1/5 LICENÇA DE OPERAÇÃO LO N. 4170/2005-DL A Fundação Estadual de Proteção Ambiental, criada pela Lei Estadual n. 9.077 de 04/06/90 e com seus Estatutos aprovados pelo Decreto n. 33.765, de 28/12/90, registrada no Ofício do Registro Oficial em 01/02/91, no uso das atribuições que lhe confere a Lei n. 6.938, de 31/08/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto n. 99.274, de 06/06/90 e com base nos autos do processo administrativo n. 5036-05.67/05-0, expede a presente LICENÇA DE OPERAÇÃO que autoriza o: EMPREENDIMENTO: 124584 CODRAM: 124,30 EMPREENDEDOR: BIOSETA SAÚDE AMBIENTAL LTDA. ENDEREÇO: Av. Presidente Vargas, n 2387, Bairro Centro MUNICÍPIO: Esteio - RS Promover a operação relativa a atividade de: APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS E AFINS, E OUTROS BIOCIDAS, de uso domissanitários e/ou de expurgo/fumigação, com o limite de até 2.000,00 Kg/ano de produtos. localizada: Av. Presidente Vargas, n 2387, Bairro Centro, no município de Esteio RS, Com as seguintes condições e restrições que se seguem. 1-No prazo máximo de 30 (sessenta) dias, o Empreendedor deverá : 1.1-transferir o estacionamento dos veículos equipados com aplicador de brometo de metila e carregados com cilindros, com carga total ou parcial, para área licenciada para cargas perigosas ou situada a mais de 30 metros de residências e outros prédios de uso coletivo; 1.2-apresentar planta ou croqui do novo local com os usos no entorno, acompanhado de fotos. 2-No prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, o Empreendedor deverá : 2.1-transferir todas as dependências operacionais da aplicação dos produtos domissanitários e de expurgo para local adequado, sem residências em áreas adjacentes ou a menos de 30,00 (trinta) metros de distância; e 2.2-apresentar planta ou croqui do novo local com os usos no entorno, acompanhado de fotos. 3-quanto à localização das dependências operacionais: 3.1-as dependências operacionais não poderão operar em local que tenha em área anexa ou a menos de 30,00 m (trinta metros) de distância de: residências, locais de armazenamento e processamento de alimentos ou serviços de prestação relacionados à saúde pública; 3.2-se houver depósito de produtos de uso em desinsetização, desratização, expurgo ou fumigação, deverão atender os Critérios e Procedimentos Técnicos da FEPAM para Depósito de Agrotóxicos e afins, disponível on line ; e 3.3-não é permitida a utilização de vias públicas e áreas de circulação da população, como locais de prestação de serviços na aplicação de quaisquer agrotóxicos e afins; 3.4- os agrotóxicos com princípio ativo a base de brometo de metila e fosfeto de alumínio ou magnésio (fosfina) são altamente tóxico e letais, sendo que os cilindros e outras embalagens com cargas (totais ou parciais), não poderão ser estocados em áreas residenciais, ou a menos de 30 (trinta) metros de residências, criação de animais, serviços de prestação de saúde ou comércio e processamento de alimentos, devido aos riscos de vazamento ou incêndio no prédio.
2/5 4-quanto aos aspectos de proteção e segurança: 4.1-deverão ser obedecidas as normas de segurança e de proteção à saúde dos trabalhadores, com o material para situações de acidente e emergência claramente identificados e de fácil acesso no caso de necessidade; 4.2-o vestiário com chuveiro e o armário para os Equipamentos de Proteção Individual deverão ser mantidos limpos e organizados; 4.3-as dependências operacionais e o depósito de agrotóxicos e afins deverão ser mantidos fechados, de modo a impedir o acesso de animais e pessoas não autorizadas; 4.4-nas dependências operacionais e no depósito de agrotóxicos e afins, deverão ser claramente identificadas placas de advertência, com relação às suas características, com frases do tipo:. área de manuseio e/ou depósito de agrotóxicos e afins.. proibida entrada de pessoas estranhas ou não autorizadas; 4.5-deverão ser adotadas medidas de prevenção de acidentes e derrames durante as operações de carga e descarga dos agrotóxicos e afins, incluindo treinamento do pessoal envolvido, através da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CIPA, ou técnico responsável; 4.6-o Empreendedor deverá manter à disposição dos funcionários, previamente treinados, e da fiscalização os Planos Padrões de Trabalho detalhados para cada tipo de operação de aplicação de agrotóxicos e afins, para cada produto utilizado, assim como as fichas de emergência e orientações técnicas para os procedimentos adequados em caso de acidentes; e 4.7-a Norma Regulamentadora NR 23 - Proteção contra Incêndio, deverá ser atendida na íntegra. 