grupos dadores e aceitadores de electrões Electrões deslocalizados - Ligações duplas e/ou acompanhadas por

Documentos relacionados
Análise de Alimentos II Espectroscopia de Absorção Molecular

Luz e Cor. Sistemas Gráficos/ Computação Gráfica e Interfaces FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO

Difracçãoderaios-X XRD, PXRD

Luz e Cor. por Marcelo Gattass Departamento de Informática PUC-Rio

Os seres humanos percebem as cores em alguns comprimentos de onda específicos.

Teoria da ligação química

CONCEITOS RADIOMÉTRICOS

PROPRIEDADES ESPECTRAIS DE MINERAIS E ROCHAS

Processamento de Imagens Coloridas. Prof. Adilson Gonzaga

EspectroscopiaRaman. Raman, µ-raman.

ÁCIDOS E BASES de LEWIS. ÁCIDO - espécie química que pode. ou coordenada, aceitando um par de. BASE - espécie química que pode

Cor e Transições Eletrônicas

Luís H. Melo de Carvalho Química Analítica II Luís H. Melo de Carvalho Química Analítica II

Espectroscopia do Visível

Dia 18 Abril 4ª feira Aula Ed. Biblioteca Visita guiada à Exposição Proteins we Love

Fluorescênciaderaios-X

COMPORTAMENTO ESPECTRAL DE ALVOS

Disciplina: Bioquímica Clínica Curso: Análises Clínicas 2º. Módulo Docente: Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini

Metais de Transição. Complexos de Coordenação. Campo Cristalino e Campo Ligante

Representação de cores. Computação Gráfica Cores. O que é luz. Distribuição espectral da iluminação 11/12/12

Elementos sobre Física Atómica

PROCESSAMENTO DE IMAGENS COLORIDAS

LUZ. A luz é uma forma de energia, que tem origem nos corpos luminosos e que se propaga em todas as direções.

O DESAFIO DOS SENSORES REMOTOS NO INVENTÁRIO DE BIOMASSA SÓLIDA. José Rafael M. Silva; Adélia Sousa; e Paulo Mesquita

Medindo cores especiais

PROPRIEDADES TÉRMICAS E ÓPTICAS DOS MATERIAIS

Luz, Visão Humana e Cor Modelos de Cores

Experimento 3A: A QUÍMICA DOS COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO E A ESPECTROSCOPIA

Ligação química em compostos de coordenação Espectros electrónicos. Livro Química Inorgânica Básica na página da cadeira, capítulo 10.

Propriedades Óticas. Profa. Cristina Bormio Nunes

Processamento Digital de Imagens. Cor

Luz e Cor. Luz. Onda eletro-magnética. Computação Gráfica Interativa - Gattass 10/26/2004. Luz e Cor. λ (m) f (Hertz)

Fundamentos sobre. Universidade Federal do Rio de Janeiro - IM/DCC & NCE. Antonio G. Thomé Sala AEP/1033. Processamento de Imagens

Fundamentos de Sensoriamento Remoto

Espectroscopia do visível

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS INSPEÇÃO DE LEITE E DERIVADOS ESPECTROSCOPIA DENISE HENTGES PELOTAS, 2008.

A Luz e o mundo que nos rodeia. A luz é fundamental para observarmos o que existe à nossa volta.

Converta os seguintes dados de transmitâncias para as respectivas absorbâncias: (a) 22,7% (b) 0,567 (c) 31,5% (d) 7,93% (e) 0,103 (f ) 58,2%

PROPRIEDADES TÉRMICAS E ÓPTICAS DOS MATERIAIS

Física IV - Laboratório. Espectroscopia

Centro Universitário Padre Anchieta

Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco Física e Química A, 10º ano. Ano lectivo 2008/2009

PMI 3331 GEOMÁTICA APLICADA À ENGENHARIA DE PETRÓLEO

Gemini Vetrô. Fogão portátil. Descrições

Espectrofotometria UV-Vis. Química Analítica V Mestranda: Joseane Maria de Almeida Prof. Dr. Júlio César José da Silva

Os colorímetros simplificam a identificação das cores.

