FACULDADE DE DIREITO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM NOME DO ALUNO A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA DENTRO DO SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO



Documentos relacionados
GISELE CALDEIRA DE FREITAS PROJETO DE PESQUISA APLICADA: A RESSOCIALIZAÇÃO DO PRESO FRENTE AO SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO

Faculdade de Direito de Alta Floresta (FADAF) Edinaldo Rosa e Silva DESCRIMINALIZAÇÃO DA POSSE DE DROGAS PARA CONSUMO PESSOAL ÁREA CRIMINAL

Princípios norteadores

Políticas Publicas de Ressocialização

SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE SEGURANÇA PÚBLICA Comissão de Constituição e Justiça - SENADO FEDERAL PLANO DE TRABALHO

NOME DO ALUNO TEMA DA PESQUISA, COMO, POR EXEMPLO, A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE. PROJETO DE PESQUISA DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO - ES Curso de Direito

MUTIRÃO CARCERÁRIO Plano do Projeto

ISSN ÁREA TEMÁTICA:

Considerando a inspeção empreendida no dia no Centro de Recuperação Feminina;

3 c m FACULDADE DE COLIDER-FACIDER ( NOME) 3 cm (TÍTULO DO PROJETO)

CONSELHO PENITENCIÁRIO DO PARANÁ

PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO NO SISTEMA PRISIONAL PLANO DE AÇÃO

AS VANTAGENS DA APLICAÇÃO DE PENAS ALTERNATIVAS

CARTA DE BRASÍLIA I ENCONTRO NACIONAL DOS CONSELHOS DA COMUNIDADE Brasília 6 e 7 dezembro de 2012

Curso de Especialização em METODOLOGIA DO ENSINO DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA

ORIENTAÇÕES SOBRE O CONTEÚDO DO PROJETO

Projeto de Pesquisa. Profª Drª Lívia Haygert Pithan Supervisora do Setor de TCC da FADIR

FLUXOGRAMA DA PESQUISA

JANE PAIVA ELIONALDO FERNANDES JULIÃO

PALAVRAS-CHAVE: Execução Penal, ressocialização, trabalho, preso, PEPI.

CONSELHO SUPERIOR DA DEFENSORIA PÚBLICA RESOLUÇÃO CSDPE Nº 016/2013

TÍTULO DA FUTURA MONOGRAFIA: SUBTÍTULO, SE HOUVER.

PROGRAMA DE DISCIPLINA

Este Plano de Curso poderá sofrer alterações a critério do professor e/ou da Coordenação.

Análise de conflitos entre Direitos Humanos de primeira dimensão: A dignidade da pessoa humana e multiculturalismo

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor


Faculdades IESGO Direção Acadêmica Coordenação do Curso de Direito

Faculdades IESGO Direção Acadêmica Coordenação do Curso de Direito

A MULHER E OS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS

Projeto de Pesquisa (do Professor) Contrato de Franquia: Tensões e Perspectivas, sob a ótica da função social do contrato.

TRABALHO PRISIONAL: O ANTAGONISMO ENTRE A LEI E A REALIDADE

PROPOSTAS PARA A REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA

Conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos

Curso de Especialização em PEDAGOGIA SOCIAL E ELABORAÇÃO DE PROJETOS

REGULAMENTO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DOS PRINCÍPIOS DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ASSISTÊNCIA A SAÚDE À MULHER - PRESA: UM DIREITO NEGADO

PROJETO DE LEI Nº de 2007 (Da Deputada Luiza Erundina)

EDITAL 06/2015 IX ICONCURSO DE REDAÇÃO 1º SEMESTRE DE 2015 CAPÍTULO I DO OBJETO CAPÍTULO II DAS INSCRIÇÕES

REGULAMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE ASSIS FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DE ASSIS

METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA. Prof.º Evandro Cardoso do Nascimento

Em nome do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. UNODC quero agradecer ao coordenador residente, sr. Jorge

PROGRAMA DE DISCIPLINA ARTEC. Curso DIREITO. Disciplina MONOGRAFIA II (D-59) Área: DIREITO Período: 10º Turno: Matutino/Noturno Carga horária: 36 h

Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio

EDITAL DE SUBMISSÃO DE TRABALHOS PARA O CONGRESSO MARISTA PARA AS INFÂNCIAS 2014 DA REDE MARISTA DE SOLIDARIEDADE (RMS)

CONGRESSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA SESC 2015 VERTENTES PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO FÍSICA

CRESS / 7ª Região Conselho Regional de Serviço Social RJ

Curso de Especialização em INSTRUMENTALIDADE DO SERVIÇO SOCIAL

ANEXO II METODOLOGIA DA PESQUISA RELATÓRIO TÉCNICO CIENTÍFICO NBR 10719

TRABALHO CARTILHA DO REEDUCANDO

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA PRESIDÊNCIA RESOLUÇÃO CONJUNTA N 4, DE 28 DE FEVEREIRO DE 2014

REGULAMENTO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TCC DA FACULDADE ARTHUR THOMAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO CAPÍTULO I DA NATUREZA E OBJETIVOS

