Fenômenos e mudanças climáticos
A maioria dos fenômenos climáticos acontecem na TROPOSFERA. Camada inferior da atmosfera que vai do nível do mar até cerca de 10 a 15 quilômetros de altitude. Nuvens, poluição, precipitações (chuva, neve, granizo), balões meteorológicos, balões tripulados, aviões, etc. são vistos nessa camada da atmosfera.
Ventos. Geada. Massas de ar. Nevoeiro e neblina. Neve. Granizo. Chuva.
Instabilidade? As mudanças climáticas são provocadas por fenômenos naturais ou por ações dos seres humanos. Neste último caso, as mudanças climáticas têm sido provocadas a partir da Revolução Industrial (século XVIII), momento em que aumentou significativamente a poluição do ar. Porém, é natural da terra passar por períodos de aquecimento e resfriamento global.
Causas naturais Externa: Ciclo solar: A temperatura da terra depende do sol, que emite radiação em direção ao planeta. Esta radiação é a radiação solar, que em parte é refletida para o espaço e o restante é absorvido pela terra em forma de calor. Variação orbital.:também é causa de mudança climática o fenômeno astronômicos de variação orbital, ou seja, o aumento ou diminuição das radiações solares devido às variações no movimento da Terra em relação ao sol. A variação orbital ocorre periodicamente, fazendo com que a radiação solar chegue de forma diferente em cada hemisfério terrestre de tempos em tempos. Esta variação provoca as glaciações. Impactos de meteoritos: Impactos de metereoritos de grandes proporções) são eventos raros, mas também podem modificar o clima na terra. Impactos de grandes proporções podem modificar profundamente a bioesfera.
Interna: Deriva dos continentes: Mudanças dos continentes aproximando ou afastando-se dos polos. A movimentação das placas tectônicas (geofísica 2 cm ano), sobre a astenosfera, ocorre algo em torno de centímetros por ano, o que poderia provocar um distúrbio na atmosfera. Vulcanismo:As partículas emitidas pelos vulcões (aerossóis) refletem a luz solar, impedindo que parte dela chegue à superfície. Assim, nos anos que se seguem a grandes erupções vulcânicas, como a do Monte Pinatubo 1991, observa-se um resfriamento do sistema climático da Terra.
El Nino e La Nina Os fenômenos El Niño e La Niña são mudanças na temperatura da água de partes do Oceano Pacífico. A mudança da temperatura das águas influencia a intensidade dos ventos alísios que pode fazer com que massas de água quente, e massas de ar também, se desloquem no Pacífico de forma diferente dos registros das médias históricas. As variações de intensidade dos Ventos Alísios influenciam a pressão atmosférica no oceano, afetando vários fenômenos climáticos em todo o mundo.
Ventos Alísios Os ventos alísios são originados do deslocamento das massas de ar frio das zonas de alta (trópicos) para as zonas de baixa pressão (equador). Devido a um efeito ocasionado pelo movimento de rotação da Terra, o efeito de Coriolis, os ventos nas faixas intertropicais sopram no sentido leste-oeste no hemisfério sul, e no sentido oeste-leste no hemisfério norte.
El niño El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no oceano Pacífico Tropical, e que pode afetar o clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial, e afetando assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias.
- secas na região norte, aumentando a incidência de queimadas; - precipitações abundantes na região sul, principalmente nos períodos de maio a julho e aumento da temperatura; - aumento da temperatura na região sudeste, mas sem mudanças características nas precipitações; - secas severas no nordeste; - e tendência de chuvas acima da média e temperaturas mais altas na região centro-oeste.
La niña La Niña representa um fenômeno oceânico-atmosférico com características opostas ao EL Niño, e que caracteriza-se por um esfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical. Alguns dos impactos de La Niña tendem a ser opostos aos de El Niño, mas nem sempre uma região afetada pelo El Niño apresenta impactos significativos no tempo e clima devido à La Niña.
Causas antrópicas Potencial de aquecimento global. Efeito estufa e smog. Poluição e poluição atmosférica. Ilhas de calor e microclimas urbanos. Inversão térmica.
Microclimas urbanos Um aspecto muito comum nas cidades é a alteração climática, na qual ocorre a elevação da temperatura local, diferenciando das condições climáticas da região. O microclima urbano se desenvolve em escalas diferentes, sendo determinado pelas estruturas de cada cidade (pavimentação, área verde, indústrias, etc.).
O concreto absorve bastante radiação solar (cerca de 98% da radiação que atinge a superfície), enquanto que as áreas verdes conseguem dissipar essa energia. Para agravar a situação, a construção de edifícios prejudica a circulação do ar, dificultando a dispersão do ar quente. A emissão de gases poluentes intensifica o efeito estufa, promovendo ilhas de calor, ou seja, aumento da temperatura local.
