Clipping Nacional. Educação

Documentos relacionados
Entenda agora as mudanças para as novas contratações do FIES

ALGUMAS RESPOSTAS A PERGUNTAS FREQUENTES

Tema: evasão escolar no ensino superior brasileiro

MANUAL DA BOLSA FORMAÇÃO E CURSOS PRONATEC

Manual do Candidato VESTIBULAR

1.2. Quais são as condições do financiamento para novos contratos?

medida. nova íntegra 1. O com remuneradas terem Isso é bom

Empresas não cumprem metas de limpeza de rua em São Paulo

M a n u a l d o P r o U n i 2014 P á g i n a 1

O impacto do INCLUSP no ingresso de estudantes da escola pública na USP

Resultado da Avaliação das Disciplinas

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ

DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO

FORMAÇÃO PLENA PARA OS PROFESSORES

UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES

Se você acredita que as escolas são o único e provável destino dos profissionais formados em Pedagogia, então, está na hora de abrir os olhos

Prouni 2016: candidatos podem consultar primeira lista de aprovados

GESTÃO DEMOCRÁTICA EDUCACIONAL

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil

MESTRADO 2010/2. As aulas do Mestrado são realizadas no Campus Liberdade, já as matrículas na área de Relacionamento.

W W W. G U I A I N V E S T. C O M. B R

CURSINHO POPULAR OPORTUNIDADES E DESAFIOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DOCENTE

Apresentação. Prezado aluno,

Crédito Estudantil Ibmec

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS INEP

Os desafios do Bradesco nas redes sociais

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

Opinião N15 ANÁLISE DO DESEMPENHO ACADÊMICO DOS COTISTAS DOS CURSOS DE MEDICINA E DIREITO NO BRASIL

A INFLUÊNCIA DO SALÁRIO NA ESCOLHA DA PROFISSÃO Professor Romulo Bolivar.

COMO É O SISTEMA DE ENSINO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO CANADÁ

Coordenação do Processo Seletivo

M a n u a l E n e m P á g i n a 1

MANUAL DO CANDIDATO. PROCESSO SELETIVO º. semestre

Sind-UTE/MG ANASTASIA, CADÊ OS R$ 8 BILHÕES DA EDUCAÇÃO.

Política de Bolsas e Financiamentos

PROVAS AGENDADAS. Outras informações sobre as Provas Agendadas podem ser obtidas pelo telefone

Clipping de Notícias Educacionais. Fontes: Agência Brasil, MEC, O Globo e UOL.

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo


COMO FAZER A TRANSIÇÃO

1. CURSOS / ATOS LEGAIS / TURNOS / VAGAS. Administração¹ Linha de Formação em Marketing e Entretenimento. Comunicação Social¹ com Habilitação em

Cinco em cada dez empreendedores de serviços abriram a própria empresa sem qualquer experiência, mostra SPC Brasil

SONHOS AÇÕES. Planejando suas conquistas passo a passo

FIES + P ROUNI. 5. Qual o percentual de bolsas complementares para os cursos de Belo Horizonte e para os cursos de Contagem?

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos.

FAQ EDITAL PROVAB - JANEIRO 2014

DIREÇÃO NACIONAL DA CUT APROVA ENCAMINHAMENTO PARA DEFESA DA PROPOSTA DE NEGOCIAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO, DAS APOSENTADORIAS E DO FATOR PREVIDENCIÁRIO

Comunidade Solidária: parcerias contra a pobreza

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Como fazer contato com pessoas importantes para sua carreira?

Ordem dos Advogados do Brasil. Exame da Ordem

M a n u a l E n e m P á g i n a 1. Manual do Enem 2015

Apresentação sobre a 3ª Série do Ensino Médio em 2014

Dúvidas sobre ampliação do Mais Médicos e incorporação do Provab

Pimenta no olho, e nada de reajuste salarial

Profissionais de Alta Performance

Pedagogia Estácio FAMAP

SUMÁRIO. Sobre o curso Pág. 3. Etapas do Processo Seletivo. Cronograma de Aulas. Coordenação Programa e metodologia; Investimento.

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL COMISSÃO PERMANENTE DO PROCESSO SELETIVO DÚVIDAS FREQUENTES

Os fundos de pensão precisam de mais...fundos

EDITAL Nº 02/2015. Faculdade de Tecnologia de Piracicaba Fatep. Processo Seletivo. Primeiro Semestre 2016

Panorama da avaliação de programas e projetos sociais no Brasil. Martina Rillo Otero

ANEXO 2 - INDICADORES EDUCACIONAIS 1

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR

Política de Bolsas e Financiamentos

difusão de idéias QUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL Um processo aberto, um conceito em construção

Projeto Você pede, eu registro.

