz Affonso Guedes

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ. SDCD - Sistema Digital de Controle Distribuído

Motivação: Integração Sistemas. Carlos Eduardo Pereira

Processos Industriais

CONCEITOS E DEFINIÇÕES. Automação?

Mapeamento das Tecnologias da Indústria 4.0 na ABIMAQ

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Engenharia de Computação e Automação Automação Industrial

Automação. Variedades de Automação. A automação em nossas vidas Objetivo: Facilitar nossas vidas

GERENCIAMENTO DE PROJETOS - 20h - EaD

Redes Industriais. Curso: Téc. Automação Professor: Regis Isael

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CURSO: CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO. Profª Danielle Casillo

Faculdade SENAI Rio. Infraestrutura Graduação Tecnológica em Automação Industrial

Redes para Automação Industrial. Luiz Affonso Guedes 2006

Roteiro. A automação em nossas vidas. A automação no meio produtivo. Características e Conceitos da Automação. Aspectos da automação

Engenharia Elétrica. Laboratório de Automação Industrial. Professor: Marco Shawn M. Machado

AULA 12 SISTEMAS SUPERVISÓRIOS

Válvula direcional vias posições acionamento e retorno normalmente.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Engenharia de Computação e Automação Introdução à Automação Industrial

Parte I Introdução. professorferlin.blogspot.com. professorferlin.blogspot.com. Sociedade Paranaense de Ensino e Informática

Redes Industriais. Curso: Téc. Automação Professor: Regis Isael

Redes para Automação Industrial. Luiz Affonso Guedes DCA-CT-UFRN

PMR3507 Fábrica digital

Redes para Automação Industrial. Capítulo 1: Automação Industrial. Luiz Affonso Guedes DCA-CT-UFRN

Benefícios de um CLP:

AUTOMAÇÃO DA PRODUÇÃO. Prof. Dr. Roger Nabeyama Michels

Motivação: Decentralização e Distribuição de Inteligência Evolução das Arquiteturas

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL GOIANO - CAMPUS TRINDADE

Γ INTRODUÇÃO AO IFIX

ENGENHARIA E TREINAMENTO

Controle e Automação de Processos

Instrumentos Analógicos e Digitais

Introdução às redes de comunicação

INDÚSTRIA % O CEARÁ E A INDÚSTRIA % das grandes empresas já utilizam O CEARÁ E A INDÚSTRIA 4.0

RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DO CURSO

Curso de automação industrial utilizando o CLP Haiwell

Redes para Automação Industrial. Capítulo 1: Automação Industrial. Luiz Affonso Guedes 2006

CONTROLE AUTOMATIZADO DA IRRIGAÇÃO UTILIZANDO UM CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL ASSOCIADO A UM INVERSOR DE FREQUÊNCIA

MATRIZ CURRICULAR ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO - IFES - CAMPUS SERRA

Características e funcionalidades de uma rede IO-link. Bruno Betiol, Fernando do Amaral Omura, Gabriel Henrique Faria, Samuel Slaviero Lângaro

TA Tecnologia de Automação Para Farmacêuticos 24.outubro.2017

CLP ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO ROGER NABEYAMA MICHELS

Modbus, Profibus, Devicenet. Prof. Regis Isael

29 FIEE Impactos da indústria 4.0 no mercado industrial e o surgimento de novos modelos de negócios

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Engenharia de Computação e Automação Introdução à Automação Industrial

Modelagem e Controladores Lógicos Programáveis Sistemas a Eventos Discretos

Automação - Objetivos

ANEXO 9 EQUIVALÊNCIA DOS COMPONENTES CURRICULARES OBRIGATÓRIOS DO CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Norma ISA D5.1. Adrielle de Carvalho Santana

INTEGRAÇÃO DE INVERSORES DE FREQUÊNCIA NA ARQUITETURA DE UM SISTEMA DIGITAL DE CONTROLE DISTRIBUÍDO 1 INTRODUÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CURSO: CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO. Profª Danielle Casillo

CURSO: ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO EMENTAS º PERÍODO

é um requisito fundamental no projeto de novos sistemas. Em particular nos sistemas

ENGENHARIA ELÉTRICA Redes Industriais e supervisórios. Sistemas supervisórios Interface Homem/Máquina

AULA 9 ATUADORES ELÉTRICOS

WEG NA INDÚSTRIA 4.0. Charles Fernando Scheffelmeier Coordenador de Vendas WEG Drives & Controls LTDA - Automação FOTO DO PALESTRANTE

09/03/15. Revolução Industrial. Conceito: Automação Industrial. Revolução Industrial. Automação - Histórico. O que é Automação?

