OFICINA DE CAPACITAÇÃO NO USO DE SIG APLICADO A CARACTERIZAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS: estudos para criação de Unidade de Conservação em Itapema/SC.

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Transcrição:

OFICINA DE CAPACITAÇÃO NO USO DE SIG APLICADO A CARACTERIZAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS: estudos para criação de Unidade de Conservação em Itapema/SC. Autores: Marcelo Pedroso Curtarelli 1 ; Richard Eilers Smith 2 ; João Daniel T. Simões Pires 3 ; Danilo Cunha Alcantara 4 ; Rodrigo Bicudo Merege 5 ; Cristina Covello 6 & Frederico Thompson Genofre 7 RESUMO: O município de Itapema vive atualmente um processo de crescimento urbano acelerado. O município possuía no ano 2000 uma população de 25.869 habitantes. Segundo dados do IBGE, este número aumentou para 33.766 habitantes em 2007. Com este cenário e a expansão de mercados associados ao turismo, a tendência é que ocorra um rápido crescimento populacional nas áreas periféricas de Itapema, aumentando o processo de ocupação irregular do solo. O Núcleo de Educação Ambiental (NEAmb), vinculado ao Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental do Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina propôs o projeto Estudos para Criação de Unidade de Conservação em Itapema/SC para realização dos estudos preliminares para a criação de uma Unidade de Conservação (UC) no município, como levantamento e estudo dos meios bióticos, físicos e socioeconômicos. Uma das vertentes do estudo do meio físico de Itapema é o levantamento da hidrografia e hidrologia da região de estudo, o qual está sendo feito em forma de oficinas de capacitação para membros do NEAmb e é o objeto principal deste artigo. A citada UC foi proposta conforme o Termo de Ajustamento de Conduta, firmado entre o Plaza Itapema Resort & SPA e o Ministério Público de Santa Catarina. ABSTRACT: Currently, Itapema city lives a accelerated process of urban growth. In 2000, Itapema had a population of 25,869 inhabitants. According to IBGE, this number has increased to 33,766 inhabitants in 2007. With this scenario and the expansion of markets related to tourism, the trend is that fast population growth occurs in the peripheral areas of Itapema, increasing the process of illegal occupation of land. The Environmental Education Center (NEAmb), linked to the Department of Sanitary and Environmental Engineering of Technology Center, from Federal University of Santa Catarina, proposed a project entitled Studies for the creation of Conservancy Unity in Itapema/SC for the realization of the necessary studies for creation o fone Conservancy Unity (CU) in the city, as survey and study of biotic resources, physical features and socialeconomics aspects. One of the physical features study of Itapema is the studies of hydrography and hydrology of the area, which is being done in form of training workshops for members of Neamb and is the main subject of this article. This CU has been proposed as the Statement of Conduct Adjustment, signed by Itapema Plaza Resort & Spa and Prosecutor in Santa Catarina. Palavras chave: Oficinas de capacitação, SIG, Caracterização de bacias hidrográficas. 1) Graduando do Curso de Eng. Sanitária e Ambiental. CTC-UFSC. Rua Padova, 44 apto. 102. Córrego Grande. 88037-640. Florianópolis/SC 2) Graduando do Curso de Eng. Sanitária e Ambiental. CTC-UFSC. Servidão Manoel Isidoro Augusto 464. Rio Tavares. 88048-446. Florianópolis/SC 3) Graduando do Curso de Eng. Sanitária e Ambiental. CTC-UFSC. Rua Pedro Edmundo Bittencourt, 255. Rio Tavares. 88048-357. Florianópolis/SC 4) Graduando do Curso de Eng. Sanitária e Ambiental. CTC-UFSC. Servidão Canarinho, 399. Rio Tavares. 88048-840. Florianópolis/SC 5) Graduando do Curso de Biologia. CCB-UFSC. Servidão Maria Ana Cameu, 61. Rio Tavares. 88048-412. Florianópolis/SC 6) Graduada no Curso de Geografia CFH-UFSC.Rua Alexandrino Pedro Daniel, 145. Campeche. 88063-535. Florianópolis 7) Graduando do Curso de Eng. Sanitária e Ambiental. CTC-UFSC. Rua Europa, 228 Trindade. 88036-135 Florianópolis/SC.

