APLICAÇÃO DA FOTOCATÁLISE COMO PÓS TRATAMENTO PARA REDUÇÃO DE TOXICIDADE DE EFLUENTE TÊXTIL AVALIADO POR BIOENSAIOS UTILIZANDO Artemia salina

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APLICAÇÃO DA FOTOCATÁLISE COMO PÓS TRATAMENTO PARA REDUÇÃO DE TOXICIDADE DE EFLUENTE TÊXTIL AVALIADO POR BIOENSAIOS UTILIZANDO Artemia salina ADRIANO VINÍCIUS SCALCO scalco.adriano@gmail.com Departamento de Engenharia Química da Universidade Estadual de Maringá Av. Colombo, 5.790. Jd. Universitário Maringá Paraná Brasil. KAREN RAIANE PICCOLI karenrpiccoli@gmail.com Departamento de Engenharia Química da Universidade Estadual de Maringá Av. Colombo, 5.790. Jd. Universitário Maringá Paraná Brasil. NÁDIA REGINA CAMARGO FERNANDES MACHADO nrcfmachado@uem.br Departamento de Engenharia Química da Universidade Estadual de Maringá Av. Colombo, 5.790. Jd. Universitário Maringá Paraná Brasil. Resumo: Sabe-se que o efluente de indústria têxtil é de difícil tratamento por meios tradicionais, pois além de possuir uma alta demanda química de oxigênio, é fortemente colorido e com alta toxidade. Em função destas dificuldades, os processos de oxidação avançada (POAs), em particular a fotocatálise heterogênea, mostram-se métodos promissores para a remoção de poluentes orgânicos de efluentes têxteis. Neste trabalho aplicou-se a fotocatálise heterogênea no tratamento de efluente têxtil como uma etapa complementar ao tratamento tradicional. Para a fotocatálise, utilizou-se radiação artificial UV, potência de 250 W, durante 5h. Os catalisadores utilizados foram ZnO, Nb 2 O 5 e estes suportados em zeólita NaY comercial por impregnação úmida e precipitação respectivamente. A degradação fotocatalítica foi acompanhada por teste de toxicidade utilizando Artemia salina. O catalisador mais eficiente foi Nb 2 O 5 com a CL 50 > 200 mg/l, juntamente com 10% de ZnO/NaY e 10% de Nb 2 O 5 /NaY, porém o espaçamento entre as curvas do teste com Nb 2 O 5 é maior, o que induz à elevação da CL 50, indicando maior eficiência na eliminação da toxidade do efluente industrial de indústria têxtil. Palavras-chave: Fotocatálise, Toxicidade, Tratamento de Efluente, Efluente Têxtil. APLICATION OF PHOTOCATALYSIS LIKE SECONDARY TREATMENT TO REDUCE TOXICITY OF THE TEXTILE EFFLUENT USING BIOASSAYS WITH Artemia salina Abstract: It is known that the textile industry wastewater is difficult to treat using traditional methods, since as well as possessing a high chemical oxygen demand, is strongly colored and has a high toxicity. Due to these difficulties, advanced oxidation processes (AOPs), in particular, heterogeneous

