RAMO PERDAS PECUNIÁRIAS DIVERSAS SEGURO DE PERDA DE LUCROS CONDIÇÕES GERAIS SEGURO DE PERDA DE LUCROS CONDIÇÕES GERAIS * * *



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Transcrição:

RAMO PERDAS PECUNIÁRIAS DIVERSAS SEGURO DE PERDA DE LUCROS CONDIÇÕES GERAIS * * * ARTIGO PRELIMINAR Entre a Lusitania, Companhia de Seguros, SA, adiante designada por Seguradora, e o Tomador de Seguro mencionado nas Condições Particulares, estabelece-se um contrato de seguro que se regula pelas Condições Gerais, Especiais e Particulares desta Apólice, de harmonia com as declarações constantes da proposta que lhe serviu de base e da qual faz parte integrante. Artigo 1.º Definições Para efeitos do presente contrato define-se por: SEGURADORA - A entidade legalmente autorizada a exercer a actividade seguradora, que subscreve o presente contrato. TOMADOR DO SEGURO - A pessoa singular ou colectiva que celebra o presente contrato de seguro com a Seguradora, sendo responsável pelo pagamento dos prémios. SEGURADO - A pessoa singular ou colectiva no interesse da qual o presente contrato é celebrado e que se encontra identificada nas Condições Particulares. EMPRESA - Unidade económica segura, no que respeita exclusivamente à actividade ou actividades designadas nas Condições Particulares. SINISTRO - Qualquer evento que afecte o objecto do contrato, no âmbito das garantias do mesmo. FRANQUIA - Importância que, em caso de sinistro, fica a cargo do Segurado e cujo montante ou forma de cálculo se encontram estipulados nas Condições Particulares. EXERCÍCIO ECONÓMICO - Período de doze meses consecutivos que precede a data oficial de encerramento das contas anuais de exploração da Empresa. PERÍODO DE INDEMNIZAÇÃO - O período, com início na data do sinistro, que provoca a interrupção ou redução da actividade segura e cujo limite máximo se convenciona nas Condições Particulares, durante o qual os resultados da Empresa são afectados pelo sinistro. O Período de Indemnização não será interrompido pela caducidade, suspensão ou resolução do contrato que ocorra posteriormente ao sinistro. VOLUME DE NEGÓCIOS - Montante total recebido ou a receber pelo Segurado, deduzido de descontos ou devoluções, incluindo os trabalhos para a própria Empresa, em contrapartida das operações efectuadas no âmbito da actividade normal segura. VOLUME ANUAL DE NEGÓCIOS - Volume de Negócios realizado durante o período dos doze meses imediatamente anteriores à data do sinistro. Em caso de sinistro ocorrido antes de expirado o primeiro ano de actividade da Empresa Segura, é o volume de negócios realizado entre a data do início da actividade e a data da ocorrência do sinistro, aumentado proporcionalmente para doze meses. VOLUME DE NEGÓCIOS DE REFERÊNCIA - Volume de Negócios realizado durante o período compreendido dentro dos doze meses imediatamente anteriores à data do sinistro e que corresponda, dia a dia, ao Período de Indemnização. Nos casos em que o Período de Indemnização contratado seja superior a doze meses, os meses suplementares serão sempre comparados aos meses correspondentes ao Volume de Negócios de Referência. SEGURO DE PERDA DE LUCROS CONDIÇÕES GERAIS 1

Seguro de Perda de Lucros Condições Gerais 2 ENCARGOS PERMANENTES - Custos fixos que não variam em função directa do Volume de Negócios da Empresa e que, consequentemente, a Empresa terá que continuar a suportar depois de um sinistro que provoque a interrupção ou redução da actividade da mesma. ENCARGOS PERMANENTES SEGUROS - Os custos fixos mencionados nas Condições Particulares. CUSTOS ADICIONAIS DE EXPLORAÇÃO - Custos de natureza extraordinária, necessários, e suportados pela Empresa, com o acordo prévio da Seguradora, com o único fim de evitar ou limitar, durante o Período de Indemnização, a redução do Volume de Negócios imputável ao sinistro e sem os quais essa redução seria inevitável. LUCRO BRUTO - Um dos seguintes conceitos, conforme a base convencionada e mencionada nas Condições Particulares: 1. A soma dos Encargos Permanentes e do Lucro Líquido, quando este seja seguro ou, se não houver Lucro Líquido, o valor dos Encargos Permanentes seguros deduzido da parte proporcional de qualquer prejuízo líquido igual à relação entre os Encargos Permanentes seguros e o valor total dos Encargos Permanentes da Empresa, ou: 2. A diferença entre: o valor do Volume de Negócios, acrescido do valor dos trabalhos para a própria Empresa e o das existências finais do exercício, e a soma das existências iniciais, dos custos das compras e outros custos variáveis de exploração. O valor das existências iniciais e finais bem como o