GEOPROCESSAMENTO: Fundamentos e Prática com o Software QGIS Flávia F. Feitosa Disciplina PGT 035 Geoprocessamento Aplicado ao Planejamento e Gestão do Território Maio de 2015
Objetivos do Curso Oferecer um panorama geral da área de geoprocessamento, abordando conhecimentos básicos de cartografia, sensoriamento remoto e sistemas de informação geográfica (SIG) como instrumento de apoio à análise, planejamento e gestão do território. No decorrer do curso, o aluno deverá desenvolver um projeto aplicado de geoprocessamento que explicite a inclusão do espaço como dimensão analítica relevante para atividades de pesquisa e leitura de fenômenos e processos territoriais.
Tidia PGT035_2015
Pesquisa em Planejamento e Gestão do Território Envolve conhecer o objeto de estudo e intervenção: O TERRITÓRIO
Necessidade de coletar, integrar e analisar dados DE DIVERSAS FONTES E ÁREAS DO CONHECIMENTO Demográficos, socioeconômicos e ambientais. ESPACIAIS
Dados Espaciais são Especiais! Dado Espacial à Geometria O que diferencia um Dado de um Dado Espacial? LOCALIZAÇÃO!
Dados Espaciais são Especiais! Um dado geográfico relaciona lugar (localização), tempo e atributo Os problemas com os quais lidamos no Planejamento Territorial dizem respeito a algum LUGAR NO ESPAÇO
A Importância do ONDE? A Importância da inclusão do ESPAÇO como dimensão analíwca A dimensão espacial pode prover um contexto crucial para entender o fenômeno e tomar decisões!!! Um Exemplo Clássico na Área de Geoprocessamento
hmp://en.wikipedia.org/wiki/file:snow- cholera- map.jpg O Espaço como Dimensão AnalíWca Mapa da Cólera, Londres, 1854, Dr. John Snow Epidemia de Cólera IdenKficação de Clusters, mortes concentradas em algumas áreas da cidade
On proceeding to the spot, I found that nearly all the deaths had taken place within a short distance of the pump. There were only ten deaths in houses situated decidedly nearer to another street pump. In :ive of these cases the families of the deceased persons informed me that they always sent to the pump in Broad Street, as they preferred the water to that of the pump which was nearer. In three other cases, the deceased were children who went to school near the pump in Broad Street. Two of them were known to drink the water; and the parents of the third think it probable that it did so. John Snow, M.D. 18 Sackville Street, September, 1854 IdenKficou o processo de ocorrência (Relação) http://www.csiss.org/classics/content/8
O Espaço como Dimensão AnalíWca Tecnologias da Informação Geográfica Outras perspeckvas e oportunidades de conhecimento Novas metodologias de análise e dados que permitem vislumbrar o que antes era invisível à Novas interpretações sobre a mesma realidade
PARTE I Fundamentos Conceitos: Geoprocessamento e Sistema de Informações Geográficas (SIG) O problema da representação computacional do espaço Tipos de dados espaciais Estruturas de dados espaciais
Geoprocessamento Um conjunto de métodos, técnicas e metodologias para o tratamento da informação geográfica
Geoprocessamento Termo Amplo! Engloba tecnologias de COLETA, ARMAZENAMENTO, TRATAMENTO E ANÁLISE, INTEGRAÇÃO de informações espaciais.
