DEPRESSÃO PÓS-PARTO EM ADOLESCENTES.

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Transcrição:

1 ARTIGO DEPRESSÃO PÓS-PARTO EM ADOLESCENTES. Juliana Rocha dos Santos Pós-Graduanda do Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica da Escola de Medicina e Saúde Pública. Samia Tahís Almeida de Souza Pós-Graduanda do Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica da Escola de Medicina e Saúde Pública. Rita de Cássia Calfa Vieira Gramacho Coordenadora do Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica da Escola de Medicina e Saúde Pública. Endereço para correspondência: julianarocha88@hotmail.com ou samia_thais@hotmail.com Resumo A depressão pós-parto (DPP) é vista como um quadro depressivo, com um alto índice de prevalência que afeta as puérperas no pós-parto, podendo apresentar com intensidade leve, moderada e até severa. Os sintomas iniciam-se aproximadamente da quarta à sexta semana de pós-parto podendo intensificar-se e trazer consequências prejudiciais à mãe e ao bebê, principalmente no fortalecimento do vínculo entre eles e no desenvolvimento do bebê. No Brasil, cerca de um quarto do total de partos é em adolescentes (10 a 19 anos), sendo a gravidez a primeira causa de internações nessa população. Diante disto, o presente estudo tem como objetivo analisar a depressão pós-parto em adolescentes, suas causas e implicações diante do universo materno, fatores de risco e o papel do enfermeiro frente a esse contexto. Trata-se de um estudo de pesquisa bibliográfica do tipo integrativa, baseado em produções científicas no período compreendido entre 2003

2 a 2014. Os resultados mostram que a atuação do enfermeiro na detecção precoce dos fatores de risco envolvidos na DPP,é um fator importante para a prevenção da mesma. INTRODUÇÃO A depressão pós-parto (DPP) é vista como um quadro depressivo, com um alto índice de prevalência que afeta as puérperas no pós-parto, podendo apresentar com intensidade leve, moderada e até severa. Os sintomas iniciam-se aproximadamente da quarta à sexta semana de pós-parto podendo intensificar-se e trazer consequências prejudiciais à mãe e ao bebê, principalmente no fortalecimento do vínculo entre eles e no desenvolvimento do bebê. (VALENÇA; GERMANO, 2010); (HIGUTI; CAPOCCI, 2003). O puerpério é o período compreendido desde a dequitação (a saída da placenta), até o retorno do organismo materno às condições pré-gravídicas. Este processo tem duração de aproximadamente 6 a 8 semanas. Normalmente, a DPP ocorre em um período de até 12 meses após o parto, possuindo as mesmas características da depressão na população em geral, como humor deprimido, perda de interesse ou prazer pelas coisas, baixa autoestima e diminuição da concentração. Além disto, esse período é marcado por alterações hormonais e mudanças no caráter social, na organização familiar e na identidade feminina. (KONRADT et al., 2010) Este tipo de depressão parece ser fruto da adaptação psicológica, social e cultural inadequada da mulher frente à maternidade. Segundo determinados estudos, as mulheres com mais eventos estressantes de vida durante a gestação e no início do puerpério possuem níveis maiores de sintomas depressivos. Além disso, as diferenças culturais relacionadas aos costumes, rituais e aos papéis dos membros da família são também creditadas por desempenhar papel determinante na redução ou acentuação da DPP. (SILVA et al, 2009 e KONRADT et al., 2010) Segundo Ruschi, Sun e Mattar (2003), Gustavo Enrico Cabral; SUN, Sue Yazaki; MATTAR, Rosiane) os trabalhos nacionais relatam a prevalência da depressão pósparto variando entre 12 e 19%. Esses dados são compatíveis com a literatura internacional, que a refere como 10 a 20%.

