ASSOCIAÇÃO DE ARBITRAGEM DE CONFLITOS DE CONSUMO DO DISTRITO DE COIMBRA

Documentos relacionados
Associação de Arbitragem de Conflitos de Consumo do Distrito de Coimbra. Plano de Atividades 2017

ASSOCIAÇÃO DE ARBITRAGEM DE CONFLITOS DE CONSUMO DO DISTRITO DE COIMBRA

ASSOCIAÇÃO DE ARBITRAGEM DE CONFLITOS DE CONSUMO DO DISTRITO DE COIMBRA

RELATÓRIO DE ATIVIDADES E CONTAS DE 2015 CENTRO DE ARBITRAGEM DE CONFLITOS DE CONSUMO DO ALGARVE

Regulamento do Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo do Distrito de Coimbra

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º115/xiii. Exposição de Motivos

Regulamento de Arbitragem. Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo do Algarve

Tribunal Arbitral de Consumo Desde 1995

Tem um litígio de consumo?

REGULAMENTO. Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo do Vale do Ave/Tribunal Arbitral

Informação essencial e complementar às normas de procedimento do Centro, considerando o disposto na Lei n.º 144/2015, de 8 de Setembro

ASSOCIAÇÃO DE ARBITRAGEM DE CONFLITOS DE CONSUMO DO DISTRITO DE COIMBRA PLANO DE ATIVIDADES 2018

DESPACHO. ASSUNTO: Processo Administrativo para o estabelecimento de Acordos, Convénios e Protocolos da ESTeSL-IPL Alteração.

Sinopse da Acção do Centro

Como resolver Conflitos CENTRO DE INFORMAÇÃO EUROPE DIRECT DE BARCELOS

FUNDO SOCIAL MUNICIPAL

ESTATUTOS ACTUALIZADOS DO ARBITRARE. Artigo 1º. Denominação e Sede

A RESOLUÇÃO ALTERNATIVA DE LITÍGIOS DE CONSUMO

Com o apoio de: PLANO DE ACTIVIDADES E ORÇAMENTO PARA

CIRCULAR. Assunto: Folheto informativo - A DGC informa os operadores económicos sobre o livro de reclamações

1. A associação tem os seguintes associados fundadores:

- Implicações para a Política de Defesa do Consumidor -

REGULAMENTO DO CENTRO NACIONAL DE INFORMAÇÃO E ARBITRAGEM DE CONFLITOS DE CONSUMO

Regulamento do CNIACC. Centro Nacional de Informação e Arbitragem de Conflitos de Consumo

Consulta Pública - Projeto de Regulamento de Mediação e de Conciliação

Relatório Procedimento Extraordinário e Urgente de Formação de Administradores Judiciais

Política de Tratamento de Reclamações

Revisão do Plano Diretor Municipal de Armamar Relatório de Ponderação dos Resultados da Discussão Pública

RELATÓRIO ANUAL DE QUALIDADE DE SERVIÇO 2016

bdd d03967d57713eb4984e

Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo de Lisboa. Isabel Morais Mendes Cabeçadas

Regulamento do Centro de Informação de Consumo e Arbitragem do Porto. Capítulo 1 Objeto, natureza e âmbito geográfico. Artigo 1.

6. II Congresso Internacional de Mediação Justiça Restaurativa, Lisboa: de Outubro de 2011

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 201/XII. Exposição de Motivos

Resolução Alternativa de Litígios

Política de Privacidade

Processo de arbitragem

Ter uma loja online! Legislação e obrigações legais

Relatório da audiência prévia dos CTT e dos utilizadores sobre o sentido provável de decisão sobre divulgação de informação sobre estabelecimentos

REGULAMENTO DO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO SECÇÃO REGIONAL DO NORTE DA ORDEM DOS ENFERMEIROS

- RELATÓRIO. Inquérito de satisfação relativo à informação divulgada pela CNE. Eleição da ALRAA de 16 de outubro de Pág.

CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA GABINETE DE APOIO AO VICE-PRESIDENTE E MEMBROS DO CSM

PROJEÇÕES DA POPULAÇÃO EM IDADE ESCOLAR E PLANEAMENTO DE EQUIPAMENTOS EDUCATIVOS

RELATÓRIO ANUAL DE QUALIDADE DE SERVIÇO 2017

(Natureza e duração) A associação é uma pessoa colectiva de direito privado, sem fins lucrativos, constituída por tempo indeterminado.

