ELABORAÇÃO DO OE PARA 2002

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Transcrição:

Circular Série A N.º 1281 A TODOS OS DEPARTAMENTOS DO ESTADO SE COMUNICA: ASSUNTO: Procedimentos a ter em conta para a introdução física do Euro, na administração financeira do Estado. Dando cumprimento ao estipulado na alínea q) do ponto 7, do despacho n.º 9501/2001 (2.ª série) do Senhor Ministro das Finanças, publicado a 07 de Maio, relativo ao Plano Final de Transição da Administração Pública Financeira para o euro, transmitem-se as seguintes instruções respeitantes às operações orçamentais, por forma a uniformizar procedimentos, aprovadas por Sua Excelência o Secretário de Estado do Orçamento: I ELABORAÇÃO DO OE PARA 2002 (alínea a) e b) do despacho) 1. Relativamente aos procedimentos a ter em conta na elaboração do Orçamento do Estado para 2002, que terá expressão em euros, serão emanadas oportunamente instruções específicas através da circular relativa à Preparação do OE para 2002.

II PRAZOS PARA AUTORIZAÇÃO DE DESPESAS E EFECTIVAÇÃO DOS CRÉDITOS (alínea d) do despacho) 2. Atendendo aos prazos estipulados no art.º 12 do Decreto de execução orçamental para 2001 (Decreto-Lei n.º 77/2001, de 5 de Março), alerta-se para a inexistência de período complementar para processamento, liquidação e pagamento das despesas de 2001, facto que vem simplificar os procedimentos do arranque do OE 2002 já elaborado em unidade euro. III SALDOS DO ANO DE 2001 (alínea e) do despacho) 3.1 - Sendo o OE 2001 elaborado e executado em escudos, os saldos são apurados em 2002 também em escudos e convertidos em euros pelos próprios Serviços (autonomia administrativa e autonomia administrativa e financeira), com vista à sua eventual integração no Orçamento do ano económico de 2002, por ser esta a unidade monetária em vigor. 3.2 - Os saldos que não são susceptíveis de transição nos termos da lei, devem também ser apurados em escudos e convertidos no seu total em euros com vista à sua contabilização em receitas do Estado no ano da sua efectiva escrituração.

3.3 - A conversão dos saldos em euros, será efectuada da seguinte forma: 3.3.1 Saldos de dotações orçamentais os saldos são apurados em escudos, por classificação económica, convertendo-se para euros somente o resultado da soma dos montantes correspondentes a essas classificações económicas. 3.3.2 Saldos resultantes de transferências do OE (passíveis de transição) - os saldos são apurados em escudos, por classificação económica, convertendo-se para euros, os montantes correspondentes a cada classificação económica. 3.3.3 Receitas próprias dos serviços - os totais dos saldos são apurados em escudos e convertidos para euros. 3.3.4 Saldos de receitas comunitárias os saldos são apurados em escudos, por classificação económica, convertendo-se para euros, os montantes correspondentes a cada classificação económica. IV LIQUIDAÇÃO DOS FUNDOS PERMANENTES E DE MANEIO (alínea f) do despacho) 4. Os montantes dos saldos dos Fundos Permanentes e de Maneio, serão apurados em escudos, por classificação económica da despesa uma vez que reportam ao ano económico de 2001, sendo o seu total convertido em euros.

A reposição destes saldos será efectuada através de guia de reposição não abatida nos pagamentos, a emitir em 2002, sendo a conversão da responsabilidade dos serviços processadores. V DESPESAS DE ANOS ANTERIORES (alínea g) do despacho) 5. Os encargos referentes a despesas de anos anteriores a 2002 (assumidos em escudos), serão processados e pagos em euros pelo serviço processador. Para o efeito, os documentos de despesa, expressos em escudos, deverão passar a conter a indicação dos montantes, por classificação económica da despesa, resultantes da conversão em euros. VI CONTRATOS (alíneas h) e i) do despacho) 6. Atendendo ao Princípio da Continuidade dos Contratos, (com fundamento nos regulamentos (CE) n.ºs 1103/97, de 17 de Junho e 974/98, de 3 de Maio, ambos do Conselho), todos os contratos celebrados até finais de 2001, manter-se-ão em vigor após esta data. Em vez da moeda nacional, passará a lerse euro, fazendo-se as respectivas conversões utilizando as taxas legais, uma vez que apenas se altera a expressão monetária dos valores que são equivalentes, salvo, acordo em contrário, das partes que celebraram os contratos.