1. INTRODUÇÃO O Núcleo de Educação Ambiental (NEAmb), vinculado ao Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental do Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina, é composto por professores e estudantes de diferentes áreas do conhecimento, que visam a implementação de tecnologias sociais, e a promoção da educação ambiental através do suporte técnico e do conhecimento gerado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O NEAmb busca metodologias de cooperação com os diferentes atores da sociedade, para o empoderamento das comunidades e a capacitação de técnicos do poder público. Seguindo esta linha de pensamento, a extensão universitária, um dos pilares da Universidade, juntamente com a pesquisa e o ensino, proporciona respaldo técnico e infra-estrutural, que permite maior abrangência e qualidade nos projetos desenvolvidos pela UFSC. Desta forma, o NEAmb propôs a realização dos estudos preliminares para a criação da Unidade de Conservação (UC) no município de Itapema. A citada UC foi proposta conforme o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado entre o Plaza Itapema Resort & SPA e o Ministério Público de Santa Catarina. O Projeto do NEAmb Estudos para Criação de Unidade de Conservação em Itapema/SC foi contemplado pelo Ministério Público/SC, tendo a duração de um ano para o levantamento de diversas características da área de abrangência da UC, como o levantamento e estudo dos meios biótico, físico e socioeconômico. Uma das vertentes do estudo do meio físico de Itapema é o levantamento da Hidrografia e Hidrologia da região de estudo, o qual está sendo feito em forma de oficinas de capacitação para alguns membros do NEAmb e é o objeto principal deste artigo. 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo Geral: Estudar as características hidrológicas e hidrográficas das três sub-bacias hidrográficas presentes na área de abrangência do projeto Estudos para Criação de Unidade de Conservação em Itapema/SC. 2.2. Objetivos específicos: 1. Capacitar membros do Núcleo de Educação Ambiental do CTC no uso de Sistemas de Informações Geográficas aplicado ao estudo dos Recursos Hídricos; 2. Caracterizar as três sub-bacias da área do projeto; 3. Elaborar três relatórios parciais e o relatório final previstos para o projeto; XVIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 2

4. Criar uma base de dados georreferenciadas contendo as informações adquiridas sobre as três subbacias da área do projeto. 3. JUSTIFICATIVAS 3.1. Legal A intervenção do poder público através dos devidos instrumentos legais, como o controle social e a busca por parcerias institucionais, são medidas importantes na busca pela melhoria da qualidade de vida da população em geral. O Sistema Nacional de Conservação (SNUC) é um desses instrumentos, que auxilia a criação de UCs, fazendo com que estas passem a ser, ao mesmo tempo, produtivas e protegidas. Produtivas pelas perspectivas de uso sustentável, como o ecoturismo e o manejo de recursos naturais; e protegidas no aspecto dos cuidados com as UCs, através da criação de programas de inclusão social e desenvolvimento de pesquisas científicas, em áreas antes esquecidas. 3.2. Ambiental Apesar de grande parcela dos recursos financeiros serem destinados ao bioma Mata Atlântica (cerca de 41%), menos de 1% de todos os recursos são destinados à criação de UCs. Este dado reflete a dificuldade de implantação de novas áreas a serem protegidas, justificando iniciativas como essa de desenvolvimento do projeto destinado à criação e manutenção da UC de Itapema. 3.3. Social O município de Itapema vive atualmente um processo de crescimento urbano acelerado, os índices de ocupação do território só aumentam, apresentando valores alarmantes para os parâmetros nacionais e internacionais. Itapema possuía, no ano 2000, uma população de 25.869 habitantes. Segundo dados mais recentes do IBGE, este número aumentou para 28.750 habitantes no ano de 2002 e para 33.766 habitantes no ano de 2007, ao mesmo tempo em que o crescimento da população na alta temporada é muito mais intenso. Com este cenário e a expansão de mercados associados ao turismo, a tendência é que ocorra um rápido crescimento populacional nas áreas periféricas de Itapema, aumentando ainda mais o processo ocupação irregular do solo. Isso coloca em risco eminente as escarpas de morros, que, como na maioria das grandes cidades, tornam-se cinturões de pobreza. 4. ÁREA DE ESTUDO O município de Itapema está localizado entre as coordenadas 48 37'32" W 27 7'7" S na Região Hidrográfica 8. A área do município abrange integralmente a sub-bacia do rio Areal, e parcialmente as XVIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 3

