CIRCULAR. Assunto: O Fundo de Saúde e Segurança Alimentar Mais e a Taxa de Saúde e Segurança Alimentar

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Transcrição:

CIRCULAR N/ REFª: 32/12 DATA: 12 Abril de 2012 Assunto: O Fundo de Saúde e Segurança Alimentar Mais e a Taxa de Saúde e Segurança Alimentar Exmos. Senhores, No seguimento da nossa circular 30/2012, em que apresentámos uma primeira reacção ao diploma sobre o assunto em epígrafe, envia-se uma segunda apreciação remetida aos Ministros da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, e da Economia e Emprego. Com os melhores cumprimentos, Ana Vieira Secretária Geral

O FUNDO DE SAÚDE E SEGURANÇA ALIMENTAR MAIS E A TAXA DE SAÚDE E SEGURANÇA ALIMENTAR A CCP teve já oportunidade de referir, numa primeira reacção, que considera a TAXA DE SAÚDE E SEGURANÇA ALIMENTAR inoportuna, pelo momento difícil que as empresas atravessam, tendo ainda apresentado reservas quanto à sua natureza uma vez que não se vislumbram contrapartidas à referida taxa e, nesse contexto, estaremos perante um imposto e não uma taxa, e como tal, cabendo apenas à Assembleia da República a sua criação. 1 Importa, neste momento, detalhar as razões pelas quais a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, contesta a TAXA DE SAÚDE E SEGURANÇA ALIMENTAR. 1. As razões são várias, e desde logo, uma de caracter geral: Não é sustentável que, a pretexto das dificuldades financeiras, o Governo comece a lançar taxas sobre as empresas com base em princípios mais ou menos vagos como o princípio do utilizador pagador, invocado no preâmbulo do decreto-lei que cria o Fundo e a Taxa. Mas, a razão principal da oposição da CCP a esta taxa prende-se com o universo de empresas abrangidas e que estarão sujeitas à referida taxa. O projecto de decreto-lei, em concreto, o seu artigo 9º responde, pelo menos em parte, a essa questão. De acordo com o seu número 1 - É devido o pagamento, pelos estabelecimentos de comércio alimentar de produtos de origem animal e vegetal, frescos ou congelados ( ). E o que são os estabelecimentos de comércio alimentar? O número 3 do artigo supra referido responde a essa questão: entende-se por «estabelecimento de comércio alimentar» o local no qual se exerce uma atividade de comércio alimentar, por grosso ou a retalho, incluindo os estabelecimentos de comércio misto ( ). Temos assim duas realidades potencialmente abrangidas por esta taxa: Os estabelecimentos, por grosso de produtos alimentares e os estabelecimentos retalhistas que comercializem também estes produtos.

Mas o diploma exclui algumas realidades do pagamento da taxa, da seguinte forma: 2 - Estão isentos do pagamento da taxa a que se refere o número anterior, os estabelecimentos com uma área de venda inferior a 400 m2 ou pertencentes a microempresas, desde que não pertençam a uma empresa que utilize uma ou mais insígnias ou esteja integrada num grupo, e que disponham, a nível nacional, de uma área de venda acumulada igual ou superior a 2000 m2. 2 2. Temos assim da conjugação dos número um e três com o número dois, as seguintes realidades abrangidas pelo pagamento da taxa: Estabelecimentos de comércio alimentar por grosso ou a retalho com mais de 400m2, desde que não se enquadrem no conceito de microempresa; Estabelecimentos de comércio alimentar por grosso ou a retalho, que independentemente da dimensão, pertencentes ou não a microempresas utilizem uma insígnia comum e o conjunto de estabelecimentos utilizando a mesma insígnia tenha uma área acumulada superior a 2000 m2. 3. Confrontando estes conceitos com a nossa realidade empresarial temos que: Quanto aos estabelecimentos de comércio POR GROSSO DE PRODUTOS ALIMENTARES pelas suas características ( operam em espaços de dimensões significativas e têm pela natureza da actividade um número de trabalhadores e volume de negócios que não se enquadra no universo das microempresas) serão na sua esmagadora maioria abrangidos por esta taxa. De acordo com os dados estatísticos existentes teremos cerca de 500 estabelecimentos por grosso, especializados ou não, abrangidos pelo pagamento da taxa.

