A IMPORTÂNCIA DO MINI ATLETISMO PARA CRIANÇAS DO 1 AO 5 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

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Transcrição:

A IMPORTÂNCIA DO MINI ATLETISMO PARA CRIANÇAS DO 1 AO 5 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL JUNIOR, Pedro Valdir Ubaldo 1 CEZAR, Marcelo Diarcadia Mariano 2 1 Acadêmico do curso de Graduação em Educação Física da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva 2 Docente do curso de Graduação em Educação Física da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva RESUMO O presente trabalho tem como objetivo mostrar a importância do Mini Atletismo do 1 ao 5 ano do ensino fundamental. A prática de atividades coerentes com a idade do aluno pode levar a benefícios motores e psicomotores. Levando-se em consideração os conhecimentos do atletismo para aulas de Educação Física escolar e observando sua prática como uma manifestação da cultura de movimento, entende-se que a escola é via para transmissão dos valores proporcionados pela prática da modalidade. Este trabalho contou com revisão de texto através de levantamento bibliográfico, utilizando como base de dados Bireme, Scielo, Google Acadêmico, site da Confederação Brasileira de Atletismo, acervo de livros da biblioteca da faculdade. Os esportes podem agregar diversos valores aos alunos, neste caso o mini atletismo, sua prática adequada às competências escolares trarão de maneira positiva uma boa formação para vida toda dos alunos. Palavras-Chave: Atletismo, Desenvolvimento, Educação Física, Mini Atletismo ABSTRACT This work aims to show the importance of Mini Athletics, from 1st to 5th grade of elementary school. The practice of coherent activity with the age of the pupil may lead to motor and psychomotor benefits. Having regard to the athletics knowledge for physical education classes at school and watch your practice as a manifestation of movement culture, it is understood that the school is through the transmission of values provided by the sport. This work was waterproofing through literature, using as data base Bireme, Scielo, Google Scholar, the site of the Brazilian Athletics Confederation, the college library collection of books. Sports can add multiple values to the students, in this case the mini athletics, its good practice school skills will bring a positive good training for the students' lives. Key words: Physical Education, Mini Athletics, Athletics, Development.

1. INTRODUÇÃO O atletismo neste processo de desenvolvimento auxilia como um propagador de cultura que junto a grande escolar dá acesso à transformação do ser humano nas suas respectivas potencialidades, e nessa fase do ensino fundamental tendo como suma importância o conhecimento e vivência dos esportes. Sua prática possibilita o desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo social dos alunos (DAOLIO, 1995). Através do professor de Educação Física como o distribuidor deste conhecimento, uma vez que sua atitude dentro da escola revela um campo de perspectivas para os alunos, pois os esportes podem agregar diversos valores aos alunos e sua prática adequada as competências escolares trarão aos alunos formação para toda vida (BETTI; LIZ, 2003). Diante disto, o estudo foi realizado por meio de revisão de texto através de levantamento bibliográfico com utilização das bases de dados Bireme, Scielo, google acadêmico, site da Confederação Brasileira de Atletismo, acervo de livros da biblioteca da faculdade, tendo como objetivo, mostrar importância do Mini Atletismo na educação física escola nas séries iniciais. 2. HISTÓRIA ATLETISMO A origem do atletismo é incerta, mas segundo Museu dos Esportes (s.d.) de alguma maneira está relacionado aos primórdios da existência humana. Visto que o homem-neandertal, de certa forma já praticava a modalidade para conseguir sua sobrevivência, tais como correr, saltar para conseguir fugir de predadores e ir atrás de caças. Muitas das provas atléticas que hoje conhecemos foram originalmente, habilidades necessárias para a sobrevivência do homem primitivo. Têm-se notícia que a primeira competição de atletismo se deu por volta de 776 A.C., na Grécia na cidade de Olímpia, que por sua vez deram início as Olimpíadas. Essa competição era chamada por eles de Stadium, tinha aproximadamente 200 metros, o vencedor desta prova foi Coroebus, sendo ele