sub-bacias do rio Perequê e Mata Camboriú. A área proposta para a criação da Unidade de Conservação tem sua representação e referência com o nível de cota 100 m, como podemos ver na figura 1. 5. METODOLOGIA Figura 1 Localização do município de Itapema O levantamento e estudo das características físicas, hidrográficas e hidrologicas, das sub-bacias na região da futura Unidade de Conservação em Itapema/SC, estão sendo feitos em forma de curso de capacitação de alguns bolsistas do Projeto utilizando um Sistema de Informação Geográfica (SIG), através do software Arcgis 9.2. A capacitação acontece no Laboratório GT-Hidro (Grupo Transdisciplinar de Pesquisa em Governança da Água e do Território) e vem sendo ministrada pelos bolsistas do GT-Hidro Marcelo Pedroso Curtarelli e Frederico Thompson Genofre. As sub-bacias presentes na área da futura Unidade de Conservação são três, sendo: sub-bacia do rio Mata Camboriu, sub-bacia do rio Areal e sub-bacia do rio Perequê. Para o estudo e obtenção dos dados hidrográficos e hidrológicos de Itapema estão sendo utilizadas cartas topográficas do IBGE 1:50.000 e a divisão das unidades hidrográficas do estado de santa catarina digitalizadas, em formato shapefile, datum South America 1969, disponíveis gratuitamente na Mapoteca Digital de Santa Catarina, no site da EPAGRI (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), através do cadastro on-line do usuário no site http://www.ciram.com.br:8080/mapoteca/. Além disso, XVIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 4

estão sendo utilizados arquivos digitais no formato shapefile disponibilizados no site do IBGE (malha municipal digital 2007). A oficina está estruturada em 9 módulos, como pode ser visto na Figura 2 abaixo. Figura 2 Estrutura da oficina Na primeira fase do curso, de 01/04/2009 até 03/06/2009 foram abordados os três primeiros módulos, sendo que o primeiro foi apenas para reconhecimento do software, dos sites e referências que seriam utilizadas ao longo do curso. Para realizar a caracterização física destas três sub-bacias citadas (módulos 2 e 3) a metodologia utilizada foi a exposta por Villela e Mattos (1975). 6. RESULTADOS Os resultados apresentados a seguir são referentes aos três primeiros módulos da oficina de capacitação. 6.1. Caracterização física das 3 sub-bacias Os resultados da caracterização física das sub-bacias do rio Mata Camboriú, rio Perequê e rio Areal são apresentada a seguir: 6.1.1. Sub-bacia do rio Mata Camboriú A sub-bacia do rio Mata Camboriú encontra-se entre as coordenadas 48 35'9" W 27 2'37" S (Fig. 3), com área de 9,41 Km 2. Os outros índices físicos estão apresentados na Tabela 1. XVIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 5

Figura 3 Sub-Bacia hidrográfica do rio Mata Camboriú Tabela 1 - Resumo dos índices físicos da Sub-Bacia do rio Mata Camboriú Índices Físicos da Sub-Bacia Hidrográfica Rio da Mata Camboriu Área (Km²) 9,41 Perímetro (Km) 16,36 Comprimento rio principal (Km) 2,86 Comprimento total dos rios (Km) 15,54 Largura média Sub-Bacia Hidrográfica (Km²/Km) 3,29 Densidade de drenagem (Km/Km²) 1,65 Fator de forma 1,15 Coeficiente de compacidade 1,49 A altitude máxima da sub-bacia é de 400 m e a mínima de 0 m. A figura 4 mostra o mapa hipsométrico da bacia, gerado a partir das curvas de nível das cartas topográficas do IBGE 1:50.000. XVIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 6

