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Transcrição:

Título da Pesquisa: Estabelecimento in vitro de lichia Palavras-chave: Biotecnologia, Estabelecimento, Meio nutritivo, Explante Campus: Bambuí- Minas Gerais Tipo de Bolsa: PIBIC Financiador: CNPq Bolsista (as): Camila Lopes de Souza, Bruna Gonçalves Dias Reis Professor Orientador: Nayara Penoni; Ricardo Monteiro Corrêa Área de Conhecimento: Biotecnologia RESUMO: As pesquisas em torno da lichiera têm sido intensificadas nos últimos anos. No entanto, o Brasil, apesar da potencialidade de exploração comercial da cultura, os poucos estudos realizados centralizam-se nos frutos(pós-colheita) e não na planta como um todo. Neste contexto a biotecnologia é uma ferramenta com grande potencial para aprimorar a propagação desta cultura. Foram realizados ensaios conduzidos no Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais do IFMG- Campus Bambuí, com o objetivo de estabelecer a lichia in vitro. No primeiro ensaio foram utilizadas partes vegetativas da planta matriz como gemas axilares, s nodais e internodais. No segundo ensaio foram utilizadas sementes para o estabelecimento. Os frutos de lichia foram colhidos em dezembro e foram inoculados em frascos de 270 ml contendo 15 ml de meio de cultura. O estabelecimento utilizando nodal e meio MS foi o mais eficiente na indução de calos. As sementes não germinaram in vitro devido a alta contaminação. Não foram obtidos plântulas, apenas calos evidenciando a necessidade de novos ensaios contendo reguladores de crescimento como a cinetina ou BAP.

INTRODUÇÃO: A biotecnologia pode ser definida como um conjunto de técnicas de manipulação de seres vivos ou parte destes para fins econômicos. Esse conceito amplo inclui técnicas que são utilizadas em grande escala na agricultura desde o início do século XX, como a cultura de tecidos, a fixação biológica de nitrogênio e o controle biológico de pragas. A propagação in vitro de plantas, chamada também de micropropagação, é uma técnica para propagar plantas dentro de tubos de ensaios ou similares de vidro, sob condições adequadas de assepsia, nutrição e fatores ambientais como luz, temperatura, O2 e CO2. As atividades de cultura de tecidos são realizadas em ambiente asséptico e com temperatura e iluminação controladas, visando, principalmente, a otimização das respostas aos estímulos- termo e fotoperiódico aplicados ao material in vitro, além de outros fatores. Para a realização de algumas técnicas, a padronização de temperaturas e iluminação não se torna imprescindível, mas, em outros casos, condições ambientais inadequadas podem inviabilizar as respostas, tanto do ponto de vista quantitativo quanto qualitativo. Além disso, o estabelecimento de condições ambientais ótimas proporciona melhor crescimento das culturas e as conseqüentes vantagens econômicas. Os meios nutritivos utilizados para a cultura de células, tecidos e órgãos de plantas fornecem as substancias essenciais para o crescimento dos tecidos e controlam, em grande parte, o padrão de desenvolvimento in vitro. As mesmas vias bioquímicas e metabólicas básicas que funcionam nas plantas são conservadas nas células cultivadas, embora alguns processos, como fotossíntese, possam ser inativados pelas condições de cultivo e pelo estado de diferenciação das células. Por isso, os meios nutritivos se baseiam nas exigências das plantas quanto aos nutrientes minerais, como algumas modificações para atender as necessidades especificas in vitro. A lichia, originária do Sul da China, pertence à família Sapindaceae e requer clima seco e frio no inverno, antes do florescimento, e quente e úmido no resto do ano. (Boletim, IAC, 200, 1998). As pesquisas em torno da lichieira têm sido intensificadas nos últimos anos. No entanto, o Brasil, apesar da potencialidade de exploração comercial da cultura, os poucos estudos realizados centralizam-se nos frutos (pós-colheita) e não na planta como um todo (Pereira1999). Porém, como entrave à disseminação no Brasil pode- se considerar a falta de oferta de mudas no mercado, o alto preço da fruta no varejo, além da falta de estudos sobre seu comportamento, desenvolvimento e aspectos econômicos, sendo que o entendimento atual ainda é baseado em informações obtidas de outros países o que não pode representar a realidade local (Martins,1998). Além disso, os tradicionais métodos de propagação que são alporquia e as sementes são pouco eficientes por esgotar a planta mãe e induzir longo período juvenil, respectivamente. Especificamente com L. chinensis, poucos trabalhos foram encontrados na literatura visando propagar via cultura de tecidos essa espécies, como os de Yu (1991), Kantharajah et al.,(1992), Leonel et al.,(1994), Kantharajah et al.,(1997), Mesquita(1999), mas com poucas respostas. O objetivo deste trabalho foi estabelecer in vitro explantes de lichia via s nodais, internodais e sementes. Portanto, a iniciativa desse projeto visa melhorar a cadeia produtiva de lichia e servir de apoio ao fortalecimento da fruticultura regional no centro oeste mineiro.