dos trabalhos para a própria Empresa serão calculados de acordo com os métodos usualmente utilizados pela Empresa tendo em consideração a depreciação que possa existir, nos termos do Plano Oficial de Contabilidade (POC). Em caso de sinistro ocorrido antes de expirado o primeiro ano de actividade da Empresa Segura, é o montante do Lucro Bruto apurado entre a data do início da actividade e a data da ocorrência do sinistro, aumentado proporcionalmente para doze meses. LUCRO BRUTO SEGURO - O Lucro Bruto mencionado nas Condições Particulares, apurado segundo um dos conceitos acima definidos para o Lucro Bruto. LUCRO LÍQUIDO OU PREJUÍZO LÍQUIDO - Diferença entre o Volume de Negócios e os custos totais de exploração da actividade da Empresa nos locais mencionados nas Condições Particulares. Estes custos compreendem todos os Encargos Permanentes, amortizações e reintegrações imputáveis ao período considerado, antes de feita a dedução dos impostos que afectam os lucros no mesmo período. São excluídos todos os lucros e perdas resultantes de operações financeiras ou de capitais e todas as operações registadas na rubrica Resultados Extraordinários do Exercício. PERCENTAGEM DO LUCRO BRUTO - Relação percentual entre o Lucro Bruto seguro e o Volume de Negócios verificado durante o exercício económico imediatamente anterior à data do sinistro. Em caso de sinistro ocorrido antes de expirado o primeiro ano de actividade da Empresa Segura, é a relação percentual entre o Lucro Bruto Anual e o Volume de Negócios de Referência, conforme acima definidos. APÓLICE(S) DE DANOS MATERIAIS DIRECTOS - Apólice ou apólices que garantem os danos materiais directos dos bens móveis ou imóveis da Empresa, devidamente identificadas nas Condições Particulares, e cuja existência é condição de validade do presente contrato. Caso a especificidade e/ou característica da actividade e/ou o seu exercício tornem necessárias ao esclarecimento ou funcionamento do contrato outras definições, para além das supra referidas, estas deverão constar das Condições Particulares. Artigo 2.º Objecto do Contrato 1. O presente contrato garante a indemnização dos prejuízos sofridos durante o Período de Indemnização

constante das Condições Particulares resultantes da interrupção ou redução da actividade segura exercida pela Empresa, no local ou locais mencionados nas referidas Condições Particulares, em consequência de sinistro de danos materiais ocorrido em quaisquer bens móveis ou imóveis devido a qualquer dos riscos previstos no Art.º 3.º. 2. De acordo com o convencionado e mencionado nas Condições Particulares, os prejuízos poderão abranger: 2.1 Lucro Bruto; ou 2.2 Encargos Permanentes, no seu todo ou em parte; ou 2.3 Lucro Líquido. 3. O presente contrato garante igualmente, os Custos Adicionais de Exploração. Artigo 3.º Garantias do Contrato 1. As garantias do presente contrato ficam circunscritas aos riscos que se encontrem garantidos na apólice de Danos Materiais Directos, identificada nas Condições Particulares, dos bens em risco no local ou locais mencionados nas Condições Particulares, salvo menção expressa nas referidas Condições Particulares que restrinja os riscos directos cobertos. 2. As garantias respeitantes à interrupção ou redução da actividade da Empresa em consequência de sinistro, não serão prejudicadas pelo facto de ao abrigo da apólice de Danos Materiais Directos não se ter verificado qualquer indemnização ou responsabilidade relativa ao dano havido, se tal indemnização ou responsabilidade não tiverem lugar unicamente devido à existência nesse seguro de uma cláusula que exclua as responsabilidades por danos inferiores a um montante especificado. Artigo 4.º Exclusões 1. Para além das exclusões estabelecidas na apólice de Danos Materiais Directos referidas no Art.º 3.º - Garantias do Contrato - e identificada nas Condições Particulares, ficam ainda excluídos do âmbito do presente contrato: 1.1 os danos materiais de qualquer espécie; 1.2 as perdas consequentes da destruição ou desaparecimento de dinheiro, em moedas ou notas, de títulos de crédito ou outros bens de idêntica natureza; 1.3 o extravio, furto ou roubo de objectos, quando praticado durante ou na sequência de qualquer sinistro coberto por este contrato; 1.4 prejuízos causados por quaisquer dos riscos cobertos durante a paralisação voluntária ou forçada da actividade da Empresa, cessação do negócio ou liquidação judicial, com excepção da paralisação normal do trabalho aos domingos e feriados, durante o descanso nocturno e durante o período de encerramento para férias do pessoal em conjunto; 1.5 prejuízos