considerado o primeiro campeão olímpico da história ( CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO). Quando houve a extinção dos jogos olímpicos em 393 d.c. até seu retorno no ano 1790, com a ajuda do povo Inglês, o atletismo ficou por longo tempo abandonado. Com a volta das Olimpíadas, aumentou e começou a ganhar força e fama do esporte, isso com ajuda do Barão Coubertain em 1896 na Grécia. O Barão tinha um motivo, que era fixar as Olimpíadas e a regularização desse esporte. Com o passar do tempo, foi introduzido equipamentos tecnológicos, nas de pista, treinamento (MUSEU DOS ESPORTES, s.d). Segundo a CBAt, atletismo são provas atléticas de pista e de campo, corridas de rua, marcha atlética, corrida através do campo (cross country) e corridas em montanha. 3. MODALIDADES DO ATLETISMO Ao passar dos anos, as modalidades foram aperfeiçoadas, dinamizadas e compassadas para que as competições e o ensino das mesmas fossem eficazes e de maneira ímpar somasse na vida do atleta ou do participante (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO). O atletismo é visto como um esporte clássico, base para várias outras modalidades, de fácil aprendizagem e que pode ser ensinado em espaços físicos adaptados e materiais alternativos (MATTHIESEN et al., 2009). Soares et al. (1992) consideram o atletismo um esporte muito importância, principalmente no âmbito escolar através das aulas de Educação Física. Inclui-se a variabilidade dos conteúdos, a produção da cultura corporal de movimento, o encontro com os valores que privilegiem o coletivo sobre o individual e o desencadear nos alunos, mais socialização, respeito e inclusão. Segundo a Confederação Brasileira de Atletismo, o atletismo é formado pelas seguintes modalidades:

Corridas rasas: existem sete distâncias na categoria de corridas rasas, sendo elas de 100m, 200m, 400m, 800m, 1.500m, 5.000m, e 10.000 metros, para ambos os sexos. Corridas com barreiras Masculina: são duas distâncias, 110m e a de 400m / Corrida com Barreiras Feminina: 100 e 400 metros. Corridas com obstáculos: é apenas uma distância a ser percorrida, que é de 3.000 metros para ambos os sexos. Marcha atlética Masculino: nesta deparamos com duas e longas distâncias, uma de 20.000 metros e a outra de 50.000 metros de distância / Marcha Atlética Feminina 20.000 metros. Revezamentos: são dois, sendo eles o 4x100 metros e 4x400 metros, para ambos os sexos. Saltos: os saltos são quatro, sendo eles o salto em distância/com vara/ triplo e altura. Arremesso de peso Masculino (7,260kg) / Arremesso de peso Feminino (4 kg). Lançamentos Masculino: disco (2 kg), martelo (7,260kg) e dardo (800g, comprimento 2,80m a 3,40m e largura de 90 cm) / Lançamentos Feminino: de disco (1 kg), martelo (4 kg) e dardo (600 g), o dardo deve ter entre 2,80 a 3,40m. Combinadas: decatlo é uma modalidade composta por dez provas, praticado somente por homens; heptatlo é uma modalidade, composta por sete provas, praticada somente por mulheres. 4. DESENVOLVIMENTO MOTOR, PSICOMOTOR E SOCIALIZAÇÃO Segundo Galatti (2007), focar, dar ênfase ao desenvolvimento de cada aluno, é ter em mente a visão de um acesso integral, dando a ele(a) a oportunidade de alcançarem todo o conteúdo proposto a ser desenvolvido, dar possibilidades efetivas as suas práticas estando de acordo com suas respectivas potencialidades.

Todo o processo de aprendizagem deve passar por uma adequação a realidade daqueles que receberão estes conhecimentos, assim se dá autonomia nas relações entre as práticas com ênfase na formação pessoal e social como parte principal neste processo. O professor deve estar respaldado de conhecimento e boas estratégias que leve em consideração toda produção cultural humana para a autonomia no processo de aquisição do conhecimento de mundo e noção do dever como cidadão (FREIRE, 1996). O desenvolvimento do discente é um fator principal para que se torne um homem ou mulher saudável, se nota o imenso número de adultos que apresentam certa dificuldade em realizar movimentos de pular, correr e agarrar, pelo simples fato de não terem recebido um aprendizado correto na fase infantil, e isso vem a interferir no futuro, significativamente negativa (SANTOS; DANTAS; OLIVEIRA, 2004). Para Gallahue e Ozmun (2005) o desenvolvimento motor necessita de uma série de estímulos para que aconteça o seu aperfeiçoamento. Com essa percepção acredita-se em uma mudança, mudança em qualidade de vida para as crianças, assim fazendo com que se torne mais necessária, uma cultura corporal de movimento (MATTHIESEN et al., 2009). 5. IMPORTÂNCIA DO MINI ATLETISMO Segundo Silva (2012) o atletismo deve ser trabalhado nas aulas de educação física escolar de maneira adaptada, e o método que deve ser utilizado é chamado mini atletismo. Sua prática, de forma massificada, contém limites aos países de cultura esportiva tradicionais, sobretudo do continente europeu, América do Norte e Ásia. Seria mais viável elaborar um programa de impacto para apresentar a modalidade a partir da escola, com proposta de um novo conceito pedagógico de atletismo para as crianças. Foi com esse intuito que em 2001 o Grupo de Trabalho da IAAF tomou a decisão de criar um projeto de evento para crianças distinto do modelo adulto de Atletismo, tendo em mente, oferecer às crianças um Atletismo atraente, acessível,