FUNDO FLORESTAL PERMANENTE PROMOÇÃO DO INVESTIMENTO, DA GESTÃO E DO ORDENAMENTO FLORESTAIS

Ofício-Circular Nº2/ IGeFE / DOGEEBS / 2019

Concursos 2017 ANEXO XIII

Regulamento do CNIACC - Centro Nacional de Informação e Arbitragem de Conflitos de Consumo Capi tulo I - Objeto, natureza e âmbito geográfico

Aprovado por deliberação da Assembleia Municipal de 30 de abril de

TARIFÁRIO Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência

COMPROMISSO COM OS CLIENTES

Informação Jurídica Gratuita

REGULAMENTO DE ATRIBUIÇÃO DE BOLSAS DE ESTUDO ESPECIAIS A ESTUDANTES DO MESTRADO EM REABILITAÇÃO URBANA DA ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE TOMAR DO

POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Desformalização, eliminação e simplificação de actos

REGULAMENTO PROGRAMAS DE MOBILIDADE ESTUDANTES OUTGOING DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA. Preâmbulo

ALTERAÇÃO AO REGULAMENTO MUNICIPAL DO PIQUETE MÓVEL DE PEQUENAS REPARAÇÕES DO MUNICÍPIO DE MESÃO FRIO E SUA REPUBLICAÇÃO

Instrução n. o 2/2009 BO n. o

AVISO DE ABERTURA DE CONCURSO

RAL (RESOLUÇÃO ALTERNATIVA DE LITÍGIOS DE CONSUMO)

MUNICÍPIOS PORTUGUESES

ARBITRAGEM DE CONSUMO

REGULAMENTO FINANCIAMENTO E APOIO PARA O COMBATE À EXCLUSÃO SOCIAL (FACES)

02. RELATÓRIO DE QUALIDADE COMERCIAL. 03. ATENDIMENTO AO CLIENTE - Atendimento Telefónico Comercial 04. PEDIDOS DE INFORMAÇÃO POR ESCRITO

Comunicado. ERSE recebeu reclamações e pedidos de informação em 2017

de Qualidade de Serviço Eletricidade e Gás natural

INAUGURAÇÃO 16 DE MARÇO VISEU

Resolução de conflitos no domínio transfronteiriço A experiência adquirida e os novos caminhos

LANÇAMENTO DA REDE DE APOIO AO CONSUMIDOR ENDIVIDADO. 13 de dezembro de 2012

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO entre a PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA e o INSTITUTO POLITÉCNICO DE LEIRIA

Não dispensa a consulta do diploma publicado em Diário da República

Documento de Referência FR01-PR14/V02 Regulamento de funcionamento da aprendizagem e formação a distância

PLANO DE PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA NO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA

Artigo 1º. Objecto da função 2. Artigo 2º. Estrutura, estatuto e mandato 2. Artigo 3º. Funções 3. Artigo 4º. Definição de reclamação 3

CENTRO DE ARBITRAGEM DO SECTOR AUTOMÓVEL

Relatório de Qualidade de Serviço do Sector Energético. (Gás Natural e Eletricidade)

FSPT Fundo para o Serviço Público de Transportes

CONTRATO DE ADESÃO PVE. (Artigo 2.º n.º2, do Decreto-Lei n. 170/2008, de 26 de agosto)

META 2017 Tolerância Valor crítico PESO Mês RESULTADO TAXA REALIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO 80% 80% 80% 10% 100% 20% 90% 90% 90% 0% 100% 50%

ÍNDICE. 1 Enquadramento Indicadores de Qualidade de Serviço... 3

RELATÓRIO DA QUALIDADE DO SERVIÇO

Programa Marvila, Freguesia Solidária. Regulamento

REGULAMENTO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO DE CONFLITOS DA ERSE

ESTATUTO DO DIREITO DE OPOSIÇÃO

CENTRO DE ARBITRAGEM DE CONFLITOS DE CONSUMO DE LISBOA

ACORDO DE EXECUÇÃO. Entre:

1. Acção de Formação Resolução Alternativa de Litígios A mediação nas áreas civil, laboral, de família, júnior e penal

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE NUTRIÇÃO Sede Rua João das Regras, n.º 278 e 284 R/C Porto Contactos Tel.: Fax:

COMPROMISSO COM OS CLIENTES

Recrutamento de um(a) jurista para o lugar de Diretor(a) do Gabinete de. Assuntos Jurídicos da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes

NORMAS DE FUNCIONAMENTO 2017

REGULAMENTO DE CONCURSOS DE IDEIAS DE NEGÓCIO NO ÂMBITO DA 3.º EDIÇÃO DO PROGRAMA "EMPREENDEDORISMO NAS ESCOLAS DA REGIÃO DE COIMBRA"

DECRETO-LEI Nº 398/98, DE 17 DE DEZEMBRO. Código Civil ª Edição. Atualização nº 1

ANEXOS REGULAMENTO DELEGADO DA COMISSÃO

REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIO ÀS FREGUESIAS. Preâmbulo. A Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, aprovou o regime jurídico das

PARECER DO C.S.M.P. ( Proposta de Lei n.º 272/XII)

PLANO DE PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA NO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA

Transcrição:

ASSOCIAÇÃO DE ARBITRAGEM DE CONFLITOS DE CONSUMO DO DISTRITO DE COIMBRA 1

Sumário 1. Introdução--------------------------------------------------------2 2. Desenvolvimento das ações-----------------------------------2 2.1. Tramitação processual 2.1.1. Informações------------------------------------------ 3 2.1.2. Reclamações------------------------------------------4 2.2. Outras atividades-------------------------------------------13 3. Conclusões------------------------------------------------------- 18 4. Relatório Financeiro-------------------------------------------19 5. Anexos 2

RELATÓRIO E CONTAS 215 1.INTRODUÇÃO Tendo em conta a alínea d) do artigo 9.º dos Estatutos da Associação de Arbitragem de Conflitos de Consumo do Distrito de Coimbra, são apresentados o trabalho desenvolvido e os documentos de prestação de contas, relativos ao ano de 215, tendo como objetivo dotar a assembleia de informação que permita avaliar da evolução e desempenho do Centro de Arbitragem. A entrada em vigor da Lei n.º 144/215, de 8 de Setembro, sobre a resolução alternativa de litígios que veio exigir a criação da rede de arbitragem de consumo, a existência de um regulamento harmonizado, a resolução de conflitos transfronteiriços e a resolução de conflitos originados por aquisições em linha a nível da EU, além do normal desenvolvimento das atividades de informação, mediação, conciliação e arbitragem, foram os grandes desafios apresentados em 215 e que exigiram grande esforço de adaptação e que vão, certamente, constituir as bases de um sistema mais sólido, eficaz e de inegável interesse público. 2.DESENVOLVIMENTO DAS ACÇÕES 2.2. TRAMITAÇÃO DE PROCESSOS 215 O volume de processos tramitado s pelo Centro de Arbitragem mantevese, em relação ao ano transato de 214, idêntico tendo dado entrada menos 11 processos de reclamação, mas tendo aumentado o número de processos resolvidos por conciliação e arbitragem. Os pedidos de informação mantiveram-se também em números aproximados do ano homólogo com uma subida de aproximadamente 7% Todos os dados estatísticos estão apresentados de forma pormenorizada e desagregada, de acordo com o constante da aplicação informática do Ministério da Justiça, apresentados classificados por produto/serviço e por tipo de problema. 3

INFORMAÇÕES O volume das informações prestadas foi superior ao do ano homólogo em 7% tendo sido prestadas 79 informações no ano de 214 e 852 no ano de 215, sendo o objeto do pedido e o tipo de problema apresentado em tudo semelhante ao dos processos de reclamação tramitados. A cada pedido de informação ou consulta jurídica prestado apenas é feito um registo, não obstante, na grande maioria das situações, o mesmo poder revestir a forma de diversos contactos telefónicos, presenciais e por correio eletrónico. De relevo o grande número de pedidos de informação realizados, a partir de setembro, atinentes à publicação da Lei n.º 144/215, de 8.8 feitos sobretudo por gabinetes de técnicos oficiais de contas que ao elaborarem a faturação das empresas são por estas confrontados com a nec essidade de menção nas mesmas da referência aos meios de resolução alternativa de litígios. A resposta aos pedidos de informação é dada no próprio dia ou no dia seguinte pelo que não existem pendências. Refira -se que consta uma informação como pendente do ano de 214 para o ano de 215, mas tal deveuse a erro de inserção na plataforma informática e foi já solicitado helpdesk à DGPJ para respetiva correção. 86 85 84 83 82 81 8 79 78 77 76 75 214-79 215-852 Informações 4

