SELETIVIDADE FISIOLÓGICA DE INSETICIDAS A VESPIDAE PREDADORES DO BICHO-MINEIRO-DO-CAFEEIRO 1

Documentos relacionados
SELETIVIDADE FISIOLÓGICA DE INSETICIDAS A Polistes vesicolor vesicolor (HYM.:VESPIDAE) PREDADOR DO BICHO-MINEIRO DO CAFEEIRO 1

Seletividade fisiológica de inseticidas a Vespidae predadores de Ascia monuste orseis (1)

SELETIVIDADE DE INSETICIDAS A Podisus rostralis (Stal) (HETEROPTERA: PENTATOMIDAE) PREDADOR DE LAGARTAS DESFOLHADORAS DE EUCALIPTO 1

Seletividade de oito inseticidas a predadores de lagartas em citros (1)

Seletividade de Inseticidas a Polybia ignobilis (Haliday) (Hymenoptera: Vespidae) Predador de Ascia monuste orseis (Godart) (Lepidoptera: Pieridae)

An. Soc. Entomol. Brasil 28(2) 301 PROTEÇÃO DE PLANTAS

Seletividade Fisiológica de Inseticidas a Vespas Predadoras (Hymenoptera: Vespidae) de Leucoptera coffeella (Lepidoptera: Lyonetiidae)

SUSCETIBILIDADE DE DIFERENTES POPULAÇÕES DE SPODOPTERA FRUGIPERDA A INSETICIDAS QUÍMICOS

Lucas Rocha MILANI¹; Marcos Magalhães de SOUZA²; Evando COELHO³; João Batista DALLO ⁴. Resumo

Teste para a diferença entre duas distribuições espaciais de vespas (Hymenoptera: Vespidae) predadoras do bicho-mineiro do cafeeiro

EFEITO HORMÉTICO DE DOSES SUBLETAIS DE GAMMA CYHALOTHRIN NA REPRODUÇÃO DE

Professor Adjunto, D.Sc., UFV-CRP, Rio Paranaíba-MG, 4. Estudante de Agronomia, UFV CRP, Rio Paranaíba-MG,

IMPACTO DE NÍVEIS DE IRRIGAÇÃO NO ATAQUE DE Leucoptera coffeella E AÇÃO DE VESPAS PREDADORAS EM Coffea arabica

Autores: JL Maciel, Discente do curso de Agronomia UFU Monte Carmelo; GA Assis, Professora da UFU - Monte Carmelo; B Valoto, Discente do curso de Agro

INFESTAÇÃO E PREDAÇÃO DO BICHO-MINEIRO DO CAFEEIRO EM ÁREAS DE TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO DO MEIO MG RESUMO

BICHO-MINEIRO E DE SEUS INIMIGOS NATURAIS

Uso de inseticidas seletivos no controle de Tuta absoluta

MANEJO DO BICHO-MINEIRO DO CAFEEIRO E SEUS INIMIGOS NATURAIS COM SUPLEMENTOS ALIMENTARES

Seletividade de inseticidas ao percevejo predador de Tuta absoluta

AMOSTRAGEM SEQUENCIAL DE Leucoptera coffeella EM CAFEEIROS EM PRODUÇÃO PELA CONTAGEM DE MINAS COM LAGARTAS EM FOLHAS DO TERÇO MEDIANO

(Recebido para publicação em 13 de maio de 2004 e aprovado em 4 de maio de 2005)

CRUZ., Teresinha V. ZANUNCIO.

SELETIVIDADE FISIOLÓGICA DE INSETICIDAS AOS INIMIGOS NATURAIS DE Plutella xylostella (L.) (Lepidoptera: Plutellidae) EM BRÁSSICAS

Polybia ignobilis (Haliday, 1836) (HYMENOPTERA: VESPIDAE) PRINCIPAL VESPA PREDADORA DE PRAGAS NA CULTURA DA COUVE COMUM

Seleção na Evolução de Resistência a Organofosforados em Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville) (Lepidoptera: Lyonetiidae)

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

sobre a vespa predadora Polybia scutellaris

Avaliação de Lesões de Leucoptera coffeella (Lepidoptera: Lyonnetidae) e sua Predação por Vespas em Cafeeiros Arborizados

IVÊNIO RUBENS DE OLIVEIRA. AMOSTRAGEM DE Leucoptera coffeella E DE SUAS VESPAS PREDADORAS NO CAFEEIRO

Mineiro Campus Uberlândia Uberlândia Brasil. Uberlândia

SELETIVIDADE DE THIAMETHOXAM + PROFENOFÓS, EM TRÊS DOSES, AOS PRINCIPAIS PREDADORES DAS PRAGAS QUE OCORREM EM SOJA

SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL DA FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DO BICHO- MINEIRO DO CAFEEIRO EM CONDIÇÕES DE CAMPO PARA O MUNICÍPIO DE SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO-MG

Efeito do Inseticida Match no Controle de Spodoptera frugiperda (Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) na Cultura do Milho.