Cores em Imagens e Vídeo

Conceitos básicos de Eletromagnetismo para a Luz Interação da Luz com a Matéria Sólida - Interações Atômicas e Eletrônicas

AULA 9 TRANSFORMAÇÃO RGB IHS. Daniel C. Zanotta 22/06/2017

Imagens digitais. Armando J. Pinho. Introdução à Análise e Processamento de Sinal Universidade de Aveiro.

Nome: Jeremias Christian Honorato Costa Disciplina: Materiais para Engenharia

Classificação. Química Bioinorgânica 1º exame 14 de Junho de 2013 I II III IV V VI VII VIII

Espectroscopia Óptica Instrumentação e aplicações UV/VIS. CQ122 Química Analítica Instrumental II 1º sem Prof. Claudio Antonio Tonegutti

PEA 3496 Energia e Meio Ambiente: Sistemas Energéticos e seus Efeitos Ambientais. Prof. Marco Saidel Arq. Juliana Iwashita.

Lista de Exercício 2ª TVC Química Analítica V Teoria (1º Sem 2016). Obs.: Entregar antes da 2ª TVC.

Iluminação e Sombreamento

Secção A Assinale a resposta certa.

Análise de alimentos II Introdução aos Métodos Espectrométricos

AULA 9 TRANSFORMAÇÃO RGB HSV. Daniel C. Zanotta 13/08/2018

Elementos do bloco "d" Atkins, Princípios de química, Cap 16, p ; ou Shriver & Atkins, p ) Mn, Fe, Cu, Zn e Co

Antônio Carlos Fontes dos Santos. Novembro de 2009

1s 2s 2p 3s 3p 3d 4s 4p 4d 4f 5s 5p 5d 5f 6s 6p 6d 6f 7s 7p 7d 7f 1s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 6 4s 2 3d 10 4p 6...

Norma Portuguesa. Norma em Reexame. Impressão de documento electrónico. Cor dos vinhos Determinação espectrocolorimétrica Parte 1: Princípios

Mecânica Quântica e Indiscernibilidade

Disciplina: Bioquímica Clínica Curso: Análises Clínicas 3º. Módulo Docente: Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini

UNIDADE I. Isótopos: São átomos do mesmo elemento que diferem no nº de neutrões.

19/Dez/2012 Aula Sistemas ópticos e formação de imagens 23.1 Combinação de lentes 23.2 Correcção ocular 23.3 Microscópio 23.

Disciplina: SQM0415 Análise Instrumental I. Professores: Álvaro José dos Santos Neto Emanuel Carrilho

Elementos (metais) relevantes em sistemas biológicos (complexos dos metais do bloco "d", Shiver & Atkins, p. 481)

Qualidade Radiométrica das Imagens Sensor ADS40

10/03/2016. Diagrama de blocos. 1.Fontes de radiação. - Colorimetria Fotoelétrica (Fotômetro Vis) - Espectrofotometria UV/Vis

Bioquímica Inorgânica. 1º exame 18 de Junho de 2014

Metais de Transição. Samantha Cipriano

Radiômetros imageadores

Escola Secundária de Alcácer do Sal Química 12º ano teste 1 15/10/2003

Eficiência energética ambiental. Iluminação. 2 º. semestre, 2017

Ligação metálica É o tipo de ligação que ocorre entre os átomos de metais. Quando muitos destes átomos estão juntos num cristal metálico, estes

Teoria tricromática de Young-Helmholtz

Sensoriamento Remoto: características espectrais de alvos. Patricia M. P. Trindade; Douglas S. Facco; Waterloo Pereira Filho.

