Fundação Instituto Arquitecto José Marques da Silva (FIMS) PLANO ESTRATÉGICO

Documentos relacionados
Fundação Instituto Arquitecto José Marques da Silva (FIMS) Plano Estratégico

O Arquivo Digital da FIMS

Casa-Atelier Casa-Laboratório Casa-Mãe No início do século XX José Marques da Silva ( ) habitava num andar do inovador edifício

Casa-Atelier Casa-Laboratório Casa-Mãe No início do século XX José Marques da Silva ( ) habitava num andar do inovador edifício

Regulamento do Centro de Documentação e Investigação em Cultura Arquitectónica

Proposta técnica e orçamental para o estudo monográfico do MOSTEIRO DE SANTA MARIA DE POMBEIRO. - evolução do edificado e da cerca

A UNIVERSIDADE DE LISBOA E O PATRIMÓNIO

Município de Torres Novas

MESTRADO EM ARQUITECTURA RELIGIOSA CONTEMPORÂNEA

MEMORIAL 25 ANOS OSWALDO OLIVEIRA 2014

2. BREVE EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS SOBRE O LABOR REALIZADO EM 2014

BOLSAS DE ESTUDO. Ano letivo 2018/ º ANO 1/8 CANDIDATURAS QUE PREENCHEM TODOS OS REQUISITOS. Nº de bolsas a atribuir: 15

ENCONTROS DE ARQUITECTURA, ENSINO, DESAFIOS, PERSPECTIVAS E COOPERAÇÃO. coimbra. Mosteiro de Santa Clara-a-Velha

O MUSEU MUNICIPAL E O PATRIMÓNIO CULTURAL DO CONCELHO

ESPÓLIOS DE ARQUITECTOS LOCALIZAÇÃO DOS ARQUIVOS

ESCULTURA E MEMÓRIA TESTEMUNHO DE LAGOA HENRIQUES NA COLECÇÃO DA FBAUP

Actualmente, assume-se como um museu polinucleado, integrando os seguintes núcleos museológicos: 1/5

Data de Nascimento: Nacionalidade: Portuguesa Bilhete de Identidade:

ACTIVIDADES ICOMOS-PORTUGAL Reunião do Conselho de Administração: Coimbra, 12 de Fevereiro.

Anexo à Acta n.º 4, Referência SAS.IPP-02/11 Lista, ordenada alfabeticamente, com os resultados obtidos no método de selecção PROVA DE CONHECIMENTOS

SIMPÓSIO - Património: políticas, intervenções, destinos

ANEXO REGULAMENTO INTERNO DO MUSEU DE MARINHA. CAPÍTULO I Disposições gerais

Protocolo de Colaboração

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO

Docentes Constituintes do Departamento de Ciências e Técnicas do Património

Universidade de Aveiro

NOME DISCIPLINAS OPÇÃO

Nº Candidato Nome. 3 25, Maria José do Couto Fernandes Vieira. 6 25, Sandra Daniela Salgado Pereira Gonçalves

Projecto Final de Mestrado em Arquitectura 2008/09

LISTAS ANO LECTIVO 09/10 JI - SALA A

EXPOSIÇÃO DE ARTE: NOTÁVEIS DE GUIMARÃES E OUTROS PINTURA, DESENHO/ ESCULTURA

Agrupamento de Escolas de Cristelo Escola Básica de Cristelo Relação de Alunos

Património Cultural Imaterial

C. C. S. Moçambique Tete - Fingoé 1972 a 1974

LISTAS CANDIDATAS AOS ÓRGÃOS SOCIAIS DA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE JUDO

UNIVERSIDADE DO MINHO CADERNOS ELEITORAIS DEFINITIVOS DOS ALUNOS DO INSTITUTO DE LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS - CONGREGADOS

Universidade de Aveiro

LIVRO DE MATRÍCULAS NOME

Câmara Municipal da Golegã Normas Museu Municipal da Máquina de Escrever pág 1. Normas

A MÚSICA NA SÉ DE CASTELO BRANCO APONTAMENTO HISTÓRICO E CATÁLOGO DOS FUNDOS MUSICAIS

Relação Nominal das Professoras e dos Professores que integraram a Direcção da Escola Secundária de Paredes ( ).