qualidade dos bens e dos serviços fornecimento de bens e prestação preços e tarifas faturação e cobrança de dívidas garantia legal e garantia comercial reparação legal praticas comerciais desleais contratos e vendas mudança de fornecedor privacidade e proteção de dados outros 35 3 25 2 15 1 5 informações modo prestação 25 2 15 1 5 informações por tipo de problema 5

4 35 3 25 2 15 1 5 informações por produto ou serviço RECLAMAÇÕES No ano de 215 manteve-se a tendência de o número de processos tramitados ter a sua origem, quanto ao objeto do litígio, nos contratos de prestação de Serviços Públicos Essenciais representando 67,54% do volume processual. Os conflitos resultantes da celebração de contratos de comunicações eletrónicas continuam, dentro dos SPE, a ser os de maior número, seguidos dos serviços de fornecimento de gás e ele tricidade e, em menor número, do fornecimento de água e de prestação de serviços de correios. Os bens de consumo são também fonte de reclamações de número considerável com especial relevo para a aquisição de material informático e eletrodomésticos. No que concerne ao tipo de problema é frequente num mesmo processo serem de diverso género e respeitarem quer à qualidade dos bens e serviços, preços e tarifas, faturação, contratos e método de contratação. Nos bens de consumo predomina a questão da garantia legal. A forma como terminam os processos é maioritariamente por mediação -procedimento flexível que pode decorrer sem a presença das partes e ser realizado através de mecanismos de comunicação à distância - 5% do número 6

de processos resolvidos. De referir que o êxito deste modo de resolução não pode deixar de se atribuir, também, à boa cooperação existente entre os serviços do Centro de Arbitragem e as empresas, sobretudo as prestadoras de SPE. A conciliação, que pode ser realizada pelo árbitro ou por jurista do Centro, e a arbitragem, realizada por um único árbitro, magistrado judicial, representam aproximadamente 25% do modo como findam os processos. No que concerne à arbitragem refira-se a crescente complexidade dos processos que obrigam de forma muito frequente a que seja citada mais do que uma empresa, caso paradigmático da prestaç ão de serviços de eletricidade que, em muitas situações, obriga à citação da empresa anteriormente fornecedora do serviço e ainda à empresa operadora de rede. Das decisões proferidas em sede de arbitragem, e que estes serviços tenham tido conhecimento, apenas uma foi objeto de impugnaç ão judicial no Tribunal da Relação de Coimbra, tendo sido a decisão de improcedência, e que poderá ser consultada em: http://www.dgsi.pt/jtrc.nsf/c3fb533ea1c6182568d95cd5bb/8c7f65f79 7cd3ba8257f163cd819?OpenDocument&Highlight=,arbitragem Das 46 decisões proferidas em arbitragem 26 foram condenatórias, 11 parcialmente condenatórias e 9 absolutórias. Os restantes 25% de processos tramitados, mas não resolvidos, resultam de diversos fatores sendo que é frequente a recusa da arbitragem, após ter sido tentada a mediação e conciliação, o que implica a normal tramitação de processo, e a desistência do consumidor. 7

bens de consumo serviços gerais de consumidores serviços financeiros serviços postais e de serviços de transportes serviços de caráter recreativo energia e água saúde educação outros qualidade dos bens e dos fornecimento de bens e preços e tarifas faturação e cobrança de garantia legal e garantia reparação legal praticas comerciais desleais contratos e vendas mudança de fornecedor preteção dados 1 outros 2 18 16 14 12 1 8 6 4 2 processos por tipo d eproblema 18 16 14 12 1 8 6 4 2 processos por produto ou serviço 8

