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1/106. (todas as alterações estão introduzidas no texto abaixo a itálico)

Transcrição:

ORÇAMENTO DE ESTADO PARA 2011 CODIGO CONTRIBUTIVO DA SEGURANÇA SOCIAL Depois da publicação da Lei nº 110/2009 de 16 de Setembro e da sua suspensão através da Lei nº 119/2009 de 30 de Dezembro, entrou em vigor em 2011 o Código Contributivo da Segurança Social. Este Código Contributivo vem alterar vários aspectos, no que se refere a obrigações declarativas, prazos de pagamento, taxas de contribuição e mais relevante, a base de incidência contributiva, agora mais alargada. Vamos tentar fazer um resumo por áreas para facilitar a leitura e compreensão de todas elas. Obrigações declarativas A comunicação da admissão de trabalhadores é obrigatoriamente comunicada, pelas entidades empregadoras via internet e nas 24 (vinte e quatro) horas anteriores ao inicio da produção de efeitos do contrato de trabalho; Na falta de comunicação da admissão do trabalhador, no caso de o mesmo se encontrar a receber prestações de doença ou de desemprego, presume-se que a prestação de trabalho teve inicio na data em que começaram a ser concedidas as referidas prestações, sendo a entidade empregadora solidariamente responsável pela devolução da totalidade dos montantes indevidamente recebidos pelo trabalhador; Mantém-se a obrigação da entidade empregadora declarar a cessação, a suspensão do contrato de trabalho e o motivo que lhes deu causa, bem como a alteração da modalidade de contrato de trabalho. Mantém-se igualmente a obrigação de comunicação à Segurança Social por parte do trabalhador o inicio de actividade profissional ou a sua vinculação a uma nova entidade empregadora e a duração do contrato de trabalho. Relativamente à declaração de remunerações (mapa de ordenados), encurtou-se o prazo de envio passando do dia 15 para o dia 10 do mês seguinte àquele a que diga respeito.

Prazos de pagamento Também aqui há uma alteração (artº 43º) em que o pagamento das contribuições e quotizações passa a ser efectuado do dia 10 até ao dia 20 do mês seguinte àquele a que digam respeito (antes o pagamento processava-se até dia 15 do mês seguinte). Taxas de contribuição Dado que aqui também se registaram algumas alterações, optámos, para melhor visualização, por apresentá-las num quadro resumo, pelo menos as mais aplicáveis ao universo dos nossos clientes. Ano de Entidade TRABALHADORES POR CONTA DE OUTRÉM Aplicação Empregadora Trabalhador Global Trabalhadores em geral 2011 23,75% 11,00% 34,75% Membros dos Órgãos Estatutários 2011 20,30% 9,30% 29,60% Trabalhadores no domicilio 2011 20,30% 9,30% 29,60% Praticantes desportivos profissionais 2011 18,50% 11,00% 29,50% 2012 19,50% 11,00% 30,50% 2013 20,50% 11,00% 31,50% 2014 21,50% 11,00% 32,50% 2015 22,30% 11,00% 33,30% Pensionistas de invalidez em actividade 2011 19,30% 8,90% 28,20% Pensionistas de velhice em actividade 2011 16,40% 7,50% 23,90% Trabalhadores agricolas 2011 22,30% 11,00% 33,30% Trabalhadores das instituições 2011 20,00% 11,00% 31,00% Particulares de Solidariedade Social 2012 20,40% 11,00% 31,40% 2013 20,80% 11,00% 31,80% 2014 21,20% 11,00% 32,20% 2015 21,60% 11,00% 32,60% 2016 22,00% 11,00% 33,00% 2017 22,30% 11,00% 33,30% Trabalhadores de outras entidades 2011 21,00% 11,00% 32,00% sem fins lucrativos 2012 21,40% 11,00% 32,40% 2013 21,80% 11,00% 32,80% 2014 22,30% 11,00% 33,30% Trabalhadores do serviço doméstico: - Com protecção no desemprego 2011 22,30% 11,00% 33,30% - Sem protecção no desemprego 2011 18,90% 9,40% 28,30% Trabalhadores c/65 anos idade e 40 de serviço 2011 17,30% 8,00% 25,30% Trabalhadores portadores de deficiência < 80% 2011 11,90% 11,00% 22,90%