CENTRO DE ESTUDOS EM PROPRIEDADE INTELECTUAL E CONCORRÊNCIA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA

INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ANEXO II AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE RELATÓRIO DE AUTO AVALIAÇÃO. Identificação do avaliado

Colóquio Internacional

a sua determinação em fazer do Museu Etnológico Português (o actual Museu Nacional de Arqueologia) uma instituição aberta ao mundo, dotada de

Lista Ordenada dos Candidatos ao Horário nº 1 Projeto e Tecnologias Cerâmica

Acta nº 75 da AG de 05Abr Auto de Posse de 05Abr1991

PORTO. Via: Sala de Prova: Académica. 2 Abel Ricardo Sequeiros de Araújo de Almeida Carneiro. 7 Álana Alves Pereira Russo

Curso Profissional de Técnico de Artes do Espectáculo Interpretação

Agrupamento de Escolas Professor Abel Salazar Escola EB 2,3 Abel Salazar - Ronfe. Relação de Alunos

Cédula Nome Profissional

4. CONSTITUIÇÃO DAS VEREAÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA

ANEXO II RELATÓRIO DE AUTO AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOS DOCENTES DO IPS

Museu dos Terceiros. Actividades do Serviço Educativo

ELEIÇÃO DOS REPRESENTANTES DOS PROFESSORES E INVESTIGADORES PARA O CONSELHO GERAL DA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA

1. Nota introdutória Actividades para Conhecer para Proteger Roteiros Ambientais... 4

Agrupamento de Escolas de Cristelo Escola Básica de Cristelo Relação de Alunos

Agrupamento de Escolas de Prado (Código: ) Escola sede: Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Prado (código: )

Agrupamento de Escolas de Póvoa de Lanhoso Contratação de Escola - Grupo de Recrutamento 300 Lista Ordenada Definitiva - Horário 16

SÍNTESE DAS ACTIVIDADES DO MUSEU MUNICIPAL E DO PATRIMÓNIO CULTURAL DO CONCELHO

Viseu Manuel António de Jesus Almeida A 12R/16-A 28/11/ /11/ Lisboa Rui José Fonseca Penedo A 59R/17-A 13/03/ /03/2020 FLU 0453

MICROECONOMIA II - LGE108 - NOTAS DA AVALIAÇÃO CONTINUADA

Jardim de Infância de Panóias SALA A1

FUNDAÇÃO MANUEL CARGALEIRO. Relatório de Atividades 2011

Decreto-Lei nº32/78. de 10 de Fevereiro

Conselho Regional do Porto

14, 15 e 16 de Fevereiro de 2008

Relatório de Gestão 2009

3.ª Companhia do Batalhão de Artilharia 6223/73

Agrupamento de Escolas Martim de Freitas Escola Básica 2,3 Martim de Freitas Relação de Alunos

Intervenção na assinatura do contrato de doação do acervo. do Arquiteto Alcino Soutinho

4. CONSTITUIÇÃO DAS VEREAÇÕES DA CÂMARA MUNICICIPAL DE COIMBRA

LISTA CANDIDATA À ASSOCIAÇÃO DE ANTIGOS ALUNOS DA FACULDADE DE DIREITO DE LISBOA

CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE RECEPÇÃO Planificação anual de Informação Turística e Marketing 12ºano

Quadro de Excelência 2016/17

Ministério da Educação

Plano de Atividades 2018

Exames Práticos Medicina 4º Ano Turmas 5, 6, 7 e 8

ACÇÕES DE FORMAÇÃO COMPLEMENTAR E DE APOIO AO ESTÁGIO ÉPOCA DE OUTUBRO 2005

Escola Localidade Estudantes-Estagiários Agrupamento de Escolas João da Silva Correia São João da Madeira Hélder Xavier da Silva Pinto Marta

ESCOLA SECUNDÁRIA DE ALBERTO SAMPAIO

Apêndice II Guião para o núcleo 4 da Exposição. Projeto do arquiteto Edmundo Tavares

Mapa de Vinculos. Vinculo. Data Referência:

URI: /37210

Alunos para o Quadro de Honra. Menção Honrosa

RELATÓRIO QUINQUENAL DE ACTIVIDADES Rui de Ascensão Ferreira Cascão

PREFÁCIO O património arqueológico de Arruda dos Vinhos: rumos de uma investigação em curso.