Figura 4 - Mapa Hipsometrico da Sub-Bacia do rio Mata Camboriú Para esta Sub Bacia temos como resultado do mapa hipsométrico, a curva hipsométrica, como podemos ver na Figura 5. 400 CURVA HIPSOMETRICA Sub Bacia Mata Camboriú 350 300 CO TA (m) 250 200 150 100 50 0 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 90,00 100,00 % Acumulada Figura 5 - Curva hipsométrica da Sub Bacia do rio Mata Camboriú A Figura 6 a seguir mostra o mapa de declividades gerado para a sub-bacia do rio Mata Camboriú e classificado de acordo com as faixas de declividades proposta pela EMBRAPA. XVIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 7

Figura 6 - Mapa de declividades da Sub Bacia do rio Mata Camboriú Na Figura 7 e na Tabela 2 podemos observar as classes de declividade (em graus) propostas pela EMBRAPA, as quais são classificadas em plano, suavemente ondulado, ondulado, fortemente ondulado, montanhoso e fortemente montanhoso, com suas respectivas porcentagens de área. Classes Declividade Sub Bacia Hidrográfica do Rio Mata Camboriu 1,44 13,94 19,29 plano suavemente ondulado 13,65 ondulado 33,99 17,69 fortemente ondulado montanhoso fortemente montanhoso Figura 7 - Classes de declividade (EMBRAPA) em porcentagem de área para a Sub Bacia Tabela 2 - Classes de relevo em função da declividade para a Sub Bacia Declividade Classe de relevo (EMBRAPA) Área (m²) % 6.2.2.Sub-Bacia do Rio Perequê 0-3 plano 1297758,64 13,94 3-8 suavemente ondulado 1270203,38 13,65 8-20 ondulado 1646372,54 17,69 20-45 fortemente ondulado 3163653,55 33,99 45-75 montanhoso 1795014,22 19,29 >75 fortemente montanhoso 133697,67 1,44 TOTAL = 9306700 100 A sub-bacia do rio Perequê encontra-se entre as coordenadas 48 37'58" W 27 7'42" S (Fig.8) e possui uma área de 66,92 Km 2. XVIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 8

Figura 8 - Sub-Bacia Hidrográfica do rio Perequê Tabela 3 - Resumo dos índices físicos da Sub-Bacia do rio Perequê Índices Físicos da Sub-Bacia Hidrográfica Rio Perequê Área (Km²) 66,92 Perímetro (Km) 34,63 Comprimento rio principal (Km) 13,92 Comprimento total dos rios (Km) 15,54 Largura média Sub-Bacia Hidrográfica (Km²/Km) 4,81 Densidade de drenagem (Km/Km²) 0,23 Fator de forma 0,35 Coeficiente de compacidade 1,19 A altitude máxima da bacia é de 640 m e a mínima de 0 m. A Figura 9 mostra o mapa hipsométrico da bacia, gerado a partir das curvas de nível das cartas topográficas do IBGE 1:50.000. Figura 9 - Mapa Hipsométrico da Sub Bacia do rio Perequê XVIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 9

Para esta Sub Bacia temos como resultado do mapa hipsométrico, a curva hipsométrica, como podemos ver na Figura 10. 650 600 550 500 450 400 350 300 250 200 150 10 0 50 CURVA HIPSOMETRICA Sub Bacia Pereque 0 0,000 10,000 20,000 30,000 40,000 50,000 60,000 70,000 80,000 90,000 100,000 % ACUM ULADA Figura 10 - Curva hipsométrica da Sub Bacia do rio Perequê A Figura 11 a seguir mostra o mapa de declividades gerado para a Sub Bacia do rio Perequê classificado de acordo com as faixas de declividades proposta pela EMBRAPA. Figura 11 - Mapa de declividades da Sub-Bacia rio Perequê Na Figura 12 e na Tabela 4 podemos observar as classes de declividade (em graus) propostas pela EMBRAPA, as quais são classificadas em plano, suavemente ondulado, ondulado, fortemente ondulado, montanhoso e fortemente montanhoso, com suas respectivas porcentagens de área. XVIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 10

