Submódulo 10.7 Controle da transmissão em operação normal Rev. Nº. Motivo da revisão Data de aprovaçã o pelo ONS Data e instrumento de aprovação pela ANEEL 0.1 0.2 0.3 1.0 1.1 Este documento foi motivado pela criação do Operador Nacional do Sistema Elétrico. Esta revisão tem como motivo a adequação à nova estrutura do Manual de Procedimentos da Operação e dos demais Procedimentos de Rede. Atendimento à Resolução Normativa ANEEL nº 115, de 29 de novembro de 2004. Versão decorrente da Audiência Pública nº 049/2008, submetida para aprovação em caráter definitivo pela ANEEL Adequação ao artigo nº 20 da Resolução Normativa ANEEL nº 376/09, de 25 de agosto de 2009. Dez/98 Jun/01 03/10/2005 17/06/2009 18/06/2010 10/02/1999 Resolução nº 025/99 18/12/2003 Resolução nº 675/03 25/09/2007 Resolução Autorizativa nº 1051/07 05/08/2009 Resolução Normativa nº 372/09 15/09/2010 Despacho SRT/ANEEL nº 2744/10 Endereço na Internet: http://www.ons.org.br
1 INTRODUÇÃO... 3 2 OBJETIVO... 3 3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO... 3 4 RESPONSABILIDADES... 3 4.1 DO CENTRO NACIONAL DE OPERAÇÃO DO SISTEMA CNOS... 3 4.2 DOS CENTROS REGIONAIS DE OPERAÇÃO DO SISTEMA COSR... 4 4.3 DOS AGENTES DE GERAÇÃO... 5 4.4 DOS AGENTES DE TRANSMISSÃO, AGENTES DE DISTRIBUIÇÃO E CONSUMIDORES CUJAS INSTALAÇÕES ESTEJAM CONECTADAS À REDE BÁSICA... 5 5 PREMISSAS... 6 6 DIRETRIZES... 6 6.1 GERAIS... 6 6.2 PARA O CONTROLE DE TENSÃO... 6 6.3 PARA CONTROLE DE CARREGAMENTO DE EQUIPAMENTOS... 7 7 CRITÉRIOS... 7 7.1 PARA HIERARQUIZAÇÃO DO CONTROLE DE TENSÃO NA REDE DE OPERAÇÃO... 7 7.2 PARA UTILIZAÇÃO DAS FONTES DE REATIVOS E DE CONTROLE DE TENSÃO... 8 7.3 PARA CONTROLE DOS LIMITES OPERATIVOS... 8 Endereço na Internet: http://www.ons.org.br Página 2/9
1 INTRODUÇÃO 1.1 O controle da transmissão em operação normal é uma atividade de tempo real cuja principal finalidade é o transporte da energia elétrica gerada e sua disponibilização para os agentes de distribuição, consumidores e interligações internacionais, com continuidade, segurança e qualidade. 1.2 Os módulos e submódulos aqui mencionados são: (a) Módulo 6 Planejamento e programação da operação elétrica; (b) Módulo 8 Programação diária da operação eletroenergética; (c) Submódulo 10.10 Gerenciamento da carga; (d) Submódulo 10.17 Padronização e revisão do Manual de Procedimentos da Operação; (e) Submódulo 10.18 Cadastros de informações operacionais; e (f) Submódulo 10.21 Instruções de operação e mensagens operativas. 2 OBJETIVO 2.1 O objetivo deste submódulo é estabelecer premissas, diretrizes, critérios e responsabilidades a serem adotados pelos centros de operação do ONS e pelos agentes da operação, para a operação normal da rede de operação, de forma a assegurar: (a) a utilização plena dos recursos disponíveis; (b) o fornecimento de energia nos padrões de continuidade, qualidade e confiabilidade estabelecidos; (c) os níveis de tensão recomendados para os barramentos da rede de operação; e (d) a não violação dos limites operativos sistêmicos e dos equipamentos da rede de operação. 3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO 3.1 Não houve alterações neste submódulo. 4 RESPONSABILIDADES 4.1 Do Centro Nacional de Operação do Sistema CNOS (a) Coordenar e supervisionar na rede de operação sistêmica: as ações operativas que visem a assegurar o cumprimento das faixas de tensão recomendadas para os barramentos da rede de operação; (ii) as atuações do Controle Automático de Tensão CAT de influência sistêmica e a disponibilidade dos recursos de controle que estejam inseridos nesse esquema; (iii) as ações para atendimentos aos limites operativos de equipamentos e do sistema; Endereço na Internet: http://www.ons.org.br Página 3/9
(iv) os redespachos de geração de usinas necessários ao controle de tensão e carregamento, estejam ou não essas usinas sob Controle Automático de Geração CAG; (v) as ações para restabelecimento da faixa normal, quando uma grandeza violar um dos limites operativos do sistema ou de equipamentos, por meio da atuação nos dispositivos de controle de tensão, na topologia da rede e nos redespachos de geração, atendendo às prioridades estabelecidas no Programa Diário de Operação PDO; (vi) as ações para conversão de unidades geradoras em compensadores síncronos e viceversa. (b) Supervisionar as ações dos centros de operação do ONS nas redes regionais/locais durante a operação normal. (c) Informar aos Centros Regionais de Operação do Sistema COSR as restrições na rede de operação. 