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO DO AGRUPAMENTO VERTICAL IRENE LISBOA

Mapa de Vinculos. Vinculo. Data Referência: Pessoal Contratado Pessoal Quadro 12 27

Arte (in)acessível: papéis que se cruzam

MEI 2011/12 EEng - UMinho nome ACS

PLANO DE GESTÃO DO CENTRO HISTÓRICO DO PORTO PATRIMÓNIO MUNDIAL RUI LOZA IHRU E PORTO VIVO,SRU GESTÃO URBANA DE UMA CIDADE PATRIMÓNIO MUNDIAL

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

ESCALÃO ETÁRIO: Nome Ano Turma Escola

Agrupamento Gonçalo Mendes da Maia

Ministério da Educação e Ciência

CONSELHO GERAL. Caderno Eleitoral. Ato Eleitoral de 27 de setembro de Abílio António Soares de Oliveira. Alexandra Sofia Gonçalves Costa Santos

Lista de candidatos ordenada pela DGAE

Agrupamento de Escolas de Cristelo Escola Básica de Cristelo Relação de Alunos

Ministério da Educação e Ciência EXAMES FINAIS NACIONAIS DO ENSINO SECUNDÁRIO PAUTA DE CHAMADA

Transcrição:

Fundação Instituto Arquitecto José Marques da Silva (FIMS) PLANO ESTRATÉGICO Porto Fevereiro de 2009

MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS 1. Conselho Geral: José Carlos Diogo Marques dos Santos, Presidente e Reitor Francisco José Barata Fernandes, Professor FAUP Lúcia Maria Cardoso Rosas, Professora FLUP Mário Augusto Bismarck Paupério de Almeida, Professor FBAUP Nuno Tasso de Sousa, Arquitecto Manuel Baptista Barros, Engenheiro Carlos Maria Pinheiro Torres, Advogado António Cardoso Pinheiro de Carvalho, Professor Aposentado FLUP 2. Conselho de Administração Maria de Lurdes Correia Fernandes, Presidente, Vice-Reitora da U.Porto Raquel Henriques da Silva, Professora FCSH-UNL Rui Jorge Garcia Ramos, Professor FAUP 3. Conselho Científico Maria de Lurdes Correia Fernandes, Presidente Lúcia Almeida Matos, Professora FBAUP Alice Semedo, Professora FLUP Fernanda Ribeiro, Professora FLUP Miguel Neto Rodrigues, Professor FAUP Manuel Mendes, Professor FAUP Maria João Vasconcelos, Directora MNSR - Porto João Vieira, Director SIPA-IHRU (Forte Sacavém) Manuel Real, Director Museu Casa Infante - Porto Silvestre Lacerda, Director AN-TT - Lisboa Odete Patrício, Directora-Geral Fundação Serralves - Porto 4. Conselho Fiscal Patrícia Teixeira Lopes, Presidente (FEP-UP) Filomena Ribeirinho Soares Samagaio, Jurista Horwath, representada por Ana Raquel B.L. E. Cismeiro, ROC

ÍNDICE I Missão p. 6 II Visão p. 6 III Património p. 6 A Acervo documental dos arquitectos J. Marques da Silva, Mª José M. S. e D.M.S p. 7 1 Desenhos e documentação do Arquitecto José Marques da Silva p. 7 2 Acervo (conjunto) dos Arquitectos Mª José M. da Silva e David M. da Silva p. 7 3 Arquivo familiar, em particular da família Lopes Martins p. 7 4 Fotografias e bilhetes postais p. 8 5 Biblioteca Fontes, estudos e periódicos p. 8 B Património artístico 6 Obras de arte pintura p. 9 7 Ourivesaria p. 9 8 Numismática p. 9 9 Escultura p. 9 10 Gessos p. 9 11 Recheio da Capela p. 9 12 Cerâmica p. 9 13 Mobiliário p. 9 14 Medalhística p. 9 15 Objectos pessoais e domésticos p. 8 C Direitos resultantes do legado da Arquitecta Mª José Marques da Silva p. 10 D Futuro património imóvel da FIMS p. 10 E Doações p. 10 IV Domínios de intervenção científica, cultural e educativa p. 11 1 Plataforma documental e museológica p. 11 2 Actividades de investigação e divulgação p. 12 3 Intervenção cultural p. 13 4 Parcerias p. 13 5 Prestação de serviços à comunidade p. 13 V Domínios de Reabilitação Patrimonial e Intervenção Arquitectónica p. 14