Base de incidência artº 46º Regime dos trabalhadores dependentes Comecemos pelo conceito geral de base de incidência que inclui as prestações pecuniárias ou em espécie que nos termos do contrato de trabalho, das normas que o regem ou dos usos, são devidas pelas entidades empregadoras aos trabalhadores como contrapartida do trabalho. É importante igualmente o conceito de regularidade bastante invocado no Código. Refere o artº 47º que considera-se que uma prestação reveste carácter de regularidade quando constitui direito do trabalhador, por se encontrar pré-estabelecida segundo critérios objectivos e gerais, ainda que condicionais, por forma que este possa contar com o seu recebimento, independentemente da frequência da concessão. Com a aprovação deste Código, há 4 rubricas que constam do documento inicial, fazendo parte da base da incidência contributiva, e que já está definido que não entrarão em vigor antes de 1 de Janeiro de 2014, que são: Os montantes atribuídos aos trabalhadores a titulo de participação nos lucros da empresa, desde que ao trabalhador não esteja assegurada pelo contrato uma remuneração certa, variável ou mista, adequada ao seu trabalho; Os valores despendidos obrigatória ou facultativamente pela entidade empregadora com aplicações financeiras, a favor dos trabalhadores, designadamente seguros do Ramo Vida, fundos de pensões e planos de poupança reforma ou quaisquer regimes complementares de segurança social, quando sejam objecto de resgate, adiantamento, remissão ou qualquer outra forma de antecipação de correspondente disponibilidade ou em qualquer caso de recebimento antes da data da passagem à situação de pensionista; As prestações relacionadas com o desempenho obtido pela empresa quando, quer no respectivo título atributivo quer pela sua atribuição regular e permanente, revistam carácter estável independentemente da variabilidade do seu montante; Redução em 1% da taxa contributiva da responsabilidade da entidade empregadora no caso dos contratos de trabalho por tempo indeterminado; agravamento em 3% da taxa contributiva a carga das entidades empregadoras, relativamente a trabalhadores contratados a termo; Relativamente ao alargamento da base de incidência, este Código Contributivo estabelece ainda um conjunto de prestações que passam a integrar a base de incidência contributiva, tal como referenciado no nosso e-mail de 30-10-2009 (em alguns casos 02-11-2009), desde que ultrapassem os limites definidos no Código de IRS (CIRS):

a)despesas de representação desde que predeterminadas e dos quais não tenham sido prestadas contas até ao termo do exercício; b) Ajudas de custo, abonos de viagem, despesas de transporte e outras equivalentes e abonos para falhas; c) Compensação por cessação do contrato de trabalho por acordo apenas nas situações com direito a subsidio de desemprego; d) Importâncias auferidas pela utilização de automóvel próprio em serviço de entidade empregadora (kms pagos); O limite previsto no CIRS pode ser acrescido até 50% para as despesas referidas nas alíneas b), c) e d) desde que o acréscimo resulte de aplicação geral por parte da entidade empregadora, de instrumento de regulação colectiva de trabalho. Outras incidências que nada têm a ver com os limites definidos pelo Código do IRS: - Gratificações devidas por força de contrato ou das normas que o regem, ainda que a sua atribuição esteja condicionada aos bons serviços dos trabalhadores, bem como as que pela sua importância e carácter regular e permanente, devam, considerar-se como elemento integrante da remuneração; - Despesas da utilização pessoal da viatura automóvel que gera encargos para as empresas; Para efeitos da aplicação destas despesas, mantém-se a prerrogativa da existência de acordo escrito, entre a entidade e o trabalhador. Neste caso, o valor sujeito a incidência contributiva corresponde a 0,75% do custo de aquisição da viatura. Por último, refere o nº 5 que constituem base de incidência contributiva, além das prestações já referidas, todas as que sejam atribuídas ao trabalhador, com carácter de regularidade, em dinheiro ou em espécie, directa ou indirectamente como contrapartida da prestação de trabalho.