photocatalysis, shows as promising methods for the removal of organic pollutants from textile effluents. In this work heterogeneous photocatalysis was applied to the treatment of textile effluent as a complementary step of the traditional treatment. For photocatalysis, was used artificial UV radiation, with a 250 W power for 5 h. The catalysts used were ZnO, Nb 2 O 5 and these were supported on commercial zeolite NaY by wet impregnation and precipitation respectively. The photocatalytic degradation was followed by a toxicity test using Artemia Salina. The most efficient catalyst was Nb 2 O 5 with LC50 > 200 mg/l, along with 10% of ZnO/NaY and 10% Nb2O5/NaY, however the spacing between the test curves with Nb2O5 is higher, which leads to elevated LC50, indicating greater efficiency in the elimination of textile industry industrial effluent toxicity. Keywords: photocatalysis, toxicity, effluent treatment, textile effluent 1. INTRODUÇÃO O Setor Têxtil e de Confecção Brasileiro tem destaque no cenário mundial, não apenas por seu profissionalismo, criatividade e tecnologia, mas também pelas dimensões de seu parque têxtil (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção). Além disso, as indústrias têxteis são caracterizadas pela grande geração de efluentes, pois para tratar 1 kg de fibra de algodão necessita-se de 80 a 100 L de água (KRITIKOS et al., 2007), os quais apresentam grande carga tóxica que, quando não tratados corretamente, podem causar muitos problemas ambientais. Os principais problemas ambientais da indústria têxtil e de tingimento, estão relacionados com a utilização de azo-corantes. Os corantes fazem parte de um grupo de materiais chamados colorantes que são caracterizados por absorverem luz na região do visível (400 a 760 nm). São compostos orgânicos capazes de colorir substratos têxteis ou não têxteis, em condições de processos pré-estabelecidos (ZOLLINGER, 1991). A grande maioria das indústrias têxteis utilizam técnicas baseadas em métodos físicoquímicos seguidos de processo biológico para tratarem seus efluentes. Estes métodos, porém, tem como desvantagem a necessidade de requerer outros métodos subsequentes para tratar os resíduos gerados, ou ainda, se mostrarem ineficientes para a completa remoção de cor e degradação de compostos tóxicos (LEDAKOWICZ et al., 2000; GUARATINI & ZANONI, 2000). A fotocatálise heterogênea, dentre outras técnicas, é estudada atualmente como um tratamento complementar por ser capaz de mineralizar materiais que não são eliminados pelos processos tradicionais (FERNANDES- MACHADO, 2005) sendo assim capaz de reduzir a toxicidade. As vantagens dos POAs estão no fato destes serem processos realizados à temperatura ambiente que utilizam energia luminosa para produzir intermediários altamente reativos e de elevado potencial de oxidação ou redução, que então atacam e destroem os compostos contaminantes. Os POAs envolvem a geração de quantidades significativas de radicais hidroxilas ( OH), um forte agente oxidativo ativo, que promove total mineralização dos compostos a CO 2, H 2 O e sais minerais (ALINSAFI et al., 2007; CUZZOLA et al., 2002). Devido à sua alta reatividade (Eo = 2,8 ev), os radicais hidroxilas podem agir com uma variedade de classes de compostos promovendo sua mineralização (NOGUEIRA & JARDIM, 1998). O objetivo do trabalho foi o estudo da atividade e cinética dos catalisadores na fotodegradação para redução da toxicidade do efluente têxtil após seu tratamento tradicional baseado em métodos físico-químicos como coagulação, floculação e flotação com ensaios biológicos utilizando Artemia salina.

