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Transcrição:

Instituição Beneficente A Luz Divina Grupo da Fraternidade Médiuns Inspirados 02 / 09 / 2016 Os objetivos da nossa palestra dessa noite são: Discutir o conceito de inspiração e as suas formas de manifestação. Verificar a influência dos Espíritos nas obras coletivas e humanitárias progresso da sociedade; Apresentar relatos dos Espíritos sobre a Inspiração. Todos nós somos médiuns, ou melhor, médiuns inspirados, segundo a definição de Kardec. Assim afirmamos, pois levamos em consideração que, todos os que recebem, no seu estado normal ou de êxtase, comunicações mentais estranhas as suas ideias, sem serem, como estas, preconcebidas, podem ser considerados médiuns inspirados. Os médiuns inspirados são uma variação dos médiuns intuitivos, porém, neste caso, não se consegue distinguir o que é pensamento próprio do que lhe foi sugerido, devido a sua sutileza. Portanto, o que prevalece neste tipo de comunicação é justamente a sua espontaneidade. (OLM, pág.197) A espontaneidade das comunicações ocorre o tempo todo e, em muitos casos, é rejeitada por nós, de acordo com nosso livre-arbítrio em seguir, ou não, as sugestões boas ou más a nós concedidas pelos Espíritos. Geralmente, tendem a ser boas sugestões, tendo em vista que parte dos Espíritos benfazejos busca nos inspirar para a resolução de situações do cotidiano. Na introdução de O Livro dos Espíritos, Kardec aponta que os Espíritos exercem sobre o mundo moral e físico, uma ação incessante. Agem sobre a matéria e sobre o pensamento e constituem uma das forças da Natureza. As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos convidam ao bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação; os 1

maus nos convidam ao mal: é para eles um prazer ver-nos sucumbir e cair no seu estado. [...], cabendo ao nosso julgamento discernir as más e as boas inspirações. Neste momento, muitos estão pensando: Já tive boas ideias durante o sono ou um cochilo. De onde vêm essas boas ideias? De que servem essas ideias, se em muitos casos, não consigo recordá-las de imediato. Só muito tempo depois?. Pois bem: assim como alguns de nós, Kardec também fez essas mesmas perguntas aos Espíritos e eles responderam: 410. É o resultado da liberdade do Espírito, que se emancipa e goza, nesse momento, das mais amplas faculdades. Frequentemente, também, são conselhos dados por outros Espíritos. 410-a. Essas ideias pertencem, algumas vezes, mais ao Mundo dos Espíritos que ao mundo corpóreo, mas o mais frequente é que se o corpo as esquece, o Espírito as lembra, e a ideia volta no momento necessário, como uma inspiração do momento. No capítulo IX, Intervenção dos Espíritos no Mundo Corpóreo, fala sobre a influência oculta dos Espíritos sobre nossos pensamentos e as nossas ações. Apresenta uma série de esclarecimentos sobre como se dá essa ação inspiradora dos Espíritos sobre nós. Escolhemos apenas duas questões, porém, recomendamos a todos, a leitura desse item por completo. Kardec perguntou: 460. Temos pensamentos próprios e outros que nos são sugeridos? E recebeu a seguinte resposta: Vossa alma é um Espírito que pensa; não ignorais que muitos pensamentos vos ocorrem, a um só tempo, sobre o mesmo assunto e frequentemente bastante contraditórios. Pois bem: nesse conjunto há sempre os vossos e os nossos, e é isso o que vos deixa na incerteza, porque tendes em vós duas ideias que se combatem. Fazemos apenas um parêntese: Advém a nossa mente, uma imagem muito comum em desenhos animados e em filmes também: um indivíduo, com duas imagens pitorescas em seus ouvidos, sendo uma a lhe dizer algo bom, geralmente representada por uma figura angelical, e outra, a lhe sugerir pensamentos ruins, geralmente, representado por uma figura demoníaca. 2