Coleta Cartografia Digital Sensoriamento Remoto Fotogrametria Topografia GPS Dados alfanuméricos
Armazenamento BANCO DE DADOS GEOGRÁFICO
Tratamento e Análise Análise de Redes Modelagem de dados Análise Topológica GeoestaDsEca Reclassificação Álgebra de Mapas
Integração Sistemas de Informação Geográfica SIG Geographical InformaEon Systems - GIS Sistemas Computacionais de Coleta, Armazenamento, Manipulação e Saída de Dados Geográficos
Anatomia de um SIG Sojware Hardware Dados Pessoas Procedimentos Rede Longley, Goodchild, Maguire e Rhind. Sistemas e Ciência da Informação Geográfica. Porto Alegre: Bookman, 2013
Sojwares SPRING Livre e Open Source QGIS TerraView ArcGIS Comercial Livre e Open Source GRASS Slide: Karine Ferreira
Anatomia de um SIG Sojware Hardware Dados Pessoas Procedimentos Rede Longley, Goodchild, Maguire e Rhind. Sistemas e Ciência da Informação Geográfica. Porto Alegre: Bookman, 2013
INDE - Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais
IBGE
Ministério das Cidades
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS)
Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil
IPEADATA
Fundação SEADE
Centro de Estudos da Metrópole (CEM)
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (São Paulo)
Gestão Urbana (PMSP)
Pesquisa Origem e DesWno
Atlas de Expansão Urbana - Lincoln InsWtute
Ministério do Meio Ambiente
IBAMA
CPRM Serviço Geológico do Brasil
Topodata/INPE Banco de Dados Geomorfométricos
INPE Catálogo de Imagens
Earth Explorer
GeoLista (UFF)
Anatomia de um SIG Sojware Hardware Dados Pessoas Procedimentos Rede Longley, Goodchild, Maguire e Rhind. Sistemas e Ciência da Informação Geográfica. Porto Alegre: Bookman, 2013
Anatomia de um SIG Pessoas Inclui profissionais qualificados, com capacidade para projetar, programar e/ ou manter um SIG com dados, realizar análises e interpretar os resultados. Requer treinamento e experiência em diversos campos do conhecimento. Longley, Goodchild, Maguire e Rhind. Sistemas e Ciência da Informação Geográfica. Porto Alegre: Bookman, 2013
Sugestão de Cursos na UFABC Graduação (PP e BPT): Cartografia e Geoprocessamento Q1 Métodos QuanEtaEvos para as Ciências Sociais Q1 Métodos e Técnicas de Análise da Informação para o Planejamento Q2 Tidia: Geopro_Tutoriais CartGeo2015_Noturno
Geoprocessamento & SIG Evolução a parkr da convergência entre diferentes disciplinas que têm a localização geográfica como uma questão importante a ser observada em seus estudos. TECNOLOGIA FRONTEIRIÇA Espaço (computacionalmente representado) como linguagem comum
Como representar o espaço geográfico no computador?
REPRESENTAÇÃO = VISÃO REDUZIDA
O mundo pode ser modelado de muitas formas diferentes! NOSSO DESAFIO Escolher representações computacionais mais adequadas para capturar a semânkca de nosso domínio de aplicação
Como a realidade geográfica pode ser modelada (abstraída ou simplificada) em SIG?
Processo de Representação Computacional Universo Mundo Real Universo Conceitual Universo Representação Universo Implementação Níveis de abstração Mundo Real (Conceitos): lote, Epo de solos Conceitual: campos condnuos e objetos discretos Representação: Estrutura de dados - matrizes, vetores Implementação: código em linguagem de computador
MUNDO REAL O Que Representar? Aproximações de enkdades realmente existentes (visíveis). Exemplos: edificações, ruas Conceitos abstratos (invisíveis): exclusão/ inclusão social, violência, pobreza/riqueza, desigualdade
Processo de Representação Computacional Universo Mundo Real Universo Conceitual Universo Representação Universo Implementação Níveis de abstração Mundo Real (Conceitos): lote, Epo de solos Conceitual: campos condnuos e objetos discretos Representação: Estrutura de dados - matrizes, vetores Implementação: código em linguagem de computador
UNIVERSO CONCEITUAL Objetos vs. Campos (Worboys, 1995) Objetos Discretos: espaço geográfico como uma coleção de entidades distintas e identificáveis Campos Contínuos: espaço geográfico como uma superfície contínua
Campos Conunuos geo-campos, superfícies, distribuições, fields, coverage n n Espaço geográfico como uma superfície contínua, sobre a qual variam os fenômenos observados. Para cada ponto da região, temos um valor distinto. ALTITUDE
Objetos Discretos Espaço geográfico como uma coleção de entidades distintas e identificáveis, com limites bem definidos Cadastro Urbano: Lotes Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos Municípios do Estado de São Paulo Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.059/479
Campos ou Objetos? Criminalidade em São Paulo PONTOS (Eventos) SUPERFÍCIE POLÍGONOS (Taxa por setor censitário) Homicídios dolosos, segundo local de ocorrência do crime. Fonte: SSP (2002). Marcelo Nery (2006). Gestão Urbana: Sistemas de Informação Geográfica e o Estudo da Criminalidade no Município de São Paulo
Processo de Representação Computacional Universo Mundo Real Universo Conceitual Universo Representação Universo Implementação Níveis de abstração Mundo Real (Conceitos): lote, Epo de solos Conceitual: campos condnuos e objetos discretos Representação: Estrutura de dados - matrizes, vetores Implementação: código em linguagem de computador
UNIVERSO REPRESENTAÇÃO Vetorial & Matricial Elementos representados de forma mais precisa Espaço subdividido em células (ou pixels) Ponto Linha Polígono
UNIVERSO REPRESENTAÇÃO http://gis.sbcounty.gov/images/elevation_map.jpg
UNIVERSO REPRESENTAÇÃO Objetos Discretos à Vetor??? Campos Conunuos à Matriz/Raster??? NEM SEMPRE!