2. METODOLOGIA Os catalisadores utilizados foram preparados e sintetizados antes da fotocatálise. Quanto ao efluente, foi filtrado antes do teste fotocatalítico e das avaliações de toxicidade. 2.1. Preparo dos catalisadores No preparo dos catalisadores com óxido de zinco foi utilizado ZnO comercial suportado na zeólita NaY por deposição do óxido disperso na zeólita na proporção de 10%. Foi utilizado rotaevaporador para secagem lenta sobre o suporte em seguida colocado em estufa à 70ºC por 12 h para remoção final da umidade. ZnO comercial também foi utilizado puro, mássico, nos testes fotocatalíticos. Já os catalisadores com pentóxido de nióbio mássico e Nb 2 O 5 suportado em NaY, também na proporção de 10%, foram preparados por precipitação do sal de Oxiniobato de Amônia com NaOH até o ph de 10, então mistura foi posta em descanso por 24 h sendo filtrada, lavada com água deionizada e em seguida seca em estufa a 105ºC por 12h. Os catalisadores foram pelletizados, calcinados a 500 C/5 h, granulados e selecionado entre 0,85 e 1,00 mm. 2.2. Preparo do efluente O efluente, coletado no final do tratamento físico-químico de uma lavanderia, é conduzido à filtração rápida com papel filtro em funil de buchner e kitassato para remoção de pequenos flocos formados por fibras de jeans que não se sedimentou e após os testes fotocatalíticos, as amostras foram filtradas em membranas de 0,22 µm para remoção do catalisador. 2.3. Testes fotocatalíticos O reator fotocatalítico utilizado neste experimento era composto de agitador magnético tipo placa, quatro recipientes com capacidade de 0,6 L cada para armazenar 0,5 L do efluente, lâmpada de 250 W, sem bulbo para garantir irradiação na região UV, e um sistema de refrigeração que mantinha a temperatura da solução em torno dos 25ºC. Os testes fotocatalíticos foram realizados com 500 mg/l de concentração de catalisador. Inicialmente a solução ficou em contato com o catalisador no escuro sob agitação por 1 h, para uma possível adsorção dos contaminantes no catalisador, seguida de 5 h de irradiação para atividade fotocatalítica. As amostras foram retiradas a cada hora e levadas a um refrigerador até que fossem realizadas as devidas avaliações. 2.4. Teste de toxicidade Para verificar a redução da toxicidade do efluente, após os testes fotocatalíticos, foi utilizada a metodologia que aplica A. salina, um bioindicador (RODRIGUES et al., 2004; NUNES et al., 2006), que possibilita a determinação da concentração letal para 50% da população (CL 50 ) (MOREIRA, 2002). Quanto maior a concentração letal, menor a toxidade. A solução para eclosão dos cistos de A. salina foi preparada com a solubilização de 40 g de sal marinho em 2 L de água tratada, esta foi aerada por 24 h, então foram colocados os cistos para eclosão. Após 48 h, foram coletadas e contadas 10 larvas de A. salina para cada tubo de ensaio, contendo volumes da solução salina de dicromato de potássio (0, 10, 20, 40 e 60 µl), para uma curva controle da toxicidade, e volumes da solução salina das mostras (0, 0,1, 0,3, 0,7, 1 e 2 ml) para a curva de CL 50.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO A redução da toxicidade do efluente foi avaliada com aplicação dos náuplios de A. salina na amostra do efluente tratado com o sistema tradicional (físico-químico) e nas amostras do efluente submetido a testes de fotocatálise com os catalisadores descritos anteriormente. O resultado da análise é expresso em função da CL 50 a partir do gráfico de Reed-Muench (MOREIRA, 2002) sendo que, quanto maior a concentração da CL 50, menos tóxico é o efluente (RODRIGUES et al., 2004). O teste de toxicidade foi realizado em amostras do efluente após os diversos experimentos. Além dos catalisadores preparados, ZnO, 10%ZnO/NaY, Nb 2 O 5, 10%Nb 2 O 5 /NaY, foram realizados experimentos sem catalisador (fotólise) e com o TiO 2 P-25 da Evonik. O teste feito com dicromato de potássio (referência tóxica, ou seja controle) apresentou uma CL 50 igual a 1,45 do Log da concentração como pode ser visto da Figura 1, que corresponde a uma concentração de 29,51 mg/l, conforme a Tabela 1. Tabela 1. Concentração letal média (CL 50 ) obtida em cada amostra, antes e depois da fotodegradação. Amostras Concentração letal (CL 50 ) (mg/l) Dicromato de potássio 29,51 Efluente tratado (ET) 158,48 ET após fotocatálise com ZnO 147,91 ET após fotocatálise com 10%ZnO/NaY > 200* ET após fotocatálise com Nb 2 O 5 > 200* ET após fotocatálise com10%nb 2 O 5 /NaY > 200* ET após fotocatálise com TiO 2 P-25 > 200* ET após fotólise 186,21 * Não tóxica Figura 1. Gráfico da quantidade de Artemia salina de mortos e vivos acumulados em função do Log da concentração do dicromato de potássio.

O efluente têxtil coletado no final do tratamento físico-químico apresentou uma CL 50 de 158,48 mg/l. Como pode ser visto na Figura 2, o ponto de cruzamento das duas curvas está marcado em 2,2 do Log da concentração. Figura 2. Gráfico da quantidade de Artemia salina de mortos e vivos acumulados em função do Log da concentração do efluente tratado por processo físico-químico. Na Figura 3 é possível ver que o ponto de encontro das duas curvas estão em 2,17 do Log da concentração, o que determina um CL 50 de 147,91 mg/l. Portanto o teste fotocatalítico com ZnO comercial mostra uma redução da CL 50 quando comparada com o efluente sem tratamento fotocatalítico, sendo assim, esta amostra apresenta uma toxicidade mais elevada após o teste fotocatalítico, mostrando que os intermediários gerados são mais tóxicos que os compostos que constituem o efluente. Figura 3. Gráfico da quantidade de Artemia salina de mortos e vivos acumulados em função do Log da concentração do efluente tratado após a fotocatálise com ZnO comercial.