Regime dos trabalhadores independentes Ficam abrangidas as pessoas colectivas, independentemente da natureza e das finalidades que prossigam, que no mesmo ano civil beneficiem de pelo menos 80% do valor total da actividade do trabalhador independente. Para esse efeito, considera-se como prestado à mesma entidade os serviços prestados ao mesmo agrupamento empresarial. São excluídos os advogados e solicitadores que em função da sua actividade, estejam integrados obrigatoriamente noutro regime contributivo. A obrigação contributiva das entidades contratantes constitui-se no momento em que os Serviços apuram oficiosamente o valor dos serviços que lhe foram prestados e efectiva-se com o pagamento da respectiva contribuição, ou seja, o pagamento da taxa contributiva será devida no ano civil seguinte por referência ao ano anterior. A taxa de contribuição é de 5% sobre a totalidade do serviço, se não cumprir a condição dos 80%, atrás indicada. A criação de um regime de acumulação de trabalho por conta de outrem com trabalho independente prestado à mesma entidade empregadora ou empresa do mesmo agrupamento, situação em que os rendimentos deste trabalho são considerados como rendimentos de trabalho por conta de outrem, aplicando-se a taxa contributiva à totalidade dos rendimentos auferidos. Obrigações declarativas dos prestadores de serviços (artº 152º): Os trabalhadores independentes são obrigados a declarar à Instituição da Segurança Social competente, até ao dia 15 de Fevereiro do ano seguinte, o valor total das vendas e dos serviços prestados; Isenção da obrigação de contribuição dos prestadores de serviços (artº 157): Os trabalhadores independentes estão isentos de contribuir quando acumulem actividade independente com actividade profissional por conta de outrem, desde que se verifiquem cumulativamente as seguintes condições: a) O exercício de actividade independente e a outra actividade sejam prestadas a empresas distintas e que não tenham entre si uma relação de domínio ou de grupo; b) O exercício de actividade por conta de outrem determine o enquadramento obrigatório noutro regime de protecção social que cubra a totalidade das eventualidades abrangidas pelo regime dos trabalhadores independentes;

c) O valor da remuneração anual considerada para o outro regime de protecção social seja igual ou superior a 12 vezes o valor do IAS (419,22 ) Bases de incidência contributiva (artº 162º e 163º): O artigo 162.º do Código contributivo determina qual o rendimento relevante para efeitos da base de incidência contributiva para o Trabalhador Independente, apresentando 2 critérios para essa determinação. Diz este artigo que o rendimento relevante do Trabalhador Independente é determinado (sem prejuízo dos coeficientes previstos para o Regime Simplificado previsto no CIRS) da seguinte forma: 1.º Critério a) 70% do valor total de prestação de serviços no ano civil imediatamente anterior ao momento de fixação da base de incidência contributiva; b) 20% dos rendimentos associados à produção e venda de bens no ano civil imediatamente anterior ao momento de fixação da base de incidência contributiva. 2.º Critério Sendo que o rendimento relevante do Trabalhador Independente que se encontra abrangido pelo regime de contabilidade organizada (previsto no CIRS) corresponde ao valor do lucro tributável sempre que este seja de valor inferior ao que resulta do critério acima referido. O apuramento do rendimento acima descrito é feito pela Segurança Social, com base nos valores declarados para efeitos fiscais. Determinado qual o rendimento relevante, o artigo 163.º recai sobre a base de incidência contributiva do Trabalhador Independente. Diz este artigo que constitui base de incidência contributiva o escalão de remuneração determinado por referência ao duodécimo do rendimento relevante, sendo que este convertido em percentagem do IAS (Indexante dos Apoios Sociais), e corresponde ao escalão de remuneração convencional cujo valor seja imediatamente inferior.

São, desta forma, criados 11 escalões: Anualmente a base de incidência é actualizada em consequência da actualização do IAS (actualmente tem o valor de 419,44). Este artigo estabelece ainda que sempre que o rendimento relevante haja sido apurado com base no critério que se descreve acima para o Trabalhador Independente abrangido pelo regime de contabilidade organizada, o limite mínimo da base de incidência contributiva corresponde ao segundo escalão. Taxa contributiva para os prestadores de serviços (artº 168º): A taxa contributiva fixa-se em 29,6%. Obrigações de pagamento dos adquirentes dos serviços (artº 155º): As entidades contratantes são responsáveis pelo pagamento da contribuição que lhe é cometida até ao dia 20 do mês seguinte ao da emissão do documento de cobrança (sempre no ano seguinte) Isenção da obrigação de contribuição dos adquirentes dos serviços (140º): Quando o prestador de serviço prestar menos de 80% da sua actividade na mesma empresa/grupo, esta fica isenta de contribuições assim como serviços que só podem ser prestados por profissionais liberais (por exemplo, advogados, solicitadores, etc.) Taxa contributiva para os adquirentes dos serviços (artº 168º): A taxa contributiva fixa-se em 5% sobre o total do serviço prestado. Ficamos ao dispor para quaisquer esclarecimentos que entendam necessários. SENSOR, SA.