4.2 Dos Centros Regionais de Operação do Sistema COSR (a) Supervisionar e controlar na rede de operação sistêmica: as faixas de tensão recomendadas para os barramentos da rede de operação; (ii) as atuações do CAT de influência sistêmica e a disponibilidade dos recursos de controle que estejam inseridos nesse esquema; (iii) os limites operativos sistêmicos e os dos equipamentos; (iv) o restabelecimento da faixa normal quando uma grandeza violar um dos seus limites operativos, por meio da atuação nos dispositivos de controle de tensão, na topologia da rede e no redespacho de geração; (v) o redespacho de geração necessário ao controle de tensão e carregamento. (b) Coordenar, supervisionar e controlar nas redes regionais/locais sob sua responsabilidade: as ações para o cumprimento das faixas de tensão recomendadas para os barramentos da rede de operação; (ii) as atuações do CAT de influência regional/local e a disponibilidade dos recursos de controle que estejam inseridos nesse esquema; (iii) os limites operativos de equipamentos e da rede regional/local; (iv) o restabelecimento da faixa normal quando uma grandeza violar um de seus limites, por meio da atuação nos dispositivos de controle de tensão, na topologia da rede e no redespacho. (c) Informar ao CNOS: as indisponibilidades, restrições e/ou limitações de equipamentos que influenciem no controle de tensão ou possam causar restrições sistêmicas; (ii) a execução dos redespachos de geração de usinas que não estejam sob o CAG, determinados pelo CNOS. (d) Supervisionar, controlar, comandar e executar, na rede de operação: os redespachos de geração de usinas que estejam sob o CAG e que sejam necessários ao controle de tensão e carregamento. Endereço na Internet: http://www.ons.org.br Página 4/9
(e) informar aos agentes da operação as restrições na rede de operação. 4.3 Dos agentes de geração (a) Supervisionar, comandar e executar, sob orientação dos centros de operação do ONS com o qual se relacionam as manobras para: o remanejamento e o redespacho de unidades geradoras que não estão conectadas a um CAG; (ii) a excitação de geradores, atuações nos comutadores de tapes dos transformadores e nos demais recursos de controle de tensão e reativo; (iii) a conversão de unidades geradoras em compensadores síncronos e vice-versa; (iv) o sincronismo e a desconexão de unidades geradoras ao Sistema Interligado Nacional SIN. (b) Informar ao centro de operação do ONS com o qual se relaciona: as indisponibilidades e restrições, ocorridas ou prestes a ocorrer, de qualquer um de seus equipamentos que limitem os recursos ou influam no controle de tensão; (ii) as alterações nos limites operativos de suas unidades geradoras, em relação aos valores informados ao ONS para a programação diária da operação eletroenergética, de acordo com o Módulo 8; (iii) os problemas operativos em suas instalações que possam causar restrições sistêmicas ou regionais/locais; (iv) a disponibilidade para reintegração ao SIN de equipamento sob sua responsabilidade que se encontre desligado, tão logo essa disponibilidade fique caracterizada, bem como a existência ou a inexistência de restrição operativa. 4.4 Dos agentes de transmissão, agentes de distribuição e consumidores cujas instalações estejam conectadas à rede básica (a) Supervisionar, comandar e executar, conforme orientação dos centros de operação do ONS: manobras de linhas de transmissão, reatores, capacitores, excitação de compensadores, atuações nos comutadores de tapes e nos demais recursos de controle de tensão e de potencia reativa; (ii) manobras para o controle do carregamento de seus equipamentos, a fim de garantir a integridade e segurança desses equipamentos. (b) Informar ao centro de operação do ONS com o qual se relaciona: as indisponibilidades e as restrições de seus equipamentos, ocorridas ou prestes a ocorrer, que afetem a operação normal da rede de operação, limitem os recursos ou influenciem no controle de tensão; (ii) qualquer alteração nos limites operativos de seus equipamentos, em relação aos valores informados ao ONS, constantes nos cadastros de informações operacionais do Submódulo 10.18; (iii) a disponibilidade para reintegração ao SIN de equipamento de sua responsabilidade que se encontre desligado, tão logo essa disponibilidade fique caracterizada, bem como a existência ou não de restrição operativa. Endereço na Internet: http://www.ons.org.br Página 5/9