Classes Declividade Sub Bacia Hidrográfica do Rio Perequê 9,92 0,63 plano 19,14 10,35 50,23 suavemente ondulado ondulado fortemente ondulado montanhoso fortemente montanhoso 9,72 Figura 12 - Classes de declividade (EMBRAPA) em porcentagem de área para a Sub Bacia Tabela 4 - Classes de relevo em função da declividade para a Sub Bacia Declividade Classe de relevo (EMBRAPA) Área (m²) % 0-3 Plano 33509924,58 50,23 3-8 suavemente ondulado 6485382,42 9,72 8-20 Ondulado 6902117,63 10,35 20-45 fortemente ondulado 12769525,65 19,14 45-75 Montanhoso 6619663,15 9,92 > 75 fortemente montanhoso 421986,57 0,63 TOTAL = 66708600 100 6.1.3. Sub-Bacia do Rio do Areal A sub-bacia do rio Areal encontra-se entre as coordenadas 48 37'17" W 27 5'8" S (ver figura 13), possui área de 25,15 Km 2. Figura 13 - Sub-Bacia Hidrográfica do rio Areal XVIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 11

Tabela 5 - Resumo dos índices físicos Sub Bacia rio Areal Indices Físicos da Sub-Bacia Hidrográfica do Rio Areal Área (Km²) 25,15 Perímetro (Km) 24,67 Comprimento rio principal (Km) 11,39 Comprimento total dos rios (Km) 25,8 Largura média Sub-Bacia Hidrográfica (Km²/Km) 2,21 Densidade de drenagem (Km/Km²) 1,03 Fator de forma 0,19 Coeficiente de compacidade 1,38 A altitude máxima da bacia é de 660 m e a mínima de 0 m. A figura 14 mostra o mapa hipsométrico da bacia, gerado a partir das curvas de nível das cartas topográficas do IBGE 1:50.000. Figura 14 - Mapa Hipsométrico da Sub Bacia do rio Areal Para esta Sub Bacia temos como resultado do mapa hipsométrico, a curva hipsométrica, como podemos ver na Figura 15. XVIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 12

CURVA HIPSOMÉTRICA Sub Bacia Areal COTA (m) 700 600 500 400 300 200 100 0 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 90,00 100,00 % ACUMULADA Figura 15 - Curva hipsométrica da Sub Bacia do rio Areal A figura 16 a seguir mostra o mapa de declividades gerado para a Sub Bacia do rio Areal e classificado de acordo com as faixas de declividades proposta pela EMBRAPA. Figura 16 - Mapa de declividades da Sub Bacia rio Areal Na Figura 17 e na Tabela 6 podemos observar as classes de declividade (em graus) propostas pela EMBRAPA, as quais são classificadas em plano, suavemente ondulado, ondulado, fortemente ondulado, montanhoso e fortemente montanhoso, com suas respectivas porcentagens de área. XVIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 13

Classes de Declividade Sub Bacia Hidrográfica do Rio Areal 1,93 13,05 Plano 22,65 S uavemente Ondulado 11,76 Ondulado Fortemente Ondulado 16,14 Montanhoso 34,48 Fortemente Montanhoso Figura 17 - Classes de declividade (EMBRAPA) em porcentagem de área para a Sub Bacia Tabela 6 - Classes de relevo em função da declividade para a Sub Bacia Declividade Classe de relevo (EMBRAPA) Área % 0-3 Plano 3262646,3 13,05 3-8 Suavemente Ondulado 2940429,0 11,76 8-20 Ondulado 4034149,2 16,14 20-45 Fortemente Ondulado 8619439,6 34,48 45-75 Montanhoso 5661545,3 22,65 >75 Fortemente Montanhoso 482790,7 1,93 TOTAL= 25001000,0 100 6.2 Relatórios Parciais e relatório final O relatório parcial 1 foi elaborado para ser apresentado à coordenação do Projeto no dia 05/06/2009. Nele, foi apresentado um breve relato sobre a capacitação em uso de ferramentas de SIG aplicados a estudo de bacias hidrográficas e os resultados da caracterização física das três sub-bacias da área de abrangência do Projeto. A Figura 18 a seguir mostra a capa do relatório parcial 1, encaminhado à coordenação do Projeto como parte dos estudos relativos aos aspectos hidrológicos e hidrográficos da área de do projeto. No relatório parcial 2 e 3 serão apresentados os conteúdos referentes aos módulos 4, 5 e 6 e módulos 7, 8 e 9, respectivamente. O relatório final será uma síntese dos 3 relatórios parciais. XVIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 14