CST AGROINDÚSTRIA ITINERÁRIO FORMATIVO Sede: CUIABÁ (2014)

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO CURSO: CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO. Profª Danielle Casillo

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL E SISTEMAS DE CONTROLE - MECATRÔNICA

Sistemas Supervisórios

Foundation Fieldbus. Curso: Téc. Automação Professor: Regis Isael

N1040. Controlador de Temperatura

Industria Estado da arte

Descubra as soluções EXSTO de EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

Circuitos Elétricos 40 Módulo 1 Eletrônica Geral 80 Módulo 1. Hidráulica e Pneumática II 40 Módulo 1. Tecnologia dos Materiais 40 Módulo 1

Natureza - OBRIGTEÓRICA

Acesse: Gabaritos das aulas 1 a 20

COMUNICADO Nº 051 QUADRO DE VAGAS Nº 07

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Engenharia de Computação e Automação CLPs: Norma IEC 61131

DESENVOLVIMENTO DE INTERFACE GRÁFICA PARA UM SISTEMA DIDÁTICO EM CONTROLE DE PROCESSOS

Universidade Federal de São João del-rei MODBUS

Apresentação e Introdução a Automação

Sistemas Embarcados/ Redes Industriais/ Comunicação Serial

Aula 2 Instrumentação na Ind. Química. Prof. Gerônimo

ÍNDICE. Sobre o Livro Sobre o Autor Agradecimentos Nota à 5.ª Edição Prefácio à 1.ª Edição. Capítulo 1 Sistemas de Produção Modernos

Faculdade Pentágono. Sistema Supervisório - IHM

Controlador Lógico Programável

1 P á g i n a. Case de sucesso. Cláudia Mattos Diretora de operações da Yukon

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR TÉCNICO EM ELETRÔNICA NA MODALIDADE A DISTÂNCIA

Seminário de Redes - Profibus

AUTOMAÇÃO / Manutenção

UNIVERSIDADE CEUMA CAMPUS RENASCENÇA CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Professor Leonardo Gonsioroski

ESPECIFICAÇÕES DE UMA REDE DE AUTOMAÇÃO. Taxa de transmissão. Topologia física

Classificação das Redes Industriais. Curso: Téc. Automação Professor: Regis Isael

Transmissores e Receptores

ü Na década de 1920 os dispositivos mecânicos foram substituídos pelos relés; ü O uso da lógica de relés dificultava modificações do processo;

Profª Danielle Casillo

SISTEMA DE SUPERVISÃO DE PROCESSOS INDUSTRIAIS ATRAVÉS DE COMPUTADOR PESSOAL

Metodologia para implementação de Sistemas MES

USO DE AMBIENTE VIRTUAL PARA ENSINO DE PROGRAMAÇÃO DE CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS

Introdução ao Controladores Lógicos Programáveis - CLP

UTILIZAÇÃO DE CLP S E SISTEMAS DE SUPERVISÃO NAS REDES INDUSTRIAIS

CLP. Curso de Formação Profissional Técnico em Eletroeletrônica Módulo III Senai Arcos-MG

Indústria 1.0. Indústria 2.0. Indústria 3.0 PREÂMBULO. O que é a indústria 4.0? Da 1ª revolução industrial à indústria 4.0

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Engenharia de Computação e Automação Controladores Lógicos Programáveis

Título do Slide Máximo de 2 linhas

ROBÓTICA INDUSTRIAL MECATRÔNICA

CARACTERÍSTICAS principais

INSTRUMENTAÇÃO MECATRÔNICA

Transcrição:

Automação 4 de fevereiro de 2016

O que é automação? Engenharia de automação é o estudo das técnicas que visam otimizar um processo de negócio, aumentando sua produtividade, promovendo a valorização da força de trabalho humano, e assegurando uma operação ambientalmente segura. O papel de cada um: Maquina: Para implantar e perpetuar as melhores práticas devemos deixar que as máquinas façam aquilo que sabem fazer: realizar uma rotina repetitivamente Operador: Deixar para o operador realizar aquilo que é especialidade do ser humano: intervenções sob demanda, análise e tomada de decisão.

Impactos para a sociedade Benefícios ao empregador e empregado: Redução de custos; Aumento de Produtividade; Reduz a exposição de trabalho monótonas repetitivas e até mesmo perigosos; Mais tempo livre; Aumento de salários. Benefícios ao processo: Na regularidade da qualidade de um produto; Na economia de energia; Flexibilidade de mudanças de produtos; Segurança de funcionamento.

Impactos para a sociedade Problemas: Experiência de um empregador tem vida curta; Fim ou redução de alguns tipos de empregos (Ex: operadores; telefonista; taxista); Problemas sociais e psicológicos em decorrência da submissão ao ritmos das máquinas; Aumento do nível de desemprego, principalmente nas áreas em que atuam profissionais de baixo nível de qualificação.

AUTOMAÇÃO GERA DESEMPREGO?

Solução: Aprendizagem Continua; Reciclagem de trabalhadores; Empresas de automação criam novos empregos; Novas oportunidades com novas tecnologias.

Classificação da Automação: Automação Industrial Automação Comercial Automação Predial Automação Residencial Grau de Flexibilidade: Tipo e quantidade do produto desejado Produto único e grande quantidade Pouco flexível Produtos variados e pequena quantidade Mais flexível

Categorias de automação em função do tipo de produção Processo de fluxo Contínuo: Grandes quantidades de produto (normalmente líquido); Refinarias, indústrias químicas, produção de vidro, etc.