18 16 14 12 1 8 6 processos com resolução 4 2 mediação conciliação arbitragem 5 45 4 35 3 25 2 15 1 5 processos sem resolução CONCELHO DE RESIDÊNCIA DO CONSUMDOR O concelho de Coimbra, capital de distrito é, obviamente, aquele de onde é oriundo o maior número de consumidores, seguido da Figueira da Foz, Condeixa-a-Nova, Cantanhede, Montemor-o-Velho e Arganil. Existem ainda 46 processos nos quais o consumidor não reside no distrito de Coimbra, mas, porque aí realizou os seus contratos de consumo e sendo que a competência em 9

arganil cantanhede coimbra condeixa-a-nova figueira da foz góis lousã miranda do corvo mira montemor o velho oliveira do hospital penacova penela soure tábua vila nova de poiares outros razão do território se afere pelo local da realização do contrato, os mesmos foram tramitados por este Centro de Arbitragem. Foram ainda tramitados 1 processos apresentados por consumidores estrangeiros. 25 2 15 1 5 CONCELHO POR SEDE DA EMPRESA As empresas demandadas têm na sua maior parte sede em concelhos que não integram o distrito de Coimbra, o que bem se compreende atendendo ao facto de grande número de processo de reclamação ter origem no fornecimento de serviços públicos essenciais, com exceção do fornecimento de água, cujas empresas fornecedoras estão sediadas mormente em Lisboa e Porto. 1

35 3 25 2 15 1 Sede da empresa 5 distrito de coimbra fora do distrito de coimbra CARATERIZAÇÃO DOS CONSUMIDORES Os consumidores que apresentaram reclamação no Centro de Arbitragem são maioritariamente do sexo feminino 179 contra 163 do sexo masculino. Esta é uma tendência que se vem acentuando e que se deve sobretudo ao facto de, no casal, os contratos que eram realizados, em norma, pelo elemento masculino atualmente o sejam cada vez mais pelo elemento feminino. Verifica-se que os consumidores recorrentes são detentores, em grande parte, de um nível de instrução médio ou superior o que se deve, por um lado, a um maior poder económico que leva a maior número de realização de contratos e, por outro, possuírem maior conhecimento sobre as instituições de arbitragem e de melhor saberem como reagir em caso de conflito. MODO DE RECEÇÃO DA RECLAMAÇÃO 11

25 2 15 1 Modo de receção das reclamações 5 postal correio eletrónico presencial FORMA DE CONHECIMENTO DO CENTRO DE ARBITRAGEM 1 9 8 7 6 5 4 3 2 1 forma de conhecimento do CA VALOR MÉDIO DOS PROCESSOS 12

No Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo do Distrito de Coimbra, que tem a sua competência em razão do valor limitada a 5.,, o valor médio dos processos entrados durante o ano de 215 foi de 555,71. O processo de maior valor foi de 5., e o de menor valor de 5,58. TEMPO MÉDIO DE RESOLUÇÃO DOS PROCESSOS O tempo médio de resolução dos processos foi de 65 dias. No ano transato o tempo médio de resolução tinha sido de 54 dias havendo um aumento de 11 dias o que facilmente se compreende atendendo ao aumento de arbitragens realizadas e à respetiva complexidade. Diversos esforços foram feitos para otimizar o tempo de resolução dos quais destacamos o uso regular de correio eletrónico em detrimento do correio normal sendo este último apenas usado quando, de todo, não é possível o recurso ao primeiro ou no caso de envio de sentenças em que as partes não aceitam o respetivo envio por correio eletrónico. ARBITRAGENS VIA SKYPE O Centro de Arbitragem, através do seu Tribunal Arbitral continuou durante o presente ano a realizar arbitragens via skype, quer em situações em que uma das partes se encontrava num país estrangeiro quer nos casos em que as partes, embora residentes em Portugal, tinham devido a idade, doença ou outras causas, dificuldade em se deslocarem a estes serviços e, deste modo, sem necessidade de se fazerem representar ou de solicitar pedido de adiamento de audiência. Recorrente tem sido igualmente o pedido realizad o por Advogados, quando não apresentam prova testemunhal, como forma de redução de custos e tempo, mas com as mesmas garantias processuais. REMESSA DE PROCESSOS PELAS ASSOCIAÇÕES DE CONSUMIDORES Em articulação com entidades envolvidas na defesa do consumidor, nomeadamente, DECO e ACOP, associações de defesa do consumidor, foram 13