Estamos a falar, neste caso, de empresas que não sendo microempresas são pequenas e médias empresas, neste sector de actividade. Acresce, que muitos destes pequenos grossistas fornecem estabelecimentos a retalho, também eles abrangidos por esta taxa verificando-se, nestas situações, uma duplicação de taxas insustentável para pequenos operadores. Quanto aos estabelecimentos a retalho, teremos várias realidades abrangidas pelo pagamento das taxas. Serão obviamente abrangidos todos os estabelecimentos pertencentes aos grandes grupos 3 económicos, mas serão igualmente abrangidos um estabelecimentos pertencentes a pme. número muito significativo de Temos nesta situação dois tipos de realidades. A primeira prende-se com o número de supermercados 1 existentes não pertencentes a grandes grupos, como resulta do quadro seguinte. SUPERMERCADOS 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Feira Nova 14 15 15 18 19 28 37 13 Intermarché* 156 166 172 177 183 192 210 217 229 230 Leclerc* 7 9 9 10 10 12 17 19 20 19 Li dl 133 136 142 143 161 180 196 213 223 227 MiniPreço 321 339 339 340 351 384 436 476 504 524 Continente Mod /Bom Dia 71 72 75 76 82 91 100 103 112 117 Pão de Açúcar 2 2 2 2 2 2 2 7 9 9 Pingo Doce 177 179 179 179 179 188 210 320 334 339 Plus 8 19 24 28 50 64 75 Outros 323 336 326 340 347 345 359 357 357 329 TOTAL 1212 1273 1283 1313 1384 1486 1642 1725 1786 1794 Fonte: Nielsen, recenseamento 2010 1 De acordo com a Nielsen são as seguintes as definições de supermercados: Supermercados grandes: Lojas que comercializam produtos alimentares, de higiene pessoal, limpeza caseira e outros produtos, funcionando em regime de livre-serviço, e possuindo uma área de venda compreendida entre 1000 a 2499 metros quadrados. Supermercados Pequenos: Lojas que comercializam produtos alimentares, de higiene pessoal, limpeza caseira e outros produtos, funcionando em regime de livre-serviço, e possuindo uma área de venda compreendida entre 400 a 999 metros quadrados. *Importa ainda referir quanto aos grupos intermarché e leclerc que os mesmos se abastecem, em percentagens significativas em empresas grossistas independentes, havendo também nestas situações lugar a uma dupla tributação

Temos assim, desde logo, várias centenas de estabelecimentos (329) de retalho alimentar pertencentes a pme, com mais de 400 m2 e que estarão sujeitos a esta taxa. Em sentido inverso, o quadro seguinte, permite perceber que no caso de hipermercados, ou seja estabelecimentos com mais de 2000m2, não há estabelecimentos pertencentes a operadores independentes. HIPERMERCADOS 200 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Carrefour 51 6 7 7 7 10 12 Continente 14 14 15 15 18 19 21 37 39 39 El Corte Inglês 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 Pingo Doce/Feira Nova 9 9 10 10 10 10 9 9 9 9 Jum bo/pão de Açúcar 12 12 13 14 15 15 17 19 22 23 4 Leclerc 1 2 2 2 2 2 2 2 3 3 Continente Modelo 11 12 10 10 9 8 7 6 5 5 Outros TOTAL 53 56 58 59 62 66 70 75 80 81 Mas temos ainda um universo muito mais abrangeste e de difícil quantificação que são estabelecimentos com menos de 400 m2 mas que utilizam uma insígnia comum e o total de estabelecimentos com a mesma insígnia ultrapassa os 2 000m2. Estamos a falar de realidades diversas como estabelecimentos especializados, por exemplo talhos ligados por uma insígnia comum (e hoje existirão algumas cadeias que estarão acima dos 2000m2) e de estabelecimentos alimentares mistos - existirão, pelo menos, 15 cadeias de estabelecimentos alimentares, detidos por micro ou pequenas empresas ligados por uma insígnia comum. Não existe informação trabalhada que permita quantificar com exactidão o número de estabelecimentos abrangidos. Todavia de acordo com as nossas estimativas teremos um universo de estabelecimentos de pequena dimensão, pertencentes a microempresa mas ligados por uma insígnia comum que ultrapassará os dois mil estabelecimentos.

EM CONCLUSÃO A CCP não pode deixar de salientar, antes de mais, o enorme esforço que o sector do comércio alimentar tem desenvolvido no âmbito da saúde e segurança alimentar, desde logo, com a implementação do HACCP (já controlado de uma forma muito significativa pela ASAE) e, desta forma, tem dado o seu contributo para a melhoria de procedimentos no conjunto da cadeia económica. Por outro lado, a CCP considera inoportuna a criação desta taxa. Todavia, a manter-se a referida taxa a mesma deve incidir sobre realidades bem precisas. 5 Em concreto, a mesma só se deveria aplicar às seguintes realidades: a) Estabelecimentos de comércio a retalho alimentar que tenham uma área de venda igual ou superior a 2000 m2; b) Estabelecimentos de comércio a retalho alimentar, isoladamente considerados ou inseridos em conjuntos comerciais, independentemente da respectiva área de venda, que pertençam a uma empresa que utilize uma ou mais insígnias ou estejam integrados num grupo, que disponham, a nível nacional, de uma área de venda acumulada igual ou superior a 20 000 m2; A CCP 12-04-2012