CENSO ESCOLAR - EDUCACENSO A IMPORTÂNCIA DE ATUALIZAR OS DADOS NO CENSO ESCOLAR

Entre 1998 e 2001, a freqüência escolar aumentou bastante no Brasil. Em 1998, 97% das

CARTILHA EDUCAÇÃO FINANCEIRA

CURSO DE CIÊNCIAS MATEMÁTICAS E DA TERRA

Informações: Secretaria Acadêmica / Faculdade Catuaí Rua Bento Munhoz da Rocha Neto, nº 210

Veículo: Jornal de Brasília Data: 19/10/2014 Seção: Capa Pág.: 01 Assunto: Reajuste

Como Investir em Ações Eduardo Alves da Costa

FORMULÁRIO PADRÃO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS ENSINO INOVADOR

MANUAL DE ATIVIDADES COMPLEME MENTARES CURSO DE ENFERMAGEM. Belo Horizonte

Edital nº 001/15 Processo Seletivo 2015/1

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4

Coordenação do Processo Seletivo

FACULDADE ARAGUAIA GUIA PRONATEC. Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego A V E N I D A T - 10 Nº1047 S E T O R B U E N O

Mapa da Educação Financeira no Brasil

CURSO PRÉ-VESTIBULAR UNE-TODOS: CONTRIBUINDO PARA A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO *

Programa de Desenvolvimento Local PRODEL. Programa de Extensão Institucional

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

RELATÓRIO MESA DEVOLVER DESIGN (EXTENSÃO) Falta aplicação teórica (isso pode favorecer o aprendizado já que o aluno não tem a coisa pronta)

INSTRUÇÃO NORMATIVA PROPPGE 001/07

GUIA DE SUGESTÕES DE AÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

Faculdade de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Educação RESUMO EXPANDIDO DO PROJETO DE PESQUISA

VESTIBULAR PROVA EM 1/2/2014

MBA IBMEC 30 anos. No Ibmec, proporcionamos a nossos alunos uma experiência singular de aprendizado. Aqui você encontra:

RESOLUÇÃO SMF Nº 2712 DE 13 DE MARÇO DE 2012.

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE OLINDA. EDITAL DO PROCESSO SELETIVO 1º semestre/2014 Turmas de 1ª entrada ORIENTAÇÃO AO CANDIDATO

5 Considerações finais

Projeto recuperação paralela Escola Otávio

Transcrição:

Clipping Nacional de Educação Quinta-feira, 12 de Fevereiro de 2015 Capitare Assessoria de Imprensa SHN Qd2Edifício Executive Office Tower Sala 1326 Telefones: (61) 3547-3060 (61) 3522-6090 www.capitare.com.br

Valor Econômico BRASIL Só 10% das cidades cumpriram meta em matemática Por Ligia Guimarães De São Paulo Levantamento divulgado pelo movimento Todos pela Educação revela que segue insatisfatório o nível de aprendizagem de português e matemática entre os alunos que concluem o ensino fundamental em escolas públicas. A pesquisa, feita com base na proficiência dos alunos na Prova Brasil, realizada em 2013, mostra que somente 10,8% dos municípios brasileiros atingiram as metas estabelecidas pelo movimento para o 9º ano do ensino fundamental em matemática; em língua portuguesa, só 29,6% dos municípios cumpriram os objetivos. A meta estabelece níveis mínimos de pontuação no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) - 275 em português e 300 em matemática - para que a aprendizagem seja considerada adequada em cada disciplina. O objetivo é cumprir metas parciais para que, até 2022, 70% dos alunos tenham aprendizado adequado. O resultado de 2013 consolida uma trajetória de declínio dos indicadores do ensino fundamental. O percentual de cidades que alcançaram o resultado esperado em matemática no 9º ano vem caindo desde 2007, quando era de 48,2%; e em língua portuguesa, desde 2009, quando estava em 83,7%. Para a coordenadora geral da organização, Alejandra Meraz Velasco, os dados reforçam que é preciso pensar políticas públicas específicas para os anos finais do ensino fundamental. "Precisamos olhar para a etapa final do ensino fundamental com mais especificidade, para que os alunos tenham a aprendizagem adequada e sigam para o ensino médio com condições de concluí-lo com êxito", afirma. A pesquisa usou números da Prova Brasil de 2005 a 2013 fornecidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A Prova Brasil existe desde 2005 e avalia as redes públicas de ensino (federal, estadual e municipal).