3 No Brasil, cerca de um quarto do total de partos é em adolescentes (10 a 19 anos), sendo a gravidez a primeira causa de internações nessa população. (LIMA et al, 2010). A DPP é considerada um problema sério de saúde pública, atingindo 2 a 5% da população em geral, com predomínio no sexo feminino, muitas vezes precedida por eventos vitais marcantes, como a gestação, o parto e o período pós-parto. No entanto, a importância dos mesmos no estabelecimento da depressão não está totalmente esclarecida, como citam HIGUTI e CAPOCCI (2005). Segundo Silva et al (2010), no Brasil, a última publicação de base populacional sobre o tema, realizada em Pelotas-RS, com 410 mulheres, divulgada em 2006, destacou uma prevalência de 19,1%. Outra publicação anterior, desenvolvida em São Paulo-SP, em 2005, identificou uma prevalência de 37,1% em uma amostra de 70 puérperas, aliado a isto, de acordo com Gomes et al (2010), o diagnóstico da DPP muitas vezes é negligenciado pela própria puérpera, pelo parceiro e pelos familiares, por alegarem cansaço e desgaste da própria puérpera, dificultando assim o seu diagnóstico. Diante disto, o presente estudo tem como objetivo analisar a depressão pós-parto em adolescentes, suas causas e implicações diante do universo materno, fatores de risco e o papel do enfermeiro frente a esse contexto. METODOLOGIA Trata-se de um estudo de pesquisa bibliográfica do tipo integrativa, baseado em produções científicas da língua portuguesa, sobre o tema, no período compreendido entre 2003 a 2014. Os trabalhos foram lidos em sua íntegra. Houve um levantamento de bibliografias publicadas em forma de livros, revistas, publicações avulsas em imprensa escrita. A finalidade deste tipo de pesquisa é colocar o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto, com o objetivo de permitir o reforço paralelo na análise de suas pesquisas ou manipulação de suas informações. (MARCONI; LAKATOS, 2003) Após a definição do tema e objetivo deste trabalho, foram determinadas, a partir de pesquisa nos Descritores em Ciências na Saúde (DECS), as seguintes palavras-chave: Depressão Pós-parto, Depressão Pós-parto em Adolescentes, Atuação do Enfermeiro.

4 As buscas foram realizadas na Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando as bases de dados LILACS e SciELO, encontrando um total de 22 publicações. Como critérios de inclusão foram utilizados: período de publicação compreendido entre 2003 e 2014, línguas portuguesa, relevância do trabalho quanto ao tema proposto, artigos disponíveis na íntegra, resultando em um total de 18 publicações selecionadas. Após a leitura, os artigos selecionados foram organizados em forma de fichamento para análise do conteúdo. Além da utilização dos trabalhos acima referidos, foram também coletados livros na área da obstetrícia e da psicologia, a fim de nortear este estudo. A partir da análise dos artigos selecionados, optou-se neste estudo pela apresentação dos resultados, dividir em categorias que abordassem os fatores de risco para a DPP, as causas e implicações diante do universo materno e a atuação da enfermagem na DPP. A discussão foi realizada de forma descritiva para análise das categorias em questão com embasamento nos autores utilizados no estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO Para a apresentação dos resultados, elaborou-se um quadro (QUADRO 1), onde constam os 15 artigos escolhidos, que responderam diretamente aos objetivos do estudo, sendo considerados o título, o ano de publicação e o objetivo, nos quais foram encontrados. TÍTULO PERÍODO OBJETIVO Prevenindo a Depressão Puerperal na Estratégia Saúde da Família: Ações do Enfermeiro no Pré-Natal. 2010 Experiência de Familiares na Vivência da Depressão Pós-Parto. Magnitude da depressão pós-parto no Brasil: uma revisão sistemática. 2011 2011 Compreender as ações do enfermeiro no prénatal da ESF na prevenção da depressão puerperal. Conhecer a vivência de familiares com experiência de DPP. Realizar uma revisão dos estudos sobre a magnitude da depressão pós-parto realizados no país. Depressão pós-parto e percepção de Verificar o impacto da percepção de baixo 2010 suporte social durante a gestação. suporte social durante a gestação como fator de risco para a depressão no período de 30 a 60 dias pós-parto. 2010 Identificar os fatores de risco que podem Identificação dos Fatores de Risco contribuir para a Depressão Pós-parto (DPP),