Figura 18 Capa do relatório parcial 1 6.3 Base de dados georreferenciada A base de dados georreferenciada contendo informações sobre as três sub-bacias hidrográficas da área de abrangência do projeto está sendo construída a mediada que a capacitação vai avançando, sendo que a mesma será concluída ao final da capacitação. Até o momento já foi possível produzir alguns produtos mostrados na Tabela 7 a seguir. XVIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 15

Tabela 7 Base de dados georreferenciada Banco de Dados Projeto Itapema Dado formato Limite das três sub-bacias Vetorial, shapefile. Limite do estado de Santa Catarina - IBGE Vetorial, shapefile. Limite do Brasil - IBGE Vetorial, shapefile. Limite do município de Itapema Vetorial, shapefile. Curvas de nível das três sub-bacias, 20 em 20 metros - IBGE Vetorial, shapefile. Cursos d água, escala 1:50.000 IBGE para as três sub-bacias do projeto Vetorial, shapefile. Modelo digital de elevação do terreno das três sub-bacias do projeto Raster, GRID Grade de declividades para as três sub-bacias do projeto Raster, GRID 7. CONCLUSÕES A utilização de Sistemas de Informações Geográficas se mostrou uma boa ferramenta para a análise das características físicas das sub-bacias hidrográficas dando resultados satisfatórios com relação aos parâmetros analisados. O software ArcGIS 9.2 apresenta uma boa interface entre o programa e o usuário, sendo que todos os membros participantes da capacitação apontaram a facilidade na manipulação de dados georreferenciados e a confecção de mapas como uma das principais características do software. A oficina de capacitação para a obtenção dos produtos referentes ao estudo Hidrológico e Hidrográfico da área de abrangência do Projeto Estudos para a criação de Unidades de Conservação em Itapema/SC tem se mostrado proveitosa tanto por parte dos membros do Núcleo de Educação Ambiental NEAmb, que participam da oficina, realizando o estudo das sub-bacias e se capacitando no uso de SIG para outros futuros estudos do NEAmb, como para os bolsistas do Grupo Transdiciplinar de Pesquisa em Governança da Água e do Território GTHidro que são os ministrantes da oficina. XVIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 16

BIBLIOGRAFIA CURTARELLI, M. P. (2009). SIG aplicado à caracterização morfométrica de bacias hidrográficas estudo de caso da bacia hidrográfica do rio Cubatão do Sul Santa Catarina/Brasil. In Anais do XIV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Natal. DIAS L., S... [et al.]. (2004). Utilização do radar interferométrico para delimitação automática de bacias hidrográficas. BAHIA ANÁLISE & DADOS Salvador, v. 14, n. 2, p. 265-271, set. 2004. EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA EMBRAPA - Centro Nacional de Pesquisa de Solos (1999). Sistema brasileiro de classificação de solos. Rio de Janeiro, 412p. EPAGRI (2009). Mapoteca Digital de Santa Catarina. Disponível em: http://ciram.epagri.rctsc.br/portal/website/, site acessado em 01/04/2009. IBGE (2007). Malha Municipal digital. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/, site acessado em 02/04/2009. LOCH, R. E. N. (2006). Cartografia: representação, comunicação e visualização de dados espaciais/ Ruth E. Nogueira Loch. Florianópolis: Editora da UFSC. TUCCI, C. E. M. et. al (2007).Hidrologia: Ciência e aplicação/ Organizado por Carlos E. M. Tucci; André L. L. da Silveiras... [et al.]. 4.ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS/ABRH. VILLELA E MATTOS (1975). Hidrologia aplicada/ Swami M. Villela e Arthur Mattos. São Paulo: Editora McGraw-Hill do Brasil. XVIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 17