O GLOBO O PAÍS Projeto que dificulta fusão de partidos tramitará com regime de urgência Isabel Braga BRASÍLIA Sob o comando do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o plenário da Casa aprovou ontem mais duas propostas incômodas ao governo Dilma Rousseff. A primeira é o convite global para que os 39 ministros se expliquem aos deputados, em visitas semanais à Câmara. A segunda é a aceleração da tramitação do projeto que cria restrições à fusão de partidos e que dificulta a articulação, feita pelo ministro Gilberto Kassab (Cidades), para criar uma legenda e reduzir a dependência do governo em relação ao PMDB. O convite aos ministros foi aprovado em votação simbólica pelo plenário. A ideia de trazer um ministro toda semana para falar aos deputados sobre suas pastas foi defendida por Cunha nos últimos dias. Líderes da Casa, entre eles o do PT, Sibá Machado (AC), assinaram o requerimento. A justificativa padrão foi de que a exposição das prioridades dos Câmara aprova convite geral para ouvir ministros ministérios para 2015 deve levar em conta "a nova realidade macroeconômica brasileira e as necessidades de contenção de gastos públicos sem prejuízo do bem-estar geral da população". "Vai ser até bom" Cunha negou ontem que o convite seja uma tentativa de constranger o governo e disse que a vinda dos ministros pode evitar convocações em comissões e até ajudar o governo Dilma: - Vai ser até bom para o governo. Vai evitar que muitas coisas que sejam normais possam ser tratadas como derrotas. O presidente quer ouvir os ministros a partir de março, um por semana, às quintas-feiras. O projeto que cria uma quarentena para a fusão de partidos políticos recém-registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) será votado em plenário, sem passar pelas comissões - o que permite que ele seja aprovado nas próximas semanas. Pela proposta, o partido tem que aguardar cinco anos para se fundir a outro. Autor do projeto, o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), ganhou o apoio de 17 partidos para o pedido de urgência, entre eles o do líder do PSD, partido de Kassab, Rogério Rosso (DF). Segundo deputados do PSD, o projeto dificultará a fusão de um possível novo PL com o PSD, mas não impede que os partidos façam coligações nas eleições. O deputado Afonso Florence (PT-BA) avisou que o PT era contra a medida e tentou dificultar a votação da urgência, mas em seguida recuou. O PMDB e outras legendas estão preocupadas com a articulação de Kassab, pois os deputados eleitos poderiam migrar para a nova legenda sem que isso fosse interpretado como infidelidade partidária. A manobra de criar o novo partido e posteriormente fazer a fusão com o PSD e outras legendas garante à nova sigla tempo de TV para a propaganda partidária e eleitoral e fundo partidário. Depois da criação do PSD, PROS e Solidariedade, o Congresso aprovou lei impedindo que legendas criadas após as eleições pudessem herdar o tempo de TV e o fundo partidário proporcionais ao número de deputados que elas migrassem.

O GLOBO O PAÍS Prefeitura diminui merenda a pretexto de prevenir obesidade Em São Bernardo, 80 escolas perdem café da manhã ou almoço; pais protestam Jaqueline Falcão SÃO PAULO A prefeitura de São Bernardo do Campo (SP) cortou parte da merenda escolar servida em 80 das 200 unidades da rede municipal. Na gestão do prefeito Luiz Marinho (PT), desde o início das aulas deste ano as crianças do período matutino não têm mais direito ao café da manhã. Os que estudam à tarde perderam o direito ao almoço e ficaram apenas com o lanche do intervalo. A prefeitura alegou que a mudança tem o objetivo de "evitar desperdício de comida e prevenir a obesidade infantil". A situação, que pegou pais e alunos de surpresa, levou o Ministério Público estadual a instaurar inquérito civil. Inconformados, os pais fizeram um protesto durante sessão na Câmara Municipal. Antes da mudança, entre 7h e 7h10m era servido um café da manhã, geralmente com pão com manteiga e café com leite, ou cereais com achocolatado, segundo relataram alunos ouvidos pelo O GLOBO. Agora, a única refeição do aluno é um almoço às 10h40m. No período da tarde, o almoço às 13h foi suspenso. O único lanche ocorre por volta das 15h40m (pode variar conforme a escola). Nesse cardápio, na maioria dos dias, alunos comem pão de cachorro quente com carne moída, salsicha ou frango desfiado. A redução da merenda envolve crianças da pré-escola e do ensino fundamental, que têm entre cinco e dez anos de idade. A prefeitura nega que tenha havido corte. Diz que foi feita adequação no cardápio conforme as necessidades nutricionais dos estudantes durante sua permanência em sala de aula. Ainda segundo a prefeitura, foram escolhidas as escolas que mais desperdiçam alimento. A administração diz que foi constatado índice de sobrepeso nos alunos após uma avaliação física - um dos fatores considerados para a mudança. Não foram apresentados dados para comprovar a tese. Os pais contaram ainda que está proibido mandar lanche de casa na mochila da criança. - Só podem comer o que é servido na escola. Cadê a obesidade? Ninguém mostrou resultado de estudo algum - reclama Janaina Feitosa, mãe de um estudante de 10 anos.