Categorias de automação em função do tipo de produção Processo de Produção em massa: Produção com poucas variações; Automóveis, eletrodomésticos, etc.

Categorias de automação em função do tipo de produção Produção em lotes Quantidade média de produto, com produção periódica Livros, roupas, aviões.

Categorias de automação em função do tipo de produção Produção individualizada Pouca quantidade de produto Protótipos, ferramentas, dispositivos

Elementos da Automação:

Sistema de automação compõe-se de 5 elementos: Processo: sistema de energia para atingir determinado objetivo. Ex: Motores, Pistões hidráulicos, etc Sensoriamento: mede o desempenho do sistema de automação ou uma propriedade particular de alguns de seus componentes. Controle: Utiliza as informações dos sensores para regular, controlar os dispositivos. Ex: acionar motores, válvulas, etc Comparador: elemento que permite comparar valores medidos comvaloresdereferenciaequeservemparaatomadadedecisão dequandoecomoatuar. Ex: temperatura, distancia e os sistemas de software Programas: contêm as informações de processo e permitem controlar as interações entre os diversos componentes

Sistemas: Pequeno, médio ou grande porte podem atingir uma a complexidade e tamanho tais que, para o seu controle, deve-se dividir o controle em camadas, onde a comunicação e hierarquia dos elementos é similar a uma estrutura organizacional.

Pirâmide da Automação

Nível 1. Redes Industriais. Dentro da automação industrial e/ou instrumentação, define-se como rede industrial os protocolos de comunicação utilizados para supervisionar e controlar um determinado processo, com uma troca rápida e precisa de informações entre sensores, atuadores, computadores, CLP s, entre outros. Redes orientadas a bits Sensorbus. Redes orientadas a caracteres Devicebus. Redes orientadas a sinais analógicos Fieldbus

Redes Tipo Sensorbus: Dados em formato de bits. Conexão: - Poucos equipamentos; - Equipamentos simples; - Ligação direta. Características: Comunicação rápida em níveis discretos; Sensores de baixo custo; Pequenas distancias. Objetivo Principal: Minimizar custo. Redes Tipo Devicebus: Dados em formato de bytes. Podem cobrir distâncias de até 500 m. Equipamentos: Predominantemente de variáveis discretas. Algumas redes permitem a transferência de blocos de dados com prioridade menor aos dados em formato de bytes. Possuem os mesmos requisitos temporais das rede Sensorbus, porém podem manipular mais equipamentos e dados. Redes Tipo Fieldbus: Redes mais inteligentes: Podem conectar mais equipamentos a distâncias mais longas. Os equipamentos conectados a rede possuem inteligência para executar funções específicas: Sensor, atuador, controle. As taxas de transferência de dados podem ser menores que as anteriores, porém estas são capazes de comunicar vários tipos de dados: discretos, analógicos, parâmetros, programas e informações de usuário.

Nível 2. PLC - Controlador logico programável: SDCD - Sistema digital de controle distribuído: São equipamentos eletrônicos utilizados em sistemas de automação flexível. São ferramentas de trabalho muito úteis e versáteis para aplicações em sistemas de acionamentos e controle, e por isso são utilizados em grande escala no mercado industrial. Permitem desenvolver e alterar facilmente a lógica para acionamento das saídas em função das entradas.

Diferença de PLC e SDCD? PLC : Desenvolvido inicialmente para fazer Intertravamentosdigitais; Base de dados própria; E necessário a utilização de IHM ou SCADA. SDCD: Desenvolvido inicialmente para controle de controles analógico; Base de dados compartilhadas com vários equipamentos; sistema controla e supervisiona o processo produtivo.

Nível 3. Supervisão: Supervisórios e IHM s Softwares ou equipamento que se presta a comunicação entre uma rede de automação e o operador do processo.

Supervisão: Os dois grandes grupos são: IHM / HMI - Interface Homem-Máquina / Human Machine Interface; SCADA - Supervisory Control And Data Acquisition.

Nível 4. Gerenciamento de planta: MES (Manufacturing Execution System): Controla todo o fluxo produtivo; PIMS (Plant Information Management System): Software utilizado para armazenamento de todas as informações relevantes de processo; EAM (Enterprise Asset Management): Software empregado no gerenciamento dos equipamentos de uma planta; CMMS (Computerized Maintenance Management System): Software de gerenciamento da manutenção.

Nível 5. Gerenciamento corporativo: Planejamento e Gestão; Organização e Estrutura Administrativa; Tecnologia da Informação áreas de desenvolvimento de sistemas; Auditoria; Gestão de Pessoas; Gestão de Projetos; Gestão de Riscos; Gestão de Custos.

Robótica: Disciplina que envolve: A) Projeto, construção, controle e programação de robôs; B) No uso de robôs para resolver problemas; C) O estudo dos processo de controle, sensores e algoritmos usados em humanos, animais e maquinas; D) A aplicação destes processo de controle de algoritmos para projetos de robôs.