Kardec continuou perguntando: 462. Os homens de inteligência e de gênio tiram sempre suas ideias de si mesmos? E os Espíritos responderam: Algumas vezes as ideias surgem de seu próprio Espírito, mas frequentemente lhes são sugeridas por outros Espíritos, que os julgam capazes de as compreenderem e dignos de as transmitirem. Quando eles não as encontram em si mesmos, apelam para a inspiração; é uma evocação que fazem, sem o suspeitar. No livro Nos Domínios da Mediunidade, no capítulo 5, em Assimilação de Correntes Mentais, André Luiz elucida como se dá esse mecanismo de transmissão do pensamento: André Luiz diz: Repararam na comunhão entre Clementino (é o Espírito Mentor) e Silva (o médium), no momento da prece? E, ante a nossa expectação de aprendizes, continuou: Vimos aqui o fenômeno da perfeita assimilação de correntes mentais que preside habitualmente a quase todos os fatos mediúnicos. Para clareza de raciocínio, comparemos a organização de Silva, nosso companheiro encarnado, a um aparelho receptor, quais os que conhecemos na Terra, nos domínios da radiofonia. A emissão mental de Clementino, condensando-lhe o pensamento e a vontade, envolve Raul Silva em profusão de raios que lhe alcançam o campo interior, primeiramente pelos poros, que são miríades de antenas sobre as quais essa emissão adquire o aspecto de impressões fracas e indecisas. Essas impressões apoiam-se nos centros do corpo espiritual, que funcionam à guisa de condensadores, atingem, de imediato, os cabos do sistema nervoso, a desempenharem o papel de preciosas bobinas de indução, acumulando-se aí num átimo e reconstituindo-se, automaticamente, no cérebro, onde possuímos centenas de centros motores, semelhante a milagroso teclado de eletroímãs, ligados uns aos outros e em cujos fulcros dinâmicos se processam as ações e as reações mentais, que determinam vibrações criativas, através do pensamento ou da palavra, considerando-se o encéfalo como poderosa estação emissora e receptora e a boca por valioso alto-falante. Tais estímulos se expressam ainda pelo mecanismo das mãos e dos pés ou 3

pelas impressões dos sentidos e dos órgãos, que trabalham na feição de guindastes e condutores, transformadores e analistas, sob o comando direto da mente. A elucidação não podia ser mais simples, contudo oferecia oportunidade para mais amplas indagações. Temos, então, aqui a técnica do próprio pensamento? - perguntou Hilário, com interesse. Não tanto, adiantou o interlocutor; o pensamento que nos é exclusivo flui incessantemente de nosso campo cerebral, tanto quanto as ondas magnéticas e caloríficas que nos são particulares, e usamo-lo normalmente, acionando os recursos de que dispomos. Alguns, entre nós, estão se perguntando: E os que são considerados como pintores, escritores, músicos, cientistas e médicos também podem ser considerados médiuns? Em O Livro dos Médiuns, item 183, Kardec esclarece-nos de que esses, entre outros, também podem ser considerados médiuns nos momentos de inspiração, pois nesses momentos têm a alma mais livre e como separada da matéria, que então recobra, em parte, as suas faculdades de Espírito e recebe mais facilmente as comunicações dos Espíritos que a inspiram. É pela mediunidade que o Espírito infunde suas ideias no entendimento do transmissor, diz Léon Denis, em O Problema do Ser, do Destino e da Dor. Emmanuel, no texto Intuição (p. 328), no livro Caminho, Verdade e Vida, na psicografia de F. C. Xavier, nos diz: A faculdade intuitiva é instituição universal. Através de seus recursos, recebe o homem terrestre as vibrações da vida mais alta, em contribuições religiosas, filosóficas, artísticas e científicas, ampliando as conquistas sentimentais e culturais, colaboração essa que se verifica sempre, não pela vontade da criatura, mas pela concessão de Deus. E Léon Denis, em O Espiritismo na Arte, nos diz que: O pensamento de Deus é a fonte das mais altas e sãs inspirações. O Espiritismo nos faz compreender que a vida, em sua 4