5 para a Depressão Pós-Parto: Importância do Diagnóstico Precoce. Depressão pós-parto em puérperas: conhecendo interações entre mãe, filho e família. Relação entre depressão pós-parto e Disponibilidade emocional materna Depressão pós-parto: prevenção e consequências. Depressão pós-parto: sabemos os riscos, mas podemos preveni-la? Depressão pós-parto: fatores de risco e repercussões no desenvolvimento infantil. O Mito da Mãe Exclusiva e seu Impacto na Depressão Pós-Parto. Aspectos epidemiológicos da depressão pósparto em amostra brasileira Rastreamento da depressão pósparto em mulheres atendidas pelo Programa de Saúde da Família bem como identificar os sintomas que podem caracterizá-la no período puerperal imediato. 2009 Conhecer a interação de puérperas, que apresentam depressão pós-parto, com seus filhos e compreender a percepção de familiares sobre a doença e cuidados maternos prestados por essas puérperas. 2010 Avaliar a prevalência de sintomas depressivos entre o segundo e quarto mês após o parto; a depressão pós-parto foi avaliada a partir de nove semanas após o nascimento do bebê até quatro meses; investigar a qualidade da interação mãe-bebê na presença de depressão materna em comparação com ausência de depressão, utilizando filmagens na sala de parto e em laboratório; investigar as relações entre a qualidade da interação mãe-bebê e os dados referentes ao estilo de relacionamento da mãe e ao apoio social; investigar as relações entre depressão pósparto e apoio social percebido pela mãe e entre depressão pós-parto e estilo de relacionamento da mãe. 2003 Este trabalho enfoca a depressão pós-parto, em que apresenta distúrbio de humor de grau moderado a severo, de caráter multifatorial, clinicamente identificado como um episódio depressivo, com início dentro de seis semanas após o parto. 2005 Revisar a literatura atual sobre a etiologia e os fatores de risco de DPP, e as estratégias psicossociais e farmacológicas que têm sido tentadas em um esforço para prevenir o início do transtorno em mulheres em risco. 2005 Apresentar uma revisão bibliográfica acerca da depressão pós-parto. São abordados aspectos conceituais, epidemiológicos, fatores de risco associados a sua ocorrência e lgumas repercussões da depressão pós-parto na relação materno-infantil e no desenvolvimento da criança. 2006 Promover reflexões acerca da depressão pósparto, enfatizando os fatores psicossociais envolvidos. 2007 Avaliar prevalência de depressão pós-parto em mulheres atendidas em unidades básicas de saúde. 2005 Estimar a prevalência de depressão puerperal (DP) sua associação com transtorno mental comum (TMC) nas mulheres atendidas por duas unidades do Programa de Saúde da Família (PSF) da cidade de São Paulo e identificar os fatores de risco

6 associados à DP. O Impacto da Depressão Pós-Parto para a interação mãe-bebê. Fonte: Elaborada pelas próprias autoras (2016). Após a sequência apresentada no quadro, foram acrescentadas as considerações finais, possibilitando assim uma ampla e melhor confecção dos resultados. Diante do rastreamento do estudo e identificando o objeto deste, foi verificada nos artigos selecionados a depressão pós-parto (DPP), a qual será apresentada e discutida conforme os temas a seguir. FATORES DE RISCO PARA A DEPRESSÃO PÓS-PARTO (DPP) EM ADOLESCENTES 2003 Contribuir para o estudo da interação mãe-bebê, examinando as investigações que ressaltam o papel da depressão pós-parto no desenvolvimento inicial da criança. Depressão pós-parto. 2003 Descrever o conceito, a etiologia, fatores de risco, sintomatologia, diagnóstico e tratamento da depressão pós-parto. Fatores de Risco Associados à Depressão Pós-Parto. Gravidez na Adolescência: Prevalência de Depressão, Ansiedade e Edeação Suicida. Complicações obstétricas, eventos estressantes, violência e depressão durante a gravidez em adolescentes atendidas em unidade básica de saúde. 2005 Verificar os fatores associados a depressão pós - parto. 2003 Determinar a prevalência de depressão, ansiedade e ideação suicida em adolescentes grávidas, nos três trimestres da gestação; e de verificar possíveis associações entre ideação suicida e depressão, ansiedade, história de abuso sexual, de agressão física, de tentativa de suicídio anterior, intenção de engravidar, período gestacional, situação conjugal e apoio social. 2009 Estimar a prevalência da depressão em adolescentes grávidas e identificar os principais fatores de risco. De acordo com os pressupostos de Gomes et al (2010), a DPP é um transtorno mental de alta prevalência que provoca alterações emocionais, cognitivas, comportamentais e físicas, e inicia-se de maneira insidiosa, levando até semanas após o parto. Segundo Born et al (2005), os fatores de risco estão envolvidos com as alterações no período de DPP, dentre os quais encontram-se: idade inferior a 16 anos; história de transtorno psiquiátrico prévio; eventos estressantes experimentados nos últimos 12 meses; conflitos conjugais; estado civil de solteira ou divorciada; desemprego (puérpera

