Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Ipameri. Rodovia GO 330 Km 241 Anel Viário. CEP Ipameri - GO.

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Transcrição:

EFEITO DE SUBSTRATO NA GERMINAÇÃO E DESENVOLVIMENTO INICIAL DE MUDAS DE MANGOSTÃO AMARELO Nei Peixoto 1 ; Thiago Cavalcante Gomes Ribeiro de Andrade 2 ; Atalita Francis Cardoso 2 ; Wilson Zorzetti Marques 2 ; Ana Helena Santana Barbosa 2. 1 Pesquisador Orientador; 2 Iniciação Científica PVIC Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Ipameri. Rodovia GO 330 Km 241 Anel Viário. CEP 75780-000 Ipameri - GO. RESUMO Avaliaram-se na Unidade Universitária de Ipameri combinações de de curral (0, 10, 20 e 30 %) e doses de calcário (100 e 300 g/100 litros de substrato) para produção de mudas da espécie mangostão amarelo (Rheedia gardneriana) por sementes, semeadas em 12/11/2003. Foram avaliados o número de sementes germinadas por parcela e a altura das plantas em quatro medições, espaçadas de 120 dias. A porcentagem de no substrato afetou a germinação, sendo o uso de 3 0 % de no substrato, foi desfavorável em ambas dosagens de calcário; quando se usou a maior dosagem de calcário 20 % de no substrato já afetou estatisticamente a germinação. Na ausência de a maior dose de calcário foi a mais favorável à germinação das sementes, enquanto que na presença de as doses de calcário tiveram o mesmo efeito. As plantas se igualaram quanto à altura em função das porcentagens de no substrato nas três medidas e também das doses de calcário nas duas primeiras medições, mas na observação final a menor dosagem foi mais conveniente. A dose de 300 g de calcário para 100 litros de substrato afetou negativamente a altura das mudas no final do ciclo de observação. Palavras-chave: Rheedia gardneriana, bacupari, bacopari-miúdo, mangostão-amarelo, altura da planta, de curral, calcário. Introdução Conhecida por vários nomes como, bacupari, bacopari-miúdo, mangostão-amarelo, a espécie Rheedia gardineriana Planchon & Triana pertencente à família Guttiferae. De hábito arbóreo, é ornamental e geralmente atinge de 4 a 6 metros de altura. O sistema radicular é profundo e pivotante, o tronco apresenta-se reto com casca amarelo-esverdeada. A dispersão desta espécie pode variar do Amazonas ao Rio Grande do Sul, passando por Minas Gerais,

2 Ceará e Santa Catarina. Seus frutos têm sabor agridoce muito agradável, apresenta de uma a três sementes por fruto. O crescimento é lento, sendo que com 10 meses de idade, a contar da semeadura, suas mudas atingem 8,5 cm de altura. As sementes apresentam boa germinação, cerca de 80% (Sanchotene, 1985). A R. gardineriana tem uma madeira densa, de pequenas dimensões que segundo o referido autor pode ser utilizada para confecção de cabos de ferramentas, mourões e esteios. Pode também ser utilizada na ornamentação de praças, jardins, parques e áreas particulares. O transplante a R. gardineriana não apresenta dificuldades de enraizamento, podendo ate mesmo ser transplantada para o local definitivo com as raízes nuas. Santos et al. (2004) estudaram o efeito de constituintes da polpa de Rheedia gardneriana, quanto ao seu potencial bactericida ou bacteriostático in vitro, constatando que o ácido oleanóico e a epiclusianona têm efeito inibitório no crescimento de Staphylococcus aureus e Listeria monocytogenes. A epiclusianona inibiu o crescimento das fitobactérias Pseudomonas sp. e Clavibacter michiganense subesp. michiganense. Material e Métodos Um experimento com Rheedia gardneriana foi implantado junto à Unidade Universitária de Ipameri, com o objetivo de estudar o efeito de calcário e de curral na produção de mudas, por sementes, semeadas em 12/11/2003 em sacos plásticos pretos próprios para produção de mudas, com dimensões, em centímetros, respectivamente, 30 de altura, 22 de largura e 0,18 cm de espessura, em número de duas sementes por recipiente. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 2 x 4, tendo como fatores doses de calcário (100, 300 g/100 L de mistura) e porcentagem de de curral no substrato (0, 10, 20, 30 %), totalizando 8 tratamentos, e 3 repetições. A parcela continha 20 plantas, da quais foi obtida uma amostra de 10 para obter medidas de altura, a cada 120 dias, iniciando-se em 21-04-2004, quando foram encerradas as contagens de de plantas emergidas e feito o desbaste das plantas, deixando uma planta por saco plástico. Plantas emergidas após esta data foram, também eliminadas. Tratos culturais como irrigação e capina foram realizados quando necessários, não sendo necessário nenhum tratamento fitossanitário durante o período de observação. Os dados de número de plantas emergidas e altura de plantas foram submetidos à análise de variância, utilizando-se o aplicativo ESTAT, sendo as médias comparadas pelo teste Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.