causados em consequência de demoras imputáveis ao Segurado na reparação ou reposição dos bens danificados ou destruídos em relação ao prazo necessário e razoável para levar a cabo a dita reparação ou reposição em condições normais de operacionalidade; 1.6 os prejuízos causados em consequência de depreciação ou deterioração de produtos, mercadorias e matérias primas, perdas de mercado, demora ou atraso nos serviços, incluindo a impossibilidade de levar a cabo operações comerciais e suboperacionalidade laboral deliberada; 1.7 as multas, coimas, penalidades ou outras sanções de qualquer natureza, impostas ao Segurado em virtude do incumprimento ou cumprimento defeituoso de disposições legais; 1.8 os prejuízos, incluindo sanções e/ou penalidades de qualquer natureza, causados ao segurado em consequência do incumprimento ou cumprimento defeituoso de disposições contratuais; 1.9 os prejuízos causados ou cujas consequências sejam agravadas por: 1.9.1 guerra, declarada ou não, invasão, acto de inimigo estrangeiro, hostilidades ou operações bélicas, guerra civil, insurreição, rebelião ou revolução; 3

Seguro de Perda de Lucros Condições Gerais 4 1.9.2 levantamento militar ou acto do poder militar legítimo ou usurpado; 1.9.3 confiscação, requisição, destruição ou danos produzidos nos bens seguros, por ordem do governo, de direito ou de facto, ou de qualquer autoridade instituída, salvo quando praticadas com o fim de salvamento, se o forem em razão de qualquer risco coberto pela apólice de Danos Materiais Directos; 1.9.4 explosão, libertação do calor e irradiações provenientes de cisão de átomos ou radioactivas e ainda os decorrentes de radiações provocadas pela aceleração artificial de partículas; 1.9.5 actos ou omissões dolosas do Tomador do Seguro, do Segurado ou de pessoas pelas quais eles sejam civilmente responsáveis, ou ainda quando praticadas com as suas cumplicidades; 1.9.6 o Segurado não poder mandar executar as reparações ou substituições dos bens danificados, por insuficiência da apólice de Danos Materiais Directos e/ou por insuficiência de meios próprios para o efeito, à data em que essas reparações ou substituições seriam possíveis. 2. Salvo convenção em contrário, constante das Condições Particulares, ficam ainda excluídos os prejuízos que decorram das perdas ou danos verificados em modelos, desenhos, arquivos e matrizes, bem como em programas, ficheiros e outros suportes de informação de instalações de processamento electrónico de dados. 3. Em qualquer dos casos fica estabelecido que as responsabilidades da Seguradora pelos eventos previstos no presente contrato estão sempre condicionadas às limitações e restrições impostas pela apólice de Danos Materiais Directos que garanta, contra os mesmos eventos, as perdas que sofram os bens seguros pela mesma. Artigo 5.º Base do Contrato O presente contrato baseia-se nas declarações constantes da respectiva proposta, na qual devem mencionar-se, com inteira veracidade, todos os factos ou circunstâncias que permitam a exacta apreciação do risco ou possam influir na aceitação do seguro ou na correcta determinação das suas condições. Artigo 6.º Início do Contratoo 1. O presente contrato considera-se celebrado pelo período de tempo estabelecido nas Condições Particulares da Apólice e, desde que o prémio ou fracção inicial seja pago, produz os seus efeitos a partir das zero horas do dia imediato ao da aceitação da proposta pela Seguradora, salvo se, por acordo das partes, for aceite outra data para a produção de efeitos, a qual não pode, todavia, ser anterior à da recepção daquela proposta pela Seguradora. 2. A proposta considera-se aprovada no décimo quinto dia a contar da data da sua recepção na Seguradora, a menos que entretanto o candidato a Tomador de Seguro seja notificado da recusa ou da sua antecipada aprovação, ou da necessidade de recolher esclarecimentos essenciais à avaliação do risco. Artigo 7.º Duração do Contrato 1. O contrato pode ser celebrado por um período certo e determinado (seguro temporário) ou por um ano a continuar pelos anos seguintes. 2. Quando o contrato for celebrado por um período de tempo determinado os seus efeitos cessam às 24 horas do último dia. 3. Quando o contrato for celebrado por um ano a continuar pelos seguintes, considera-se sucessivamente renovado por períodos anuais, excepto se qualquer das partes o denunciar por correio registado, ou por outro meio do qual fique registo escrito, com a antecedência mínima de 30 dias em relação ao termo da anuidade ou se o Tomador não proceder ao pagamento do prémio nos termos do n.º 1 do Art.º 8.º.