Orientações para o tratamento de dados pessoais com finalidade da propaganda na eleição

PROJETO DE LEI, Nº 2007 (Do Sr. EDUARDO GOMES)

O CÓDIGO DE CLASSIFICAÇÃO E A TABELA DE TEMPORALIDADE E DESTINAÇÃO DE DOCUMENTOS RELATIVOS ÀS ATIVIDADES FIM DA ANVISA

Curso de Especialização em GESTÃO ESCOLAR INTEGRADA E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

RELATÓRIO DA PESQUISA ONLINE: Avaliação dos educadores Multiplicadores

Projeto de Lei n.º 36/2013-L

LEI Nº , DE 12 DE MAIO DE (Projeto de Lei nº 611/02, da Vereadora Claudete Alves - PT)

APOSENTADORIA INTEGRAL X INTEGRALIDADE

D O N D O M Ê N I C O

UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL UNISC CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS INSTITUIÇÃO: FACULDADE ZUMBI DOS PALMARES AUTOR(ES): MARIANA TOLEDO ALVES TEIXEIRA

Capítulo 1 - O Diretório Acadêmico

Direitos Fundamentais i

UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL UNISC REGULAMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA

Terceiro Setor, ONGs e Institutos

ORIENTAÇÕES GERAIS PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS PARA APRESENTAÇÃO EM FORMA DE TEMAS LIVRES

AULA 04 CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES

Curso de Especialização em EDUCAÇÃO DO CAMPO

AULA 04 - TABELA DE TEMPORALIDADE

Os aspectos da Lei de Proteção de Dados Pessoais

Curso de Especialização em MBA EXECUTIVO EM GESTÃO AMBIENTAL

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE LONDRINA

MODELO BÁSICO DE PROJETO DE PESQUISA

Regulamenta e estabelece normas sobre os Cursos de Extensão Universitária da Universidade de São Paulo e dá outras providências.

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE ORIENTAÇÃO DA MONOGRAFIA JURÍDICA DO CURSO DE DIREITO

ANEXO 5 TERMO DE CONSTITUIÇÃO DE CONSÓRCIO

FACULDADE DE IBAITI FEATI

ROTEIRO PARA MONTAGEM DE CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM NÍVEL DE ESPECIALIZAÇÃO

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO

CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA - UNICEP DIRETORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E CURSOS DE EXTENSÃO

GRUPO DE PESQUISA INSTITUCIONAL DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL

Atividade é à distância, para quem perdeu o curso realizado ano passado

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EXECUTIVO EM MARKETING E GESTÃO DE EQUIPES

AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS E TABELA DE TEMPORALIDADE

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) Manual de Orientação

SISTEMA DE APOIO À MODERNIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CRITÉRIOS DE SELEÇÃO (PI 2.3 E 11.1)

REMIÇÃO DA PENA PELO ESTUDO ATRAVÉS DA LEITURA

EDITAL CPG/IE-Nº 01/2016

Administração Central Unidade de Ensino Médio e Técnico - Cetec. Ensino Técnico

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO ÁREA DE DOCUMENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO SETOR DE PROCESSAMENTO TÉCNICO DA BIBLIOTECA CÉSAR SALGADO PROJETO

EDUARDO RAFAEL WICHINHEVSKI A APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA UNIVERSALIDADE E DA PRECEDÊNCIA DA FONTE DE CUSTEIO NA SEGURIDADE SOCIAL

EDITAL DE COMPOSIÇÃO DO COMITÊ GESTOR DO PROGRAMA MUNICIPAL DE PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS

Secretaria Municipal de Assistência Social Centro de Referência Especializado de Assistência Social

Transcrição:

FACULDADE DE DIREITO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM NOME DO ALUNO A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA DENTRO DO SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM 2010

NOME DO ALUNO A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA DENTRO DO SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO Projeto de pesquisa apresentado ao curso de Direito da Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim como requisito parcial para avaliação final. Orientador: Prof. XXXXXXX CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM 2010