(C) ( 100 (D) ( 100 0,21

ESTADO SÓLIDO. paginapessoal.utfpr.edu.br/lorainejacobs. Profª. Loraine Jacobs

Análise Instrumental ESPECTROSCOPIA NA LUZ VISÍVEL E ULTRAVIOLETA

Termodinâmica e Estrutura da Matéria

Departamento de Zoologia da Universidade de Coimbra

Pense: Como a teoria do campo cristalino explicaria cátions metálicos que apresentam estrutura tetraédrica??? Há complexos que contém cátions do

TEORIA DA LIGAÇÃO QUÍMICA

4 Métodos e Normas Aplicáveis para Verificação e Avaliação da Qualidade da Iluminação

ESPECTROS ATÔMICOS E MOLECULARES

Click to edit Master title style

Aula anterior. Equação de Schrödinger a 3 dimensões. d x 2m - E -U. 2m - E -U x, y, z. x y z x py pz cin cin. E E ( x, y,z ) - 2m 2m x y z

Agrupamento de Escolas de Alcácer do Sal Escola Secundária de Alcácer do Sal

Agrupamento de Escolas de Alcácer do Sal Escola Secundária de Alcácer do Sal

Material protegido pelas leis de direito autoral Proibida qualquer tipo de divulgação sem à devida autorização ou citada a fonte de forma correta.

Radiação electromagnetica

Estímulo Visual Luz Física da cor, visão humana e círculo cromático

Modelos atômicos. Disciplina: Química Tecnológica Professora: Lukese Rosa Menegussi

Espectrometria de luminescência molecular

Ministério da Educação Universidade Federal do Paraná Setor Palotina

RADIAÇÃO. 2. Radiação Eletromagnética. 1. Introdução. Características da Radiação Eletromagnética

Transcrição:

Transições vibracionais iv médio ou longínquo Transições electrónicas uv-vis-iv próximo Transições entre orbitais moleculares deslocalizadas vis-uv próximo Típicas de pigmentos orgânicos e corantes (Indigo, alizarin, curcumin, etc.) Bandas usualmente intensas Electrões deslocalizados - Ligações duplas e/ou acompanhadas por grupos dadores e aceitadores de electrões

Transições com transferência de carga vis-uv próximo Transições entre orbitais moleculares Durante a transição há transferência de electrões Safira azul cristais de corundum Al 2 O 3, onde dois iões próximos de Al 3+ são substituídos por iões de Fe 2+ e Ti 4+ Durante a transição é transferido um electrão do Fe para o Ti Fe 2+ + Ti 4+ -> Fe 3+ + Ti 3+ Azul da Prússia Fe 4 [Fe(CN) 6 ] 3.xH 2 O Durante a transição é transferido um electrão entre dois Fe diferentes Fe 2+ A + FeB 3+ -> Fe 3+ A + FeB 2+ Amarelo de crómio PbCrO 4 Durante a transição é transferido um electrão do O para o Cr

Transições associadas a ligandos vis Transições entre níveis localizados essencialmente no ião metálico Em geral, metais de transição, como elemento constituinte ou impureza Pigmentos inorgânicos (azurite, malaquite, verdigris, esmalte, violeta de cobalto, azul do Egipto) e gemas (rubi, esmeralda, turquesa) O ião metálico é rodeado por iões ligantes que produzem um campo que actua nas orbitais, levantando a degenerescência das orbitais d do ião de metal de transição Exemplo: ião de Co 2+, coordenado com 4 átomos de oxigénio no esmalte (tetraédrico) e com 6 átomos de oxigénio no violeta de cobalto (octaédrico) Esmalte apenas uma transição visível no VIS Violeta de cobalto duas transições visíveis

Transições entre bandas de energia vis Ocorre em metais e em semicondutores (cinábrio, mínio, amarelo de cádmio, litarge, ouropigmento) As orbitais moleculares formadas pela interacção entre orbitais atómicas são tão próximas que formam um contínuo, ou seja, uma banda Metais a banda de condução está parcialmente preenchida radiação com qualquer energia pode ser absorvida e re-emitida aspecto lustroso Semi-condutores duas bandas, de valência (cheia) e de condução (vazia) separadas por um hiato energético - radiação só absorvida continuamente se tiver uma energia (ou frequência) acima de um certo valor, correspondente à diferença entre as bandas

A radiação incidente pode ser reflectida, absorvida, difundida ou transmitida A maior parte das obras de arte são opacas (excepto vidros) Espectroscopia de reflexão Composição espectral da radiação reflectida especularmente ou difusivamente pela superfície, assim como a radiação emergente do interior (difundida, multireflectida, etc.) A relação entre a radiação reflectida e difundida, depende da qualidade da superfície Nestas técnicas, usualmente interessa a radiação difundida

