Partidos políticos, desproporcionalidade e estruturação da competição na Câmara dos Deputados: quem vem ganhando e quem vem perdendo?

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Transcrição:

Partidos políticos, desproporcionalidade e estruturação da competição na Câmara dos Deputados: quem vem ganhando e quem vem perdendo? Simone Rodrigues da Silva. Seminário Temático No. 15 Paper preparado para apresentação no XXV Encontro da ANPOCS 16 a 20 de outubro de 2.001.

2 Introdução. a. A Dinâmica da desproporcionalidade. b. Padrões de competição partidária no interior dos Estados. c. A performance dos partidos nas diferentes unidades da federação. d. Considerações finais. Bibliografia. Anexos.

3 Introdução. O fato de um postulante a um assento na Câmara de Deputados necessitar, para viabilizar sua eleição, de cerca 14 mil votos no Estado de Roraima e de aproximadamente 296 mil votos em São Paulo é um fenômeno arqui-conhecido e bastante explorado. Sua resultante é o surgimento de um desequilíbrio representativo no interior das diversas regiões do país em detrimento dos estados mais populosos. Pouco tem sido explorado, no entanto, o impacto dessa desproporcionalidade sobre i.) a composição das forças partidárias no âmbito da Câmara de Deputados e ii) sobre o padrão de competição no interior dos estados. Há partidos que sistematicamente vêm se beneficiando da menor competividade existente nos distritos menos populosos? O pequeno número de cadeiras destinadas às unidades da federação menos populosas afugenta os menores partidos e transforma esses estados em redutos eleitorais de determinadas agremiações? Ou pelo contrário, o fato de as campanhas vitoriosas precisarem de menor massa de votos nos estados menos populosos atrai maior número de partidos para a competição eleitoral? Utilizando dados relativos às eleições para a Câmara de Deputados (1982-1998), o objetivo desse paper é mapear o impacto sobre o sistema partidário da desproporcionalidade criada pelo sistema eleitoral brasileiro. Na primeira seção, exploraremos a dinâmica da desproporcionalidade, assinalando as unidades da federação beneficiadas ou prejudicadas por esse desequílibrio legal. Em seguida, descreveremos os padrões de competição partidária encontrados nos diferentes Estados. Na terceira parte, analisaremos

4 a performance das agremiações partidárias ao nível estadual (na eleição para deputado federal) e seu impacto na composição partidária da Câmara Federal. a. A Dinâmica da desproporcionalidade. Introdução. - Princípio de organização de regimes democráticos: um homem/um voto; Constituição brasileira; - Em estados federais, a desproporcionalidade representa uma violação desse princípio; - No caso do Brasil, a desproporcionalidade é um fenômeno arquiconhecido; - Objetivo do paper: diante da realidade de estados super e subrepresentados, qual é o padrão de competição partidária no interior de cada um desses estados? - Mmm. Quadro 1. Distribuição de cadeiras na Câmara Federal (1982). 1982 1986 1990 1994 1998 UF R C R C R C R C R C AC 8 8 8 8 8 AL 8 9 9 9 9 AM 8 8 8 8 8 AP 4 4 8 8 8 BA 39 39 39 39 39 CE 22 22 22 22 22 DF - - - - 8 8 8 ES 9 10 10 10 10 GO 16 17 17 17 17 MA 18 18 18 18 18 MG 54 53 53 53 53 MS 8 8 8 8 8 MT 8 8 8 8 8 PA 15 17 17 17 17 PB 12 12 12 12 12 PE 26 25 25 25 25 PI 9 10 10 10 10

5 PR 34 30 30 30 30 RJ 46 46 46 46 46 RN 8 8 8 8 8 RO 8 8 8 8 8 RR 4 4 8 8 8 RS 32 31 31 31 31 SC 16 16 16 16 16 SE 8 8 8 8 8 SP 60 60 60 70 70 TO - - - - - - 8 8 Total Quadro 2. Categorização da desproporcionalidade (Estados e regiões). Muito beneficiados Beneficiados Não-afetados Prejudicados Muito prejudicados AC N BA NE PE NE PR SUL MG SE AL NE CE NE RN NE SC SUL RJ SE AM N ES SE RS SUL AP N MT CO SP SE DF CO PA N GO CO PB NE MA NE PI SE MS CO RO N RR N SE NE TO N a. radiografia da desproporcionalidade de 1986 a 1998; b. separação por categorias: 1) estados que mais vêm perdendo; 2) estados que são mais beneficiados; 3) estados não muito afetados (se houver); c. padrão de competição partidária em cada um desses estados. 1) percentual de votos obtidos pelos partidos em cada estado; 2) quantidade de cadeiras obtidas; d. mm Dinâmica da desproporcionalidade: - definição da Constituição; OK - o que caracteriza a desproporcionalidade: seus tipos; incongruência: população/quantidade de assentos na CF, tradução de votos por assentos. - Objeto do texto: primeiro tipo. Dinâmica da desproporcionalidade:

6 - aumento/diminuição da desproporcionalidade, em virtude dos movimentos populacionais; OK - categorias de Estados; OK b. Padrões de competição partidária no interior dos Estados. c. A performance dos partidos nas diferentes unidades da federação. Considerações finais. Padrão de competição partidária nos estados das diferentes categorias: - quem vem vencendo sistematicamente as eleições para deputado federal; - podem ser identificadas dominações de determinados estados por determinados partidos ao longo do tempo? Em termos de a) % de votos obtida; b) % de cadeiras obtidas; c) número de cadeiras obtidas. - Criar indicador de competição partidária no interior dos diferentes estados: a) competição polarizada (2 partidos concentram quase a maioria dos votos); b) competição concentrada: 3 grandes agremiações concentram quase a maioria dos votos; c) competição dispersa: nenhuma força partidária alcança o patamar necessário (em %) para conquistar a maioria das cadeiras; d) competição fragmentada: a maioria dos contendores alcança somente o patamar necessário (em % de votos, o quociente eleitoral) para eleger representantes. - Significados de cada um dos cenários para a dominação da Câmara Federal pelas bancadas estaduais. - Outra questão totalmente diferente (para outro paper): se as bancadas agem em uníssono ou não. Se há lealdades intra-estaduais ou

7 intraregionais ou, pelo contrário, se as lealdades partidárias prevalecem realmente em todas as votações inclusive nas de temática regional. O fato de um postulante a um assento na Câmara de Deputados necessitar, para viabilizar sua eleição, de cerca 14 mil votos no Estado de Roraima e de aproximadamente 296 mil votos em São Paulo é um fenômeno arqui-conhecido e bastante explorado. Sua resultante é o surgimento de um desequilíbrio representativo no interior das diversas regiões do país em detrimento dos estados mais populosos. Pouco tem sido explorado, no entanto, o impacto dessa desproporcionalidade sobre i.) a composição das forças partidárias no âmbito da Câmara de Deputados e ii) sobre o padrão de competição no interior dos estados. Há partidos que sistematicamente vêm se beneficiando da menor competividade existente nos distritos menos populosos? O pequeno número de cadeiras destinadas às unidades da federação menos populosas afugenta os menores partidos e transforma esses estados em redutos eleitorais de determinadas agremiações? Ou pelo contrário, o fato de as campanhas vitoriosas precisarem de menor massa de votos nos estados menos populosos atrai maior número de partidos para a competição eleitoral? Utilizando dados relativos às eleições para a Câmara de Deputados (1986-1998), o objetivo desse paper é mapear o impacto sobre o sistema partidário da desproporcionalidade criada pelo sistema eleitoral brasileiro.

Quadro C.1. A performance dos partidos nos estados (1982). UF PSD PMDB PDT PTB PT ESTADOS MUITO BENEFICIADOS. AC 1.7 2 0 0 0 AL 2.1 1.5 0 0 0 AM 1.7 2 0 0 0 AP 1.7 0 0 0 0 GO 2.1 5.5 0 0 0 MA 6.0 1.5 0 0 0 MS 1.7 2 0 0 0 RO 2.1 1.5 0 0 0 RR 1.7 0 0 0 0 SE 2.5 1 0 0 0 TOTAIS 23.3 17 0 0 0 ESTADOS BENEFICIADOS. BA 10.6 7 0 0 0 CE 7.2 2.5 0 0 0 ES 1.7 2.5 0 0 0 MT 1.7 2 0 0 0 PA 3.0 3.5 0 0 0 PB 3.0 2.5 0 0 0 PI 2.5 1.5 0 0 0 TOTAIS 29.7 21.5 0 0 0 ESTADOS NÃO-AFETADOS. PE 6.0 0 0 0 0 RN 2.1 0 0 0 0 TOTAIS 8.1 0 0 0 0 ESTADOS PREJUDICADOS. PR 6.0 0 0 0 0 SC 3.4 0 0 0 0 TOTAIS 9.4 0 0 0 0 ESTADOS MUITO PREJUDICADOS. MG 11.1 0 0 0 0 RJ 6.0 0 69.6 38.5 0 RS 5.5 0 30.4 0 0 SP 6.8 0 0 61.5 75 TOTAIS 29.4 0 100 100 75 8