plenitude, não é outra coisa senão a concepção e a realização da beleza eterna. Ou seja, viver, é sempre subir, sempre crescer, sempre desenvolver em si o sentimento e a noção do belo. Todos os estudiosos do oculto sabem que uma onda de ideias, de formas e de imagens, aflui sem cessar do mundo invisível sobre a Humanidade. A maioria dos escritores, dos artistas, dos poetas e dos inventores, conhece essas poderosas correntes que lhes vêm fecundar o cérebro e expandir o círculo de suas concepções. Michelangelo, Mozart e Beethoven são citados por Léon Denis como gênios que foram inspirados e que, em algum momento de suas vidas, reconheceram as influências invisíveis, e afirmaram que estavam em um estado próximo ao do transe, no qual a elaboração de uma grande obra os faz mergulhar. Outros falam de uma onda abrasadora que os penetra, do fogo que corre em suas veias e provoca uma superexcitação que lhes centuplica as faculdades. Em vão procuram, às vezes, resistir a esse poder que os domina, subjuga-os e lhes destruiria o envoltório caso ele fosse contínuo. Ainda na obra O Espiritismo na Arte, o Espírito O Esteta nos esclarece que a inspiração se dá por meio de duas formas: uma pessoal, e outra mais ampla, transmitida pelos espíritos elevados, que retiram para a arte elementos das mais puras fontes e comunicam seus efeitos a um ser que os põe em obra por seus meios próprios e naturais Segundo O Esteta, a primeira forma de manifestação é a mais comum, porque que é inerente à própria evolução espiritual, já que o indivíduo manifestante está usufruindo dos recursos angariados em sua jornada evolutiva. Na segunda, mais ampla, tem a intervenção dos Espíritos superiores que, por intercessão divina, favorecem o florescimento e fazem brotar o talento nato dos sujeitos, inspirando-os e encorajando a Humanidade para a melhoria pessoal e coletiva. Finalmente, O Esteta nos lembra que a inspiração está voltada para três grandes estágios: iniciação, trabalho e progressão. Tivemos a nossa iniciação na Antiguidade, seja na Grécia, no Egito ou em Roma. De volta ao espaço, esses espíritos amadureceram os seus ideais e, em outra época, no Renascimento, ressurgem com novas descobertas de maneira intensa e criativa. Finalmente, nos séculos XX e atual, podemos perceber uma nova onda de descobertas cientificas em todos os domínios, desde a preciosa descoberta material até a aplicação nas artes de princípios positivos e novos. Assim, a Humanidade se renova e 5

progride, sempre sob a égide de Deus, nos concedendo o sentido real e profundo de Sua obra universal. Que Deus abençoe a todos indistintamente e, que Jesus os guarde sob sua égide, conduzindo-os pelo caminho do bem, sempre! Ricardo Henrique Pucinelli Palestra proferida em 02 de setembro de 2016, no Grupo da Fraternidade, da Instituição Beneficente A Luz Divina. Bibiografia: O Livro dos Médiuns, tradução de J. Herculano Pires, 1989 O Livro dos Espíritos, tradução de J. Herculano Pires, 1997 Revista Espírita, de Allan Kardec, edições de Fevereiro de 1868 e Março de 1869. Livro No Invisível, de Léon Denis, FEB, 1994 Livro O Problema do Ser, do Destino e da Dor, de Léon Denis, FEB (2000). O Espiritismo na Arte, Publicações Lachâtre (1994). Livro A Imensidão dos Sentidos, pelo Espírito Hammed / Francisco do Espírito Santo Neto (2000). Livro Os Poderes da Mente, pelo Espírito Bezerra de Menezes / Suely Caldas Schubert ( 2003). 6