Conceito de cor associado ao observador, iluminação e natureza do objecto Visão humana tri-cromática, baseada nas respostas espectrais diferentes de três tipos de receptores da retina - azul, verde e vermelho Cone Vd Cone Az Bastonete Cone Vm Luz Comprimento de onda (nm)

Comissão Internacional de Iluminação (CIE) Cores valores tri-estímulos X = k β(λ)s(λ)x(λ)dλ Y = k β(λ)s(λ)y(λ)dλ Z = k β(λ)s(λ)z(λ)dλ β(λ) reflectância do objecto S(λ) potência espectral relativa da fonte de luz (100 potência espectral a 560 nm) x(λ), y(λ) e z(λ) funções de ajuste de cor têm em conta a resposta ocular dum observador padrão k = 100 / ( S(λ)y(λ)dλ)

x = X / (X+Y+Z) y = Y / (X+Y+Z) x + y + z = 1 Iluminação padrão D 65 luz de dia a 6500 K Ponto D representa o iluminante Pontos dentro do contorno fontes de iluminação brancas Pontos no contorno cores puras, sem contribuição branca Ponto P(x P,y P ) caracterizado por comprimento de onda dominante, λ D, e pureza, p λ D determinado traçando a linha entre D e P e localizando o ponto K p = PD / KD %

Definição CIELAB 1976 L* = 25 (100 Y/Y o ) 1/3-16 brilho a* = 500 [(X/X o ) 1/3 (Y/Y o ) 1/3 ] Processos cromáticos antagónicos vermelho-verde b* = 200 [(Y/Y o ) 1/3 (Z/Z o ) 1/3 ] amarelo-azul X o, Y o e Z o definem uma cor branca nominal ( D 65 : X o =95.017; Y o =100; Z o =108.842) Cor de amostra 1 vector E 1 com componentes L 1 *, a 1 * e b 1 * Diferença entre cores E = E 2 E 1 = [( a*) 2 +( b*) 2 +( L*) 2 ] 1/2 O olho humano consegue detectar mudanças de cor com E 1

Registo de imagens bi-dimensionais a diferentes gamas de comprimentos de onda, usando filtros RGB, filtros de interferência ou monocromadores, e filmes fotográficos ou câmaras de fotodíodos, etc. Calibração com padrões iluminados de modo controlado amostra L lâmpada de tungsténio-halogénio S shutter IF filtro de interferência Le - lente IC - câmara

Cuidados: Iluminação homogénea Se é usado um monocromador, deve evitar-se radiação de sobretons Se são usados filtros de interferência, é necessário re-focar a imagem para cadaλ Cuidado no reposicionamento do objecto Exemplo: Reflectância (%) Comprimento de onda (nm)

Fonte de W Fonte W-halog Detector (PM, fotocélula,ccd) Monocromador duplo Monocromador Esfera integradora (cobertura branca de BaSO 4 ou Spectralon) + detector (PM) Sonda Amostra Amostra Referência de BaSO 4 ou Spectralon Espectrofotómetro Espectroanalizador Pouco transportável Transportável Luz incidente a 45º da luz reflectida

Rejeição de radiação reflectida especularmente Objectos com verniz Espelho elipsoidal Do interferómetro Tubo 2 2 Pode usar-se um fluxo de N 2, para evitar interferências de CO 2 e H 2 O Espelho plano a 45º Detector Espelho elipsoidal Amostra

1: amarelo indiano 2: amarelo de cádmio médio 3: ftalocianina verde 4: branco TiO 2 5: preto de marfim 6: ftalocianina azul 7: azul de cobalto 8: vermelho de cádmio médio 9: verde de óxido de crómio 10: vermelho de quinacridona 11: vermelho venesiano amarelo indiano amarelo de cádmio médio ftalocianina verde Factor reflectância ftalocianina azul azul de cobalto vermelho de cádmio médio Factor reflectância verde de óxido de crómio vermelho de quinacridona vermelho venesiano Factor reflectância Comprimento de onda (nm) Comprimento de onda (nm) Comprimento de onda (nm) Reflectância espectral medida (curva sólida) e prevista (curva tracejada)