Representação Matricial Espaço subdividido em células (ou pixels) Células são os elementos de uma matriz sobre a qual se constrói a feição a ser representada Cada célula: um ou mais valores Área que cada célula representa: Resolução Espacial Mapa esquerdo com resolução 4X menor
Fonte: Mohamed Yagoub Estrutura de uma Matriz Extensão célula Resolução
Estrutura de uma Matriz Célula Qualidades (temático): Alto, baixo, tipo de solo Quantidades (numérico): altitude, declividade Fonte: Mohamed Yagoub
Representação Matricial IMAGEM Elemento de imagem ( pixel ) proporcional à energia eletromagnética refletida ou emitida por área da superfície terrestre
Representação Matricial
Conversão Vetorial à Matricial Fonte: Mohamed Yagoub
Representação Matricial Fonte: Mohamed Yagoub
O Problema da Mistura das Células Água domina Maioria Bordas A The image cannot be displayed. Your computer A The image cannot be displayed. Your computer G The image cannot be displayed. Your computer may not may not may not have have have enough enough enough A A G The image cannot be displayed. Your computer may not have enough The image cannot be displayed. Your computer may not have enough The image cannot be displayed. Your computer may not have enough A A G The image cannot be displayed. Your computer may not have enough The image cannot be displayed. Your computer may not have enough The image cannot be displayed. Your computer may not have enough A The image cannot be displayed. Your computer G The image cannot be displayed. Your computer G The image cannot be displayed. Your computer may not may not may not have have have enough enough enough A A G The image cannot be displayed. Your computer may not have enough The image cannot be displayed. Your computer may not have enough The image cannot be displayed. Your computer may not have enough A G G The image cannot be displayed. Your computer may not have enough The image cannot be displayed. Your computer may not have enough The image cannot be displayed. Your computer may not have enough A The image cannot be displayed. Your computer B The image cannot be displayed. Your computer G The image cannot be displayed. Your computer may not may not may not have have have enough enough enough A B G The image cannot be displayed. Your computer may not have enough The image cannot be displayed. Your computer may not have enough The image cannot be displayed. Your computer may not have enough B B G The image cannot be displayed. Your computer may not have enough The image cannot be displayed. Your computer may not have enough The image cannot be displayed. Your computer may not have enough Fonte: Mohamed Yagoub
Representação Vetorial Forma mais precisa de representar feições geográficas Entidades representadas através de três formas básicas: ponto, linha ou polígono
Estruturas de Dados vetoriais n Arcos e Nós n Linha: começa em um nó e termina em outro nó Polígono: começa e termina num mesmo nó
Estruturas de Dados vetoriais n Ilha (tipo especial de polígono) Pontos Pontos Cotados
Vetores + Tabelas Associação entre Geometria (localização) & Atributos Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/ 05.059/479
UNIVERSO REPRESENTAÇÃO Vetorial & Matricial Vetorial Preserva relacionamentos topológicos Preferida quando necessitamos de precisão (ex. cadastro urbano e rural) Matricial Representa melhor fenômenos com variação conjnua no espaço (ex. Elevação, temperatura, densidade populacional) Facilidade na superposição de planos de informação (álgebra de mapas)
Bibliografia LONGLEY, P.; GOODCHILD, M.; MAGUIRE, D.; RHIND, D. Sistemas e Ciência da Informação Geográfica. 3.ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
Bibliografia On- line: CÂMARA, G. ; DAVIS, C,; MONTEIRO, A (eds.). Introdução à Ciência da Geoinformação. São José dos Campos: INPE, 2001. Disponível em: hmp://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/index.html DRUCK, S.; CARVALHO, M. S.; CÂMARA, G.; MONTEIRO, A.V.M (eds). Análise Espacial de Dados Geográficos. Brasília: EMBRAPA, 2004. Disponível em: hmp://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/analise/ IBGE. Noções básicas de cartografia. Rio de Janeiro: Fundação IBGE, 1989. Disponível em: hmp://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/manual_nocoes/indice.htm. ROSA, R. Cartografia básica. Universidade Federal de Uberlândia. InsKtuto de Geografia. Laboratório de Geoprocessamento, 2004. Disponível em: hmp://www.ufscar.br/~debe/geo/paginas/tutoriais/pdf/cartografia/cartografia %20Basica.pdf SMITH, M. J.; GOODCHILD, M. F.; LONGLEY, P.A. GeospaWal Analysis. A Comprehensive Guide to Principles, Techniques and Sojware Tools. Disponível em: hmp:// www.spakalanalysisonline.com/index.html
PARTE II PráWca com o Sojware QGIS Interface Importação de Dados Edição de Legenda (Mapas) Manipulação de Tabelas Consulta por Atributos & Consulta Espacial