5-quanto à operação do empreendimento e aplicação de agrotóxicos e afins: 5.1-o empreendimento para operar deverá ter a Certidão de Registro de Prestação de Serviços de agrotóxicos e afins da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Estado ou da Saúde; 5.2-a empresa somente poderá utilizar os produtos registrados nos órgãos federais competentes e informados no processo n 05036-05.67/05-0, correspondente a esta Licença, qualquer produto novo deverá ser informado previamente à FEPAM, com o encaminhamento do Plano Padrão de Aplicação e as respectivas fichas de emergência; 5.3-os produtos de fumigação são agrotóxicos, sendo o recolhimento, o transporte e a destinação final de seus resíduos e embalagens responsabilidade das empresas titulares de registros, produtoras, comercializadoras e importadoras desses produtos, conforme Decreto Federal 4.074/02; 5.4-os agrotóxicos e afins, e outros biocidas, devem ser armazenados de acordo com a NBR 9843/97, da ABNT, respeitando a distância mínima de 1,00 m do teto e de luminárias e de 0,50 m das paredes, etc.; 5.5-na aplicação de produtos de fumigação, fosfinas e brometo de metila, o local deverá situarse a mais de 30,00 (trinta) metros de residências, escolas e outros prédios de uso coletivo, assim como a mais de 50,00 (cinqüenta) metros de nascentes e outros recursos hídricos; 5.6- nos locais e ambientes de aplicação de domissanitários e de realização de fumigação, deverão ser feitos isolamentos, não permitindo o acesso de pessoas alheias ao serviço e animais durante o procedimento, e deverão ser colocadas placas de advertência avisando dos riscos de intoxicação e do período mínimo para a reentrada, conforme orientações do fabricante e do responsável técnico, além de observar a legislação dos Ministérios da Saúde e da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento; 5.7-o fosfeto de alumínio ou magnésio, utilizado em expurgos/fumigação, libera fosfina, produto altamente tóxico para organismos aquáticos, portanto deverá ser observada perfeita vedação do local que impeça o vazamento de produto para a água;
3/5 5.8-o comandante do navio e toda sua tripulação deverão ser instruídos para o recolhimento das embalagens vazias dos agrotóxicos utilizados e de seus resíduos e para sua destinação final em local seguro, próprio para resíduos perigosos; 5.9- o manuseio e a aplicação dos produtos deverão atender as especificações apresentadas pelos fabricantes e de acordo com as orientações técnicas do Responsável Técnico, Eng. Agr. Antônio Claudemir Matias Andrade, ART N B02752101; 5.10-a operação do Empreendimento deverá atender às NR-6, NR-7, NR-23 da Portaria n.º 3214 de 06/06/78 do MTb, a NB 1183/88 da ABNT e o Decreto Estadual n.º 38.356 de 01/04/98, que regulamentou a Lei Estadual n.º 9.921 de 27/07/93, e demais legislação pertinente; 5.11-a empresa especializada na aplicação de agrotóxicos e afins (inseticidas, raticidas, etc.), e outros biocidas, deverá proceder a limpeza e a ventilação dos ambientes onde forem aplicados esses produtos, a fim de liberá-los para o uso normal, ou seja, o acesso de pessoas sem a necessidade do uso de EPIs; 5.12-as emissões atmosféricas, resultantes da aplicação de agrotóxicos e afins, e outros biocidas, não poderão ser em concentrações perigosas à saúde pública e ao meio ambiente; 5.13-o empreendedor deverá fornecer cópia dos comprovantes de execução de serviços ao cliente, a fim de atender a Resolução - RDC n o 18 de 29 de fevereiro de 2000, da ANVISA, incluindo data e horário em que o ambiente foi liberado para uso normal, encaminhar também cópia ao médico do trabalho e à CIPA, e manter cópias dos mesmos à disposição da fiscalização, por pelo menos dois anos; 5.14-em ambientes onde foram aplicados agrotóxicos e afins, e outros biocidas, produtos domissanitários ou de expurgo/fumigação, fixar avisos contendo logotipo da empresa aplicadora, com telefone para contato e do CIT- Centro de Informações Toxicológicas do Estado, informando o nome comercial do produto aplicado, a data e a hora de liberação para uso normal do ambiente e um alerta genérico: MANTENHA O AMBIENTE VENTILADO, na cor vermelha; e 5.15-anualmente deverá ser remetido à FEPAM relatório resumo das aplicações realizadas e as respectivas quantidades mensais, por tipo de produto, assinado pelo responsável técnico. 6-quanto ao destino das embalagens vazias e de resíduos contaminados por agrotóxicos e afins: 6.1-as embalagens vazias de agrotóxicos e afins, não poderão ser reutilizadas ou reaproveitadas para quaisquer finalidades, devendo ser devolvidas ao fabricante, salvo quando a reutilização for efetuada pela empresa produtora do agrotóxico, mediante aprovação dos órgãos federais registrantes; 6.2-as embalagens vazias e os resíduos contaminados por agrotóxicos utilizados não poderão ser descartados no meio ambiente e nem armazenados temporariamente a menos de 150 (cento e cinqüenta) metros de residências, criação de animais, serviços de prestação de saúde ou comércio e processamento de alimentos; 6.3-não está autorizada a geração e/ou o lançamento de efluentes líquidos (não lavar o piso com água) oriundos do manuseio dos produtos armazenados, eventuais derrames deverão ser absorvidos com serragem, areia e calcário; 6.4-nas dependências operacionais e junto ao depósito devem ser mantidos recipientes com serragem, areia e calcário (para possibilitar o recolhimento de vazamentos), e bombonas vazias revestidas com sacos plásticos, para o armazenamento temporário de resíduos recolhidos, embalagens danificadas e/ou com vazamentos, até a devolução ao fabricante; 6.5-as embalagens danificadas e/ou que apresentarem vazamento, bem como pallets e outros materiais contaminados, deverão ser armazenados em locais diferenciados e identificados por fabricante do produto vazado, para posterior devolução ao mesmo; e