O GLOBO O PAÍS Promotor pode entrar com ação contra município SÃO PAULO O promotor de Justiça da Infância e Juventude na Comarca de São Bernardo, Jairo Edward de Luca, solicitou informações e esclarecimentos à Secretaria Estadual de Educação. Se constatadas irregularidades, poderá ser proposto um termo de ajustamento de conduta (TAC) ou a promotoria entrará com ação civil pública. A prefeitura diz que segue o que determina a Lei 11.947/2009 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e uma resolução de junho de 2013. Um dos itens da resolução prevê que os cardápios deverão ser planejados para atender, no mínimo, "20% das necessidades nutricionais diárias quando ofertada uma refeição, para os demais alunos matriculados na educação básica, em período parcial". (Jaqueline Falcão)

O GLOBO SOCIEDADE De cada 10 escolas do Rio, oito têm ensino ruim de matemática Já em português, só 34,9% ti veram desempenho esperado no 9º ano RAPHAEL KAPA Levantamento realizado pelo grupo Todos Pela Educação, com base nos dados da última edição da Prova Brasil, de 2013, mostra uma equação difícil de ser resolvida: nada mais que duas em cada dez escolas da rede pública da cidade do Rio apresentam um aprendizado suficiente em matemática no 9º ano. Já em português, somente 34,9% dos colégios cariocas obtiveram uma pontuação adequada. As informações mostram a dificuldade para se cumprir uma das metas do Plano Nacional de Educação, divulgado ano passado, que prevê a melhora da educação básica no país. Percebemos uma estagnação em cidades que estavam em processo de evolução. No Sudeste, isso fica claro. No Norte e no Nordeste, que apresentaram resultados inferiores nas últimas edições da Prova Brasil, a melhora no aprendizado está sendo maior afirma Alejandra Velasco, coordenadora do Todos Pela Educação. O grupo elaborou uma meta bienal para cada cidade brasileira, de forma que todos os municípios tenham 70% de suas escolas com ensino básico adequado até 2022. Para isso, é prevista uma pontuação mínima, que deve ser alcançada na avaliação do governo federal. A cada edição da Prova Brasil é estabelecido um novo percentual a ser atingido no próximo exame. A cidade do Rio tinha a meta de colocar 37,8% dos alunos com boas notas em matemática e 41,8% em português em 2013. Decepcionou nas duas disciplinas. Na primeira, conseguiu apenas 18,3%, percentual abaixo do alcançado na edição de 2011 (18,6%). Na segunda, atingiu 34,9%. A secretária municipal de Educação, Helena Bonemy, acredita que o resultado reflete um ano atípico no ensino carioca: Tivemos um crescimento no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) entre 2009 e 2013 de 22%. O problema nesta edição pode estar relacionado ao ano letivo que tivemos em 2013. Enfrentamos 85 dias de greve de professores, entre agosto e outubro, e a Prova Brasil foi realizada em novembro. NECESSIDADE DE NOVAS POLÍTICAS A secretária também afirma que o resultado deverá melhorar na próxima edição, que será realizada este ano. As metas do Todos pela Educação para o município são 46% das escolas com notas boas em matemática e 49% em português. Fazemos um trabalho consistente, que demonstra uma evolução no nosso ensino. Temos certeza de que, na prova deste ano, o quadro se reverterá afirma a secretária. O Estado do Rio também não escapa da recuperação se depender do levantamento. Somente 5% das escolas atingiram a meta estabelecida em português. Já em matemática, a situação é pior: 97,8% das escolas não cresceram o suficiente na disciplina. Procurada para comentar o fraco desempenho, a Secretaria Estadual de Educação se limitou a ressaltar a importância do processo de avaliação para a melhoria do ensino fluminense. Nacionalmente, o desempenho é igualmente preocupante. Apenas uma em cada dez cidades atingiram o objetivo estabelecido em matemática. Já no estudo de língua portuguesa, o número sobe mas sem grandes vitórias para três em cada dez municípios. Isto mostra que é necessário empreender novas políticas públicas, pois, se as cidades que cresceram nas provas anteriores estagnaram, as que estão em evolução agora podem sofrer o mesmo mal afirma Alejandra. MUITO DISCURSO, POUCA PRÁTICA Para a pedagoga Ana Paula Santos, especialista em Educação

Básica pela Universidade Federal Fluminense (UFF), os dados mostram que o Brasil possui uma imensa dificuldade de colocar os discursos em prática: No ano passado, tivemos a divulgação do Plano Nacional de Educação. Este ano, foi colocado que o lema do mandato será "Brasil: Pátria educadora ". Mas poucos são os esforços vistos e praticados pelos governos das três esferas para mudar o quadro nacional. O uso das notas das avaliações feitas pelo governo federal, como a Prova Brasil e o Enem, também é visto com cautela pela pedagoga: É evidente que é necessário avaliar de alguma forma. Porém, não se deve considerar que uma educação satisfatória está ligada só a uma boa nota. A Prova Brasil, por exemplo, retrata apenas duas disciplinas. Se os governos se focarem somente em aumentar estas notas, poderão perder a qualidade que já possuem em outras áreas.