5 PREMISSAS 5.1 A filosofia, a estratégia e as diretrizes para a realização do controle da transmissão em operação normal são definidas no Módulo 6, que gera subsídios para as instruções de operação do Manual de Procedimentos da Operação MPO, elaboradas de acordo com o Submódulo 10.17. 5.2 Os centros de operação do ONS adotam os limites operativos de equipamentos e os limites operativos de sistema conforme constam nos cadastros de informações operacionais (Submódulo 10.18) e nas instruções de operação (Submódulo 10.21). 6 DIRETRIZES 6.1 Gerais 6.1.1 Os procedimentos para controle de tensão e carregamento estão estabelecidos em instruções de operação. 6.1.2 O CNOS deve supervisionar o estado corrente da rede de operação, analisando os reflexos, nessa rede, das manobras executadas pelos agentes da operação e controladas pelos COSR e deve atuar quando necessário como coordenador, para as devidas correções. 6.2 Para o controle de tensão 6.2.1 Os recursos de controle de tensão de influência sistêmica devem ser utilizados pelos centros de operação do ONS, sob coordenação do CNOS, de forma a viabilizar os intercâmbios programados para as diversas áreas de controle e a possibilitar que sejam mantidas as tensões nos barramentos de referência em função dos requisitos da carga. 6.2.2 Os recursos de controle de tensão de influência regional devem ser utilizados pelo COSR de forma coordenada, para evitar ações isoladas com prejuízo para os sistemas eletricamente mais próximos. Os recursos de influência local devem ser utilizados prioritariamente em relação aos recursos de influência regional e da forma mais automática possível. 6.2.3 No caso de ocorrer violação do limite superior das faixas permissíveis para a operação do sistema, ou de limites de equipamentos, depois de esgotados todos os recursos para o controle de tensão, pode ser adotado como último recurso o desligamento de linhas de transmissão, para se evitar a ocorrência de sobretensões elevadas na rede, que poderiam trazer conseqüências mais graves para a operação. 6.2.4 No caso de violação do limite inferior das faixas de tensão permissíveis para a operação do sistema ou de limites de equipamentos, depois de esgotados todos os recursos para o controle de tensão, podem ser adotadas ações de gerenciamento de carga não usuais na operação do sistema, para evitar colapso de tensão (Submódulo 10.10). 6.2.5 Os centros de operação do ONS, responsáveis pela coordenação de procedimentos de gerenciamento de carga, em suas respectivas áreas de atuação, conforme estabelecido no Submódulo 10.10, devem estar preparados para iniciar prontamente esse processo, fazendo os contatos necessários quando concluir que não há outra possibilidade no que concerne à aplicação de recursos para controle de tensão. Os agentes da operação, que vão executar tais procedimentos, devem estar preparados para atuar com rapidez na sua execução, uma vez que há risco de colapso de tensão para a rede de operação. 6.2.6 Os agentes de geração, de transmissão ou de distribuição devem acionar as respectivas áreas de manutenção com a maior brevidade possível, tão logo constatem defeitos que venham a restringir a operação das fontes de reativos e/ou equipamentos de regulação de tensão. Endereço na Internet: http://www.ons.org.br Página 6/9
6.2.7 O controle de tensão regional/local deve ser executado em função dos requisitos da carga (MW e Mvar) dos barramentos sobre os quais o controle exerce influência, de acordo com instruções de operação. A utilização dos recursos para o controle de tensão deve ser compatibilizada com as necessidades da rede de operação. 6.2.8 Após a execução de um comando pelos agentes da operação, o centro de operação do ONS responsável deve verificar a eficácia da medida através de seu sistema de supervisão, cuidando para que novas ações sejam coordenadas, quando necessário. 6.2.9 Deve-se procurar manter folgas de recursos de controle de tensão nas diversas áreas, prioritariamente nos equipamentos de controle automático, tais como compensadores síncronos, unidades geradoras e compensadores estáticos. 6.2.10 Os centros de operação do ONS podem efetuar o comando e a execução do controle de tensão, através de recursos do CAT implantado no Sistema de Supervisão e Controle SSC. 6.3 Para controle de carregamento de equipamentos 6.3.1 Os agentes da operação e os centros de operação do ONS, ao fazer a supervisão da operação do sistema, devem observar os carregamentos de equipamentos em relação aos limites operativos previamente definidos, de modo a garantir a manutenção dos níveis de segurança e confiabilidade desejados. 6.3.2 Caso a adoção de um novo limite implique restrições severas para o SIN, tais como corte de carga real ou potencial, perda de confiabilidade ou dificuldades para o controle de tensão, a alteração só poderá ser implantada caso o agente justifique sua necessidade como de urgência ou emergência. O Agente deverá caracterizar devidamente esta necessidade, formalizando-a junto ao ONS, que o cientificará dos reflexos operativos envolvidos na adoção do novo valor de limite. 