4/5 6.6-a Empresa deverá manter o preenchimento de planilha trimestral de geração de resíduos onde conste o tipo de produto, a marca, o fabricante, as quantidades, bem como materiais contaminados pelo produto, e a identificação de destino dos mesmos, encaminhando anualmente a esta Fundação planilhas resumo com a movimentação mensal. 7-quanto ao recebimento de embalagens vazias, no caso de empresas revendedoras: 7.1-o Empreendedor deverá manter credenciado um posto de recebimento ou centro de recolhimento, licenciado pela FEPAM, se não dispor de um depósito temporário licenciado pela FEPAM, para a devolução das embalagens vazias, dos seus produtos comercializados, aos fabricantes; e 7.2-o Empreendedor deverá manter à disposição da fiscalização comprovante de entrega ou devolução das embalagens vazias de cada produto, com as respectivas quantidades, por um período mínimo de 02 (dois) anos. 8-quanto ao transporte: 8.1-os agrotóxicos e afins são produtos perigosos, devendo ser transportados por veículos licenciados para transportes de cargas perigosas; 8.2-os resíduos de agrotóxicos e as embalagens vazias de agrotóxicos, inclusive aquelas tríplice lavadas ou lavadas sob pressão, são resíduos sólidos perigosos, devendo ser transportadas por caminhões licenciados para transportes de cargas perigosas; 8.3-o transporte dos resíduos sólidos, desde o ponto de sua geração até os locais de processamento e destinação final, somente poderá ser feito em veículo adequado, com a carga coberta, em que o resíduo fique confinado de tal maneira que não ocorram perdas de material no caminho; 8.4-os resíduos sólidos perigosos deverão ser transportados acompanhados do respectivo Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR) conforme Portaria n.º 47-95/98, de acordo com o Decreto Estadual n.º 38.356, de 01/04/98, com autorização prévia da FEPAM quando o destino estiver localizado fora do Estado; e 8.5-os MTRs deverão ser mantidos arquivados e à disposição da fiscalização por pelo menos dois anos. Com vistas à renovação da LICENÇA de OPERAÇÃO, o empreendedor deverá apresentar: 01-requerimento solicitando a renovação da Licença de Operação, com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias, acompanhado do formulário de licenciamento preenchido (modelos disponíveis em www.fepam.rs.gov.br em Serviços, Licenciamento); 02-cópia desta Licença ; 03-memorial descritivo e fotográfico demonstrando que a atividade permanece inalterada ou, se for o caso, as alterações ocorridas, assinado pelo responsável técnico; 04-Alvará Sanitário e de localização da empresa no município; 05-Alvará de Prevenção e Combate contra Incêndios da Brigada Militar (Corpo de Bombeiros) ou protocolo de solicitação; 06-Relatório resumo das aplicações realizadas, no último ano, e as respectivas quantidades mensais, por tipo de produto, assinado pelo responsável técnico; 07-ARTs dos Responsáveis Técnicos pelo empreendimento; e 08-comprovante do pagamento dos custos dos serviços de Licenciamento Ambiental, conforme Resolução nº 01/95-CONS.ADM., publicada no DOE em 01/09/95.
5/5 Fica o empreendedor obrigado ao adimplemento de todas as parcelas vincendas, quando o pagamento dos custos for através da opção de parcelamento. Caso venha a ocorrer alteração nos atos constitutivos, a empresa deverá apresentar, imediatamente, cópia da mesma à FEPAM, sob pena do empreendedor acima identificado continuar com a responsabilidade sobre a atividade/empreendimento licenciada por este documento. Esta licença só é válida para as condições contidas acima e pelo período de 4 (quatro) anos a contar da presente data. Porém, caso algum prazo estabelecido nesta licença for descumprido, automaticamente esta perderá sua validade. Este documento também perderá a validade caso os dados fornecidos pelo empreendedor não correspondam à realidade. A presente licença não dispensa nem substitui quaisquer alvarás ou certidões de qualquer natureza exigidos pela legislação Federal, Estadual ou Municipal. Esta licença deverá estar disponível no local da atividade licenciada para efeito de fiscalização. Porto Alegre, 29 de agosto de 2005. FEPAM DIV. LICENCIAMENTO DATA: 29/8/2005 ASS: CDB/agp. fepam. 194202 José Ricardo Druck Sanberg, Chefe do Departamento de Controle.