Artigo 8.º Redução e Resolução do Contrato 1. O não pagamento pelo Tomador de Seguro do prémio relativo a uma anuidade subsequente ou de uma sua fracção, determina a não renovação ou a resolução automática e imediata do contrato, na data em que o pagamento seja devido. 2. O Tomador de Seguro pode, a todo o tempo, reduzir ou resolver o presente contrato, mediante correio registado, ou por outro meio do qual fique registo escrito, com a antecedência mínima de 30 dias em relação à data em que a redução ou resolução produz efeitos. 3. A Seguradora pode resolver o contrato após a ocorrência de sinistro mediante correio registado, ou por outro meio do qual fique registo escrito, com a antecedência mínima de 30 dias em relação à data em que a resolução produz efeitos. 4. O prémio a devolver em caso de redução ou resolução do contrato é calculado pro rata temporis. 5. A redução ou resolução do contrato produz os seus efeitos às 24 horas do próprio dia em que ocorra. 6. Sempre que o Tomador de Seguro não coincida com o Segurado, este deve ser avisado, com 30 dias de antecedência, da resolução do contrato ou, no caso previsto no n.º 1, não tendo havido aviso à Seguradora, até 20 dias após a não renovação ou a resolução automática aí previstas. Artigo 9.º Nulidade do Contrato 1. Este contrato considera-se nulo e, consequentemente, não produzirá quaisquer efeitos em caso de sinistro, se da parte do Tomador do Seguro ou do Segurado tiver havido no momento da sua celebração, declarações inexactas assim como reticências de factos ou circunstâncias deles conhecidas, e que teriam podido influir sobre a celebração, existência ou condições do contrato. 2. Se as referidas declarações ou reticências tiverem sido feitas de má fé, a Seguradora terá direito ao prémio, sem prejuízo da nulidade do contrato nos termos do número anterior Artigo 10.º Cessação de Efeitos O presente contrato deixará de produzir efeitos: 1. em caso de nulidade ou resolução da Apólice de Danos Materiais Directos, na data em que essa nulidade ou resolução se verificar. 2. no caso da Empresa entrar em liquidação ou passar a ser gerida por um liquidatário ou gestor judicial, ser entregue aos credores, cessar ou suspender a actividade, na data em que se verificar qualquer um destes factos. Artigo 11.º Alteração ou Transmissão de Direitos 1. No caso de alienação ou transmissão de propriedade dos bens ou de interesses do Segurado afectos à actividade cujas perdas consequenciais são garantidas pelo presente contrato, é indispensável, para que a Seguradora fique obrigada para com o novo proprietário ou interessado, que essa transferência lhe seja previamente comunicada pelo Tomador do Seguro ou Segurado e que a Seguradora manifeste expressamente o seu acordo à manutenção do contrato. 2. Se a transmissão se verificar por falecimento do Segurado, a responsabilidade da Seguradora subsistirá para com os herdeiros, aos quais se aplicarão os direitos e obrigações constantes neste contrato. 3. No caso de falência ou insolvência da Empresa, a responsabilidade da Seguradora subsistirá para com a massa falida, nas mesmas condições, pelo prazo de sessenta dias; decorrido este prazo o contrato cessará os seus efeitos, salvo convenção em contrário entre as partes. Artigo 12.º Agravamento do Risco 1. O Tomador do Seguro e/ou o Segurado são obrigados a comunicar à Seguradora, no prazo de 8 dias, 5

Seguro de Perda de Lucros Condições Gerais 6 todas as alterações de circunstância susceptíveis de agravarem o risco. 2. No caso de falta de comunicação, nos termos do número anterior, ou da inexactidão das declarações prestadas pelo Tomador do Seguro e/ou o Segurado, o contrato produzirá efeitos mas, em caso de sinistro, a indemnização final reduzir-se-á proporcionalmente à diferença entre o prémio cobrado pela Seguradora e aquele que cobraria para o risco agravado. 3. Se, no caso previsto no número anterior, se provar má fé do Tomador do Seguro e/ou Segurado ou se as declarações inexactas pudessem ter influído na manutenção do contrato, este considerar-se-á automaticamente resolvido, com efeito, respectivamente, à data em que a comunicação deveria ter sido feita à Seguradora ou àquela em que as falsas declarações foram prestadas. 4. Salvo convenção expressa em contrário e sem prejuízo do estabelecido no número anterior, o contrato produz todos os seus efeitos para o risco agravado, entre a data do seu agravamento, desde que comunicado nos termos do n.º 1 acima, e a data da resolução do contrato por qualquer das partes, sendo devido o prémio correspondente ao seu agravamento. 5. A Seguradora dispõe de 15 dias a contar da data da comunicação do agravamento do risco para o aceitar ou recusar. 