O GLOBO SOCIEDADE Governo admite que Fies sofre restrições MEC promete para hoje o anúncio das novas regras do programa RENATA MARIZ EVANDRO ÉBOLI BRASÍLIA- O ministro da Educação, Cid Gomes, confirmou ontem que cursos com reajustes superiores a 4,5% estão travados para revalidação do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), preocupando milhares de estudantes que dependem dos recursos para continuar os estudos em 2015. Novas regras do programa, que financia a graduação de 1,9 milhão de pessoas no país, devem ser anunciadas hoje. Temos que acompanhar esse processo (de reajuste das mensalidades). Não pode correr solto. Estamos tratando de recursos públicos. Qual foi a inflação do Brasil nos últimos seis meses? O curso ou faculdade que praticar aumento superior à inflação, esses casos estão sendo colocados à parte, para que haja explicação afirmou Gomes. ABAIXO DA INFLAÇÃO Quanto aos novos contratos de Fies, a ideia é que as instituições de ensino superior privado cerca de 70% desse mercado têm alunos custeados pelo programa enviem ao MEC a oferta de vagas e os cursos disponíveis. Depois de analisar a qualidade das graduações e se elas são em áreas estratégicas para o país, a pasta decidirá quais poderão receber via Fies. As instituições de ensino privado, em reunião ontem com o secretário-executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa, argumentaram que o reajuste superior a 4,5% está abaixo da inflação medida em 2014. Em abril e maio, nós temos dissídio e acordo coletivos para fechar com os professores, e os reajustes não serão menores que 6%, dada a inflação que tivemos no ano passado disse José Roberto Kova k, assessor ju rí dico da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES). CABO DE GUERRA O MEC vem debatendo com o setor mudanças nas regras do Fies, determinadas por portarias do governo baixadas em dezembro passado. De um lado, instituições reclamam de modificações no fluxo de repasse de recursos e não aceitam a inclusão de critérios mínimos no Enem (350 pontos na prova e não ter zerado a redação) para que o estudante possa pedir o Fies. De outro, o governo afirma que a qualidade precisa ser garantida. Por orientação da presidente Dilma, o MEC quer colocar o vetor qualidade disse o ministro. A gente supriu um bom tempo, preocupado unicamente praticamente com quantidade. Justifica-se. O Brasil ao longo da sua história deu poucas oportunidades para estudantes pobres e carentes cursarem o ensino superior. Agora a gente quer regularizar o fluxo, pautando qualidade como um principio fundamental para esses critérios. Estamos, de forma objetiva, conversando com os setores envolvidos e nas próximas 24 horas deveremos anunciar como vai funcionar.

FOLHA DE SÃO PAULO COTIDIANO TRANSPORTE Assembleia aprova passe livre estudantil em trens e metrô DE SÃO PAULO - A Assembleia Legislativa de SP aprovou nesta quarta (11) projeto de lei que dá passe livre para estudantes em trens, metrô e ônibus intermunicipais. Na capital, o prefeito Fernando Haddad (PT) já sancionou lei que concede a tarifa zero estudantil nos ônibus. O texto segue agora para sanção do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Terão direito a 50 viagens gratuitas por mês estudantes dos ensinos fundamental e médio de instituições públicas e os de ensino superior --que estudem em universidades públicas e comprovem baixa renda ou que sejam participantes de programas sociais, como Prouni e Fies.