7 ou seu cônjuge); baixa escolaridade ou evasão escolar e desemprego. A estes, Lima et al (2009) acrescenta a espera de um bebê do sexo oposto ao desejado; a dependência de álcool, tabaco e outras drogas; e história de violência. Os autores salientam ainda que a própria gravidez na adolescência já está associada a significativos riscos médicos e psicossociais. Contribuindo com o tema, Marques e Mendes (2005) ressaltam que antecedentes familiares de depressão, antecedentes pessoais ou até mesmo um episódio de depressão puerperal (exemplo: uma multípara) são fatores de análise para o risco da depressão pós-parto; outros aspectos tais como: personalidade pré-mórbida, qualidade da saúde materna, complicações gravídicas, parto de risco ou complicado e o puerpério com algum comprometimento clínico são episódios que devem ser investigados no controle e prevenção do transtorno depressivo puerperal. Ainda sobre fatores de risco, Valença e Germano (2010) discorrem em seus estudos sobre a falta de suporte social para materna ao longo do primeiro ano do bebê. Acreditam ainda que também devem ser considerados como fatores relacionados ao surgimento da DPP os históricos pessoal e familiares de transtornos de humor, e o ajustamento psicológico da mulher antes e durante a gravidez. Neste sentido, o papel da família exerce grande relevância uma vez que a falta de apoio familiar influencia fortemente na etiologia e manejo da DPP. Também tem grande influência o desconhecimento dos familiares sobre o problema da DPP. Muitas vezes os parentes associam os sinais e sintomas da DPP ao estresse fisiológico e à dificuldade de adaptação inerente ao puerpério. Concomitante ao contexto familiar há autores que ponderam, especificamente, sobre a qualidade do relacionamento conjugal da nova mãe. De acordo com os mesmos, essa relação exerce papel significativo na transmissão intergeracional da depressão nestas famílias. (BORN et al., 2005; SILVA et al., 2010) Apesar de pouco estudada, a ansiedade também constitui-se fator de risco com prevalência e importância em potencial uma vez que a mesma configura-se, de acordo com Marques e Mendes (2005), como um estado emocional que tem componentes fisiológicos e psicológicos, que abrangem sensações de medo, insegurança e antecipação apreensiva, pensamento dominado por idéias de catástrofe ou

8 incompetência pessoal, aumento do estado de vigília, tensão e dor muscular, sensação de constrição respiratória, tremor e inquietação e vários desconfortos somáticos consequentes da hiperatividade do sistema nervoso autônomo. CAUSAS E IMPLICAÇÕES DIANTE DO UNIVERSO MATERNO Podendo ser considerada uma patologia derivada da combinação de fatores biopsicossociais, dificilmente controláveis, que atuam de forma implacável no seu surgimento, de acordo com Gomes et al (2005), a DPP é um transtorno mental de alta prevalência, que provoca alterações emocionais, cognitivas, comportamentais e físicas. Inicia-se de maneira insidiosa, levando até semanas após o parto. O conflito conjugal pode predispor a mãe à depressão, por ser o relacionamento mais importante para a progenitora no puerpério. Mulheres que vivenciaram muito estresse na gestação e no parto, e as que não podem contar com apoio do cônjuge, têm grandes chances de desenvolver a DPP. (BORN et al, 2005) Em seus estudos, Silva et al (2010), refletem que as alterações emocionais mais mencionadas pelas mães foram o nervosismo, a tristeza e choro fácil. Essas alterações são o reflexo da cobrança consigo mesmas, com a finalidade de transmitir, para os familiares e amigos, tranquilidade e paciência no período puerperal. Os autores compreendem que de um modo geral, o choro pode aparecer como uma lamentação pelas várias perdas que a maternidade aparentemente traz. Perda de espaço para seus sonhos; perda da liberdade de ir e vir como antes; perda de tempo para si; para seu parceiro e para os amigos; perda do controle sobre a própria vida. Isto põe em xeque o sentimento de plenitude e de ganho vivido durante a gravidez. Os estudos retratam a insegurança das puérperas. Elas sentiam-se frustradas e sofriam com a sensação de fracasso porque se consideravam incompetentes para exercerem a maternidade. Embora o nascimento de um filho seja um momento único de realização e alegria para as mães, especialmente, para as primíparas, houve uma sensação de insegurança a respeito dos cuidados com o recém-nascido. Ser mãe para elas está atrelado a necessidade de apresentar atitudes de saber cuidar do bebê, o que lhes traz preocupação. (GOMES et al, 2010; BORN et al, 2005)