6. Aceitando-o, a Seguradora comunicará ao Tomador do Seguro as novas condições dentro do prazo referido no número anterior, fazendo-as constar de acta adicional ao contrato. 7. Recusando-o, a Seguradora dará, ainda no mesmo prazo referido no n.º 5, conhecimento ao Tomador do Seguro da resolução do contrato. 8. No caso previsto no n.º 6, o Tomador do Seguro dispõe de igual prazo de 15 dias a partir da comunicação para, não aceitando as novas condições, resolver o contrato. 9. As alterações considerar-se-ão tacitamente aceites no caso de alguma das partes não se pronunciar em contrário dentro dos prazos previstos neste artigo. Artigo 13.º Capital Seguro 1. A determinação do capital seguro é sempre da responsabilidade do Tomador do Seguro, que, tanto à data da celebração deste contrato, como a cada momento da sua vigência, deverá atender aos critérios de tal apuramento, definidos no Artigo 1.º do presente contrato, conforme a opção escolhida entre as previstas no Artigo 2.º. 2. A designação das rubricas seguras e as respectivas quantias indicadas no contrato não implicam reconhecimento, por parte da Seguradora, da sua existência ou do valor que lhes é atribuído. 3. A responsabilidade da Seguradora é sempre limitada à importância máxima fixada nas Condições Particulares. Artigo 14.º Insuficiência ou Excesso de Capital 1. Salvo convenção em contrário expressa nas Condições Particulares, se o capital seguro pelo presente contrato for, na data do sinistro, inferior ao calculado como previsto no n.º 1 do Art.º 13.º, o Segurado responderá pela parte proporcional dos prejuízos como se fosse segurador do excedente. Sendo, pelo contrário, tal quantia superior, o seguro só é válido até à concorrência dos capitais definidos pelos critérios estabelecidos no referido Artigo. 2. Segurando-se os vários componentes do Lucro Bruto por quantias e verbas designadas separadamente, estes preceitos serão aplicáveis a cada uma delas, como se fossem seguros distintos. Artigo 15.º Coexistência de Contratos 1. O Tomador do Seguro e/ou o Segurado ficam obrigados a comunicar à Seguradora a existência de outros seguros com o mesmo objecto e garantia, sob pena de responderem por perdas e danos. 2. Existindo, à data do sinistro, mais de um contrato

de seguro com o mesmo objecto e garantia, o presente contrato apenas funcionará em caso de nulidade, ineficácia ou insuficiência de seguros anteriores. Artigo 16.º Pagamento dos Prémios 1. O prémio ou fracção inicial é devido na data da celebração do contrato, dependendo a eficácia deste do respectivo pagamento. 2. Sem prejuízo do disposto no n.º 6, os prémios ou fracções subsequentes são devidos nas datas estabelecidas na Apólice, sendo aplicável, neste caso, o regime previsto nos n. os 3 a 5. 3. A Seguradora encontra-se obrigada, até 60 dias antes da data em que o prémio ou fracção subsequente é devido, a avisar, por escrito, o Tomador de Seguro, indicando essa data, o valor a pagar, a forma e lugar de pagamento e as consequências da falta de pagamento do prémio ou fracção. 4. Nos contratos de seguro cujo pagamento do prémio seja objecto de fraccionamento por prazo inferior ao trimestre, e estejam identificados em documento contratual as datas de vencimento e os valores a pagar, bem como as consequências da falta de pagamento do prémio ou fracção, a Seguradora pode optar por não proceder ao envio do aviso previsto no número anterior, recaindo sobre ela o ónus da prova da emissão e aceitação, pelo Tomador de Seguro, daquele documento contratual. 5. Nos termos da lei, a falta de pagamento do prémio ou fracção na data indicada no aviso previsto no n.º 3 ou no documento contratual previsto no número anterior determina a não renovação ou a resolução automática e imediata do contrato, na data em que o pagamento seja devido. 6. A falta de pagamento, na data indicada no aviso, de um prémio adicional, desde que este decorra de um pedido do Tomador de Seguro para extensão da garantia, não implicando agravamento do risco inicial, determinará que se mantenham as condições contratuais em vigor anteriormente àquele pedido. 7. O seguro considera-se em vigor sempre que o recibo tenha sido entregue ao Tomador de Seguro por entidade expressamente designada pela Seguradora para o recebimento do prémio respectivo. Artigo 17.º Obrigações da Seguradora 1. As averiguações e peritagens necessárias ao reconhecimento do sinistro e à avaliação dos danos deverão ser efectuadas pela Seguradora com a adequada prontidão e diligência, sob pena de aquela responder por perdas e danos. 2. A indemnização deve ser paga logo que concluídas as investigações e peritagens necessárias ao reconhecimento do sinistro e à fixação do montante dos danos, sem prejuízo de serem efectuados pagamentos por conta, sempre que se reconheça que devam ter lugar. 