Tema: A dignidade da pessoa humana Delimitação: A dignidade da pessoa humana dentro do sistema carcerário brasileiro Justificativa: A antiguidade desconheceu totalmente a privação da liberdade, estritamente considerada sanção penal. Mesmo havendo o encarceramento de delinqüentes, este não tinha caráter de pena e sim de preservar os réus até seu julgamento ou execução. Recorria-se à pena de morte, às penas corporais e às infamantes. O direito era exercido através do Código de Hamurabi ou a Lei de Talião, que ditava: olho por olho, dente por dente tinha base religiosa (Judaísmo ou Mosaísmo) e moral vingativa. As sanções da Idade Média estavam submetidas ao arbítrio dos governantes, que as impunham em função do status social a que pertencia o réu. A amputação dos braços, a forca, a roda e a guilhotina constituíam o espetáculo favorito das multidões deste período histórico. Penas em que se promovia o espetáculo e a dor. Já as raízes do Direito Penitenciário começaram a formar-se no séc. XVIII, com os estudos de Beccaria e Howard. Durante muito tempo o condenado foi objeto da Execução Penal e só recentemente é que ocorreu o reconhecimento dos direitos da pessoa humana do condenado, ao surgir a relação de Direito Público entre o Estado e o condenado. Realmente, o Direito Penitenciário resultou da proteção do condenado. Esses direitos se baseiam na exigência ética de se respeitar a dignidade do homem como pessoa moral. No Brasil, com o advento do primeiro Código Penal houve a individualização das penas. Mas somente a partir segundo, em 1980, aboliu-se a pena de morte e foi surgir o regime penitenciário de caráter correcional, com fins de ressocializar e reeducar o detento. A política penal e penitenciária deve atender às demandas da vida pessoal e social dos presos (provisórios e condenados). Embora a vida nas penitenciárias e institutos penais seja diferente das cadeias públicas e cárceres policiais, podemos concluir que a execução penal não atinge a reabilitação almejada pela lei. (AQUINO, 2001, p.06) Cadeias públicas segregam presos a serem condenados e com condenações definitivas, a superlotação dos estabelecimentos prisionais em atividade acarretando a

violência sexual entre os presos, a presença de tóxicos (drogas), a falta de higiene que ocasionam epidemias gastrointestinais, entre outras violações à dignidade da pessoa humana dos presos. A dignidade concebida com qualidade integrante e irrenunciável da própria condição humana, pode e deve ser reconhecida, respeitada, promovida e protegida, não podendo ser criada, concedida ou retirada (embora possa ser violada, como no caso de presos), já que ela existe em cada ser humano como algo que lhe é inerente. (LEMOS, 2007, p.4) Diante das lamentáveis condições penitenciárias torna-se evidente a necessidade de conhecer melhor a proteção dada pela legislação brasileira aos presos e analisar, criticamente, as garantias fundamentais e os princípios constitucionais, principalmente a dignidade da pessoa humana, aplicáveis ao sistema penitenciário brasileiro. Objetivos Específicos: O presente estudo tem como objetivo analisar a problemática apresentada no sistema carcerário e suas conseqüências, bem como, definir os direitos fundamentais dos presos, demonstrando aplicabilidade do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana do sistema penitenciário brasileiro. Objetivos Específicos: Analisar a evolução histórica e o conceito do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana; Conhecer e refletir sobre o sistema penitenciário brasileiro; Verificar a ocorrência de violações dos direitos humanos no sistema penitenciário brasileiro; Estabelecer as formas de repressão e proteção dadas pelo ordenamento jurídico brasileiro como forma de garantir a ressocialização dos presos; Analisar a realidade carcerária brasileira; Fazer um estudo sobre a situação dos diplomas legais específicos que tratam do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana e do sistema penitenciário no ordenamento jurídico pátrio.

Metodologia: Para a realização do presente estudo, adotar-se-á o método de pesquisa instrumental sócio-jurídica. A pesquisa bibliográfica enfocará a temática a partir dos aspectos histórico e jurídico. Para tanto, será realizada a coleta de instrumentos textuais como: legislações atualizadas, doutrinas pertinentes e publicações de caráter técnico e histórico do tema central ora estudado. Após o levantamento bibliográfico e a análise de documentos serão realizadas leituras e fichamentos para o estudo para o estudo das questões pertinentes ao tema. Cronograma: 2008 ATIVIDADES Março Escolha do tema e elaboração do projeto; Levantamento bibliográfico. Abril Leitura/Fichamentos; Textualização. Maio Leitura/Fichamentos; Textualização. Junho Entrega do texto para correção; Devolução. Julho Entrega do texto para correção; Devolução. Agosto Fazer as correções necessárias; Protocolo da monografia com o visto do professor-orientador. Esboço do trabalho: INTRODUÇÃO 1 PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA 1.1 Conceito 1.2 Evolução Histórica 1.3 Destinatários do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana 1.4 Eficácia do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana 2 ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO 2.1 Conceito de Sistema Penitenciário 2.2 Aspectos Históricos e sua Evolução 2.3 Estrutura Organizacional 2.4 Funções do Sistema Penitenciário e seu Contexto Sociológico e Humanitário 2.5 Direitos do Preso

2.6 Assistência Prevista da LEP 3 O SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO E O PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA 3.1 A Aplicabilidade do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana no Sistema Penitenciário 3.2 Ressocialização do Preso no Sistema Penitenciário Brasileiro 3.3 Ressocialização x Dignidade da Pessoa Humana CONCLUSÃO REFERÊNCIAS Referências: AQUINO, Romário Freitas de. Bastidores do Cárcere. 2001. FOCAULT, Michel. Vigiar e Punir. 35ed. Rio de Janeiro: Vozes. 2008. LEMOS, Carlos Eduardo Ribeiro. A dignidade da Pessoa Humana e as Prisões Capixabas. Vitória: Univila. 2007 PINHO, Rodrigo César Rebello. Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais. 4ed. São Paulo: Saraiva. 2003.