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Transcrição:

Sumário Agradecimentos do organizador...011 Um Dois Três A adoção dos pródigos?...013 A adoção e a Trindade...027 A adoção e a encarnação...043 Quatro A adoção e nossa união com Cristo...061 Cinco Seis Sete Oito A boa-nova da adoção...069 Richard D. Phillips A liberdade da adoção...081 Scotty Smith A adoção e o viver missional...095 Jason Kovacs Adoção: o coração do evangelho...109 John Piper Sobre os autores...123

Agradecimentos do organizador Agradeço a minha esposa, filhos e pais por me amarem incondicionalmente. Agradeço a Downtown Presbyterian Church [Igreja Presbiteriana Central] por dar uma grande parcela de contribuição ao evangelho. Agradeço aos doutores Timothy Trumper e David Gardner por moldarem radicalmente meu pensamento sobre o conceito teológico de adoção. Agradeço a Kevin Meath, Jennifer Strange e Johnston Moore por se debruçarem sobre estas páginas. Agradeço eternamente a meu Aba, Pai e a Jesus, o melhor irmão mais velho que alguém poderia ter ou desejar.

Um A Adoção dos pródigos Um dos meus sonhos é que, quando os cristãos ouvirem a palavra adoção, eles pensem primeiro em sua adoção por Deus. Estou longe de estar sozinho nesse sonho. Eu o compartilho com os coautores deste livro, com as pessoas ao lado de quem assisti às conferências Together for Adoption [Juntos pela adoção] e com inúmeros outros cristãos, a começar pelo apóstolo Paulo. A palavra adoção tem sua raiz em uma prática legal grecoromana e, até Paulo, todos a entendiam como uma referência à adoção humana, a qual poderíamos também chamar de adoção horizontal. Paulo, porém, deu ao conceito uma fundamentação teológica, ao baseá-lo na adoção vertical a adoção de pecadores por Deus. Paulo sabia de algo que grande parte da igreja hoje parece desconhecer se aprendermos a pensar primeiro verticalmente sobre a adoção, e só então horizontalmente, vamos desfrutar de uma comunhão mais profunda com o Deus trino e experimentar um maior engajamento missional com a dor e o sofrimento deste mundo. Esse é o tema deste livro. Nós acreditamos que:

adoção a doutrina da adoção tem sido amplamente negligenciada dentro da igreja no decorrer da história; ela continua a ser negligenciada dentro de grande parte da igreja evangélica hoje; embasar teologicamente a adoção horizontal de forma adequada no contexto da adoção vertical tem profundas implicações para a nossa compreensão de ambos os aspectos, e, portanto; na medida em que pudermos recuperar o equilíbrio teológico com respeito à adoção, a igreja será transformada, e nosso testemunho para o mundo será radicalmente redefinido. Por que a teologia da adoção é tão negligenciada? Trata-se de uma questão de foco, de para onde os cristãos voltaram sua atenção. Em geral acredita-se que a igreja tenha criado milhares de credos e confissões, sendo que mais de cento e cinquenta foram criados apenas durante o período da Reforma. No entan.to, ao repassar quase mil e novecentos anos de história da igreja, Philip Schaff encontrou apenas seis credos que contêm uma seção sobre a adoção teológica. Sendo bem justo, há algumas boas razões para isso. A igreja primitiva estava principalmente preocupada com a definição e a defesa das doutrinas de Cristo e da Trindade. Da mesma forma, a igreja da Reforma e pós-reforma em grande parte se concentrou em defender a doutrina da justificação. Devemos ser eternamente satisfeitos e gratos por essas batalhas terem sido travadas e vencidas de forma definitiva. Ao mesmo tempo, o foco 14

A Adoção dos pródigos restrito em um número relativamente pequeno de doutrinas impediu, de forma involuntária, que a igreja desenvolvesse por completo o ensino bíblico sobre a adoção vertical. Esse é em grande parte o motivo pelo qual os cristãos tendem a interpretar a palavra adoção inicialmente (e muitas vezes exclusivamente) em termos da adoção de crianças. É também por isso que a adoção vertical não recebe da comunidade cristã a atenção que deveria receber; é por isso que a paternidade de Deus e a nossa condição como seus filhos amados não fazem parte regular do nosso vocabulário; e é ainda por isso que o engajamento missional da igreja no mundo não é informado e moldado na medida em que poderia e deveria ser pelo que as Escrituras ensinam sobre a nossa adoção por Deus. Nossa oração é que este livro possa contribuir para mudar tudo isso, para a glória de Deus e para o nosso bem. Nossa raça de pródigos Poucas histórias têm a capacidade de nos impactar tão profundamente quanto a parábola de Jesus sobre o Filho Pródigo, em Lucas 15.11-32 (sugiro que você leia essa passagem agora se ainda não estiver muito familiarizado com ela). Nos últimos anos, o ensino de Tim Keller sobre essa parábola ajudou muito a igreja, justamente por focalizar nossa atenção no pai e em seu relacionamento, não apenas com o filho mais novo, mas também com o filho mais velho. 1 Como Jesus deixa claro logo no início, essa parábola é sobre dois filhos, e ambos estão distantes de seu pai. 1 Timothy Keller, The Prodigal God: Finding Your Place at the Table [Publicado no Brasil por Thomas Nelson do Brasil sob o título O Deus pródigo]. 15