FOLHA DE SÃO PAULO COTIDIANO Haddad descumpre meta de lotação de sala na pré-escola Prefeitura anunciou que reduziria para 29 o número de crianças por turma Média na rede é de 31 alunos na classe, sendo que algumas unidades têm 35; ideal seria até 25, diz especialista FÁBIO TAKAHASHI DE SÃO PAULO As pré-escolas municipais de SP estão com mais alunos por turma do que o determinado pela própria prefeitura. Em outubro passado, a gestão Fernando Haddad (PT) anunciou que havia reduzido de 30 para 29 o número de crianças por sala. As pré-escolas atendem a alunos de quatro e cinco anos. Apesar da medida, as turma iniciaram este ano letivo com 31 crianças, em média, segundo dados da prefeitura. Em Itaim Paulista (zona leste), por exemplo, em quatro das dez unidades há 35 alunos por sala. Ao anunciar a redução do tamanho das turmas, a Secretaria de Educação afirmou que a medida representava "compromisso com a qualidade" do ensino. São os próprios órgãos da pasta que distribuem os alunos entre as pré-escolas municipais, chamadas de Emeis. "Se tivéssemos 29 por turma, conseguiríamos dar mais atenção às crianças, a qualidade do ensino melhoraria", afirma servidora de unidade no Itaim Paulista com 35 por sala. "Mas compreendemos que se há crianças na demanda, temos de atendê-las." Ela pediu anonimato. Análise do Conselho Nacional da Educação indicou que as préescolas deveriam ter até 22 alunos por turma, para garantir a qualidade do atendimento. A pesquisadora Maria Letícia Nascimento, da USP, diz que 25 é aceitável. "Acima disso fica muito difícil. São crianças pequenas, que exigem muita atenção", afirma a pesquisadora. LEGISLAÇÃO Uma dificuldade para se diminuir o tamanho das turmas de pré-escolas é que, a partir do ano que vem, todas as crianças de quatro anos deverão estar na escola, como determina lei federal de 2009. Hoje, a obrigatoriedade começa aos seis. "Parece que a prefeitura fez uma portaria que não conseguiria cumprir", diz o presidente do Sinesp (sindicato dos diretores das escolas municipais), João de Souza. Segundo ele, o sindicato foi informado por algumas diretorias de ensino de que crianças serão matriculadas até se chegar a 35 por turma --pois há alunos na fila e poucas unidades disponíveis. A gestão Haddad apresentou como meta construir 65 Emeis em seu mandato. Até agora, foram entregues 21; outras 14 estão em obras. As demais 32 estão em "etapa anterior à obra", segundo o site da prefeitura. A decisão de diminuir as turmas foi tomada num momento em que o número de alunos por sala crescia. O Censo Escolar mostra que a média de crianças por turma subiu de 31,3 para 32,1 nas pré-escolas paulistanas entre 2012 e 2013. O anúncio foi feito no ano seguinte.

FOLHA DE SÃO PAULO COTIDIANO OUTRO LADO Crianças são bem atendidas, diz prefeitura DE SÃO PAULO A Secretaria Municipal de Educação afirmou que as préescolas têm capacidade para atender a mais de 29 crianças por turma --meta estipulada por portaria do ano passado. Por meio de nota oficial, a pasta disse também que a norma já previa que o número poderia ser ultrapassado "excepcionalmente", desde que respeitada a capacidade físicas das salas. A secretaria ressalta que há regiões da cidade em que a quantidade de alunos por sala é menor do que 29. Questionada desde a noite de terça-feira (10), a pasta não informou quantas turmas de préescola possuem mais alunos do que o estipulado. A portaria do ano passado apontou também para a diminuição do número de estudantes por sala da terceira série em diante do ensino fundamental --o máximo passou de 35 para 33. Na média, a rede está atendendo essa meta. Nenhuma das séries possui mais que o número fixado, segundo os dados da prefeitura. A portaria foi publicada em outubro, antes de o atual secretário de Educação, Gabriel Chalita, assumir o cargo.

CORREIO BRAZILIENSE CIDADES EDUCAÇÃO» DF é reprovado no ensino básico A comparação entre os resultados da Prova Brasil e as metas do movimento Todos pela Educação para o aprendizado adequado dos alunos de 5º e 9º anos revela estagnação ANA PAULA LISBOA MARCELLA FERNANDES Luana da Silva Santos foi reprovada no 1º ano do ensino médio O Distrito Federal atingiu apenas uma entre as quatro metas estabelecidas pelo movimento Todos pela Educação (TPE) para o ensino adequado de português e de matemática para o 5º e o 9º anos do ensino fundamental. O levantamento considera os resultados da Prova Brasil de 2013 e os ideais previstos pelo TPE para aquele ano. A última vez em que a capital federal cumpriu o esperado em língua portuguesa para ambas as séries foi em 2009. Em matemática, desde o estabelecimento das metas, em 2006, o resultado previsto nunca foi alcançado (veja arte). A comparação não é negativa apenas para o DF, e os indicadores revelam que, no geral, os alunos de 5º e 9º anos não previsto o adequado para essas séries em português e em matemática nas escolas públicas brasileiras. Assim, fica cada vez mais difícil alcançar os objetivos para os próximos anos. Em 2015, o ideal é que 62,4% dos alunos de Brasília tenham aprendido o adequado para português no 5º ano e 53,8% para matemática. No 9º ano, as metas para este ano são, respectivamente, de 48,3% e 46,6%. Nunca teremos uma escola de qualidade se o trabalho pedagógico nas séries iniciais não for benfeito. Nosso primeiro gargalo é na alfabetização e, ao longo do caminho, os alunos ficam com lacunas de ensino que perduram para o resto da vida, observa a professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (FE/UnB) Stella Maris Bortoni-Ricardo. O subsecretário de Educação Básica do DF, Gilmar Ribeiro, também percebe que os problemas começam cedo. Muito se fala do baixo desempenho dos alunos do ensino médio, mas o problema é que o estudante chega com certa deficiência do ensino fundamental; por isso, os altos índices de reprovação. Isso vem desde a alfabetização e vai se ampliando. O resultado de um sistema que não ensina o adequado nos anos iniciais são jovens que chegam ao ensino médio com lacunas de aprendizagem. Aos 17 anos, a moradora do Paranoá Luana da Silva Santos é exemplo disso. Ela foi reprovada no 1º ano. Depois de repeti-lo, agora, prepara-se para cursar o 2º no Centro Educacional Gisno. O ensino médio foi um choque, porque é mais puxado. É um preparatório para a faculdade, e ainda tem física e química. No ensino fundamental, não tive a preparação adequada, diz. Beatriz Lira, 17, passou pelo mesmo problema. O conteúdo do 1º ano é um choque, tanto que reprovei essa série duas vezes. Entre as queixas da estudante, estão professores que não estimulam o estudo e que faltam demais. Brasil Em âmbito nacional, 29,6% dos municípios corresponderam às metas do movimento Todos pela Educação em português no 9º ano. Em matemática, o percentual caiu para 10,8%. Já no 5º ano, os percentuais de municípios que