I MISSÃO É Missão da FIMS a promoção científica, cultural, formativa e artística, designadamente a classificação, preservação, conservação, investigação, estudo e divulgação de todo o património artístico e arquitectónico do Arquitecto José Marques da Silva e, ainda, o acervo literário, artístico, arquitectónico e urbanístico dos Arquitectos Maria José Marques da Silva Martins e David Moreira da Silva, bem como, complementarmente, o acolhimento ou incorporação de outros fundos ou unidades documentais de valor patrimonial, histórico, científico, artístico ou documental relativos, preferencialmente, à arquitectura e ao urbanismo portuensees e portugueses. II VISÃO A FIMS pretende ser uma instituição de referência nos domínios da cultura arquitectónica e artística, do projecto de intervenção patrimonial, do estudo, tratamento, conservação e divulgação de documentação de arquitectura, tanto a nível nacional como internacional, cooperando sempre que possível com outras instituições ou entidades com idênticas finalidades. III PATRIMÓNIO Além da dotação inicial aquando da instituição pública, acresce ao património da FIMS a doação pela Universidade do Porto de todos os bens móveis e direitos que lhe foram legados pela Arquitecta Maria José Marques da Silva e seu marido David Moreira da Silva, em resultado da decisão de transformação do Instituto José Marques da Silva nesta Fundação. Do conjunto patrimonial salienta-se o diversificado acervo documental em diversos suportes legado por estes arquitectos, com uma variedade de inegável valor cultural, artístico, arquitectónico e social que, independentemente do prévio estabelecimento de um sistema de informação orgânico-funcional, permite fazer realçar diversos conjuntos, nomeadamente: 6

A Acervo documental dos Arquitectos José Marques da Silva, Maria José Marques da Silva e David Moreira da Silva O arquivo actual é constituído, na sua globalidade, por 150m lineares de documentação, traduzíveis em 4630 registos (documentos simples e compostos) e cerca de 10.000 peças desenhadas que abrangem: 1 Desenhos e documentação do Arquitecto José Marques da Silva (numa perspectiva abrangente que inclui todo o percurso: formação académica no Porto e em França, actividade profissional, registos de actividade pedagógica, documentação pessoal): 1.1 68 desenhos técnicos de arquitectura (grafite e aguarela sobre papel opaco) elaborados durante a permanência no atelier Laloux, em Paris (40 desenhos aguardam restauro); 1.2 Vasto conjunto de processos de toda a obra edificada e não edificada no Porto, Barcelos, Braga, Guimarães, Monção, Coimbra e Lisboa, composto por mais de 7000 desenhos;.3 Registos da sua colaboração com as várias instituições académicas e corporativas ligadas à Arquitectura, nacionais e internacionais, assim como a sua ligação a diversas instituições sociais. 2 Acervo (conjunto) dos Arquitectos Maria José Marques da Silva e David Moreira da Silva: 2.1 135 processos obra, incluindo projectos não realizados e planos de urbanização; 2.2 Trabalhos académicos; 2.3 Registos da colaboração com as várias instituições académicas e corporativas ligadas à arquitectura, assim como a sua ligação a diversas instituições sociais; 2.4 164 painéis fotográficos da Exposição de 1953, que permitem identificar 24 obras de Marques da Silva e 130 obras dos seus discípulos. 3 Arquivo familiar, em particular da família Lopes Martins, de onde é originária Maria Júlia Lopes Martins, esposa do Arquitecto José Marques da Silva 3.1 Importante fundo documental que oferece dados e indicadores sobre o património da família, sobre as relações familiares e sobre uma época (ex. testamentos, inscrições em Confrarias, registos pessoais, etc.); 3.2 55 desenhos a lápis e a carvão produzidos por figuras femininas e 1 desenho a Flomaster de A. Silva; 3.3 6 estudos a pastel sobre papel de autor desconhecido; 3.4 1 retrato de J. Marques da Silva a carvão sobre papel da autoria de António Carneiro. 7

