LABORATÓRIO I. UMA REDE DE DIFUSÃO SIMPLES USANDO HUB COMO DOMÍNIO DE COLISÃO Documento versão 0.2. Aluno: Paulo Henrique Moreira Gurgel #5634135

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Transcrição:

LABORATÓRIO I UMA REDE DE DIFUSÃO SIMPLES USANDO HUB COMO DOMÍNIO DE COLISÃO Documento versão 0.2 Aluno: Paulo Henrique Moreira Gurgel #5634135 Orientado pela Professora Kalinka Regina Lucas Jaquie Castelo Branco Março / 2010

Laboratório I - Uma rede simples conectada por um hub. Objetivos do laboratório Aprender como iniciar um laboratório virtual com o netkit Experimentar configurações de rede sobre um domínio de colisão simples Estudar a composição dos pacotes, desmontando os no wireshark Cenário sendo reproduzido A figura abaixo representa a topologia de rede sendo emulada. Estamos ligando 4 computadores nomeados host1, host2, host3 e host4 respectivamente, a um HUB nomeado HUB1. Um HUB é um dispositivo de difusão que amplifica o sinal recebido e repassa. Seu primeiro contato com o netkit Provavelmente você já fez uma instalação bem sucedida do netkit e deve estar ansioso para executar seu primeiro lab. Os labs serão distribuidos em pacotes compactados tar.gz e você deverá criar, preferencialmente a seguinte estrutura de pastas: /home/seu_user/nklabs/lab01 /home/seu_user/nklabs/lab02 Onde lab01 é a pasta que conterá o lab01 e assim por diante. Um virtual lab é composto de arquivos de configuração, principalmente lab.conf e lab.dep e das pastas que representam cada host. Nenhum deles é obrigatório no netkit. É possível não ter as pastas ou não ter os arquivos de configuração. A consequencia é que ele pode criar um lab estranho se você estiver na pasta errada e gerar vários arquivos que deverão ser apagados manualmente.

O ícone de rede ao lado, marcará um conceito sobre o funcionamento do netkit. Este conhecimento é importante para que você aprenda em breve como montar seu próprio lab. O ícone de idéia ao lado trás a explicação sobre o conceito de redes que está sendo estudando no momento. O ícone de exclamação ao lado alerta para algum fato importante que você deverá prestar atenção durante a execução do lab. Durante a seção execução do laboratório, evite fazer experimentos para que os resultados sejam equivalentes aos da saída. Situações de erros são intencionais. A seção seguinte, experimente, levantará alguns questionamentos que poderão requerer experimentações e reflexões. Conhecimentos de rede que você irá adquirir Ao completar este lab você estará familiarizado com a configuração básica de cada host em uma rede com hub, conhecerá um pouco sobre o comando arp (e seu protocolo) e verá como o computador faz para localizar o endereço físico a que se destina o pacote. Descobrirá que o ICMP é um bom meio de testar a comunicação entre máquinas fisicamente ligadas e aprenderá como desmontar um pacote para visualizar seu conteúdo através do software wireshark. Antes de continuar, é importante a instalação do software Wireshark que será utilizado neste lab, portanto use os comandos apt-get install wireshark (distribuições debian) ou urpmi wireshark (mandriva) para instalar este software. Os comandos marcados com a tag [real] deverão ser executados no console real. Os demais comandos serão executados dentro das máquinas virtuais. Sempre que exigido a instrução pedirá uma máquina virtual específica.

Execução do laboratório 1. [real] Salve o arquivo netkit_lab01.tar.gz na sua pasta de labs. (/home/seu_nome/nklabs). 2. [real] Use o comando: [seu_nome@suamaquina ~]$ tar -xf netkit_lab01.tar.gz Ele irá criar a pasta lab01 dentro da sua pasta nklabs. 3. [real] Use o comando a seguir: [seu_nome@suamaquina ~]$ lstart -d /home/seu_nome/nklabs/lab01 O comando lstart irá iniciar o laboratório virtual, ativando o console de 4 máquinas virtuais nomeadas HOST1, HOST2, HOST3 e HOST4. Você poderá suprimir o parâmetro -d se mudar para a pasta lab01 antes. Mas verifique com o comando pwd se a pasta corrente é lab01 antes de iniciar o lab. Caso inicie o lab em pasta incorreta sem o parametro -d, você poderá ter um lab estranho em execução e diversos arquivo para apagar. 4. [real] Use o comando vlist para listar as máquinas virtuais. Você terá como saída algo assim: [seu_nome@sua_maquina lab01]$ vlist USER VHOST PID SIZE INTERFACES seu_nome HOST4 1813 11604 eth0 @ HUB1 seu_nome HOST3 2004 11604 eth0 @ HUB1 seu_nome HOST1 32696 11604 eth0 @ HUB1 seu_nome HOST2 32705 11604 eth0 @ HUB1 Total virtual machines: 4 (you), 4 (all users). Total consumed memory: 46416 KB (you), 46416 KB (all users). Agora você irá executar uma série de comandos, observe os resultados mostrados na tela e formule uma hipótese antes de ser apresentado à explicação exata. Alguns comandos aparentemente podem não fazer nada, travarem ou exibir mensagens de erros. Isso é normal e deve acontecer se a sequencia de passos for executada corretamente. 5. Use o comando ifconfig em cada uma das máquinas. Você perceberá que duas das máquinas estão com as interfaces eth0 (as placas de rede) configuradas, enquanto duas das outras máquinas não estão. 6. Execute o comando arp no HOST1. (é normal não acontecer nada!) 7. Execute, no HOST3, o comando ifconfig eth0 192.168.1.3 netmask 255.255.255.0 up. O comando ifconfig levanta a interface de rede eth0 (primeira placa de rede) com o ip passado por parametro logo após e a máscara de subrede após o termo netmask. O termo up ativa a interface logo após a execução do comando.