lúdico e instrutivo. O programa foi intitulado Mini Atletismo da IAAF (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO). Com isso, o vemos que além de bem-estar físico, trás também um desenvolvimento motor e psicomotor, permitindo que futuramente os alunos tenham movimentos corporais mais refinados, como deixa claro Galatti (2007), tendo em vista que só ocorrera isso dando oportunidades e dando atenção especial, para que se possa obter resultados. Segundo Oliveira (2006), as crianças devem conhecer as modalidades do atletismo de forma lúdica, sempre respeitando as faixas etárias. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Através deste estudo podemos ver o quão é importante à aplicação do Mini Atletismo para as crianças, observando a colocação de Silva (2012 ), que o mini atletismo deve ser desenvolvido nas aulas de educação física. Como diz Freirre (1996), todo processo de aprendizagem por uma adequação, o mini atletismo é o mesmo, se adequado só renderá resultados positivos, mudanças de qualidade, sempre trarão benefício, e o atletismo pode ser uma grande ferramenta para que as crianças tenham um bom desenvolvimento motor respeitando suas etapas. Por fim, sabemos que a escola é o caminho para o pleno desenvolvimento da cultura humana. E dentro desta perspectiva, fica claro observar que as modalidades, neste caso o Mini Atletismo, vem a ser introduzido, nas aulas de educação física, além de trabalhar o desenvolvimento motor, trazendo conceitos que lhes proporcionarão o desenvolvimento pessoal, na busca por ser um cidadão cumpridor dos seus deveres diante de toda a sociedade.

7. REFERÊNCIAS BETTI, M.; LIZ, M. T. F. Educação Física Escolar: a perspectiva de alunas do ensino fundamental. Matriz, Rio Claro, v. 9, n. 3, p. 135 142, 2003. CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO. Disponível em: <www.cbat.org.br/>. DAOLIO, J. Da cultura do corpo. 12. ed. Campinas, SP: Edditora Papirus, 2007. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. GALATTI, L. R. Pedagogia do esporte e competição infantil: análise e proporções a partir do karatê de contato. Artigo 169, Espirito Santo do Pinhal, SP, v. 8. n. 11, jul./dez. 2007. GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 3. ed. São Paulo: Editora Phorte, 2005. MATTHIESEN, S. Q. Uma abordagem escolar do atletismo como manifestação esportiva. In: MANIFESTAÇÕES DO MANIFESTAÇÕES DOS ESPORTES/Comissão de Especialistas de Educação Física [do Ministerio do Esporte]. Brasília: Universidade de Brasilia/CEAD, 2005. BRASIL. Ministério do Esporte. Comissão de Especialistas de Educação Física. Brasília, DF: Ministério do Esporte, [s.d.]. MATTHIESEN, S. Q. et al. Atletismo se aprende na escola. Jundiaí, SP: Editora Fontoura, 2009. MUSEU DOS ESPORTES. A história do Atletismo. [S.l.: s.n], [s.d.]. Disponível em: <www.museudosesportes.com.br>. OLIVEIRA, C. M. de. Atletismo escolar: uma proposta de ensino na educação infantil. Rio de Janeiro, RJ: Editora Sprint, 2006. SANTOS, S., DANTAS, L.; OLIVEIRA, J. A. Desenvolvimento motor de crianças, de idosos e de pessoas com transtornos de coordenação. [s.d.]. Disponível em: <http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/05/desenvolvimentomotor-e-transtornos-de-coordenacao.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2014. SILVA, S. da. O Mini atletismo como possibilidade pedagógica a partir de uma proposta crítico superadora. [S.l.: s.n.], 2012.

SOARES, C. L. et al. Metodologia do ensino de educação Física. São Paulo: Cortez Editora, 1992.