Ocorrência de bicho-mineiro do cafeeiro (Leucoptera coffeella) influenciada pelo período estacional e pela altitude

EFEITOS DA TEMPERATURA E DA DEFESA DA PRESA NO CONSUMO PELO PREDADOR SUPPUTIUS CINCTICEPS (STÄL) (HETEROPTERA:PENTATOMIDAE) 1

2 Embrapa Milho e Sorgo, Rodovia MG 424, Palavras-chave: presa alternativa, controle biológico, etologia, Heteroptera predador, lagartado-cartucho.

Eficiência de inseticidas no controle de tripes (Frankliniella spp.) em mangueira e seletividade para inimigos naturais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA. Brunna Rodrigues

PALAVRAS CHAVE: Leucoptera coffella spp., mudanças climáticas, geoprocessamento.

BOLETIM TÉCNICO nº 02/2017

EFICIÊNCIA DE PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS NO CONTROLE DE Leucoptera coffeella (GUÉRIN MÈNEVILLE & PERROTTET, 1842) EM LABORATÓRIO E CAMPO

Óleo essencial de Lippia gracilis

Níveis de infestação e controle de Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae) no município de Cassilândia/MS

INIMIGOS NATURAIS DA TRAÇA DO TOMATEIRO

SELETIVIDADE DO INSETICIDA INDOXACARB SOBRE OS INIMIGOS NATURAIS DE SPODOPTERA FRUGIPERDA

PERÍODO CRÍTICO DE COMPETIÇÃO DAS PLANTAS DANINHAS NA BRS ENERGIA EM DUAS DENSIDADES DE PLANTIO

RESPOSTA DA APLICAÇÃO DE ATRATIVOS ALIMENTARES NA POPULAÇÃO DE CRISOPÍDEOS EM CAFEEIRO EM TRANSIÇÃO PARA SISTEMA DE CULTIVO ORGÂNICO

EFICÁCIA DO PRODUTO SULFURGRAN (ENXOFRE 90 %) NO CONTROLE DA CIGARRA, Quesada gigas, EM CAFEEIRO NA REGIÃO SUL DE MINAS

Efeito do estresse hídrico e térmico na germinação e crescimento de plântulas de cenoura

EFICÁCIA DO PRODUTO SULFURGRAN NO CONTROLE DA CIGARRA, Quesada gigas, EM CAFEEIRO NA REGIÃO SUL DE MINAS

em função da umidade e rotação de colheita

Avaliação da solução a base de gengibre no controle da traça do tomateiro

EFEITO DO INSETICIDA ETOFENPROX 100 SC NO CONTROLE DO BICUDO-DO-ALGODOEIRO

INFLUÊNCIA DA ARBORIZAÇÃO SOBRE O CAFÉ CONILON NA DINÂMICA POPULACIONAL DO BICHO-MINEIRO PARA REGIÃO SUL CAPIXABA

TOXICIDADE DE NOVOS PIRETRÓIDES BRASILEIROS SOBRE O CURUQUERÊ-DA-COUVE, ASCIA MONUSTE ORSEIS (LATREILLE) (LEPIDOPTERA: PIERIDAE)

INFLUÊNCIA DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA E MATERIAL HÚMICO SOBRE A PRODUÇÃO DE ALFACE AMERICANA

2º Simpósio de Integração Científica e Tecnológica do Sul Catarinense SICT-Sul ISSN

EFICIÊNCIA E SELETIVIDADE DE INSETICIDAS PARA O MANEJO DE MOSCA BRANCA E INIMIGOS NATURAIS EM MELANCIA

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES BIOLÓGICAS EM SPODOPTERA FRUGIPERDA EM MILHO NO MUNICÍPIO DE ITUIUTABA (MG)

EFICIÊNCIA DE ORTHENE 750 BR (ACEFATO) NO CONTROLE DE Euschistus heros) (HEMIPTERA: PENTATOMIDAE) NA CULTURA DA SOJA 1

Anais do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão- CONPEEX (2010)

EVALUATION OF PROGENIES RESULTING PROGÊNIES OF CROSSINGS OF CATUAI WITH HYBRID OF TIMOR, IN THE SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO, SOUTH OF MINAS GERAIS

Manejo de cafeeiro em áreas infestadas pelos nematoides-das-galhas com uso de cultivar resistente

CROP PROTECTION. Depto. Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa, , Viçosa, MG

COMPARAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE INSETICIDAS PARA CONTROLE DO BICUDO DO ALGODOEIRO (Anthonomus grandis. Boheman, 1843) (*).

Palavras-chave - Sorghum bicolor, tolerância, controle químico, plantas daninhas.