4 Fotografias e bilhetes postais 4.1 Colecção de fotografias num total de 3235 fotografias, que incluem um repositório de memória familiar (2335) e fotografias técnicas de trabalho de obra correspondente a trabalhos de J. Marques da Silva e discípulos (900); 4.2 Colecção de Bilhetes-postais (615) relativos a correspondência entre familiares e amigos e a lembranças de viagens 5 Biblioteca Fontes, estudos e periódicos O núcleo da Biblioteca inclui um total de 3414 entradas entre monografias (num sentido genérico) e periódicos, distribuído pelos seguintes núcleos: 5.1 Acervo bibliográfico doado pela Arqª Maria José Marques da Silva e pelo Arqº David Moreira da Silva, incluindo: 5.1.2 126 livros técnicos /arquitectura / arte e 19 publicações periódicas que constituíam a biblioteca do Arquitecto José Marques da Silva; 5.1.3 Livros de temáticas variadas, com um núcleo importante de entradas com dedicatórias ao Arqº. Marques da Silva; 5.1.4 Colecções de temáticas especializadas na área artística, muitas delas internacionais, tanto periódicos como colecções de livros sobre arquitectura pertencentes a DMS e MJMS; 5.1.5 Conjuntos de partituras para Piano. 5.2 140 entradas relativas a outras publicações 8

B Património Artístico 6 Obras de arte pintura 6.1 51 pinturas a óleo, 38 das quais identificadas e avaliadas, e 2 pinturas a pastel sobre papel; 6.3 79 Aguarelas, 48 das quais identificadas; 7 Ourivesaria 7.1 62 peças incluindo jóias, relógios e acessórios; 7.2 59 peças, incluindo alguns conjuntos, em prata. 8 Numismática 8.1 28 moedas, incluindo peças portuguesas, francesas e inglesas 9 Escultura 9.1 Bronze: 4 peças; 9.2 Barro/Terracota: 12 peças 9.3 Granito: 1 ornato 10 Gessos 10.1 Conjunto composto por 86 peças que integra maquetas de arquitectura (8 de J. Marques da Silva e 1 de David Moreira da Silva), ornatos, ornamentos e peças escultóricas. 11 Recheio da Capela 11.1 Conjunto de 18 peças de imaginárias, 14 objectos de mobiliário, 17 alfaias litúrgicas e 5 outros objectos associados à capela; 11.2 Conjunto de trajes religiosos e paramentaria, num total de 59 registos. 12 Cerâmica 12.1 Colecção composta por 85 peças inventariadas de faiança, figurado e olaria popular, 12 serviços de porcelana assinalados (sendo que alguns se encontram incompletos) e 92 peças de porcelana avulsa. 13 Mobiliário 13.1 Conjunto diversificado composto por 247 peças, de valor variável. 14 Medalhística 14.1 Conjunto de 16 medalhas, das quais 5 em prata e 11 em bronze, pertencentes a J. M.S., M.J.M.S e D.M.S. 15 Objectos pessoais e domésticos 15.1 Objectos variados, incluindo 14 canetas e 2 estojos de época, 7 relógios de mesa e parede, candeeiros, lustres e louças sanitárias. 9

C Direitos resultantes do legado da Arquitecta Maria José Marques da Silva Martins São direitos da FIMS e, consequentemente, seu património os produtos da venda dos prédios urbanos e rústicos de Barcelos legados pela Arquitecta Maria José Marques da Silva à Universidade do Porto para a criação do Instituto José Marques da Silva, a cargo dos seus testamenteiros, essenciais para o cumprimento cabal dos fins da Fundação. A venda destes bens (22 verbas), excluindo as parcelas expropriadas pelas Estradas de Portugal cujo valor foi totalmente transferido para o fundo inicial da FIMS, deve ser accionada pelos testamenteiros e o produto da venda entregue à FIMS. São igualmente direitos da FIMS, formalmente reconhecidos pela Universidade do Porto, as rendas dos prédios que por testamento foram legados à Universidade do Porto pela Arquitecta Maria José Marques da Silva e ao IMS pelo Arquitecto David Moreira da Silva. D Futuro património imóvel da Fundação Logo que obtida a declaração de utilidade pública, a Universidade do Porto dotará a FIMS de todo o património imóvel que lhe foi legado pela arquitecta Maria José Marques da Silva Martins para a instituição e fins do Instituto Arquitecto José Marques da Silva, nomeadamente: 1. Prédio urbano situado na Praça Marquês de Pombal, nº 30, sede da FIMS; 2. Prédio urbano situado na Praça Marquês de Pombal, nº 44, associado ao Museu Arquitecto José Marques da Silva; 3. Prédio na Rua das Carmelitas, nº 96/104, Porto; 4. 2 prédios na Rua Ferreira Borges 67/77 e Rua Comércio do Porto 144/148; 5. Prédio na Rua Alexandre Braga nº 92/94, Porto (tem o 1º andar e 2º andar em contencioso e vários devolutos; 6. Moradia na Rua Visconde de Setúbal nº 70/76 e uma garagem anexa; 7. Prédio situado em Barcelos, esquina da Rua D. António Barroso, nº 4/6, com Rua Barjona de Freitas, nº 7/9; E Doações 8 Doação do Professor António Cardoso de material relacionado com o trabalho de investigação desenvolvido no âmbito do seu doutoramento, com material associado à figura do Arquitecto José Marques da Silva, totalizando 144 registos (alguns correspondendo a documentação cedida para estudo pela Arquitecta Mª José Marques da Silva); 9 32 livros doados pelo Professor António Cardoso; 10 A FIMS mostra-se receptiva a eventuais doações futuras, em especial de outros arquivos de arquitectos. 10