arganil cantanhede coimbra coneixa-a-nova figueira da foz góis lousã mira miranda do corvo montemor-o-velho oliveira do hospital penacova penela soure tábua vila nova de poiares remetidos processos de reclamação para tramitação nestes serviços, após gorada a mediação por aquelas instituições realizada. O objeto de litígio foi maioritariamente referente a serviços públicos essenciais atendendo ao disposto na lei n.º 67/211, de 1.3 que estabelece a arbitragem necessária no acesso à justiça por parte dos utentes daqueles serviços. ADESÕES PLENAS AO SISTEMA Foram formalizadas, durante o ano de 215, 137 adesões plenas de empresas à resolução alternativa de litígios realizadas pelo Centro de Arbitragem, perfazendo um total de 1636. De realce que nos últimos anos a quase totalidade de adesões plenas foi realizada por via da empresa na hora/adesão pronta e que desde a entrada em vigor da Lei n. º144/215, de 8.8 foram já 3 as empresas que, diretamente ou em muitos casos através dos respeti vos gabinetes de contabilidade, contataram estes serviços e realizaram a adesão plena através da celebração de convenção de arbitragem. 6 5 4 3 2 1 empresas aderentes 215 concelho 2.2. OUTRAS ATIVIDADES NEWSLETTER DO CENTRO DE ARBITRAGEM 14

Foram periodicamente enviadas newsletter às Câmaras Municipais do Distrito de Coimbra associadas, dirigidas sobretudo aos funcionários das autarquias que nas mesmas realizam o atendimento ao público, com notícias e legislação relevantes na área do consumo. DIVULGAÇÃO - JUNTAS FREGUESIA DO CONCELHO DE COIMBRA Foi a atividade do Centro de Arbitragem divulgada nas Juntas de Freguesia do Distrito de Coimbra através do envio de material diverso de informação com especial relevo para a entrada em vigor da Lei n. º144/215, de 8.8. DIVULGAÇÃO LOJA DO CIDADÃO Divulgação, com deslocações periódicas e entrega de materiais, junto do balcão da Câmara Municipal de Coimbra da Loja do Cidadão. DIVULGAÇÃO PÁGINA WEB http://www.centrodearbitragemdecoimbra.com A página do Centro de Arbitragem de Confli tos de Consumo, em atualização permanente, continua a ser um meio por excelência da divulgação da atividade dos serviços assim como um meio expedito de apresentação de pedidos de informação e reclamações. O link de referência do sítio consta já de diversas páginas Web da s Câmaras Municipais associadas e de outras instituições de utilidade pública. DIVULGAÇÃO FACEBOOK http://facebookcentrodearbitragemdecoimbra.com As denominadas redes sociais amplamente utilizadas pelo Centro de Arbitragem continuam a ser um meio de divulgação da respetiva atividade e de contato simplificado por parte quer dos consumidores quer das empresas. 15

FUNDO DO CONSUMIDOR A 24 de Abril foi apresentada candidatura ao Fundo para a Promoção dos Direitos dos Consumidores, 5.ª Fase, 215, com um total de despesas elegíveis de 21.5,, constituindo 8% daquele valor incentivos não reembolsáveis e os restantes 2% fundos próprios. Esta candidatura visa substituir a subvenção anual atribuída protocolarmente à AACCDC pela Direcção -Geral do Consumidor, à semelhança do sucedido nos últimos tr ês anos. A 3 de Junho foi a mesma aprovada e assinado o termo de aceitação tendo sido atribuído um montante de 16.,, valor inferior ao previsto na candidatura e ao atribuído no ano transato de 17.2,. Com a aprovação da candidatura foi enviada a 1.ª tranche correspondente a 6% do montante total, com o envio de relatório intercalar, a 2.ª tranche de 2%, em Novembro e com o envio do relatório final, até 15 de janeiro de 216, será remetida a 3.ª e última tranche. Refira-se que o presente relatório de atividades coincide praticamente com o relatório final da candidatura pois os objetivos propostos são os mesmos. REDE DE APOIO AO CONSUMIDOR ENDIVIDADO Considerando o disposto no decreto-lei n.º 227/212, de 25 de outubro que estabelece a criação de uma rede de apoio a clientes bancários no âmbito da prevenção do incumprimento e da regularização extrajudicial das situações de incumprimento de contratos de crédito e não obstante o CACCDC não a integrar foi prestado necessário e conveniente aconselhamento aos consumidores que o solicitaram, tendo-se procedido ao respetivo encaminhamento para as entidades competentes. COLABORAÇÃO COM A UNIVERSIDADE DE COIMBRA Na sequência do que tem vindo a acontecer em a nos anteriores o Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo do Distrito de Coimbra foi, novamente, contatado pelo Gabinete de Saídas Profissionais da Universidade de Coimbra para ministrar estágio profissional a estudantes da licenciatura em Direito nos meses de Julho e Agosto tendo aceite prestar a colaboração solicitada. 16