Quadro C.2. A performance dos partidos nos estados (1986). UF PSD PMDB PDT PTB PT PFL ESTADOS MUITO BENEFICIADOS. AC 6.1 1.9 0 0 0 0.8 AL 0 1.5 0 5.9 0 3.4 AM 0 1.1 4.1 0 0 2.5 AP 0 0.4 0 0 0 2.5 GO 0 4.6 4.2 0 0 1.7 MA 6.1 3.1 0 0 0 6.8 MS 0 1.5 0 5.9 0 2.5 RO 0 1.9 0 0 0 2.5 RR 0 0 0 11.8 0 1.7 SE 3.0 1.1 0 0 0 3.4 TOTAIS 15.1 17.1 8.3 23.6 0 27.8 ESTADOS BENEFICIADOS. BA 0 8.5 0 0 0 11.9 CE 9.1 4.6 4.2 0 0 5.1 ES 0 2.7 0 0 0 1.7 MT 3.0 1.9 0 0 0 1.7 PA 6.1 5 0 0 0 1.7 PB 3.1 2.7 0 0 0 3.4 PI 9.1 0.8 0 0 0 4.2 TOTAIS 30.4 26.2 4.2 0 0 29.7 ESTADOS NÃO-AFETADOS. PE 0 5 0 0 0 9.3 RN 3.0 1.5 0 0 0 2.5 TOTAIS 3.0 6.5 0 0 0 11.8 ESTADOS PREJUDICADOS. PR 0 9.2 4.2 0 0 4.2 SC 12.1 3.4 0 0 0 2.5 TOTAIS 12.1 12.6 4.2 0 0 6.7 ESTADOS MUITO PREJUDICADOS. MG 9.1 13.5 4.2 5.9 18.6 8.5 RJ 3.0 5 54.2 17.7 12.5 5.9 RS 15.2 6.5 20.1 0 12.5 1.7 SP 12.1 10.8 8.3 52.9 50 5.1 TOTAIS 39.4 35.8 86.8 76.5 93.6 21.2 9

Quadro C.3. A performance dos partidos nos estados (1990). UF PSD PMDB PDT PTB PT PFL PSDB ESTADOS MUITO BENEFICIADOS. AC 7.1 4.6 0 0 0 0 0 AL 0 0 2.2 0 0 1.2 0 AM 0 1.9 2.2 0 2.9 2.4 0 AP 0 0 2.2 2.6 2.9 4.8 0 DF 0 0 0 0 5.7 2.4 2.6 GO 2.4 9.2 0 0 0 0 0 MA 2.4 0.9 0 0 0 8.4 2.6 MS 0 0.9 0 2.6 0 1.2 0 RO 0 0 2.2 18.4 0 0 0 RR 4.8 0.9 0 7.9 0 1.2 0 SE 4.8 0 0 0 0 4.8 0 TO 0 1.8 0 0 0 0 2.6 TOTAIS 21.5 19.3 8.8 31.5 11.5 26.4 7.8 ESTADOS BENEFICIADOS. BA 2.4 7.4 8.7 5.3 5.7 13.2 5.3 CE 0 3.7 4.3 0 0 4.8 18.4 ES 0 5.6 0 0 0 0 7.9 MT 2.4 0 0 0 0 3.6 0 PA 0 5.6 2.2 10.5 5.7 1.2 0 PB 0 3.7 6.5 0 0 3.6 0 PI 4.8 1.9 0 0 0 6.0 2.6 TOTAIS 9.6 27.9 28.2 15.8 11.4 32.4 34.2 ESTADOS NÃO-AFETADOS. PE 0 3.7 0 0 0 13.2 0 RN 0 2.8 0 0 0 3.6 2.6 TOTAIS 0 6.5 0 0 0 16.8 2.6 ESTADOS PREJUDICADOS. PR 0 6.5 4.3 5.3 8.6 4.8 10.5 SC 11.9 4.6 2.2 0 2.9 3.6 0 TOTAIS 11.9 11.1 6.5 5.3 11.5 8.4 10.5 ESTADOS MUITO PREJUDICADOS. MG 4.8 13.0 0 7.9 17.1 7.2 15.8 RJ 4.8 1.9 41.3 10.5 8.6 6.0 2.6 RS 21.4 8.3 15.2 0 11.4 1.2 2.6 SP 16.7 11.1 4.3 15.8 28.6 1.2 23.7 TOTAIS 47.7 34.3 60.8 60.8 65.7 15.6 44.7 10