PLANTA INSETICIDA SOBRE O BICHO-MINEIRO-DO-CAFEEIRO

EFICIÊNCIA DO INSETICIDA BF 314, APLICADO EM MISTURA, PARA CONTROLE DE Heliothis virescens (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) NA CULTURA DO ALGODOEIRO

REGISTRO PRELIMINAR COMPORTAMENTAL DE VESPAS SOCIAIS (Hymenoptera, Vespidae) EM CAQUIZEIRO (Diospyrus kaki L.) RESUMO

TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO E O MANEJO DE RESISTÊNCIA AOS INSETICIDAS

EFEITO DO EXTRATO PIROLENHOSO SOBRE A ATIVIDADE ALIMENTAR DE Podisus nigrispinus (DALLAS, 1851) (HEMIPTERA: PENTATOMIDAE) *

Crescimento vegetativo e incidência de cercosporiose em cafeeiros sob diferentes sistemas de manejo

Análise da distribuição espacial de lagartas do bicho-mineiro do cafeeiro em lavoura de produção de café orgânico

Laudo de Praticabilidade e Eficiência Agronômica

NUTRIÇÃO DA MAMONEIRA CONSORCIADA COM FEIJÃO COMUM EM FUNÇÃO DO PARCELAMENTO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA

AÇÃO DE INSETICIDAS SOBRE O PERCEVEJO CASTANHO Scaptocoris castanea Perty, 1833 (HEMIPTERA: CYDNIDAE) NA CULTURA DO ALGODOEIRO *

SELETIVIDADE DO SORGO SACARINO A HERBICIDAS E O TRATAMENTO DE SEMENTES COM O BIOATIVADOR THIAMETHOXAM

AVALIAÇÃO DA IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DA LAGARTA-DO-CARTUCHO NA CULTURA DO MILHO CULTIVADO EM SISTEMA ORGÂNICO

Ocorrência de artrópodes em área recuperada com o Sistema de Integração Lavoura- Pecuária 1. Paulo A. Viana 2 e Maria C. M.

CAFEEIRO. I - INFLUÊNCIA DA MODALIDADE DE APLICAÇÃO EFFICIENCY OF THIAMETHOXAM FOR COFFEE LEAF-MINER CONTROL. I - INFLUENCE OF THE MODE OF APPLICATION

RESUMO. Palavras-chave: Triticum aestivum; Inseticidas; Praga de solo; Pão -de -galinha.

EFICÁCIA DE INSETICIDAS APLICADOS NAS SEMENTES VISANDO O CONTROLE DO PERCEVEJO BARRIGA-VERDE, DICHELOPS MELACANTHUS, NA CULTURA DO MILHO

Teresinha V. Zanuncio 1 José C. Zanuncio 1 Jorge L.D. Saavedra 2 Emerson D. Lopes 1

André Júnio Andrade Peres 1 ; Luciana Cláudia Toscano Maruyama 2

INFLUÊNCIA DE ALÉIAS DE LEGUMINOSAS ARBÓREAS NA INFESTAÇÃO DE BICHO- MINEIRO EM CAFEEIRO 1

Quantificação da produção de ovos e sobrevivência de percevejos fitófagos em sistemas de criação em laboratório

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de

DESEMPENHO DE CLONES DE CAFEEIROS RESISTENTES AO BICHO-MINEIRO PERFORMANCE OF COFFEE CLONES RESISTANT TO LEAF MINER

PEDRO JUSSELINO FILHO HORMESE: UM POUCO DE ALGO PERIGOSO PODE SER BOM!?

TERESINHA VINHA ZANUNCIO

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE PULVERIZAÇÃO EM DUAS CULTIVARES DE SOJA SEMEADAS EM QUATRO ESPAÇAMENTOS DE PLANTAS DE SOJA NO VOLUME DE 200 L.

Número de Amostras a Comporem Plano de Amostragem Convencional da Broca das Cucurbitáceas na Cultura do Pepino.

Eficiência no controle de pragas e seletividade a predadores de inseticidas utilizados no sistema de produção de soja

xt.' N.Je Resumo inseticida potencial contra Sttonliilus zeatnais, praga economicamente de grãos armazenados. Introdução

ABSORÇÃO FOLIAR DE MICRONUTRIENTES NO CAFEEIRO

Características biométricas de cafeeiro intercalado com diferentes sistemas de produção de abacaxizeiro para agricultura familiar do Projeto Jaíba

INDEX TERMS: Insecta, biological control, population regulation, coffee agrossistem; leaf miner

OTIMIZAÇÃO DA PULVERIZAÇÃO DE INSETICIDAS VISANDO O CONTROLE DO BICHO-MINEIRO DO CAFEEIRO

QUALIDADE DA FIBRA EM FUNÇÃO DE DIFERENTES FORMAS DE PLANTIO DA SEMENTE DE ALGODÃO LINTADA, DESLINTADA E DESLINTADA E TRATADA *

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE INSETICIDAS PARA CONTROLE DE Heliothis virescens NA CULTURA DO ALGODOEIRO

Transcrição:

SELETIVIDADE FISIOLÓGICA DE INSETICIDAS 681 SELETIVIDADE FISIOLÓGICA DE INSETICIDAS A VESPIDAE PREDADORES DO BICHO-MINEIRO-DO-CAFEEIRO 1 MARCOS RAFAEL GUSMÃO 2, MARCELO PICANÇO 3, ALFREDO HENRIQUE ROCHA GONRING 2 e MARCELO FIALHO MOURA 2 RESUMO - Estudou-se, em laboratório, a seletividade dos inseticidas clorpirifós, deltametrina, dimetoato, ethion, monocrotofós e permetrina às vespas predadoras Apoica pallens Fab., Brachygastra lecheguana Latreille e Polistes versicolor versicolor Olivier (Hymenoptera: Vespidae) em concentrações que correspondem a 50% e 100% da dosagem recomendada para o controle do bicho-mineiro-docafeeiro, Perileucoptera coffeella Guérin-Meneville (Lepidoptera: Lyonetiidae). Deltametrina foi seletivo em favor de P. versicolor versicolor e A. pallens. O ethion foi medianamente seletivo a A. pallens e P. versicolor versicolor, e seletivo em favor de B. lecheguana. Os demais inseticidas não foram seletivos às vespas predadoras. A ordem crescente de tolerância das vespas a deltametrina foi: P. versicolor versicolor > A. pallens > B. lecheguana. Para o ethion esta ordem foi: B. lecheguana > P. versicolor versicolor > A. pallens. O clorpirifós, deltametrina, dimetoato, monocrotofós e permetrina apresentaram semelhante toxicidade às vespas nas duas dosagens utilizadas. O ethion, por sua vez, reduziu seu impacto sobre A. pallens e P. versicolor versicolor quando aplicado em subdosagem. Termos para indexação: Apoica pallens, Brachygastra lecheguana, Perileucoptera coffeella, Polistes versicolor versicolor, vespas. PHYSIOLOGIC SELECTIVITY OF INSETICIDES TO WASPS PREDATORS OF THE COFFEE LEAFMINER ABSTRACT - The selectivity of the insecticides chlorpyrifos, deltamethrin, dimethoate, ethion, monocrothophos and permethrin to the predatory wasps Apoica pallens Fab., Brachygastra lecheguana Latreille and Polistes versicolor versicolor Olivier (Hymenoptera: Vespidae) was studied, in laboratory, using 50% and 100% of the dosages used for controlling the coffee leafminer, Perileucoptera coffeella Guérin-Meneville (Lepidoptera: Lyonetiidae). Deltamethrin was selective in favour of P. versicolor versicolor and A. pallens. Ethion showed median selectivity in favour of P. versicolor versicolor and A. pallens and good selectivity to B. lecheguana. The other insecticides were not selective in favour of the predatory wasps. The order of tolerance to deltamethrin was: P. versicolor versicolor > A. pallens > B. lecheguana. To ethion, the order was: B. lecheguana > P. versicolor versicolor > A. pallens. Chlorpyrifos, deltamethrin, dimethoate, monocrothophos and permethrin presented similar toxicity to the wasps in both dosages used. On the other hand ethion reduced its impact on A. pallens and P. versicolor versicolor when applied in subdosages. Index terms: Apoica pallens, Brachygastra lecheguana, Perileucoptera coffeella, Polistes versicolor versicolor, wasps. INTRODUÇÃO O bicho-mineiro-do-cafeeiro, Perileucoptera coffeella Guérin-Meneville (Lepidoptera: 1 Aceito para publicação em 24 de maio de 1999. 2 Eng. Agrôn., Dep. de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa (UFV), CEP 36571-000 Viçosa, MG. 3 Eng. Agr., D.Sc., UFV. E-mail: picanco@mail.ufv.br Lyonetiidae), constitui-se praga-chave do cafeeiro no Brasil, ocasionando grandes perdas à cultura, em virtude da redução da área fotossintética, que podem ocasionar prejuízos de até 80% na produção de plantas (Thomaziello, 1987). O controle químico do bicho-mineiro é empregado pela grande maioria dos cafeicultores; e o clorpirifós, deltametrina, dimetoato, ethion, monocrotofós e permetrina estão entre os principais inseticidas usados no controle dessa praga (Souza