METODOLOGIA: Os ensaios foram conduzidos no Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais do IFMG- Campus Bambuí. As matrizes doadoras dos explantes foram plantas adultas de lichia da cultivar Bengal com aproximadamente 8 anos de idade que se encontram estabelecidas no setor de fruticultura do Instituto Federal de Minas Gerais Campus Bambuí. I- Estabelecimento via s nodais e internodais Os s nodais e internodais foram coletados de plantas matrizes previamente pulverizadas com fungicidas. Em seguida foram levadas para o laboratório, deixadas em água corrente por 1 hora e posteriormente desinfetadas com solução de hipoclorito comercial(30%). Depois foram lavadas por 3 vezes em água destilada. O delineamento foi inteiramente casualizado com 8 tratamentos com 6 repetições sendo cada parcela experimental composta por 4 frascos. As avaliações foram feitas aos 30,60 e 90 dias após serem inoculadas. Tabela 1: Meios de cultivo e explantes no estabelecimento in vitro de Lichia. IFMG-Bambuí. 2014. Tratamentos Meio nutritivo Explante 1 MS* internodal 2 MS* nodal 3 MS/2* internodal 4 MS/2* nodal 5 MS/4* internodal 6 MS/4* nodal 7 WPM** internodal 8 WPM** nodal 3% de sacarose adicionado ao meio de cultura; ** 2% de sacarose adicionado ao meio de cultura. II- Estebelecimento in vitro via germinação de sementes O segundo ensaio visou obter plântulas in vitro a partir de sementes de lichia. Os frutos de lichia foram colhidos na época de dezembro. As sementes de lichia perdem a viabilidade rapidamente, por isso os frutos coletados e armazenados em uma caixa de isopor onde ficaram até o processo de inoculação. Os explantes foram inoculados em frascos de 270 ml contendo 15 ml de meio de conforme os tratamentos (Tabela 1).

O delineamento foi inteiramente casualizado, contendo 16 tratamentos com 4 repetições sendo cada parcela experimental composta por 4 frascos. Nos dois ensaios, os explantes após inoculados foram colocados em solo de crescimento com temperatura de 25 ± 1 C e 25 mmol.m-².s-¹ de luz. Após 30 dias foram feitas as primeiras avaliações das seguintes variáveis: percentagem de calos e percentagem de contaminação. Tabela 2: Meios de cultivo e sacarose na germinação de sementes in vitro de Lichia. IFMG-Bambuí. 2014. Tratamentos Meio nutritivo Sacarose (g L-1) 1 MS 0 2 MS 10 3 MS 20 4 MS 30 5 MS/2 0 6 MS/2 10 7 MS/2 20 8 MS/2 30 9 MS/4 0 10 MS/4 10 11 MS/4 20 12 MS/4 30 13 WPM 0 14 WPM 10 15 WPM 20 16 WPM 30 Os dados obtidos foram analisados estatisticamente utilizando o software Sisvar( Ferreira, 2000) RESULTADOS E DISCUSSÕES: Observou- se na tabela 3 que o meio MS com nodal proporcionou maior formação de calo aos 30 dias. Em contra partida, os meios MS/2 e o WPM ambos com internodal não proporcionaram formação dos mesmos. Houve diferença significativa para formação de calo nos meios, MS, WPM e MS/2.

Aos 60 e 90 dias todos os meios com explante nodal proporcionaram maior formação de calos. Já com os seguimentos internodais não houve presença de calos. Nas avaliações para contaminação no período de 30, 60 e 90 dias, não houve diferença significativa em nenhum dos tratamentos. Na inoculação de sementes, foram seguidos todos os processos para desinfestação das mesmas. Porém, com dois dias após a inoculação 100% dos fracos com as sementes haviam sido contaminados, o que paralisou a continuação da etapa. Foi utilizada solução de hipoclorito (30%) durante 20 minutos, mais tal quantidade não foi suficiente para a desinfestação superficial das mesmas, o que proporcionou o aparecimento de fungos. Tabela 3: Percentagem de calos e de contaminação em explantes de Lichia em diferentes explantes e meios de cultura- IFMG-Bambuí 2014. Meio MS* MS MS/2 MS/2 MS/4 MS/4 WPM WPM Explante calo 30 dias calo 60 dias calo 90 dias contam. 30 dias contam. 60 dias contam. 90 dias intermodal 0% c 0% c 0% b 0% a 0% a 0% a nodal 83,25% a 83,34% a 83,34% a 0% a 0% a 16,67% a intermodal 0% c 0% c 0% b 0% a 0% a 0% a nodal 50% b 66,67% b 66,67% a 16,67% a 0% a 0% a intermodal 16,67% c 16,67% c 16,67% b 0% a 0% a 0% a nodal 83,34% b 83,34% b 66,67% a 0% a 0% a 0% a intermodal 0% c 0% c 0% b 0% a 0% a 0% a nodal 33,34% b 16,67% b 33,34% a 16,67% a 16,67% a 16,67% a Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade. No segundo ensaio, observou-se que tosas as sementes tiveram contaminação por fungos não permitindo a avaliação das mesmas. CONCLUSÕES: Os s nodais inoculados no meio de cultivo MS proporcionou maior formação de calo no estabelecimento in vitro de lichia. Os ensaios foram bem conduzidos sendo que o índice de contaminação foi muito baixo. Novos estudos serão conduzidos visando repetir o ensaio de germinação in vitro e outros ensaios como micropropagação e embriogênese somática.

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