Quadro C.4. A performance dos partidos nos estados (1994). UF PSD PMDB PDT PTB PT PFL PSDB ESTADOS MUITO BENEFICIADOS. AC 5.8 3.7 0 0 0 0 0 AL 1.9 0.9 0 3.2 0 3.2 0 AM 5.8 2.8 0 0 0 0 0 AP 1.9 0 0 3.2 0 3.2 0 DF 0 0 0 0 4.1 0 4.1 GO 3.8 6.5 0 3.2 2.0 3.2 2.0 MA 0 4.7 2.9 0 2.0 0 2.0 MS 0 2.8 2.9 3.2 0 3.2 0 RO 0 2.8 2.9 0 0 0 0 RR 1.9 0 0 12.9 0 12.9 0 SE 3.8 1.9 0 0 2.0 0 2.0 TO 3.8 1.9 0 0 0 0 0 TOTAIS 28.7 28 8.7 22.5 10.1 25.7 10.1 ESTADOS BENEFICIADOS. BA 1.9 5.6 8.8 3.2 4.1 18.0 6.4 CE 0 4.7 0 0 2.0 2.2 17.7 ES 0 2.8 5.9 3.2 2.0 0 3.2 MT 1.9 0.9 2.9 3.2 2.0 0 1.6 PA 7.7 6.5 2.9 3.2 0 1.1 0 PB 1.9 6.5 2.9 0 0 3.4 0 PI 3.8 1.9 0 0 0 5.6 0 TOTAIS 17.2 28.9 23.4 12.8 10.1 30.3 28.9 ESTADOS NÃO-AFETADOS. PE 0 0 5.9 0 4.1 12.3 1.6 RN 0 1.9 0 0 0 5.6 1.6 0 1.9 5.9 0 4.1 17.9 3.2 ESTADOS PREJUDICADOS. PR 0 3.7 8.8 12.9 6.1 6.7 1.6 SC 7.7 4.7 5.9 0 4.0 3.4 0 TOTAIS 7.7 8.4 14.7 12.9 10.1 10.1 1.6 ESTADOS MUITO PREJUDICADOS. MG 1.9 10.3 2.9 22.6 12.2 11.2 12.9 RJ 13.4 3.7 23.5 9.7 6.1 4.5 8.1 RS 11.5 7.5 14.7 6.4 14.3 1.1 3.2 SP 15.4 13.1 5.9 9.7 28.6 3.4 24.2 TOTAIS 42.2 34.6 47 48.4 61.2 20.2 48.4 11

Quadro C.5. A performance dos partidos nos estados (1998). UF PSD PMDB PDT PTB PT PFL PSDB ESTADOS MUITO BENEFICIADOS. AC 1.6 1.2 4 0 1.7 2.9 0 AL 0 1.2 0 3.2 0 0.9 2.0 AM 1.7 4.8 0 0 0 3.8 1.0 AP 0 3.6 0 3.2 0 1.9 3.0 DF 3.3 1.2 0 0 3.4 0.9 1.0 GO 1.7 9.6 0 0 1.7 1.9 2.0 MA 0 3.6 4 0 0 5.7 3.0 MS 1.7 1.2 0 3.2 0 0.9 2.0 RO 0 1.2 8 3.2 0 1.9 2.0 RR 6.7 1.2 0 3.2 0 0 2.0 SE 1.7 2.4 0 0 0 0 1.0 TO 3.3 2.4 0 0 0 2.8 1.0 TOTAIS 21.7 33.6 16 12.8 6.8 23.6 20 ESTADOS BENEFICIADOS. BA 1.7 3.6 4 3.2 8.5 19.0 3.0 CE 1.7 6.0 0 0 1.7 0.9 12.1 ES 1.7 1.2 0 9.7 1.7 0.9 3.0 MT 0 2.4 0 3.2 0 0.9 3.0 PA 1.7 4.8 4 3.2 5.1 2.8 4.0 PB 1.7 6.0 0 3.2 1.7 2.8 1.0 PI 0 3.6 0 0 1.7 4.8 1.0 TOTAIS 6.8 27.6 8 22.5 20.4 32.1 27.1 ESTADOS NÃO-AFETADOS. PE 3.3 3.6 0 3.2 1.7 7.6 1 RN 1.7 4.8 0 3.2 0 2.8 0 TOTAIS 5 8.4 0 6.4 1.7 10.4 1 ESTADOS PREJUDICADOS. PR 8.3 4.8 4 19.3 5.1 5.7 5.0 SC 6.7 4.8 8 0 1.7 2.8 1 TOTAIS 15 9.6 12 19.3 6.8 8.5 6 ESTADOS MUITO PREJUDICADOS. MG 11.7 9.6 4 6.4 11.9 7.6 14.1 RJ 10 2.4 28 6.4 6.8 8.6 11.1 RS 8.3 8.4 16 9.7 13.6 0.9 2.0 SP 20 6.0 16 16.1 23.7 7.6 15.1 TOTAIS 50 26.4 64 38.6 56 23.8 42.3 12