682 M.R. GUSMÃO et al. & Reis, 1992; Andrei, 1996). Entre os agentes do controle biológico natural dessa praga destacam-se, entre os predadores, os himenópteros da família Vespidae. Souza (1979) constatou, no Estado de Minas Gerais, a ação predadora das vespas Protonectarina sylveirae Saussure, Polybia scutellaris White, Brachygastra lecheguana Latreille e Polistes sp. Além dessas espécies, tem-se verificado a ação predadora de outras Vespidae, como: Apoica pallens Fab. e Polistes versicolor versicolor Olivier. Gravena (1983) estudando a flutuação populacional do bicho-mineiro observou que a queda do número de larvas vivas dessa praga coincidiu com a maior atividade de B. lecheguana e Polybia occidentalis Olivier. A ação desses inimigos naturais muitas vezes é capaz de manter a população do bicho-mineiro em densidades inferiores ao nível de dano econômico. Entretanto, o uso inadequado de inseticidas pode acarretar redução das populações dos inimigos naturais (Pedigo, 1989). Assim, para proteção dos inimigos naturais, faz-se necessário o uso de inseticidas eficientes contra a espécie-praga e seletivos aos seus inimigos naturais. A seletividade, segundo Ripper et al. (1951), pode ser classificada em ecológica e fisiológica. A seletividade ecológica relaciona-se a formas de utilização dos inseticidas de modo a reduzir a exposição do inimigo natural ao inseticida (Ripper et al., 1951). A fisiológica baseia-se no uso de inseticidas que sejam mais tóxicos à praga que a seus inimigos naturais (O Brien, 1960). No estudo de seletividade de inseticidas, o emprego das dosagens recomendadas para o controle das pragas permite avaliação do impacto desses produtos aos inimigos naturais no momento de sua aplicação. Já o uso de subdosagens, 50% da dosagem recomendada para o controle da praga, possibilita a avaliação do impacto dos inseticidas quando metade de suas concentrações originais estiverem decompostas (Guedes et al., 1992; Suinaga et al., 1996). Dada a importância das vespas predadoras no equilíbrio populacional do bicho-mineiro-do-cafeeiro, e diante da falta de estudos sobre o impacto de inseticidas sobre esses inimigos naturais, este trabalho teve como objetivo o estudo da seletividade fisiológica dos inseticidas clorpirifós, deltametrina, dimetoato, ethion, monocrotofós e permetrina em duas dosagens, às vespas sociais A. pallens, B. lecheguana e P. versicolor versicolor. MATERIAL E MÉTODOS Esta pesquisa foi conduzida no Laboratório de Manejo Integrado de Pragas da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa, Minas Gerais, no período de agosto de 1995 a fevereiro de 1996. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com quatro repetições, em arranjo fatorial 6 x 3 x 2 (inseticidas x espécies x dosagens dos inseticidas), além da testemunha. Foram utilizados adultos das vespas predadoras Apoica pallens, Brachygastra lecheguana e Polistes versicolor versicolor, capturados em ninhos no campus da UFV. Os inseticidas foram empregados em concentrações que correspondem a 50% e 100% da dosagem recomendada para o controle do bicho-mineiro-do-cafeeiro. Os inseticidas estudados e suas concentrações em mg de ingrediente ativo/ml de calda foram: clorpirifós 480 CE (1,2 e 2,4), deltametrina 25 CE (0,00625 e 0,0125), dimetoato 500 CE (1,2 e 2,4), ethion 500 CE (1,25 e 2,50), monocrotofós 400 CE (0,75 e 1,50) e permetrina 500 CE (0,125 e 0,25). Utilizou-se o espalhante adesivo N-dodecil benzeno sulfonato de sódio 320 CE, na concentração de 30 ml/100 L de calda, em todos os tratamentos (Andrei, 1996). Folhas de cafeeiro da cultivar Catuaí foram imersas em caldas inseticidas por cinco segundos; na testemunha as folhas foram imersas em água mais espalhante adesivo. As folhas foram colocadas para secar por duas horas, e após a secagem, acondicionadas em placas de Petri (9 cm de diâmetro por 2 cm de altura). Em cada placa foram liberados dez insetos, constituindo-se assim a unidade experimental. As placas de Petri foram levadas para estufa incubadora a 25±0,5 C e umidade relativa de 75±5%. Vinte e quatro horas após, foram feitas avaliações do número de insetos mortos por unidade experimental, e os resultados foram corrigidos em relação à mortalidade ocorrida na testemunha usando-se a fórmula de Abbott (1925). Os resultados de mortalidade dos insetos foram transformados em arco seno ( x /100) para realização de análise de variância e comparação das médias pelo teste de Scott-Knott a 5% de significância. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram detectadas diferenças significativas (p<0,05) na mortalidade das vespas predadoras em função dos inseticidas, espécies de vespas, dosagens e interações entre esses fatores.