6.1 Quanto aos autos de medição e facturas, respeitantes a contratos celebrados até 31/12/01, que se apresentem a pagamento em 2002 ou anos seguintes, os mesmos deverão ser emitidos em euros, para processamento e pagamento nesta unidade monetária. VII GUIAS DE REPOSIÇÃO (alíneas j) l) e m) do despacho) 7.1 As guias emitidas e pagas no mesmo ano económico, guias de reposição abatidas, não carecem de procedimentos especiais. Recomenda-se, contudo, que as guias de reposição a emitir ainda durante 2001, tenham já a expressão em escudos e euros, com vista a uma sensibilização de todos os intervenientes no processo. 7.2 Quanto às guias de reposição não abatidas, à excepção das que se referem aos saldos de 2001 (mencionadas no parte III desta circular), deverá ter-se em conta os seguintes procedimentos: 7.2.1. emitidas em escudos, em anos anteriores a 2002, cujo pagamento venha a verificar-se em 2002 ou anos seguintes, serão convertidas em euros pelo valor global da guia, pelos serviços encarregados da respectiva cobrança, no acto do pagamento, passando a constar no documento a referência aos montantes nas duas unidades monetárias; 7.2.2. emitidas em 2002 e relativas a pagamentos indevidos respeitantes a anos anteriores a 2002, deverão ser emitidas em euros pela entidade responsável pela sua emissão, ou seja, o serviço apura os valores da reposição em escudos, por classificação económica, procedendo à conversão do total para euros.

7.3 Em relação às guias de reposição não abatidas emitidas em 2002, respeitantes a saldos de dotações orçamentais de 2001, deverão os serviços apurar e converter os saldos conforme o ponto 3.3.1. da presente circular, devendo emitir a respectiva guia pelo valor global do saldo apurado e convertido. 7.4 No que se refere às guias de reposição não abatidas, emitidas em 2002, respeitantes a saldos de dotações orçamentais de 2001, provenientes de fundos comunitários, como é o caso dos Investimentos do Plano, atendendo à sua especificidade, em que a escrituração é retroagida ao ano económico de 2001, deverão os serviços emitir as guias em euros e informar a DGO do seu contravalor em escudos, por classificação económica, para que se possa abater à despesa autorizada em 2001 e demais procedimentos orçamentais. VIII UNIDADE MONETÁRIA DA CGE DE 2001 (alínea n) do despacho) 8. A unidade monetária da Conta Geral do Estado (CGE) de 2001, bem como das contas de gerência dos organismos públicos ou outros documentos de prestação de contas, de acordo com o despacho citado, será o escudo, dado que o orçamento de 2001 foi aprovado e executado também em escudos. Contudo, para efeitos comparativos, devem ser elaborados mapas síntese, à semelhança do que já acontece com a CGE e o OE, durante o período de transição (1999-2001), devendo adoptar-se as regras gerais de arredondamento, sendo os montantes apresentados com arredondamento ao cêntimo de euro (2 casas decimais).

IX TRATAMENTO CONTABILÍSTICO DAS DIFERENÇAS DE ARREDONDAMENTOS (alínea o) do despacho) 9. O tratamento contabilístico das diferenças de arredondamento resultantes da aplicação de cálculos de conversão, vem definido na Portaria n.º 28/99 (2ª série), de 15 de Janeiro, sendo: Art.º 2 As diferenças que decorram do arredondamento de produtos ou somas de parcelas ou saldos expressos em escudos e euros resultantes das operações de conversão efectuadas no âmbito do disposto no n.º anterior, serão afectas a uma conta de operações de tesouraria específica para arredondamentos. Art.º 3 A regularização contabilística do saldo activo ou passivo da conta referida no número anterior deverá ser efectuada no exercício orçamental de 2002 Assim as diferenças de arredondamento supra citadas, devem ser contabilizadas na conta de operações específicas do Tesouro 03.55 Arredondamentos, sendo da competência da DGT a regularização da referida conta, em 2002.

X VENCIMENTOS EM 2002 CONVERSÕES E ARREDONDAMENTOS (alíneas p) e q) do despacho) 10. Estas matérias são objecto de análise na Circular Série A, n.º 1280, de 19 de Julho, relativa a taxas de conversão e regras de arredondamento. XI IMPLICAÇÕES LEGISLATIVAS (n.º 2 do despacho) 11. De um modo geral, a introdução física da moeda única não implica necessariamente alterações quer na legislação, quer nos instrumentos jurídicos vigentes, mantendo-se estes válidos, nomeadamente os contratos já celebrados em obediência ao princípio da segurança jurídica e da estabilidade contratual, previsto no artigo 3º do Regulamento (CE) n.º 1103/97 do Conselho de 17 de Junho. Porém, pontualmente verificou-se a necessidade de redenominar e, em alguns casos, alterar os valores monetários consagrados na actual legislação referente ao regime jurídico das empreitadas de obras públicas (Decreto-Lei n.º 59/99 de 2 de Março) e regime jurídico da realização de despesas públicas e da contratação pública relativa à locação e aquisição de bens móveis e serviços (Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho), principalmente no que respeita aos montantes que determinam o limite das competências para autorização das despesas públicas, tendo sido para o efeito elaborados os respectivos projectos que aguardam aprovação.