3. Se decorridos 45 dias, a Seguradora, de posse de todos os elementos indispensáveis à reparação dos danos ou ao pagamento da indemnização acordada, não tiver realizado essa obrigação, por causa não justificada ou que lhe seja imputável, incorrerá em mora, vencendo a indemnização juros à taxa legal em vigor. Artigo 18.º Obrigações do Segurado 1. Ocorrendo qualquer acontecimento que possa dar lugar a indemnização garantida por este contrato, o Segurado, sob pena de responder por perdas e danos, deverá: 1.1 comunicá-lo à Seguradora, pela via mais rápida, logo que dele tenha conhecimento, sem prejuízo de confirmação por escrito se tiver utilizado o meio verbal, no prazo máximo de 8 (oito) dias a contar da data do seu conhecimento, indicando o dia, a hora e as circunstâncias em que o mesmo ocorreu, bem como a causa conhecida ou presumível do mesmo; 1.2 tomar de imediato as medidas possíveis e razoavelmente tidas como necessárias para reduzir ao mínimo a interrupção da actividade ou afectação do 7

Seguro de Perda de Lucros Condições Gerais 8 Volume de Negócios e, consequentemente, limitar ou diminuir a perda objecto da sua reclamação; 1.3 promover e auxiliar, em tudo o que dele depender, nos trabalhos tendentes à urgente reposição dos meios operacionais e matérias primas, e bem assim à execução de medidas determinadas pela Seguradora que tenham por fim reduzir ou limitar os prejuízos; 1.4 fornecer aos representantes da Seguradora ou aos peritos por ela indicados todos documentos necessários a essa avaliação, nomeadamente os livros de registo contabilístico obrigatórios, auxiliares ou facultativos devidamente escriturados com observância das formalidades e dos prazos legais, bem como os documentos indispensáveis para determinar o montante da perda de Lucro Bruto e os Custos Adicionais de Exploração 2. O Segurado responderá, ainda, por perdas e danos, se: 2.1 agravar voluntariamente as consequências do sinistro, ou dificultar, intencionalmente, o salvamento do património activo da Empresa ou de quaisquer elementos da sua escrituração comercial; 2.2 subtrair, sonegar, ocultar ou alienar salvados, informações ou quaisquer meios de diagnóstico ou de análise dos prejuízos; 2.3 dificultar ou impedir a Seguradora de exercer os seus direitos tendentes a reduzir ou limitar os prejuízos garantidos por este contrato, ou negar o auxílio que, legitimamente, para este fim ou para o de apurar a causa do sinistro, lhe seja pedido; 2.4 usar de má fé, prestar falsas declarações, conservar em seu poder ou dissimular peças que possam facilitar a avaliação dos prejuízos, exagerar intencionalmente o montante da reclamação, empregar documentos inexactos como justificativos ou usar de meios fraudulentos. Artigo 19.º Inspecção do Risco 1. A Seguradora pode mandar inspeccionar, por representante devidamente credenciado e mandatado para o efeito, as instalações abrangidas pela Apólice de Danos Materiais Directos e verificar se são cumpridas as condições contratuais, obrigando-se o Segurado a fornecer as informações necessárias à apreciação do risco que lhe forem solicitadas. 2. A recusa injustificada do Segurado ou de quem o represente em permitir o uso da faculdade mencionada, confere à Seguradora o direito de proceder à resolução do contrato, mediante notificação por correio registado, ou por outro meio do qual fique registo escrito, com a antecedência mínima de 15 dias, procedendo-se ao estorno do prémio, de acordo com o n.º 2 do Art.º 8.º. Artigo 20.º Determinação dos Prejuízos A determinação dos prejuízos garantidos pelo presente contrato será feita observando-se os seguintes critérios: 1. Para o cálculo do Volume de Negócios, Lucro Bruto e todas as restantes variáveis envolvidas na determinação da indemnização, serão feitos os ajustamentos necessários para ter em conta as tendências do negócio e as variações ou circunstâncias especiais que o afectem antes ou depois do sinistro, de modo que os valores assim ajustados conduzam tão aproximadamente quanto possível aos resultados que teriam sido alcançados pela Empresa durante o Período de Indemnização se o sinistro não tivesse ocorrido. 2. Se, em consequência do sinistro, durante o Período de Indemnização, forem produzidas ou vendidas mercadorias, produzidas ou consumidas unidades ou se prestarem serviços, por conta e em benefício do negócio da Empresa, em qualquer outro local fora das instalações mencionadas nas Condições Particulares, pelo Segurado ou por qualquer outra pessoa (singular ou colectiva) agindo em seu nome, as importâncias recebidas ou a receber a respeito de tais operações ou serviços serão, igualmente, contabilizadas como fazendo parte integrante do Volume de Negócios gerado durante o Período de Indemnização.

