ELT703 - EXPERIÊNCIA N 3: ERROS DC (OFFSET) E SLEW RATE

Documentos relacionados
2 Objetivos Verificação e análise das diversas características de amplificadores operacionais reais.

2 Objetivos Verificação e análise das diversas características de amplificadores operacionais reais.

CADERNO DE EXPERIÊNCIAS

UNIVERSIDADE LUSÓFONA DE HUMANIDADES E TECNOLOGIAS LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA ELECTRÓNICA GERAL

3 OFF SET. Vo = Vio p/ Rf = Rb = 0. Vo = Vio = Vo = Vio + Rf. Ib- p/ Rb = 0. Experiência 3.1- Método padrão. Vo = Ib - = (Vo - Vio) / Rf

Aula Prática 01. O Amplificador Diferencial e Aplicações

EXPERIÊNCIA N 04 OFFSET

AMPLIFICADORES OPERACIONAIS

ELT EXPERIÊNCIA N 1: AMPLIFICADOR NÃO INVERSOR

AMPLIFICADORES OPERACIONAIS APLICAÇÕES LINEARES

ROTEIRO 09 e 10 Circuito Amplificador de Pequenos Sinais

1.1 Montar o circuito de acordo com o apresentado na figura 1. Cuidado ao montar, especialmente verificando a conexão de cada um dos "jumpers".

AMPLIFICADOR BASE COMUM

Laboratório Experimental

AMPLIFICADOR COLETOR COMUM OU SEGUIDOR DE EMISSOR

AULA LAB 01 PARÂMETROS DE SINAIS SENOIDAIS 2 MEDIÇÃO DE VALORES MÉDIO E EFICAZ COM MULTÍMETRO

AULA LAB 01 PARÂMETROS DE SINAIS SENOIDAIS 2 MEDIÇÃO DE VALORES MÉDIO E EFICAZ COM MULTÍMETRO

Redes de Primeira ordem Circuitos RC e RL

EXPERIÊNCIA 05 CIRCUITOS COM AMPLIFICADOR OPERACIONAL PROFS ELISABETE GALEAZZO, LEOPODO YOSHIOKA E ANTONIO C. SEABRA

Aula 03 Especificações do Amp-op (pág. 521 a 526)

Experimento #2 AMPLIFICADOR OPERACIONAL

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos

1. Objetivos. 2. Preparação

Introdução teórica Aula 10: Amplificador Operacional

Introdução teórica Aula 8: Fonte de Tensão Regulada. Regulador LM7805. Fonte de tensão regulada. EEL7011 Eletricidade Básica Aula 8 EEL/CTC/UFSC

Aula de Laboratório: DIODO

Amplificadores Operacionais

MONTAGEM Consultar o datasheet do 324 para certificar-se da alimentação do AO

PSI LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS

PSI LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS

DERIVADOR E INTEGRADOR

Aula 04 Especificações do Amp-op (pág. 462 a 471)

Guia de Laboratório de Electrónica II. Amplificadores Operacionais

PUC ENGENHARIA. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUCSP

ROTEIRO OFICIAL 14 Amplificador Operacional no Modo Com Realimentação Negativa

Trabalho prático nº 2 de Electrónica 2009/2010

P U C E N G E N H A R I A LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA 2 EXPERIÊNCIA 5: Amplificador com Transistor de Efeito de Campo de Junção - JFET

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA INDUSTRIAL. EXPERIÊNCIA N o 6

INVERSOR LÓGICO INTRODUÇÃO TEÓRICA. Para a tecnologia TTL esses valores são bem definidos: Nível lógico 1 = + 5V Nível lógico 0 = 0v

5 Um amplificador operacional que deve trabalhar como amplificador de pequenos sinais deve trabalhar com

Escola Politécnica - USP

LABORATÓRIO DE DCE3 EXPERIÊNCIA 3: Amplificador com Transistor de Efeito de Campo de Junção - JFET Identificação dos alunos: Data: Turma: Professor:

Trabalho prático nº 3 de Electrónica 2009/2010

ROTEIRO OFICIAL 12 Amplificador Operacional no Modo Sem Realimentação Comparador

Experiência: CIRCUITOS INTEGRADORES E DERIVADORES COM AMPOP

No. USP Nome Nota Bancada

GUIA DE LABORATÓRIO PARA AS AULAS PRÁTICAS DE ELETRÔNICA II

1. Objetivos. Analisar a resposta harmônica do amplificador e compará-la com os resultados esperados.

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos

Experiência 1: Amplificador SC com JFET. 1 Teoria: Seções 6.3 e 9.4 de [BOYLESTAD & NASHELSKY 1996].