Contudo, no sentido de dar cumprimento à RCM nº 170/2000, de 7 de Dezembro, que aprovou as Orientações Nacionais para a introdução física do Euro, os serviços e organismos devem adoptar os procedimentos necessários, designadamente no que respeita às orientações nacionais 7ª e 8ª, que se transcrevem: 7ª. Orientação Nacional Todos os actos legislativos ou regulamentares da competência do Governo que envolvam a fixação de montantes monetários deverão ser elaborados necessariamente na unidade euro. 8ª Orientação Nacional A elaboração de actos legislativos ou regulamentares da competência do Governo que envolvam a fixação de montantes monetários na unidade escudo, até 31 de Dezembro de 2001, só deverá ser efectuada se tal for considerado imprescindível e sempre em acumulação com a unidade euro. XII IMPRESSOS E DOCUMENTOS 12. Os serviços deverão efectuar um levantamento de todos os impressos utilizados que contenham ainda a referência à unidade escudos e fazer a sua adaptação à unidade monetária euro, recomendando-se durante o ano em curso a referência às duas moedas, como no caso das guias de receita, guias de reposição, notas de encomenda, facturas, recibos, modelo de folhas de despesa e de requisições de fundos.

XIII SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 13.1 Os sistemas de informação que apoiam a gestão orçamental da responsabilidade da DGO/II estarão preparados para a introdução física do euro. Os organismos com sistemas de informação próprios terão de proceder à sua adaptação. Os campos de input e output deverão ter duas casas decimais, separando-se por vírgula a unidade euro da décima. 13.2 As bases de dados históricos existentes a 31 de Dezembro de 2001, deverão manter-se em escudos, uma vez que a prestação de contas relativa a 2001 será apresentada em escudos, conforme se refere no ponto 7, alínea n), do despacho do Ministro das Finanças. A partir desses dados obter-se-á informação em euros a fim de se proceder à elaboração do OE 2002 e para análises comparativas em anos futuros. 13.3 Os organismos que tenham aplicações informáticas de suporte à RAFE, deverão criar as condições necessárias, designadamente as infra-estruturas tecnológicas, que permitam ao Instituto de Informática proceder às migrações para a versão gráfica/euro, durante o ano em curso. XIV EMISSÃO E RECEPÇÃO DE CHEQUES Os serviços e organismos, no que respeita à emissão e ou recepção de cheques, devem ter em conta os aspectos regulamentados pelo Banco de Portugal, através do AVISO N.º 2/2001, de 7 de Fevereiro, publicado no Diário da República nº. 40 de 16 de Fevereiro de 2001, no que respeita ao uso do cheque, do qual se

transcrevem os seguintes procedimentos fundamentais: ARTº 1º - CHEQUES EMITIDOS POR CLIENTES DE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO 1- Os cheques devem ser preenchidos na moeda pré-impressa nos respectivos módulos. 2- Os cheques não podem conter emendas ou rasuras nem divergências entre a denominação monetária pré-impressa e a mencionada por extenso. 3- Qualquer instituição de crédito pode recusar o pagamento, depósito ou apresentação a pagamento, bem como proceder à devolução de cheques em relação aos quais não tenha sido observado o preceituado nos números anteriores, e em caso algum os mesmos cheques serão admitidos no sistema de compensação interbancária. ARTº 2º - CHEQUES EMITIDOS EM ESCUDOS 1- Os cheques expressos em escudos e com data de emissão igual ou anterior a 31 de Dezembro de 2001, podem ser admitidos no sistema de compensação interbancária apenas até 28 de Fevereiro de 2002. 2- Os cheques expressos em escudos e com data de emissão posterior a 31 de Dezembro de 2001, não são admitidos no sistema de compensação interbancária. 3-... 4-... 5-... XV POCP e Planos sectoriais Os organismos que se encontram a aplicar o Plano Oficial de Contabilidade Pública ou Plano sectorial (POCAL, POCE, POCMS e POCISSSS), deverão adoptar as instruções aprovadas pela Directriz contabilística nº 21 Contabilização dos efeitos da introdução do euro, (Instrução nº 5/97, da CNC, publicada no DR nº 258, II Série, de 7/11/97), em tudo o que for aplicável, e sem prejuízo das instruções constantes na presente circular. Direcção-Geral do Orçamento, em 19 de Julho de 2001. O DIRECTOR-GERAL FRANCISCO BRITO ONOFRE