8. Nos hosts 2, 3 e 4, use o comando cd /hosthome 9. Nos hosts 2, 3 e 4, use o comando tcpdump -i eth0 -w lab1_hostx.pcap (onde X é o número do host). 10. Na tela do host1, execute o comando ping 192.168.1.2, aguarde o resultado de alguns pings e use Ctrl + C para interromper o ping. 11. Tente executar o comando ping 192.168.1.51 e ao receber algumas respostas cancele o comando novamente com Ctrl + C. 12. Nos hosts 2 e 3, use o comando Ctrl + C para interromper o tcpdump. 13. Use o comando arp em cada um dos 4 hosts e veja a saída. (se demorar para executar essa instrução a saída poderá ser diferente, deverá ter duas entradas na tabela arp da host1). 14. [real] Em sua pasta home (/home/seu_nome/) deverá existir os arquivos lab1_host2.pcap e lab1_host3.pcap. Inicie o software wireshark e abra estes arquivos. Estude seu conteúdo. Dentro de uma máquina virtual netkit, a pasta /hosthome será mapeada para a pasta home do usuário que está executando a máquina virtual. Isso permite passar arquivo para dentro e fora da máquina virtual de forma simples. No caso, ao fazer cd/hosthome no passo 8, fizemos que o tcpdump colocasse o arquivo de saída numa pasta do sistema real. Por enquanto essa é a única forma, e também é a mais simples, de enviar um arquivo para fora da máquina virtual. Experimente 1. Levante a interface eth0 do host4, com o ip 192.168.2.51 e máscara de subrede 255.255.255.0. Levante o tcpdump nessa máquina e tente a partir de qualquer outro host, pingar este endereço e veja se responde. 2. Use o comando ifconfig para trocar o ip do host3 para 192.168.2.50 (basta levantar a interface novamente com o novo ip). Tente verificar com o ping a comunicação das máquinas de cada host para os demais. Formule as teorias Lembrando a especificação da rede, com seus atuais conhecimentos de rede, tente explicar: 1. Porque o arquivo host3.pcap parece similar ao host2.pcap? (use as informações do cenário e seu conhecimento da disciplina de redes até agora para explicar o efeito). 2. Baseado na sua explicação acima, quais são as desvantagens do uso da topologia indicada em relação à segurança da informação? E ao desempenho? 3. Porque você acredita que os ips diferentes impediram a comunicação? Dica: usando o tcpdump, você pode ver o host1 perguntando pelo ip 192.168.1.51 nos dumps dos hosts 2 e 3.

Aprendendo um pouco sobre o netkit Você viu que os hosts 1 e 2 vieram com as interfaces de rede pré-configuradas, enquanto os hosts 3 e 4 não. Como isso é feito? Na pasta do lab, há dois arquivos chamados HOST1.startup e HOST2.startup. O HOST1.startup tem exatamente o mesmo comando ifconfig que você utilizou para levantar as outras interfaces de rede. O HOST2.startup tem o comando /etc/init.d/networking restart que força o sistema a reiniciar as configurações de rede. Mas como ele sabia o ip? Navegando pelas pastas do lab, vemos que a única pasta que tem arquivos é a HOST2. Dentro da host2 temos o arquivo /HOST2/etc/network/interfaces que possui a configuração de rede. Na máquina virtual use o comando cat para ve-lo, na máquina real pode usar qualquer edito. Tudo que estiver nas pastas é copiado para a máquina virtual na primeira execução, em referencia à pasta raíz. Após a criação do HOST.disk, o conteúdo da pasta HOST é ignorado. Se consultar o tamanho do arquivo HOSTX.disk, verá que cada um deles o tamanho surpreendente de 10Gb, mas na verdade, apenas poucos Kbytes estão sendo realmente consumidos. Para eliminar todo o espaço adicional consumido pela execução do lab, use o comando lclean. Ele irá restaurar o lab ao estado inicial, eliminando os arquivos de disk e logs. É possível configurar a interface de rede dentro da própria máquina virtual como uma distribuição linux comum, no entanto é importante enfatizar que ao excluir o arquivo.disk, todas as alterações no sistema de arquivos serão perdidas. Por este motivo, nas práticas, você deverá aprender a usar a pasta dos hosts dos labs e os arquivos.startup para executar scripts e copiar arquivos de configuração para as máquinas virtuais.