COLABORAÇÃO COM A FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA A convite da Sra. Prof.ª Dra. Maria Olinda Garcia, docente da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra o Senhor Juiz Árbitro e a Diretora do Centro de Arbitragem realizaram uma apresentação do sistema de resolução alternativa de litígios no âmbito do Curso de Mestrado em Ciências Jurídico forenses ministrado naquela Faculdade. COLABORAÇÃO COM O CENTRO DE DIREITO DO CONSUMO DA FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA O Senhor Juiz Árbitro realizou uma apresentação do Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo no Colóquio Serviços Públicos Essenciais, a 21 de Fevereiro, organizado pelo Centro de Direito do Consumo. Esteve, ainda, a Diretora do Centro presente nos colóquios, também organizados pelo CDC: Crédito Hipotecário, 14 de Março; Crédito ao Consumo, 18 de Abril e Novo Regime de Contratação à Distância, 16 de Maio. RECEÇÃO DE INVESTIGADORES E ESTUDANTES NACIONAIS E ESTRANGEIROS No ano de 215 teve a ocasião de receber diversos alunos de doutoramento e investigadores estrangeiros, de origem Espanhola, Peruana e Brasileira que acompanharam as atividades diárias dos serviços e presenciaram diversas arbitragens. Em regime de maior permanência e na sequência de protocolo com uma estudante brasileira de Mestrado em Ciências Jurídico -Civilísticas da Universidade de Coimbra esta iria prestar colaboração ao CA desde final do ano de 215 e no ano de 216. Foi também o C.A. objeto de uma visita por parte de uma delegação de magistrados brasileiros tendo estes sido recebidos pelo Juiz Árbitro e pela diretora. 17

COLABORAÇÃO COM O INSTITUTO POLÍTÉCNICO DE LEIRIA O Centro celebrou protocolo de cooperação c om o IPL para formação em contexto de trabalho a alunos dos Cursos Técnicos Superiores Profissionais em Serviços Jurídicos e Administrativos. A Diretora do Centro de Arbitragem esteve presente no Colóquio Online Mediation: Outlook within the EMEDEU Project, que decorreu no IPL e 2 de Maio. Alunos do curso de solicitadoria, daquela Instituição, estiverem presentes no Centro de Arbitragem tendo-lhes sido explicado todo o procedimento e assistido a várias sessões de arbitragem. COLABORAÇÃO COM OS CENTROS DE ARBITRAGEM DE CONFLITOS DE CONSUMO NACIONAIS Rede de Arbitragem de Consumo O Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo do Distrito de Coimbra colabora ativamente com os restantes Centros de Arbitragem nacionais, de competência genérica ou setorial, encaminhando para os mesmos todas as situações que lhe sejam apresentadas e que se situem fora da sua competência territorial, e promovendo a transmissão de boas práticas por forma à criação de uma Rede de Arbitragem de Consumo nacional a funcionar de forma integrada. COMISSÃO DOS CENTROS DE ARBITRAGEM DE CONFLITOS DE CONSUMO A 8 de Junho de 215 foi criada a Comissão dos Centr os de Arbitragem de Conflitos de Consumo e aprovado o respetivo regulamento que tem como finalidade a implementação de estratégia comum de atuação e, principalmente, de tentar encontrar novas formas de financiamento complementares às já existentes. No âmbito da Comissão foram realizadas diversas reuniões, nomeadamente com o Senhor Secretário de Estado Adjunto e da Economia e Senhor Secretário de Estado da Justiça e realizadas, também, reuniões com as entidades reguladoras ERSE, ERSAR e ANACOM. 18