3. Os custos de natureza extraordinária suportados pela Empresa nos termos do n.º 14 do Art.º 1.º, não podem, em caso algum, exceder a importância resultante da aplicação da Percentagem de Lucro Bruto sobre a redução do Volume de Negócios, por essa forma evitada. 4. Se o seguro não garantir todos os elementos constitutivos do Lucro Bruto não serão considerados os custos adicionais referidos, senão na relação existente entre o Lucro Bruto Seguro e o Lucro Bruto real correspondente ao Volume de Negócios de Referência. 5. Ao montante total dos prejuízos calculado em função da diminuição do Volume de Negócios e do acréscimo dos custos de exploração, será deduzido o valor de todos os Encargos Permanentes seguros que o Segurado, em virtude da ocorrência do sinistro, deixou ou poderia ter deixado de contrair ou pagar durante o Período de Indemnização. 6. Será deduzida da indemnização devida ao abrigo deste contrato, a indemnização eventualmente paga a título de uma qualquer garantia de lucros esperados ou perdas indirectas. 7. Em caso de cessação da actividade da Empresa em consequência de um sinistro coberto pelo contrato e desde que a actividade não seja retomada, a indemnização corresponderá unicamente ao valor estritamente necessário para ressarcir o Segurado dos Encargos Permanentes suportados até ao momento em que se verifique a impossibilidade de prosseguir a exploração do seu negócio, sem prejuízo da data termo do Período de Indemnização. Artigo 21.º Cálculo da Indemnização Em caso de sinistro, a avaliação dos prejuízos será feita entre o Segurado e a Seguradora, tendo em conta as definições constantes no Art.º 1.º e os critérios estabelecidos no artigo anterior. Para determinação da indemnização apurar-se-á: 1. Relativamente à redução do Volume de Negócios, o montante obtido pela aplicação da percentagem de Lucro Bruto ou dos Encargos Permanentes, consoante tiver sido estabelecido, ao valor da quota do Volume de Negócios determinada pela diferença entre o Volume de Negócios realizado durante o Período de Indemnização e o Volume de Negócios de Referência. 2. Relativamente aos Custos Adicionais de Exploração, o dispêndio adicional, necessário e suportado pelo segurado, com o acordo da seguradora, com o único fim de evitar ou limitar a redução do Volume de Negócios imputável ao sinistro durante o Período de Indemnização e sem o qual essa redução seria inevitável, não podendo, no entanto, a importância a este título considerada exceder o montante determinado pela aplicação da Percentagem de Lucro Bruto ao valor da redução do Volume de Negócios, por essa forma evitada. 3. Se o negócio for explorado em Departamentos cujos resultados sejam apurados separadamente, o disposto nos números anteriores será aplicado separadamente a cada um dos Departamentos afectados pelo dano, salvo se a importância segura pela referida verba for inferior à que resulta da aplicação da Percentagem de Lucro Bruto de cada Departamento a 100% do Volume de Negócios anuais dos mesmos, caso em que a importância a indemnizar será proporcionalmente reduzida. 4. Caso o contrato tenha sido subscrito numa base que não a do Volume de Negócios, será sobre essa base, cujas definições constarão obrigatoriamente das Condições Particulares, que se aplicará a Percentagem de Lucro Bruto ou de Encargos Permanentes mantendo-se os demais critérios acima referidos. 5. Caso se verifique, à data do sinistro, insuficiência ou excesso de capital seguro, aplica-se o disposto no Art.º 14.º. Artigo 22.º Ónus da Prova Incumbe ao Segurado a prova da veracidade da sua 9

Seguro de Perda de Lucros Condições Gerais reclamação e a justificação dos prejuízos sofridos bem como a prova do seu interesse legal no objecto do seguro, podendo a Seguradora exigir-lhe os meios de prova que estejam ao seu alcance. Artigo 23.º Redução Automática de Capital Seguro Após a ocorrência de um sinistro, o capital seguro ficará, até ao vencimento do contrato, automaticamente reduzido do montante correspondente ao valor da indemnização atribuída, sem que haja lugar a estorno de prémio, a não ser que o Tomador do Seguro pretenda reconstituir o capital seguro, pagando o prémio complementar correspondente. Artigo 24.º Regime de Co-Seguro Sendo o presente contrato estabelecido em regime de co-seguro, fica sujeito ao disposto, para o efeito, na cláusula uniforme de co-seguro. Artigo 26.º Sub-Rogação 1. Satisfeita a indemnização, a Seguradora fica sub- -rogada, até à concorrência da quantia paga, em todos os direitos do Segurado contra os causadores ou outros responsáveis pelos prejuízos, podendo exigir que a subrogação seja expressamente outorgada no acto de pagamento e recusar este, se tal lhe for negado, bem como exigir que lhe seja entregue quitação autenticada. 2. O Segurado responderá por perdas e danos por qualquer acto ou omissão voluntária que possa impedir ou prejudicar o exercício desses direitos. Artigo 27.º Legislação Aplicável 1. A Lei aplicável a este contrato é a portuguesa. 2. Todas as divergências que possam surgir em relação à aplicação deste contrato de seguro podem ser resolvidas por meio de arbitragem, nos termos da Lei em vigor. 10 Artigo 25.º Comunicações e Notificações 1. É condição suficiente para que, quaisquer comunicações ou notificações entre as partes previstas nesta apólice, se considerem válidas e plenamente eficazes, que as mesmas sejam feitas por correio registado, ou por outro meio do qual fique registo escrito, para a última morada do Tomador do Seguro ou do Segurado constante do contrato, ou para a sede social da Seguradora ou, tratando-se de Seguradora com sede no estrangeiro, para a morada da sua sede social ou sucursal, consoante o caso. 2. São igualmente válidas e plenamente eficazes as comunicações ou notificações feitas, nos termos do número anterior, para o endereço do representante da Seguradora não estabelecida em Portugal, relativamente a sinistros abrangidos por esta apólice. Artigo 28.º Foro O foro competente para dirimir qualquer litígio emergente deste contrato é o do local da emissão da apólice, salvo se outro for acordado entre as partes e constar expressamente das Condições Particulares.