9 Neste contexto, este novo status adquirido pela mulher mediante a maternidade, requer dela uma redefinição de papéis e a necessidade de adaptações e mudanças pessoais. Consequentemente pode haver grande impacto na vida delas, sobretudo, nas primíparas (AZEVEDO; ARRAIS, 2006), motivo pelo qual, de acordo com Silva et al (2010), fazse necessário compreender o exercício da maternidade, como um processo longo, social e culturalmente construído no dia a dia, por meio de ensinamentos, de vivências e ajuda. O PAPEL DO ENFERMEIRO FRENTE À ESSE CONTEXTO Essa dificuldade em identificar possíveis sintomas pode estar relacionada à etiologia da DPP que parece ser multideterminada, podendo ter influências genéticas, de estressores psicológicos, do contexto cultural e de mudanças fisiológicas no seu desenvolvimento e severidade. Alguns autores têm sugerido que os sintomas da depressão materna podem surgir em algum outro momento do primeiro ano de vida do bebê, e não necessariamente nas primeiras semanas após o seu nascimento, embora ainda fortemente associados à maternidade (MOREIRA et al, 2003). Azevedo e Arrais (2006) defendem em seus escritos que embora os enfermeiros reconheçam sua importância e função de cuidar dessas clientes na atenção primária, reiteram ter pouco conhecimento e experiência com o problema. Frente a esta limitação, delegam para outros profissionais todas as ações terapêuticas na reabilitação dessas mulheres. Desta forma, o enfermeiro deve munir-se de conhecimento sobre a DPP, em especial nas adolescentes, por constituir o serviço de saúde onde se encontra inserido uma porta de entrada para o acolhimento e direcionamento adequado das puérperas no que se tange à prevenção deste transtorno mental. Nesta situação, o cuidado de enfermagem integral deve começar no pré-natal com a avaliação da autoestima, da rede de suporte social e da satisfação das futuras mães. Além disso, o enfermeiro deve possuir habilidades, como perspicácia, observação e empatia ao direcionar seu cuidado na superação das dificuldades inerentes à DPP. (VALENÇA; GERMANO, 2010) Exercendo ainda um trabalho em conjunto, existe também o profissional de enfermagem psiquiatra. Este é um profissional capacitado para realizar ações de promoção de saúde mental e ações terapêuticas junto a essa clientela, além de contribuir para a capacitação

10 de outros profissionais da área da saúde. (OTTA et al, 2010). Nessa fase vital da mulher, Silva et al (2010) reitera que a ocorrência de depressão alerta, também para o significado da intervenção dos profissionais de saúde, não só no âmbito da saúde da gestante, mas, em geral, no da saúde da mulher, sobretudo dentro de programas voltados à função reprodutiva aliados às ações de saúde mental. CONSIDERAÇÕES FINAIS Considerado o bem maior que o ser humano pode ter, a saúde é fator primordial e precisa ser estudada e avaliada sob todos os aspectos que a envolve. Os cuidados com uma vida já determinam um grau exorbitante de relevância, o que dizer então de quando se trata de duas ou mais vidas em conjunto? Percebe-se, então que no centro de todas as questões sobre DPP destaca-se não só a figura da mãe como também a da criança que depende do bom estado físico e psicológico materno para se desenvolver em um ambiente saudável. O aumento de casos de DPP e a atual demanda por soluções requerem urgência na tomada de decisões. A detecção precoce dos fatores de risco envolvidos na DPP, realizada mediante o acompanhamento das gestantes, é um fator importante para a prevenção da mesma. Inerentes à detecção, estão outros processos de intervenção a exemplo de diagnóstico preciso, envolvimento do âmbito familiar e auxílio psicológico. E, acompanhando todo este processo, urge a necessidade do profissional de enfermagem, especializado, não só no caráter profissionalmente dito, como também no caráter humano, garantindo, assim, uma melhor interação do binômio e contribuindo significativamente para a humanização da assistência prestada. REFERÊNCIAS 1. AZEVEDO, Kátia Rosa; ARRAIS, Alessandra da Rocha. O Mito da Mãe Exclusiva e seu Impacto na Depressão Pós-Parto. 2006. 19 v. TCC (Graduação) - Curso de Psicologia, Universidade Católica de Brasília, Brasília- Df, 2006. 2. BORN at al. Depressão pós-parto: sabemos os riscos, mas podemos preveni-la?. 2005. 2 v. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciências Médicas, Brock University, Ontário- Ca, 2005. 3- CRUZ, Eliane Bezerra da Silva; SIMÕES, Gláucia Lucena; FAISAL-CURY, Alexandre. Rastreamento da depressão pós-parto em mulheres atendidas pelo Programa de Saúde da Família. 2004. 4 v. Monografia (Especialização) - Curso de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo- Sp, 2005.