TE216 Laboratório de Eletrônica II

V in (+) V in (-) V O

TRABALHO 2 Amplificadores Operacionais e Diodos

AMPLIFICADOR PUSH-PULL CLASSE B

PSI LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS

REDES DE SEGUNDA ORDEM

Curso Técnico em Eletroeletrônica Eletrônica Analógica II

PSI LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS GUIA DE EXPERIMENTOS. EXPERIÊNCIA 2 - Medição de Grandezas Elétricas: Valor Eficaz e Potência

Experiência 9 Redes de Primeira ordem Circuitos RC. GUIA e ROTEIRO EXPERIMENTAL

Lab.04 Osciloscópio e Gerador de Funções

INSTRUMENTAÇÃO ELECTRÓNICA. Trabalho de Laboratório AMPLIFICADOR DIFERENCIAL

DESCARGA EM CIRCUITO RC

Experiência 9 Redes de Primeira ordem Circuitos RC. GUIA e ROTEIRO EXPERIMENTAL

Escola Politécnica - USP

No. USP Nome Nota Bancada GUIA E ROTEIRO EXPERIMENTAL

Experimento 6 Corrente alternada: circuitos resistivos

AMPLIFICADOR DE PEQUENOS

GUIA DE EXPERIMENTOS

Experimento 6 Corrente alternada: circuitos resistivos

1. Introdução. O experimento de Retificadores, tem como principais objetivos:

V in (+) V in (-) V O

ELETRÔNICA I. Apostila de Laboratório. Prof. Francisco Rubens M. Ribeiro

Leia atentamente o texto da Aula 6, Corrente alternada: circuitos resistivos, e responda às questões que seguem.

Circuitos com Amplificadores Operacionais

Medidas com circuito Ponte de Wheatstone DC e AC O aluno deverá entregar placa padrão com os circuitos montados, o kit montado não será devolvido.

P U C E N G E N H A R I A LABORATÓRIO DE DCE4 EXPERIÊNCIA 7: Filtros Ativos. Identificação dos alunos: 1. Turma: Professor: Conceito:

AULAS DE LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA I (ELT 031) Experiências com Transistores MOSFET's (1 a 3)

ELT 313 LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA ANALÓGICA I Laboratório N o 7 Transistor de Efeito de Campo de Junção (JFET)

Teoria: Veja [BOYLESTAD & NASHELSKY ], seção 4.3. Circuito:

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal

ELECTRÓNICA GERAL CONVERSOR DIGITAL ANALÓGICO 2º TRABALHO DE LABORATÓRIO 1º SEMESTRE 2015/2016 PEDRO VITOR E JOSÉ GERALD

PSI LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS

Experimento 6 Corrente alternada: circuitos resistivos

GUIA DE LABORATÓRIO PARA AS AULAS PRÁTICAS DE ELETRÔNICA II

Equipe: Figura 1. Alimentação simétrica usando duas fontes de alimentação

Noções básicas de circuitos elétricos: Lei de Ohm e Leis de Kirchhoff

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal

No. USP Nome Nota Bancada

Lab.05 Capacitor em Regime DC e AC

O amplificador operacional Parte 1: amplificador inversor não inversor

PARÂMETROS DINÂMICOS

Dispositivos e circuitos com FET s. Lista equipamentos. Capacitor 0.1 uf eletrolítico. 2 x Resistor 10K Protoboard + fios CI CD4007

LABORATÓRIO DE DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS Guia de Experimentos

( ) ELT413 ELETRÔNICA ANALÓGICA II ENGENHARIA ELÉTRICA LABORATÓRIO N O 3: AMPLIFICADOR EC E CC EM CASCATA, RIN, ROUT. V o1... sem R V o2...

UFES DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRÔNICA BÁSICA II PERÍODO 2016/2 EXPERIÊNCIA 1 SENSOR DE LUZ USANDO SCR

Objetivo Geral Entender o funcionamento e as principais características do amplificador operacional ou ampop como comparador de sinais.

Universidade Estadual de Maringá. Centro de Ciências Exatas. Departamento de Física NOÇÕES BÁSICAS PARA A UTILIZAÇÃO DO OSCILOSCÓPIO DIGITAL

Equipe: Verificar o comportamento do Amp Op na configuração Comparador Inversor e Não Inversor.

