Trabalhadoras e trabalhadores rurais O que muda com a reforma da Previdência Senador José Pimentel Deputado Estadual Elmano Freitas
Trabalhadoras e trabalhadores rurais O que muda com a reforma da Previdência Senador José Pimentel Deputado Estadual Elmano Freitas
Ilustrações: Kaleu Mendes Pimentel, José, 1953-. Trabalhadoras e trabalhadores rurais : o que muda com a reforma da previdência / José Pimentel, Elmano de Freitas. Fortaleza : Gráf. Printcolor Gráfica e Editora Ltda, 2017. 33 p. : il. 1. Reforma previdenciária, Brasil. 2. Previdência social, Brasil. 3. Trabalhador rural, Brasil. I. Freitas, Elmano de. II. Título. CDDir 341.67
Sumário Aposentadoria rural fica mais difícil... 6 Quem será atingido... 8 Aposentadoria da Mulher... 10 Aposentadoria do Homem... 12 Tempo de Contribuição... 14 Forma de contribuição... 16 Jovens... 18 Mulheres... 20 Pensão por morte... 22 Aposentadoria por invalidez... 24 Idosos e deficientes... 26 Comércio local... 28 Todos perdem... 30 Rurais, pescadores, índios e quilombolas 30 25 anos de contribuição... 31 Contribuição mensal obrigatória... 32 Benefício assistencial ficará mais difícil... 32 Mulheres perdem mais... 33
Aposentadoria rural fica mais difícil Estamos diante de um grande desafio: impedir a aprovação da reforma da Previdência do governo Temer. Ela representa o desmonte da Previdência pública brasileira. E chega a ser perversa em relação aos trabalhadores rurais.
Nenhum trabalhador rural, homem ou mulher, se aposentará com menos de 65 anos de idade. O tempo mínimo de contribuição para o INSS sobe de 15 anos para 25 anos. E a contribuição será obrigatória para todos os membros da família. Além disso, cada pessoa terá de pagar uma mensalidade para a Previdência, independente do resultado da produção. Com todas essas exigências, será praticamente impossível conseguir se aposentar no campo. Por isso, é muito importante a mobilização de todos e todas para que possamos reunir forças para barrar o desmonte da Previdência Social. Senador José Pimentel Deputado Elmano Freitas
Quem será atingido Trabalhadores rurais da agricultura familiar, pescador artesanal, indígena, quilombola e seus cônjuges. Além dos filhos e filhas maiores de 16 anos que trabalham no grupo familiar. 8
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Aposentadoria da Mulher As mulheres só poderão se aposentar a partir dos 65 anos de idade. Serão obrigadas a trabalhar por mais dez anos. Esse adiamento da aposentadoria significa uma perda de 130 salários mínimos, valor igual a R$ 121.810,00. 10
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Aposentadoria do Homem Os homens só poderão se aposentar a partir dos 65 anos de idade. Serão obrigados a trabalhar por mais cinco anos. Esse adiamento da aposentadoria significa uma perda de 65 salários mínimos, valor igual a R$ 60.905,00. 12
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Tempo de Contribuição A contribuição mínima para a Previdência sobe de 15 anos para 25 anos. Esse fato praticamente acaba com a aposentadoria no campo, onde o trabalho depende das condições climáticas e dos resultados da colheita. 14
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Forma de contribuição A contribuição passa a ser obrigatória e individual todos os meses. Não será mais com base em percentual sobre a venda da produção. Nem valerá para o grupo familiar, como hoje. O valor da contribuição mensal será calculado com base no salário mínimo. 16
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Jovens As famílias tendem a priorizar a contribuição de quem estiver mais perto da idade de aposentadoria. Com isso, os jovens levarão mais tempo para iniciar a contribuição e terão mais dificuldade para se aposentar. Será um estímulo para que jovens abandonem o campo em busca de um futuro melhor na cidade. 18
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Mulheres A reforma da Previdência poderá excluir a mulher do campo do sistema de Previdência. Com a contribuição mensal e individualizada, a família pode escolher o homem mais velho para destinar as contribuições porque ele está mais próximo da aposentadoria. 20
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Pensão por morte Uma viúva sem filhos vai receber 60% do valor do salário mínimo. Se a viúva tiver filhos, cada filho receberá 10%. Mas quando o filho chegar aos 21 anos, esse valor deixa de ser pago. 22
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Aposentadoria por invalidez O valor da aposentadoria por invalidez, que hoje é integral, passa a ser proporcional ao tempo de contribuição. O trabalhador só receberá o benefício integral em duas situações: 1. caso sua invalidez seja decorrente de acidente no local de trabalho; 2. caso tenha contribuído para o INSS por 49 anos. Quem ficar incapacitado por doença grave ou incurável ou por acidente ocorrido fora do local de trabalho terá seu benefício calculado de acordo com a fórmula geral de todas as aposentadorias. A aposentadoria por invalidez não poderá ser menor que um salário mínimo. 24