atingiram as metas foram 61,7% e 48% para matemática e português, respectivamente. Os resultados refletem estagnação ou retrocesso na comparação com 2011, data da última prova. As metas do TPE são estabelecidas individualmente para cada município e estado, de acordo com as dificuldades de cada um. Ricardo Falzetta, gerente de Conteúdo do TPE, destaca que os piores resultados são encontrados nos estados do Norte e do Nordeste. São regiões que carecem de políticas públicas específicas, por uma questão história e socioeconômica, mas também temos muitos municípios no Sul, no Sudeste e no Centro- Oeste com problemas. Cada um deve olhar para a sua própria região e pensar em soluções. A deficiência na formação dos professores e na elaboração dos currículos e a falta de infraestrutura nas escolas são apontadas por especialistas como os principais fatores que levam a esse cenário, além da precariedade de políticas públicas. Desde o Plano Nacional de Educação (PNE), não houve nenhuma grande política de educação que pudesse sustentar uma melhora constante, e o próprio PNE já era limitado, aponta Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. Os fatores externos à escola também têm peso significativo no processo educacional, lembra Paulo Roberto Corbucci, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Alunos com condições socioeconômicas precárias que geralmente residem nas periferias das grandes cidades ou no interior já chegam à aula com uma desvantagem. Para Mozart Neves Ramos, diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna, a partir do 6º ano, há uma piora no desempenho, que se estende ao longo das séries. É o começo de um problema que se agrava mais adiante, no ensino médio. Ele destaca que, muitas vezes, as séries finais são de responsabilidade tanto estadual quanto municipal, o que dificulta a gestão, em comparação aos primeiros anos, em que, normalmente, a atribuição é restrita ao município. As assessorias de imprensa do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informam que são levadas em conta, no âmbito da educação nacional, as metas do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). De olho na qualidade A Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc), também denominada Prova Brasil, é uma avaliação aplicada a alunos de 5º e 9º anos do ensino fundamental da rede pública, com o objetivo de medir a qualidade do ensino fora da rede particular.

CORREIO BRAZILIENSE CIDADES Segunda chamada na ESCS A Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), mantida pela Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), divulgou na tarde de ontem a segunda chamada dos aprovados no vestibular para medicina e enfermagem. No total, a seleção ofereceu 160 vagas para os dois cursos. Os selecionados devem comparecer na sexta-feira, 13 de fevereiro, na Secretaria de Assuntos Acadêmicos da ESCS, no Setor Médico Hospitalar Norte, para solicitar a matrícula. O atendimento ocorrerá das 8h30 às 12h e das 14h30 às 17h. O formulário de requerimento será entregue no ato. É necessário levar os seguintes documentos: cópia e original da Carteira de Identidade; cópia e original do Cadastro de Pessoa Física (CPF); cópia e original do título eleitoral, no caso dos candidatos maiores de 18 anos; cópia e original do histórico escolar completo do ensino fundamental para os candidatos aprovados dentro das vagas reservadas (sistema de cotas); cópia e original do certificado ou diploma de conclusão do ensino médio ou equivalente; e três fotos recentes 3x4. Para candidatos do sexo masculino, maiores de 18 anos, também é necessária a comprovação de estar em dia com as obrigações militares.