REGULAMENTO HARMONIZADO A 2 de Novembro foi apresentado, na sua versão final, o trabalho realizado pelos centros de arbitragem de conflitos de consumo de competência genérica para elaboração de um regulamento harmonizado, idêntico para todos os centros, à Direção-Geral do Consumidor e à Direção-Geral da Política da Justiça aguardando-se respetivo parecer. A RESOLUÇÃO ALTERNATIVA DE LITÍGIOS O Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo do Distrito de Coimbra autorizado pelo Ministério da Justiça à realização de arbi tragem voluntária, encontra-se a proceder à respetiva inscrição na lista de entidades RAL que se dedicam à resolução de litígios de consumo, nacionais e transfronteiriços cuja autoridade competente, nos termos da Lei n.º 144/215, de 8.8, é a Direção- Geral do Consumidor pelo que tem prestado todos os elementos solicitados e colaborado nas diversas reuniões havidas. PLATAFORMA DE RESOLUÇÃO DE LITÍGIOS EM LINHA O Centro de Arbitragem pretende realizar a tramitação de processos ocasionados pela aquisição de bens e serviços em linha em toda a União Europeia a ter início em 216 pelo que colaborou com a Direção -Geral do Consumidor Ponto de Contacto Nacional da Rede nomeadamente colocando todo um conjunto de questões relat ivas à operacionalidade do sistema. Refirase o investimento em tecnologias de informação e comunicação com a aquisição de novo posto de trabalho (computador e impre ssora multifunções) tendo em conta, em especial, as novas valências decorrentes do início em funcionamento da plataforma ODR. INQUÉRITO DE SATISFAÇÃO A avaliação do grau de satisfação dos utentes dos serviços através do Barómetro de Qualidade, não obstante termos sugerido algumas alterações ao 19

mesmo que não vimos consignadas, tem sido realizada através de hiperligação disponibilizada pela Direção-Geral da Política da Justiça. O método adotado tem sido de, aquando da comunicação de arquivamento de processo e quando as partes disponham de correio eletrónico, solicitar o respetivo preenchimento. Os serviços do Centro não têm por norma aquando da deslocação de um qualquer utente às instalações do Centro possibilitar -lhes o preenchimento, ou preencher de acordo com as respetivas indicações o questionário. A solicitação para preenchimento do questionário é um procedimento que apenas se realiza nos processos de reclamação não se realizando nos pedidos de informação. 3. CONCLUSÃO O Barómetro de Qualidade dos Centros de Arbitragem, adaptação do modelo adotado pela Comissão Europeia para a Eficiência da Justiça (CEPEJ) de que foi conhecido o relatório referente ao ano de 215, apresentado pela Direção-Geral da Política da Justiça, no início do presente ano, ao considerar estes serviços como alternativas de grande qualidade para a realização da Justiça e ao classificar o Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo do Distrito de Coimbra no 3.º lugar do respetivo ranking com uma média de 8,92 (em 1 possíveis) no grau de avaliação de satisfação dos utentes é demostrativo do trabalho desenvolvido em prol do acess o facilitado a uma Justiça célere, eficaz e tendencialmente gratuita. 4.RELATÓRIO FINANCEIRO - Exercício Económico de 215 Direção-Geral da Política da Justiça: A DGPJ procedeu à entrega da totalidade do valor orçamentado de 25.14,7, tal como previsto no orçamento para 215, mediante prévia comunicação de 23.1.215, em regime duodecimal. Direção-Geral do Consumidor: Não obstante a candidatura ao Fundo para a Promoção dos Direitos dos Consumidores, 5.ª Fase, 215, tenha sido apresentada com um total de despesas elegíveis de 21.5,, constituindo 2

8% daquele valor incentivos não reembolsáveis e como tal conste do orçamento previsional para 215 a verba de 17.2, apenas foi aprovada a atribuição de 16.,. Câmaras Municipais: prevendo-se em orçamento o recebimento de 2.949,48 no ano de 215 foram efetivamente recebidos 6.234,97, relativos ao ano de 215 e 12.22,52 referentes a anos anteriores. 5.ANEXOS As demonstrações financeiras do exercício económico de 215 encontram-se detalhadamente descritas em documentos anexos. Coimbra, 1 de Março de 216 O Conselho de Administração Victoriano Nazareth (Dr.) Presidente Ângela Frota (Dra.) - Vogal André Maduro Fernandes (Dr.) - Vogal 21