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Idosos e deficientes O benefício da assistência social pago aos idosos e aos deficientes carentes será desvinculado do salário-mínimo. A idade mínima de acesso vai subir de 65 para 70 anos. 26
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Comércio local As dificuldades para conseguir aposentadoria refletirão no comércio local. Para cada um real que o município recebe do Fundo de Participação (FPM), a previdência paga três reais em benefícios previdenciários. Esse valor movimenta o comércio das cidades. Com menos aposentadorias, haverá menos recursos. 28
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Todos perdem A reforma da previdência social proposta pelo governo Temer é injusta e extremamente prejudicial a todos os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros. A PEC 287/2016 contém medidas muito ruins, que atingem principalmente os mais pobres. Entre as novas regras, estão o aumento da idade mínima de aposentadoria para 65 anos e o aumento do tempo mínimo de contribuição para 25 anos. Rurais, pescadores, índios e quilombolas A reforma prejudica especialmente os trabalhadores rurais da agricultura familiar, os chamados segurados especiais, que incluem o produtor, parceiro, meeiro e o arrendatário ru- 30
rais, além do extrativista, do pescador artesanal, indígena, quilombola, seus cônjuges e filhos maiores de 16 anos. Hoje, essa parcela da população contribui com um percentual calculado sobre a produção e pode se aposentar por idade (60 anos para homens e 55 para mulheres). Ao aumentar a idade mínima de aposentadoria, a PEC desrespeita as diferenças do trabalho rural, inclusive a idade de ingresso na atividade, a penosidade e o esforço, entre outros aspectos. 25 anos de contribuição O tempo mínimo de contribuição de 25 anos é outra exigência cruel para os segurados especiais. Eles dificilmente con- 31
seguirão atingir esse tempo de contribuição pelas características do trabalho, em que a produção sofre os efeitos da seca, inclusive com perda de safra. Contribuição mensal obrigatória Outra regra imposta pela reforma é a exigência da contribuição individualizada e mensal. Essa medida excluirá milhões de pessoas da Previdência Social. Benefício assistencial ficará mais difícil A elevação da idade de acesso aos benefícios assistenciais (BPC), de 65 para 70 anos, também resultará em graves prejuí- 32
zos para os rurais. Muitas famílias dependem desses benefícios para sobreviver. Mulheres perdem mais As perdas serão ainda mais graves para as mulheres do campo. Ao exigir a mesma idade de aposentadoria para homens e mulheres, aos 65 anos, o governo desconsidera o fato de que as mulheres ingressam na atividade laboral aos 14 anos e vivem até os 72 anos de idade. Outra parcela da população do campo que será prejudicada pela reforma da previdência são os jovens. A fixação da idade mínima de aposentadoria pode estimular os jovens a abandonarem o campo, pois não verão perspectiva de alcançarem o direito à aposentadoria. 33
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Senador José Pimentel José Pimentel foi eleito senador da República pelo estado do Ceará com 2.397.851 votos. Exerceu o cargo de Ministro da Previdência Social durante o governo do Presidente Lula (2008/2010). Foi deputado federal por quatro mandatos (1995/2011) e líder do governo Dilma Rousseff no Congresso Nacional. Na Previdência Social, o então ministro José Pimentel marcou sua gestão pela melhoria do atendimento. Implantou a nova sistemática de aposentadoria em até 30 minutos, o novo extrato previdenciário e o INSS passou a enviar carta-aviso de aposentadoria por idade. Foi iniciado o maior plano de expansão das agências da Previdência, com a construção de 720 novas unidades em cidades com mais de 20 mil habitantes. www.josepimentel.com.br Deputado Estadual Elmano Freitas Elmano de Freitas da Costa, nasceu em BATURITÉ (CE) em 12 de abril de 1970, é filho da professora aposentada Elma de Freitas e do agricultor Odilon Feitosa. É advogado formado em Direito pela Universidade Federal do Ceará. Iniciou sua atuação política na Igreja. Filiado ao PT desde 1989, o histórico de militante do candidato petista soma oito anos atuando na direção estadual do PT no Ceará e seis anos advogando em tribunais superiores em Brasília para movimentos sociais. De 2009 a 2012 esteve à frente da Secretaria Municipal de Educação e do Orçamento Participativo da gestão da prefeita Luizianne Lins (PT). Em 2012 foi candidato a prefeito de Fortaleza e obteve 576.435 votos. Em dezembro de 2013, tomou posse como Presidente do PT Fortaleza. Em outubro de 2014, foi eleito deputado estadual com mais de 44 mil votos. blogdoelmano.wordpress.com