Tratamento de Água e Efluentes

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Transcrição:

Tratamento de Água e Efluentes Tratamento de Água de Piscinas Piscinas Naturais ou Biológicas SNatural Tratamento de Água sem Cloro Uma piscina convencional utiliza produtos químicos como o cloro para manter a qualidade da água, a piscina natural usa plantas ornamentais. Com desenvolvimento na década de 70, na Áustria, o sistema tem se espalhado por todo o mundo demonstrando outra forma de se relacionar com a natureza. Uma piscina natural se divide em (1) uma área para banho e (2) outra onde se plantam as mudas de vegetais. O plantio de mudas se faz sobre um substrato permeável que sustenta e ajuda na purificação da água. A área vegetada pode ficar ao redor da área de banho, ao lado ou onde for paisagisticamente adequado. As plantas utilizadas têm a capacidade de filtrar biofisicamente a água e incorporar oxigênio reduzindo odores. A filtração se faz pelo seqüestro dos sólidos em suspensão e pela absorção e nutrientes tipo nitrogênio e fósforo, os principais responsáveis pela disseminação de algas verdes. As raízes das plantas e a presença de microorganismos benéficos no substrato, proporciona a filtração biológica e ingestão destes nutrientes. Para manter a circulação da água, se usa um pequeno filtro para folhas e outros detritos além de uma pequena bomba para circular a água da área de laser para o filtro rizosférico e vice-versa. Na zona das raízes as algas verdes existentes ficam presas e aglomeradas proporcionando adicional limpeza natural da piscina. Piscinas comuns e pequenos lagos podem ser transformadas em piscinas naturais. Piscinas naturais têm baixo custo de manutenção e não apresentam riscos à saúde causados pelo uso do cloro e outros produtos químicos (coagulantes, algicidas, floculantes, corretores de ph, etc..). O objetivo de uma piscina natural é criar um ambiente balanceado auto sustentado e auto limpante. Sistema de Funcionamento

Para localizar a piscina natural, evite árvores e raízes por perto e leve em conta que as plantas filtradoras precisam sol de pelo menos 5 horas por dia. Exemplos de Piscinas Naturais A piscina natural proporciona uma água de excelente qualidade para o banho sem adição de produtos químicos, decantação e aspiração. A manutenção é feita através de uma poda periódica das plantas para que continuem em fase de crescimento, quando naturalmente elas procuram nutrientes para seu crescimento. As plantas também harmonizam e embelezam o ambiente. Plantas Usadas: Plantio de Plantas Aquáticas flutuantes ou de áreas encharcadas:

Schoenoplectus lacustri Papiro Íris amarelo (Cyperus papyrus) (Íris pseudacorus) Lírio do brejo Junco ( Hedichium coronarium) (Juncus sellovianus) Taboa ( Typha spp) Alface Dagua Pistia stratiotes Calamo aromático Acorus calamus Aguapé Eichornia crassipes Copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica) Biri (Canna edulis) Ninféia (Nymphaea spp.) O filtro rizosférico (raízes) também poderá ser completado com outras plantas ornamentais, aromáticas e/ou frutíferas.

Radiação UV Controle de Bactérias e Outros Microorganismos por Radiação Ultravioleta (UV) Em piscinas naturais não é necessário o uso de sistemas de desinfecção de água como o uso de cloro, bromo e outros oxidantes, mas se o caso da piscina envolver muita gente ou contato constante com animais, para aumentar a sensação de desinfecção pode-se adicionar um sistema de radiação de Ultravioleta e instalar um sistema de aeração. Os Equipamentos UV são utilizados para o controle de Algas verdes. Os Esterilizadores Ultra Violeta ou Filtros UV atuam através da radiação UV-C, matando células vivas pela destruição do DNA. Promove o controle não só das algas em suspensão, como também de várias doenças causadas por organismos presentes na água. Trata-se de um recipiente cilíndrico, em forma de tubo, cujo núcleo possui uma lâmpada UV com uma potência (watts) dimensionada ao tamanho do lago. Por dentro deste tubo circula a água que é enviada por uma bomba, devendo passar por uma pré-filtragem a fim de não enviar detritos sólidos que comprometam a eficiência da radiação ultravioleta (UVC). Dentro deste tubo de material plástico ou inox, encontramos um outro tubo de quartzo que protege a lâmpada UV do contato direto com a água. Este tubo de quartzo possui algumas finalidades específicas no sistema UV: fazer com que a lâmpada trabalhe em uma temperatura de cerca de 40ºC ideal; evita que a lâmpada, trabalhando a seco, por falha de bomba de água, esquente demasiadamente e acabe estourando assim que o fluxo retorne por choque de temperatura. Cada microorganismo apresenta diferentes níveis de resistência à radiação ultravioleta. A quantidade de radiação é dada pela potencia dada na exposição e o tempo a que o organismo fica exposto. O nível de Radiação (µw/seg/cm2 )necessário para controle de algas e bactérias com uso do Filtro UV ou Reator de Ultravioleta é, em geral: B a c t é r i a s Dose (µw /se g/cm2) Aeromonas 3,620 Clostridium tetani 20,000 Pseudomas aerginosa 10,500 Salmonella enteritidis 7,600 Streptococcus hemolticus 10,000 A l g a e Chlorella vulgaris 22,000 V i r u s Hepatitis Virus 26,100 Influenza Virus 26,100 Rotavirus 24,000 Observações prática indicam que um equipamento que dê 35 litros/hora/watt (lh/w) para aquários e 100lh/w* para lagos, estará cumprindo a eficiência mínima necessária. Multiplicando os valores acima pelos watts da lâmpada encontram-se as vazões necessárias. Por exemplo, o fluxo ideal de água para uma lâmpada de 36 watts, deve estar entre 1260 a 3600 litros/hora o que não quer dizer que o filtro não irá funcionar se o fluxo for um pouco superior, mas esta é a medida ideal, a que chamamos de fluxo ótimo ou ideal. Acredita-se que a radiação UV destrói as bactérias benéficas que fazem a filtragem biológica. Isto não ocorre porque tais bactérias formam colônias e não ficam soltas na água, ao contrário, permanecem fixas em locais que oferecem superfície de contato, tais como o cascalho. Como advertência, não abra o filtro UV para ver se a lâmpada está funcionando corretamente, a exposição dos olhos e pele a esse tipo de radiação pode causar queimaduras.