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal. Indutância mútua.

Transcrição:

ELT03 EXPERIÊNCIA N 3: ERROS DC (OFFSET) E SLEW RATE 1. OBJETIVOS: Levantamento da V IO, I B, I B e seus efeitos na relação de saída; Ajuste de Offset externo e interno; Medição do Slew Rate (Taxa de Subida).. RELAÇÃO DE COMPONENTES: 1 CI 1 1 Resistor de 100Ω Resistores de 1 Resistor de k 3 Resistores de Resistores de 100k Resistores de 1M 1 Potenciômetro de ou 100k (módulo) (indicar o potenciômetro utilizado) 1 Capacitor de 100pF 3. RELAÇÃO DE EQUIPAMENTOS: 1 Osciloscópio 1 Gerador de funções 1 Multímetro digital 1 Módulo AnálogoDigital. OBSERVAÇÕES: Para medirmos os efeitos que os parâmetros V io, I B e I B provocam na tensão DC de saída é necessário que não exista influência do sinal de entrada. Assim sendo, devemos primeiramente aterrar a tensão de entrada. Caso o multímetro não apresente uma leitura estável, chame o professor. Preste muita atenção na polaridade das ponteiras do multímetro nas medições. O sinal das medições é extremamente relevante. Preste muita atenção na notação científica das medições.

5. PROCEDIMENTO: 5.1. MEDIÇÃO DA TENSÃO DE OFFSET Vio a) Para medirmos Vio utilizaremos um buffer com o sinal de entrada aterrado. Idealmente a tensão de saída deveria ser zero mas, na prática, aparece uma pequena tensão DC da ordem de mv que é a tensão offset das entradas, Vio ou s. Monte o circuito da Figura 1 e anote o resultado na Tabela 1: 3 LM1 1V 1V Tabela 1: Dados do primeiro ensaio. e (pino 3) e (pino ) V o (medido) V io Figura 1: Configuração de buffer para medição da tensão de offset. b) Caso o amplificador tenha um ganho, o efeito de V io aparece na saída amplificado pelo ganho do amplificador nãoinversor. No circuito da Figura utilizaremos baixos valores de resistência para que a influência da corrente I B possa ser desprezada. Vale a pena observar que esses resistores de baixos valores foram utilizados especificamente para esse ensaio e devem ser evitados, pois provocam um grande consumo de corrente no operacional. Monte o circuito e anote os valores na Tabela.

R1 100 3 LM1 1V 1V R Tabela : Dados do segundo ensaio. V o (medido) V io (calculado) V o(medido) A ninv A 1 ninv R R 1 Figura : Amplificador inversor. Compare os valores de V io dos itens a e b. Houve diferença? Por que? 5.. MEDIÇÃO DE I B Para se obter o valor de I B, basta colocar um resistor no laço de realimentação, medir o erro DC na saída e descontar a parcela devido a tensão Vio. Monte o circuito da Figura 3, anote o valor de DC e calcule o valor de I B através da Tabela 3. Rf 1M 3 LM1 1V IB 1V R Tabela 3: Dados do terceiro ensaio. V o (medido) e (medido) e (medido) I B calculado V o medido R f V io Figura 3: Configuração para medir I B. 5.3. MEDIÇÃO DE I B Para se obter o valor de I B, utilizamos um buffer com resistor conectado a entrada positiva conforme a Figura e seguimos o mesmo procedimento do item anterior anotando os valores na Tabela.

Tabela : Dados do quarto ensaio. Rb 1M 3 LM1 1V 1V R V o (medido) e (medido) e (calculado) e (medido) V io I B calculado V io V o medido R b IB 1 I io B B I calculado I calculado Figura : Configuração para medir I B. Compare os valores obtidos de I B e I B. Segundo os fabricantes, a diferença entre esses dados não deve ultrapassar 5% do valor médio dos valores obtidos: Por que e foi calculado, e não medido? 5.. INFLUÊNCIA DOS VALORES DOS RESISTORES NO ERRO DC a) Monte o circuito da Figura 5, calcule o valor esperado pela equação ao lado, depois meça o valor prático e anote os dados na Tabela 5. R1 3 LM1 R 1V 1V Tabela 5: Dados do quinto ensaio. V o (calculado) V io.a ninv R.I B (calculado) V o (calculado) V o (medido) Figura 5: Amplificador inversor.