CORREIO BRAZILIENSE CIDADES EDUCAÇÃO» Mais 27 aprovados no PAS Os selecionados em terceira chamada deverão fazer a matrícula em 19 de fevereiro na Universidade de Brasília (UnB) Nathália Cardim Instituto Central de Ciência (ICC) da UnB: o primeiro semestre do ano começará em 9 de março O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/ UnB) divulgou, na tarde de ontem, a lista com os 27 candidatos aprovados em terceira chamada do subprograma 2012 do Programa de Avaliação Seriada (PAS). Os selecionados deverão se matricular para as atividades do 1º semestre de 2015, que começa em 9 de março (veja Agenda). O registro dos alunos ocorrerá em 19 de fevereiro, nos postos avançados da Secretaria de Administração Acadêmica (SAA) de cada curso. O aluno deverá apresentar, preenchidos, os dois questionários sobre o perfil do estudante, descritos na Agenda do Calouro e, ainda, cópia autenticada dos seguintes documentos: Carteira de Identidade, comprovante de conclusão do ensino médio, histórico escolar de ensino médio, certificado de alistamento militar (para candidatos do sexo masculino maiores de 18 anos), título eleitoral, comprovante de votação na última eleição ou a certidão de quitação eleitoral e CPF. Os aprovados nos cursos que exigem Certificação de Habilidade Específica deverão apresentar o certificado obtido nessa habilitação, dentro do período de validade do documento. Para o subprograma, a UnB ofereceu 2.106 vagas, em 97 cursos de graduação, distribuídos nos quatro câmpus (Darcy Ribeiro, Ceilândia, Gama e Planaltina). Foi a primeira vez que o PAS adotou o sistema de cotas para negros, para o qual ficaram reservadas 132 vagas. Para as de escolas públicas, válida desde 2012, foram destinadas 833 oportunidades. Os candidatos do sistema universal concorreram a 1.141 cadeiras. As provas foram aplicadas em 23 de novembro do ano passado. O Cespe também liberou ontem o resultado provisório das questões discursivas (tipo D) e da redação para a 1ª e a 2ª etapa do PAS em 2014. Os estudantes que fizeram a prova podem conferir o resultado no site do Correio, em www.correiobraziliense.com.br/ euestudante. O prazo para recursos vai das 9h de hoje até as 18h de amanhã, na página do Cespe. O resultado final para a redação e para os itens discursivos está previsto para 21 de fevereiro. O boletim de desempenho individual para os participantes das duas etapas deve ser divulgado em 28 de março.

CORREIO BRAZILIENSE CIDADES EDUCAÇÃO» Diversidade na hora de avaliar Especialistas defendem a adoção de instrumentos complementares à prova no momento de determinar o desempenho dos estudantes» MARIANA NIEDERAUER ESPECIAL PARA O CORREIO A professora Kaelly Ornelas com os alunos Lucca, 9, e Ana Sofia, 10: avaliações individuais são substituídas por trabalhos em grupo Para evitar a ansiedade de aguardar o dia da prova e os momentos de tensão a cada exercício que precisa ser resolvido, muitas escolas adotam instrumentos de avaliação alternativos, como trabalhos em grupo e montagem de portfólio. Especialistas destacam que essa é a melhor forma de garantir o aprendizado e esses instrumentos devem ser aliados ao modelo tradicional, que prepara o estudante para os processos seletivos a serem enfrentados na vida adulta. As provas e os exames são procedimentos atrelados a uma perspectiva mais tradicional, conservadora e autoritária. É preciso achar formas (de avaliação) que superem essa visão, que é mais passadista, defende o professor Odilon Carlos Nunes, do Departamento de Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Segundo ele, essa maneira de medir os conhecimentos adquiridos pelo aluno favorece a memorização e é mais burocrática. Por isso, deve ser usada em conjunto com uma avaliação processual, que privilegie o desenvolvimento do aluno ao longo do tempo. Entre os benefícios dessa combinação, ele lista a autonomia, a habilidade de enfrentar problemas e o fomento de uma posição menos individualista. Também é um modelo mais justo, segundo ele, que categoriza menos o aluno, além de estimulá-lo. Provas e exames, quando existirem, devem ser encarados como medidas numéricas, e não mais do que isso, destaca. Álvaro Domingues, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe/DF), lembra que é importante levar em consideração também a função de cada avaliação. Se o intuito é que o estudante adquira habilidades e competências dentro de um contexto que não é eliminatório, é opcional que se dê uma nota para o desempenho dele. Se o objetivo é prepará-lo para um concurso ou para o vestibular, torna-se necessária uma avaliação quantitativa. Sempre vai existir a competição, pois é preciso selecionar as pessoas, avalia. Ensino diferente No Colégio Arvense, que recebe alunos até o 5º ano do ensino fundamental, as avaliações são variadas, incluem trabalhos em grupo e a montagem de portfólios, prova oral e o registro individual do aluno, que reúne comentários do professor sobre cada um dos estudantes. Cada indivíduo tem uma forma única de aprendizagem, e o professor não pode delimitar o que o aluno vai aprender, explica a diretora Educacional do colégio, Margareth Nogueira. As provas não são tratadas da maneira tradicional, ganham até outro nome: momento privilegiado de estudo (MPE). Os alunos resolvem os exercícios em grupo e podem consultar o material. Todas tratam um tema único para, a partir dele, abordar os conteúdos ensinados em sala de aula. A professora do 5º ano Kaelly Ornelas afirma que o método é diferente dos demais, mas muito eficiente. Desperta na criança a habilidade crítica e ela se torna mais autônoma, observa.