As cidades industrializadas são, ainda, mais vulneráveis a outros fenômenos, como, por exemplo, o smog espécie de nevoeiro composto por diversas partículas, sendo considerada a principal forma de poluição atmosférica.
Inversão térmica. A inversão térmica ocorre quando há uma mudança abrupta de temperatura devido à inversão das camadas de ar frias e quentes. A camada de ar fria, por ser mais pesada, acaba descendo e ficando numa região próxima a superfície terrestre, retendo os poluentes. O ar quente, por ser mais leve, fica numa camada superior, impedindo a dispersão dos poluentes.
Impactos do Brasil De acordo com o relatório de avaliação nacional (RAN) no Brasil, o clima ficará mais quente (com aumento gradativo e variável da temperatura média em todas as regiões do país entre 1 o C e 6 o C até 2100) e o regime de chuvas também vai mudar: as precipitações diminuirão significativamente em grande parte das regiões central, Norte e Nordeste do país. A temperatura média do planeta subiu 0,7ºC ao longo do século 20. E não é só: esse aquecimento vem ocorrendo de maneira mais rápida nos últimos 25 anos. Como o Brasil é um país de dimensões continentais, as mudanças climáticas não afetarão da mesma forma todas as regiões.
Essas mudanças no clima trarão uma série de impactos em diversos setores, como: Recursos hídricos, na geração e distribuição de energia, e na agricultura. Entre os problemas a serem enfrentados, está o risco de colapso no abastecimento de água em várias regiões urbanas, devido a estiagens mais prolongadas; maior risco de inundações. Elevação do nível do mar e entrada de água salina nos lençóis subterrâneos que abastecem grande parte das cidades litorâneas e intensificação dos efeitos da poluição nos corpos hídricos, reduzindo ainda mais a disponibilidade e a qualidade hídrica
Possíveis cenários climáticos futuros * Região Norte (inclusive Amazônia) Nordeste Projeção do clima futuro: Altas emissões (A2) 4 a 8 C mais quente, com redução de 15% a 20% do volume de chuvas, atrasos na estação chuvosa e possíveis aumentos na freqüência de extremos de chuva no oeste da Amazônia. 2 a 4 C mais quente, 15% a 20% mais seco. Diminuição do nível dos açudes. Projeção do clima futuro: Baixas emissões (B2) 3 a 5 C mais quente, com redução de 5% a 15% nas chuvas. O impacto não é muito diferente daquele previsto pelo cenário A2. 1 a 3 C mais quente, com redução de até 15% no volume da chuva. Diminuição do nível dos açudes. Possíveis impactos Impactos na biodiversidade, risco da floresta ser substituída por outro tipo de vegetação (tipo cerrado). Baixos níveis dos rios amazônicos podendo afetar o transporte. Risco de incêndios florestais devido ao ar mais seco e quente. Impactos no transporte de umidade atmosférica para as regiões Sul e Sudeste, com conseqüências para a agricultura e geração de energia hidroelétricas. Aumento das secas, especialmente no semiárido. Impactos na agricultura de subsistência e na saúde. Perda da biodiversidade da caatinga. Risco de desertificação. Migração para outras regiões pode aumentar (refugiados do clima). Chuvas intensas podem aumentar o risco de deslizamentos podendo afetar as populações que moram em morros desmatados, enchentes urbanas mais intensas. Sudeste 3 a 6 C mais quente. Eventos extremos de chuva, seca e temperatura mais freqüentes e intensos 2 a 3 C mais quente. Conseqüências semelhantes às do cenário A2. Impacto na agricultura, na biodiversidade, na saúde da população e na geração de energia. Eventos de extremos de chuvas mais intensos aumentam o risco de deslizamentos podendo afetar as populações que moram em morros desmatados, enchentes urbanas mais intensas. Centro-Oeste Sul 3 a 6 C mais quente. Risco de veranicos mais intensos 2 a 4 C mais quente, aumento das chuvas de 5% a 10%. Aumento no volume das chuvas e na forma dos eventos intensos de chuva. Alta evaporação devido ao calor podendo afetar o balanço hídrico. Extremos de temperatura mais intensos, causando um inverno mais quente com poucos eventos intensos de geadas. 2 a 4 C mais quente. Risco de veranicos mais intensos 1 a 3 C mais quente, aumento das chuvas de até 5%. As conseqüências são parecidas com as do cenário A2, embora a intensidade possa variar. Redução da biodiversidade no Pantanal e do cerrado, impacto na agricultura e na geração de energia hidroelétrica. Extremo de chuva mais freqüente aumenta o risco de deslizamentos podendo afetar as populações que moram em morros desmatados, enchentes urbanas mais intensas. Impacto na saúde da população, na agricultura e na geração de energia. Risco (ainda pouco provável) de mais eventos de ciclones extratropicais. * Derivados das análises dos modelos do IPCC AR4 e do relatório de Clima do INPE para os cenários de altas (A2) e baixas (B2) emissões, assim como seus impactos em nível regional.