b) Troque os valores dos resistores R para 1M e R1 para 100k. A parcela de erro DC devido a V io não alterou, pois o ganho A ninv não mudou. No entanto, como estamos trabalhando com valores de resistores mais altos, a parcela de erro devido à corrente de polarização I B deverá aumentar. Calcule o valor teórico esperado e meça o valor obtido. Anoteos na Tabela. Tabela : Dados do sexto ensaio. V o (calculado) V o (medido)

5.5. INFLUÊNCIA DO RESISTOR DE COMPENSAÇÃO DAS CORENTES DE POLARIZAÇÃO (Rb) Uma maneira de diminuirmos o erro devido à correntes I B e I B, é fazer com que as impedâncias vistas pelas duas entradas do AmpOp em relação ao terra sejam as mesmas. No caso do circuito anterior, a impedância vista pelo terminal inversor é o paralelo das resistências de 1M e 100k. Assim, o resistor de compensação é dado por: R B R 1 // R 100k // 1M Teremos então uma diminuição no erro devido às correntes de polarização, uma vez que I B introduzirá uma parcela de polaridade negativa em DC. Monte o circuito da Figura, calcule o valor esperado e meça o valor na prática. Anote os dados na Tabela. R1 100k R 1M Rb 100k//1M 3 LM1 1V 1V Tabela : Dados do sétimo ensaio. V o (calculado) V io.a ninv R.(I io ) Figura : Amplificador inversor com resistor de compensação. V o (calculado) V o (medido) 5.. AJUSTE DE OFFSET INTERNO Monte o circuito da Figura, meça o erro DC e atue no potenciômetro P 1 de modo a zerar a tensão na saída. Chame o professor para visualização do valor zerado. R1 Rb 100k // 1M 1V 3 LM1 R 100k 1V 1 5 P1 Vcc Figura : Ajuste interno de offset.

5.. AJUSTE DE OFFSET EXTERNO Quando o amplificador operacional não possuir pinos para ajuste de offset, isso deve ser implementado externamente. O objetivo desse ajuste é introduzir um nível DC na saída e deve ser feito de modo que não altere o ganho original do amplificador. Utilizamos um nível DC na entrada através da alimentação ± Vcc. Analisando o circuito da Figura 8, vemos que o deslocamento na saída está entre: Tabela 8: Faixa de ajuste externo de offset. V cc R R off V o (ajuste) V cc R R off V o (ajuste) Vcc P1 Vcc Roff 1M Chave S R 100k R1 Rb // 100k 1V 3 LM1 1V Figura 8: Circuito para ajuste externo de offset. Com a chave S aberta meça o erro DC na saída. DC Feche a chave e ajuste DC 0. Chame o professor para visualização do valor zerado. Agora, varie o potenciômetro até os limites máximo e mínimo e anote abaixo a faixa de ajuste na saída medida.

5.8. SLEW RATE O Slew Rate indica a capacidade de variação da tensão de saída por unidade de tempo. SR d dt Para teste do Slew Rate, o fabricante recomenda o circuito mostrado na Figura 9. Injete uma onda quadrada e anote a forma de onda de saída. 1V 3 LM1 Vin / 5 10Vpp Hz Quadrada 1V 100pF k 50 100 150 00 50 300 [us] 5 Figura 9 Teste do Slew Rate Obtenha o Slew Rate na prática: Para o 1, o SR TÍPICO 0,5 V/μs SR (1) Δ Δt Para sinais senoidais é fácil deduzir que não haverá distorção devido ao SR se: SR OP π f V o ( pico) Assim, dependendo da amplitude máxima do sinal na saída, teremos uma máxima freqüência de operação. Calcule f máx de acordo com a tabela a seguir. Aplique um sinal senoidal com a amplitude de acordo com a tabela a seguir e com freqüência de 100 Hz. Monitore a entrada no canal 1 do osciloscópio e a saída no canal. Ajuste os canais de maneira que os sinais fiquem sobrepostos na melhor escala possível. Aumente gradativamente a freqüência até começar a surgir a distorção no sinal de saída. Anote a máxima freqüência sem distorção na Tabela 9.

Tabela 9: Distorção devido ao Slew Rate. Vi fmáx SRop π (pico) f máx(medida) V PP 8V PP 1V PP 5.9) Explique de forma clara e objetiva o que você entendeu sobre as correntes de polarização de entradas (I B, I B, I B ), tensão Offset das entradas e Slew Rate.