3 Resultados e Discussão A porcentagem de no substrato afetou a emergência das mudas, sendo o uso de 3 0 % de no substrato, foi desfavorável em ambas dosagens de calcário. Quando se usou a maior dosagem de calcário, 20 % de no substrato já afetou a germinação. Na ausência de a maior dose de calcário foi a mais favorável à germinação das sementes, enquanto que na presença de as doses de calcário tiveram o mesmo efeito. O substrato com 300 g de calcário para 100L de solo mais 30% de foi o que proporcionou menor taxa de germinação. Já o substrato com 300 g de calcário para 100L de solo sem proporcionou maior taxa de germinação, que é o tratamento que apresenta menor taxa de matéria orgânica (Tabela 1). Tabela 1. Número de plantas por parcela, em 17/04/2005, aos 152 dias após a semeadura, em função da porcentagem de e doses de calcário no substrato. calcário Número médio de plantas emergidas g / 100 litros 17/04/2005 100 17,66 b 300 24,33 a Número médio de plantas emergidas % 100 g/100 litros de substrato 300 g/100 litros de substrato 0 17,66 ab 24,33 a 10 17,33 ab 20,33 ab 20 20,00 a 13,66 b 30 13,00 b 13,66 b CV % 15,88 Não houve diferença significativa entre quanto à altura das plantas na primeira medição ocorrida em 21-04-2004 e na segunda ocorrida 120 dias após a primeira. A partir de terceira medição houve diferença significativa tanto para doses de calcário e porcentagem de no substrato, como para interação entre esses dois fatores.

4 Tabela 2. Altura das mudas, em função de doses de calcário e porcentagem de de curral, em 08/12/2004, aos 392 dias após a semeadura. Calcário g / 100 litros Média 10 20 30 100 12,54 a 14,92 a 14,98 a 14,98 a 300 10,41 b 11,23 b 10,36 b 10,36 b % média 100 300 0 8,84 b 8,56 c 9,11 a 10 11,31 a 11,69 b 10,94 a 20 13,08 a 14,92 a 11,23 a 30 12,67 a 14,97 a 10,36 a CV % 10,24 As plantas se igualaram quanto à altura, em função das porcentagens de no substrato nas três primeiras medições (21/04, 19/08 e 18/12/2004), e também das doses de calcário nas duas primeiras medições. A dose de 300 g de calcário para 100 litros de substrato afetou negativamente a altura das mudas no final do ciclo de observação. Tabela 3. Altura das mudas, em centímetros, de Rheedia gardneriana em função de doses de calcário e porcentagem de de curral aos 360 e 480 dias após a primeira medida. calcário g / 100 litros 17/04/2005 15/08/2005 100 21,99 a 28,67 a 300 17,18 b 23,30 b % 17/04/2005 15/08/2005 0 11,63 c 17,26 b 10 19,42 b 26,40 a 20 22,97 ab 29,68 a 30 24,32 a 30,61 a CV % 13,35 10,64

5 Conclusões Á velocidade de emergência e desenvolvimento das mudas de mangostão amarelo nas condições de Ipameri foram muito baixas, estando em condições de irem para o campo um ano após a semeadura. Entretanto, se mantidas nas embalagens por dois anos continuam a sofrer influência do substrato. O substrato contendo 2 % de de curral curtido e 100 gramas de calcário por metro cúbico de substrato foi o mais apropriado, utilizando como componente principal latossolo vermelho-amarelo. Referências Bibliográficas SANTOS, M.H. dos; OLIVEIRA, T.T. de; NAGEM, T.J.; OLIVEIRA, J.R. de; QUEIROZ, M.E.L.R. de; LIMA, R.D. de. Efeito de constituintes químicos extraídos do fruto de Rheedia gardneriana (bacupari) sobre bactérias patogênicas. Disponível em http://www.bcq.usp.br/edicoes/v35n2p297-301.htm. Acesso em 22/05/2004. SANCHOTENE, M. C. C. Frutíferas Nativas Úteis à Fauna na Arborização Urbana. Porto Alegre, RS: FEPLAM, 1985. p. 77-82.