SELETIVIDADE FISIOLÓGICA DE INSETICIDAS 683 O inseticida deltametrina foi seletivo em favor de Apoica pallens com mortalidade de 28,88% e 24,76% na dosagem recomendada, e na subdosagem, respectivamente (Tabela 1). O ethion apresentou seletividade em favor de B. lecheguana e deltametrina foi o inseticida mais seletivo seguido do ethion, em favor de Polister versicolor versicolor. Foi verificada redução na toxicidade do ethion a A. pallens e P. versicolor versicolor quando aplicado em subdosagem. Os demais inseticidas apresentaram toxicidade semelhante nas dosagens utilizadas. Portanto, o impacto negativo do clorpirifós, dimetoato, monocrotofós e permetrina aos Vespidae persiste mesmo após a decomposição de metade desses princípios ativos; enquanto deltametrina apresentou baixo impacto a essas espécies nas duas dosagens utilizadas. Já o ethion apresentou toxicidade mediana a P. versicolor versicolor, que diminuiu com a decomposição de metade desse princípio ativo. Reis & Souza (1996) verificaram que o ethion foi eficiente no controle do bicho-mineiro-do-cafeeiro e apresentou menor impacto na redução do número de minas predadas por B. lecheguana, resultado que corrobora os obtidos neste trabalho. Batalha et al. (1995) também verificaram que o deltametrina foi seletivo aos percevejos predadores Podisus connexivus Bergroth e Supputius cincticeps Stal. (Heteroptera: Pentatomidae), observando-se a seguinte ordem decrescente de seletividade: TABELA 1. Mortalidade (%) de adultos dos predadores Apoica pallens, Brachygastra lecheguana e Polistes versicolor versicolor por inseticidas usados, em duas dosagens, no controle de Perileucoptera coffeella. Viçosa, MG. 1995/96 1. Inseticida Dosagem recomendada 50% da dosagem recomendada Apoica pallens Clorpirifós 100,00aA 100,00aA Dimetoato 100,00aA 100,00aA Monocrotofós 100,00aA 100,00aA Permetrina 97,26aA 100,00aA Ethion 96,65aA 83,84bB Deltametrina 28,88aB 24,76aC Brachygastra lecheguana Clorpirifós 100,00aA 100,00aA Dimetoato 100,00aA 100,00aA Monocrotofós 100,00aA 100,00aA Permetrina 100,00aA 100,00aA Deltametrina 100,00aA 97,50aA Ethion 9,32aB 2,50aB Polistes versicolor versicolor Clorpirifós 100,00aA 97,50aA Dimetoato 100,00aA 100,00aA Monocrotofós 100,00aA 100,00aA Permetrina 100,00aA 95,00aA Ethion 22,78aB 10,00bB Deltametrina 7,05aC 7,50aB 1 As médias seguidas pela mesma letra, minúscula na linha e maiúscula na coluna, não diferem entre si, pelo teste de Scott-Knott a p<0,05.

684 M.R. GUSMÃO et al. deltametrina > malatiom > permetrina > carbaril. Picanço et al. (1996) também verificaram que deltametrina foi mais seletivo que o fentiom, malatiom e cartap aos percevejos P. connexivus Bergroth e S. cincticeps Stal., predadores de Dione juno juno Cr. (Lepidoptera: Heliconidae) em cultura de maracujazeiro. As razões da seletividade do deltametrina e ethion obtidas neste trabalho podem advir de três mecanismos: menor taxa de penetração desses produtos na cutícula, maior taxa de metabolização do composto pelo inimigo natural do que pela praga, ou alterações no alvo de ação dos princípios ativos no inimigo natural (Yu, 1987, 1988). O caráter lipofílico de alguns inseticidas associado à espessura e composição lipídica da cutícula dos insetos é responsável pela maior penetração do produto na cutícula e sua translocação até o alvo de ação (Hollingworth, 1976; Hoy, 1990; Guedes et al., 1992). Yu (1987, 1988) relatou que para Podisus maculiventris Say (Heteroptera: Pentatomidae), a metabolização dos piretróides por oxidases microssomais e esterases acarreta maior desintoxicação desses inseticidas nesse percevejo predador do que em suas presas. A menor sensibilidade da acetilcolinesterase do predador a inseticidas organofosforados do que a de espécies-praga pode ser responsável pela seletividade desses inseticidas (Zon & Helle, 1966; Tripathi & O Brien, 1973; Voss, 1980). A insensibilidade do sistema nervoso central e a sensibilidade das enzimas (Na-K)-ATPase e Mg 2 -ATPase estão intimamente relacionadas à ação neurotóxica de piretróides, como deltametrina e permetrina (Sun et al., 1990; Zhao et al., 1992; Leng & Xiao, 1995). P. versicolor versicolor foi a espécie mais tolerante à deltametrina, seguida por A. pallens, medianamente tolerante, e por B. lecheguana, a menos tolerante. B. lecheguana foi mais tolerante a ethion, seguida por P. versicolor versicolor, enquanto A. pallens foi a menos tolerante. Os inseticidas clorpirifós, dimetoato, monocrotofós e permetrina foram altamente tóxicos às três espécies de vespas (Tabela 1). As diferenças na tolerância entre as espécies de vespas devem-se aos mesmos mecanismos de seletividade já descritos. Possivelmente, as diferenças de tolerância dos Vespidae a deltametrina e ethion estejam associadas a diferenças na degradação destes por enzimas que participam da degradação de inseticidas, como as oxidazes microssomais (Yu, 1987, 1988). A eleição desse mecanismo baseia-se na lipofilicidade dos compostos estudados e no fato de que inseticidas de determinado grupo possuem o mesmo alvo de ação. O fato de este mecanismo sobrepor-se ao de diferenças na taxa de penetração dos compostos via cutícula e ao de alterações no alvo de ação dos inseticidas deve-se à relação indireta entre lipofilicidade e tolerância apresentada pelos piretróides, deltametrina e permetrina e às diferenças no comportamento tóxico dos organofosforados, ethion e monocrotofós, que têm o mesmo alvo de ação. Sabe-se que a lipofilicidade é inversamente proporcional à solubilidade do inseticida em água, cujos compostos mais lipofílicos, pela semelhança química com a cutícula, geralmente penetram em maiores taxas no corpo do inseto. Assim, se tal mecanismo fosse o que determinasse as diferenças de tolerância das vespas, era de se esperar que estas fossem mais tolerantes a permetrina (1 ppm de solubilidade em água) do que a deltametrina (menos de 0,002 ppm de solubilidade em água). Entretanto, foi verificada maior tolerância à deltametrina do que à permetrina. Se as diferenças na tolerância das vespas fossem causadas por alterações no alvo de ação dos compostos, esperava-se que estas apresentassem o mesmo nível de tolerância a inseticidas de mesmo grupo, os quais possuem o mesmo alvo de ação. Porém, verificou-se maior tolerância das vespas a ethion do que a monocrotofós, embora estes organofosforados apresentem o mesmo alvo de ação a acetilcolinesterase (O Brien, 1976; Eto, 1990). Tal hipótese também é fundamentada nas observações feitas por Layton et al. (1994) e Picanço et al. (1997). Estes últimos autores verificaram que a maior tolerância de fêmeas do percevejo predador P. nigrispinus a inseticidas do que machos dessa espécie esteve associada ao maior volume corporal das fêmeas, o que as tornam menos expostas aos inseticidas dada a menor área específica do corpo. Já Layton et al. (1994) observaram variações nas proporções de alquenos da camada lipídica da cutícula da vespa predadora Polistes metricus Say. (Hymenoptera: Vespidae), as quais podem estar as-