RAMO PERDAS PECUNIÁRIAS DIVERSAS SEGURO DE PERDA DE LUCROS CONDIÇÕES ESPECIAIS (têm aplicação nesta Apólice quando mencionadas nas Condições Particulares) * * * CONDIÇÃO ESPECIAL 001 Honorários de Peritos Contabilistas 1. Por esta Condição Especial, o presente contrato garante o pagamento dos honorários dos peritos contabilistas contratados pelo Segurado para apresentarem e certificarem quaisquer documentos ou elementos dos livros de registo contabilístico, ou outras provas que, para o correcto apuramento da indemnização, sejam solicitadas pela Seguradora nos termos do n.º 1.4 do Art. 18.º das Condições Gerais deste contrato. 2. O pagamento de honorários ao abrigo desta Condição Especial é limitado ao montante dos honorários realmente despendidos pelo Segurado, sem exceder o valor para tal fixado nas Condições Particulares. 3. À garantia concedida por esta Condição Especial, não é aplicável a regra proporcional. * * * CONDIÇÃO ESPECIAL 002 Interdição/Impossibilidade de Acesso Por esta Condição Especial, o presente contrato garante o pagamento dos prejuízos sofridos pelo Segurado, conforme previsto nas Condições Particulares, causados pela interrupção ou redução da actividade da Empresa Segura devido à interdição ou impossibilidade, total ou parcial, de acesso às suas instalações, em consequência directa de danos materiais ocorridos nas imediações das mesmas, causados por qualquer dos riscos garantidos pela apólice de Danos Materiais Directos do Segurado, identificada nas Condições Particulares. * * * CONDIÇÃO ESPECIAL 003 Ajuste de Capital (Leeway Clause) 1. Por esta Condição Especial e sem prejuízo do que se possa encontrar estabelecido nas Condições Gerais deste contrato, fica estabelecido que o capital seguro e respectivo prémio indicados nas Condições Particulares são considerados provisórios. 2. Assim, o capital seguro terá como limite máximo o valor indicado nas Condições Particulares, acrescido do valor da percentagem acordada e fixada nas mesmas. 3. O Tomador do Seguro e/ou o Segurado obrigam-se no final de cada anuidade do contrato a comunicar à Seguradora o montante do capital efectivamente verificado no ano financeiro que mais coincide com o período do seguro, e o prémio será ajustado tendo em conta que: - qualquer prémio adicional de ajuste será limitado ao resultado da aplicação da percentagem de variação acordada ao prémio provisório; - qualquer devolução do prémio nunca poderá ser superior a 50% (cinquenta por cento) do prémio provisório cobrado. 4. Para efeitos do ajustamento do prémio, as eventuais indemnizações que tenham sido pagas durante a última anuidade, acrescem ao montante do capital efectivamente verificado no ano financeiro atrás referido. 11SEGURO DE PERDA DE LUCROS CONDIÇÕES ESPECIAIS

Seguro Seguro de de Perda Perda de de Lucros Lucros Condições Especiais Gerais 12 5. O não cumprimento por parte do Tomador do Seguro ou do Segurado do disposto no n.º 3, até 90 (noventa) dias após o encerramento legal das contas, implicará a cobrança do prémio de ajustamento equivalente à percentagem estabelecida nas Condições Particulares para esta Condição Especial. * * * CONDIÇÃO ESPECIAL 005 Contratos de Prémio Variável e Contratos Titulados por Apólices Abertas 1. Nos contratos de prémio variável e nos contratos titulados por apólices abertas os prémios e fracções subsequentes são devidos na data de emissão do recibo respectivo. 2. A Seguradora encontra-se obrigada, até 30 dias antes da data em que o prémio ou fracção subsequente é devido, a avisar, por escrito, o Tomador de Seguro, indicando essa data, o valor a pagar, a forma e o lugar do pagamento e as consequências da falta de pagamento do prémio ou fracção. 3. Nos termos da lei, na falta de pagamento do prémio ou fracção referidos no número anterior na data indicada no aviso, o Tomador de Seguro constitui-se em mora e, decorridos que sejam 30 dias após aquela data, o contrato é automaticamente resolvido, sem possibilidade de ser reposto em vigor. 4. Durante o prazo referido no número anterior, o contrato produz todos os efeitos, nomeadamente a cobertura dos riscos. 5. A resolução não exonera o Tomador de Seguro da obrigação de liquidar os prémios ou fracções em dívida correspondentes ao período de tempo que o contrato esteve em vigor e obriga-o a indemnizar a Seguradora em montante para o efeito estabelecido nas Condições Particulares, a título de penalidade, tudo acrescido dos respectivos juros moratórios, sendo os que incidem sobre a penalidade prevista contados a partir da data de interpelação ao Tomador de Seguro para pagar a indemnização. 6. A penalidade prevista no número anterior nunca poderá exceder 50% da diferença entre o prémio devido para o período de tempo inicialmente contratado e as fracções eventualmente já pagas. Mod. 108-2008/01