6.3.3 Os agentes da operação e os centros de operação do ONS devem identificar recursos disponíveis na operação para a determinação de medidas corretivas, inclusive de reprogramação eletroenergética, para reduzir o carregamento em equipamentos com sobrecarga ou evitar a violação de limites operativos. 6.3.4 As informações referentes aos limites de linhas de transmissão e transformadores devem considerar os limites de todos os equipamentos que compõe ou restringem cada uma destas funções, devendo ser considerado aquele de valor mais restritivo. 6.3.5 Em caso de inexistência ou esgotamento de recursos para controle de carregamento de equipamentos, podem ser adotadas ações de gerenciamento da carga, a fim de preservar a segurança do sistema e a integridade de equipamentos, conforme Submódulo 10.10. 7 CRITÉRIOS 7.1 Para hierarquização do controle de tensão na rede de operação 7.1.1 Em todos os períodos de carga, deve-se operar com as tensões nas faixas de tensão recomendadas, constantes nas instruções de operação do Submódulo 10.21. 7.1.2 Na passagem de um período de carga para outro de maior valor, deve-se antecipar a produção de reativos em relação à demanda, de modo a impedir que a tensão caia com o aumento de carga. Endereço na Internet: http://www.ons.org.br Página 7/9
7.1.3 Se os recursos de controle de tensão disponíveis em uma rede local forem insuficientes, devem ser utilizados recursos de controle de tensão da rede regional e priorizados os recursos que afetem um menor número de barramentos de referência dessa rede regional. 7.1.4 Da mesma forma, caso os recursos de controle de tensão disponíveis numa rede regional sejam insuficientes, devem ser utilizados recursos de controle de tensão da rede sistêmica e priorizados os recursos que afetem um menor número de barramentos de referência dessa rede sistêmica. 7.1.5 Caso não existam mais recursos de controle de tensão disponíveis para uma determinada rede regional/local, cabe ao COSR contatar o CNOS para coordenar a utilização dos recursos sistêmicos. A partir do momento em que o CNOS estiver agindo para efetivar os necessários ajustes no controle de tensão, o COSR solicitante não pode tomar qualquer medida ou realizar qualquer ação sem prévia autorização do CNOS. 7.1.6 As manobras que envolvam bancos de capacitores ou reatores e provoquem grandes variações de tensão devem ser, sempre que possível, precedidas e sucedidas de atuação nos comutadores sob carga de transformadores, nos transformadores reguladores de tensão série, nos compensadores ou na excitação de unidades geradoras. 7.1.7 Manobras em equipamentos para controle de tensão, durante o período de carga pesada, só podem ser efetuadas quando as ações de controle não tiverem sido ou não puderam ser realizadas previamente. 7.2 Para utilização das fontes de reativos e de controle de tensão 7.2.1 Os recursos para controle de tensão devem ser utilizados na seqüência definida de acordo com instruções de operação específicas. Os recursos usuais para controle de tensão estão listados a seguir: (a) reatores de barra manobráveis; (b) bancos de capacitores; (c) excitação de unidades geradoras; (d) compensadores síncronos e estáticos; (e) reatores de linha manobráveis; (f) comutadores sob carga de transformadores e de reguladores série; (g) manobras de linhas de transmissão. 7.2.2 Os compensadores síncronos e estáticos e as unidades geradoras devem ser operados procurando-se, sempre que possível, manter reserva adequada de reativo a fim de minimizar as variações transitórias de tensão em caso de contingências. Sua utilização plena só deve ocorrer quando as condições de tensão não forem satisfatórias e depois de esgotados todos os recursos. 7.3 Para controle dos limites operativos 7.3.1 O controle dos limites operativos exercido pelos centros de operação do ONS na rede de operação tem como referência: (a) os limites operativos sistêmicos, definidos nos resultados dos estudos de planejamento elétrico do ONS; (b) os limites operativos das instalações de transmissão, definidos conforme legislação específica da ANEEL, informados pelos agentes da operação proprietários e constantes Endereço na Internet: http://www.ons.org.br Página 8/9
dos cadastros de informações operacionais (Submódulo 10.18). Esses limites abrangem as eventuais restrições permanentes ou temporárias; e (c) as restrições temporárias de instalações de transmissão informadas em tempo real pelos agentes da operação proprietários. 7.3.2 Esgotados os recursos para a não violação dos limites estabelecidos, devem ser adotadas, como último recurso, ações para gerenciamento de carga (Submódulo 10.10), sob coordenação do CNOS, no caso de limites sistêmicos e sob coordenação do COSR, no caso de limites regionais/locais. Endereço na Internet: http://www.ons.org.br Página 9/9