SELETIVIDADE FISIOLÓGICA DE INSETICIDAS 685 sociadas a diferenças na taxa de penetração dos inseticidas na cutícula do inseto. As observações desses autores evidenciam que o mecanismo de penetração de inseticidas via cutícula do inseto pode determinar ou não a tolerância do inseto ao inseticida. Porém no presente trabalho tal mecanismo não foi o determinante da tolerância das espécies, uma vez que, das espécies estudadas, B. lecheguana é a que apresenta menor volume corporal, por seu corpo possuir a maior área específica, característica que lhe proporciona maior contato com os resíduos inseticidas. Entretanto, esta foi a espécie mais tolerante a ethion. Quanto a A. pallens, foi a espécie que apresentou maior suscetibilidade aos inseticidas em geral, cujo volume corporal se assemelha ao da espécie P. versicolor versicolor, considerada a mais tolerante. CONCLUSÕES 1. Deltametrina apresenta seletividade em favor dos predadores Apoica pallens e Polistes versicolor versicolor; ethion é seletivo em favor do predador Brachygastra lecheguana e medianamente seletivo em favor de A. pallens e Polistes versicolor versicolor; clorpirifós, dimetoato, monocrotofós e permetrina são altamente tóxicos às três espécies de vespas predadoras. 2. O clorpirifós, deltametrina, dimetoato, monocrotofós e permetrina apresentam toxicidade semelhante às vespas nas duas dosagens utilizadas; o ethion reduz seu impacto sobre A. pallens e P. versicolor versicolor, quando ocorre decomposição de metade do princípio ativo. 3. Entre as três espécies de Vespidae, P. versicolor versicolor é a espécie mais tolerante a deltametrina, seguida por A. pallens e por B. lecheguana, que é a mais suscetível ao inseticida; a espécie mais tolerante ao ethion é B. lecheguana, seguida por P. versicolor versicolor e A. pallens. AGRADECIMENTOS Ao CNPq e FAPEMIG, pelas bolsas concedidas, e ao Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, pelo financiamento desta pesquisa e pelas bolsas concedidas. REFERÊNCIAS ABBOTT, W.S. A method of computing the effectiveness of an insecticide. Journal of Economic Entomology, Lanham, v.18, n.3, p.265-267, 1925. ANDREI, E. Compêndio de defensivos agrícolas. 5.ed. São Paulo : Andrei, 1996. 506p. BATALHA, V.C.; ZANUNCIO, J.C.; PICANÇO, M.C.; SEDIYAMA, C.S. Seletividade de inseticidas aos predadores Podisus nigrispinus (Dallas, 1851) e Supputius cincticeps (Stal, 1860) (Heteroptera: Pentatomidae) e a sua presa Lepidoptera. Revista Árvore, Viçosa, v.19, n.3, p.382-395, 1995. ETO, M. Biochemical mechanisms of insecticidal activities. In: BOWERS, W.S.; EBING, W.; MARTIN, D. (Eds.). Chemistry of plant protection. Berlin : Spring, 1990. v.6, p.67-68. GRAVENA, S. Táticas de manejo integrado do bicho mineiro do cafeeiro Perileucoptera coffeella (Guérin- Méneville, 1842): I- Dinâmica populacional e inimigos naturais. Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, Jaboticabal, v.12, n.1, p.61-67, 1983. GUEDES, R.N.C.; LIMA, J.O.G.; ZANUNCIO, J.C. Seletividade dos inseticidas deltametrina, fenvalerato e fenitrotion para Podisus connexivus (Heteroptera: Pentatomidae). Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, Porto Alegre, v.21, n.3, p.339-346, 1992. HOLLINGWORTH, R.M. The biochemical and physiological basis of selective toxicity. In: WILKINSON, C.F. (Ed.). Insecticide biochemistry and physiology. New York : Plenum, 1976. p.431-506. HOY, M.A. Pesticide resistance in arthropod natural enemies: variability and selection responses. In: ROUSH, R.T.; TABASHNIK, E. (Eds.). Pesticide resistance in arthropods. New York : Chapman and Hall, 1990. p.203-236. LAYTON, J.M.; CAMANN, M.A.; ESPELIE, K.E. Cuticular lipid profiles of queens, workers, and males of social wasps Polistes metricus Say are colonyspecific. Journal of Chemical Ecology, New York, v.20, n.9, p.2307-2320, 1994. LENG, X.F.; XIAO, D.Q. Effect of deltamethrin on protein phosphorylation of housefly brain synaptosomes. Pesticide Science, Barking, v.44, n.1, p.88-89, 1995.