O teste fotocatalítico com 10%ZnO/NaY não tem a CL 50 apontada na Figura 4, portanto o Log da concentração é maior que 2,3. Sendo assim, o resultado da toxicidade é maior que 200 mg/l. Esse resultado indica um efluente não tóxico após a fotodegradação. Figura 4. Gráfico da quantidade de Artemia salina de mortos e vivos acumulados em função do Log da concentração do efluente tratado após a fotocatálise com 10%ZnO/NaY. Na Figura 5, é possível ver também que não há um cruzamento das curvas, portanto não apresenta uma CL 50 (> 200 mg/l) dentro das concentrações avaliadas, assim como na Figura 4. Porém o espaço entre as curvas da Figura 5, teste fotocatalítico com Nb 2 O 5, apresenta maior espaçamento que entre as curvas da Figura 4, portanto uma maior facilidade em eliminar a toxicidade do efluente. Figura 5. Gráfico da quantidade de Artemia salina de mortos e vivos acumulados em função do Log da concentração do efluente tratado após a fotocatálise com Nb 2 O 5.

Na Figura 6, pode-se observar que não há cruzamento entre as curvas (CL 50 > 200 mg/l) para o teste feito com 10%Nb 2 O 5 /NaY. Porém é possível ver que a toxicidade é maior que nos dois testes apresentados anteriormente (10%ZnO/NaY e Nb 2 O 5 puro). Figura 6. Gráfico da quantidade de Artemia salina de mortos e vivos acumulados em função do Log da concentração do efluente tratado após a fotocatálise com 10% Nb 2 O 5 /NaY. A Figura 7 apresenta as curvas do teste fotocatalítico com o catalisador comercial P25, cujo teste também oculta a CL 50, portanto a toxicidade é maior que 200 mg/l. O teste apresentado na Figura 6 mesmo sem a CL 50 apresentada é mais tóxico que o teste da Figura 7, considerando o intervalo entre as duas curvas. Figura 7. Gráfico da quantidade de Artemia salina de mortos e vivos acumulados em função do Log da concentração do efluente tratado após a fotocatálise com TiO 2 P-25.

O teste com o efluente submetido à fotólise também apresenta um pequeno aumento da CL 50. Com isso é possível ver a atividade de degradação utilizando somente a lâmpada sem o bulbo. O cruzamento das curvas se encontra em 2,27 no Log da concentração, o que representa 186,21 mg/l. Figura 8. Gráfico da quantidade de Artemia salina de mortos e vivos acumulados em função do Log da concentração do efluente tratado após a fotólise. Os testes apresentados nas Figuras 4, 5, 6 e 7, apresentam uma concentração letal maior que 200 mg/l (a maior concentração utilizada nos ensaios de toxicidade com A. salina). Porém o teste fotocatalítico com Nb 2 O 5 (Figura 5) apresenta maior redução da toxicidade, visto que as curvas de mortos e vivos acumulados estão mais distantes. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A sintetização e preparação dos catalisadores resultaram em três fotocatalisadores com atividade fotocatalítica comprovada, nas proporções de 10%ZnO/NaY, Nb 2 O 5 e 10%Nb 2 O 5 /NaY. Estes apresentaram uma forte atividade na redução da toxicidade do efluente que foi tratado anteriormente em estação operada por processos físico-químicos. O fotocatalisador Nb 2 O 5, obteve o melhor desempenho, gerando um efluente sem toxicidade, sendo um catalisador promissor para aplicação em processos fotocatalíticos para pós-tratamento de efluentes de indústria têxtil. Agradecimentos REFERÊNCIAS ALINSAFI, A.; EVENOU, F.; ABDULKARIM, E. M.; PONS, M. N.; ZAHRAA, O.; BENHAMMOU, A.; YAACOUBI, A.; NEJMEDDINE, A. Treatment of textile industry wastewater by supported photocatalysis. Dyes and Pigments, 2007, 74: 439-445. Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção. Disponível em: www.abit.org.br. Acesso em: 18 abril 2015.

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