11 4. FREITAS, Gisleine Vaz Scavacini de; BOTEGA, Neury JosÉ. GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO, ANSIEDADE E IDEAÇÃO SUICIDA. 2003. 3 v. Dissertação (Mestrado) - Curso de Medicina, Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas- Sp, 2003 5. GOMES, et al. IDENTIFICAÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA DEPRESSÃO PÓS-PARTO: IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE. 2010. 11 v. Curso de Enfermagem, Universidade Federal do Ceará (ufc), Fortaleza-ce, 2010 6. HIGUTI, Priscilla de Cássia Lopes; CAPOCCI, Pollyana Oliveira. Depressão Pósparto. 2003. 4 v. Tese (Doutorado) - Curso de Enfermagem, Unisa, São Paulo, 2003. 7. KONRADT et al. Depressão pós-parto e percepção de suporte social durante a gestação. 2010. 3 v. Tese (Doutorado) - Curso de Enfermagem, Ucpel, Pelotas-rs, 2010. 8. LOBATO, Gustavo; MORAES, Claudia L.; REICHENHEIM, Michael. Magnitude da depressão pós-parto no Brasil: Uma revisão sistemática. 2011. 4 v. Dissertação (Mestrado) - Curso de Enfermagem, Instituto Fernandes Figueira- Fundação Oswaldo Cruz, Recife- Pe, 2011 9. LIMA et al., Aspectos epidemiológicos da depressão pós-parto em amostra brasileira. 2007. 3 v. Tese (Doutorado) - Curso de Medicina, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória- Es, 2007. 10- LIMA et al. Complicações obstétricas, eventos estressantes, violência e depressão durante a gravidez em adolescentes atendidas em unidade básica de saúde. 2009. 5 v. Tese (Doutorado) - Curso de Emfermagem, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro- Rj, 2009. 11. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos da Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo- Sp: Atlas, 2003. 12. MOREIRA et al. Depressão pós-parto: prevenção e conseqüências. 2003. 3 v. TCC (Graduação) - Curso de Enfermagem, Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda- Rj, 2003. 13. MARQUES, Daniela Carvalho; MENDES, Daniella. FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À DEPRESSÃO PÓS-PARTO.2005. 10 v. Monografia (Especialização) - Curso de Psicologia, Universidade São Francisco, Bragança Paulista- Sp, 2005 14. MATÃO, Maria Eliane Liégio; MIRANDA, Denismar Borges de; CAMPOS, Pedro Humberto Faria. EXPERIÊNCIA DE FAMILIARES NA VIVÊNCIA DA DEPRESSÃO PÓS-PARTO. 2011. 3 v. Monografia (Especialização) - Curso de Enfermagem, Universidade Federal de São João del Rei, São João del Rei- Mg, 2011.

12 15. OTTA et al. Relação entre depressão pós-parto e disponibilidade emocional materna. 2010. 4 v. Dissertação (Mestrado) - Curso de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo- Sp, 2010. 16. SCHWENGBER, Daniela Delias de Sousa; PICCININI, Cesar Augusto. O impacto da depressão pós-parto para a interação mãe-bebê. 2003. 3 v. Monografia (Especialização) - Curso de Psicologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre- Rs, 2003. 17. SILVA et al. Depressão pós-parto em puérperas: conhecendo interações entre mãe, filho e família. 2009. 3 v. Curso de Enfermagem, Universidade Federal do Ceará (ufce), Fortaleza-ce, 2010. 18. SCHMIDT, Eluisa Bordin; PICCOLOTO, Neri Maurício; MÜLLER, Marisa Campio. Depressão pós-parto: fatores de risco e repercussões no desenvolvimento infantil. 2005. 10 v. Dissertação (Mestrado) - Curso de Psicologia, Universidade São Francisco, Bragança Paulista- Sp, 2005. 19. VALENÇA, Cecília Nogueira; GERMANO, Raimunda Medeiros. PREVENINDO A DEPRESSÃO PUERPERAL NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: AÇÕES DO ENFERMEIRO NO PRÉ-NATAL. 2010. 11 v. Tese (Doutorado) - Curso de Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (ufrn), Fortaleza, 2010.