686 M.R. GUSMÃO et al. O BRIEN, R.D. Acetylcholinesterase and its inhibition. In: WILKINSON, C.F. (Ed.). Insecticide Biochemistry and Physiology. New York : Plenum, 1976. p.271-296. O BRIEN, R.D. Toxic phosphorus esters. New York : Academic, 1960. 434p. PEDIGO, L.P. Entomology and pest management. New York : Macmillan, 1989. 646p. PICANÇO, M.C.; GUEDES, R.N.C.; BATALHA, V.C.; CAMPOS, R.P. Toxicity of insecticides to Dione juno juno (Lepidoptera: Heliconidae) and selectivity to two of its predaceous bugs. Tropical Science, Oxford, v.36, n.1, p.51-53, 1996. PICANÇO, M.; RIBEIRO, L.J.; LEITE, G.L.D.; ZANUNCIO, J.C. Seletividade de inseticidas a Podisus nigrispinus predador de Ascia monuste orseis. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.32, n.4, p.369-372, 1997. REIS, P.R.; SOUZA, J.C. Manejo integrado do bicho mineiro, Perileucoptera coffeella (Guérin-Méneville) (Lepidoptera: Lyonetidae), e seu reflexo na produção de café. Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, Londrina, v.25, n.1, p.77-82, 1996. RIPPER, W.E.; GREENSLADE, R.M.; HARTLEY, G.S. Selective insecticides and biological control. Journal of Economic Entomology, Lanham, v.44, n.4, p.448-449, 1951. SOUZA, J.C. Levantamento, identificação e eficiência dos parasitos e predadores do bicho mineiro das folhas do cafeeiro Perileucoptera coffeella (Guérin-Méneville, 1842) (Lepidoptera: Lyonetiidae) no Estado de Minas Gerais. Piracicaba : USP-ESALQ, 1979. 91p. Dissertação de Mestrado. SOUZA, J.C.; REIS, P.R. Bicho mineiro: biologia, danos e manejo integrado. Belo Horizonte : EPAMIG, 1992. 28p. (Boletim Técnico, 37). SUINAGA, F.A.; PICANÇO, M.; ZANUNCIO, J.C.; BASTOS, C.S. Seletividade fisiológica de inseticidas a Podisus nigrispinus (Dallas, 1851) (Heteroptera: Pentatomidae) predador de lagartas desfolhadoras de eucalipto. Revista Árvore, Viçosa, v.20, n.3, p.407-414, 1996. SUN, Y.Q.; YUAN, J.G.; LI, J.; HE, F.Q.; LIU, B.W.; WANG, J.; GONG, K.Y. The resistance mechanism of housefly against pyrethroids. Acta Entomologica, Prague, v.33, n.3, p.265-273, 1990. THOMAZIELLO, R.A. Manejo integrado de pragas, doenças e plantas daninhas em café. In. SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS, DOENÇAS E PLANTAS DANI- NHAS, 1., 1987, Campinas. Anais. Campinas : ANDEF, 1987. p.155-170. TRIPATHI, R.K.; O BRIEN, R.D. Insensitivity of acetylcholinesterase as a factor in resistance of houseflies to the organophosphate rabon. Pesticide Biochemistry and Physiology, San Diego, v.3, n.4, p.495-498, 1973. VOSS, G. Cholinesterase autoanalysis: a rapid method for biochemical studies on susceptible and resistant insects. Journal of Economic Entomology, Lanham, v.73, n.2, p.189-192, 1980. YU, S.J. Biochemical defense capacity in the spined soldier bug (Podisus maculiventris) and its lepidopterous prey. Pesticide Biochemistry Physiology, San Diego, v.28, n.3, p.216-223, 1987. YU, S.J. Selectivity of insecticides to the spined bug (Heteroptera: Pentatomidae) and its lepidopterous prey. Journal of Economic Entomology, Lanham, v.81, n.1, p.119-122, 1988. ZHAO, W.Q.; FENG, G.L.; SUN, Y.Q.; SHAO, Y. An important resistance mechanism of housefly to DDT and pyrethroides-csn insensitivity. Acta Entomologica, Prague, v.35, n.4, p.393-398, 1992. ZON, A.Q.V.; HELLE, W. A search for lenkage between genes for albinism and parathion resistance in Tetranychus pacificus Mcgregor. Genetica, Dordrecht, v.37, n.1, p.181-185, 1966.