IV DOMÍNIOS DE INTERVENÇÃO CIENTÍFICA, CULTURAL E EDUCATIVA 1 Plataforma documental e museológica Atendendo ao peso considerável e ao interesse científico e cultural do arquivo de documentação arquitectónica que conta com os acervos dos arquitectos José Marques da Silva, Maria José Marques da Silva Martins e David Moreira da Silva, mas que admite vir a receber espólios de outros arquitectos para estudo e valorização, este deverá constituir no futuro o eixo principal a partir do qual se desenvolverão não só a Unidade Museu Arquitecto José Marques da Silva, mas também diversas actividades no domínio cultural, artístico e educativo, em estreita articulação com outras instituições directamente ligadas à arquitectura, nomeadamente a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, e outras entidades, públicas ou privadas, que de algum modo valorizam a arquitectura, o urbanismo, a escultura, a arte e a cultura em geral (Faculdade de Belas Artes e Faculdade de letras da U.Porto, Ordem dos Arquitectos, Fundação de Serralves, Casa da Arquitectura, Museu Nacional Soares dos Reis, SRU, CMP etc.). Nesse sentido a FIMS propõe-se desenvolver e enquadrar de futuro no âmbito da sua estratégia científica, cultural e educativa uma Unidade Centro de Documentação e Investigação da Cultura Arquitectónica (CICA). Será missão do CICA não só a preservação, estudo, valorização e divulgação dos espólios do Arquitecto José Marques da Silva, da sua filha Maria José Marques da Silva e seu genro David Moreira da Silva legados à Universidade do Porto e que esta transfere para a FIMS, mas também a promoção do estudo, tratamento e investigação da vasta obra destes e de outros arquitectos e, em geral, da cultura arquitectónica do seu tempo até à actualidade. O património da FIMS poderá associar e ser enriquecido com outra documentação e, se possível, com outros arquivos de arquitectos ou documentação de arquitectura que, ao serem agregados ao CICA em moldes a definir caso a caso, permitam aprofundar o conhecimento da arquitectura, dos arquitectos e da sua influência na construção das cidades ao longo dos tempos e mesmo o seu desenvolvimento futuro. Assim, a FIMS deverá desenvolver e promover, tanto quanto possível em colaboração com outras entidades da cidade e do país, capacidades, experiência e metodologias da conservação, depósito e tratamento de arquivos na área da cultura arquitectónica e urbanística, adaptando ou criando instalações adequadas para receber em depósito de longa duração ou, em doação, outros espólios ou arquivos que se articulem com os seus objectivos e que permitam a valorização e reconhecimento da importância dos arquivos de arquitectura e da sua relação com a construção das cidades e dos espaços urbanos. 11

Paralelamente o CICA deverá promover, através do seu Gabinete de Investigação em Arquitectura, o estudo de obras de arquitectura e dos seus significados na cidade, com particular destaque para os séculos XIX e XX. Para tal terá em consideração um conjunto de bens patrimoniais, materiais e imateriais, que permitam a articulação da investigação e da formação, da cultura e da intervenção na cidade. Assim, esta acção passará pelo apoio contratualizado a projectos de investigação, de edição, divulgação e formação que permitam uma estreita ligação à cidade e à região. Atendendo à envergadura deste projecto que abrange vários domínios e valências (do centro de documentação ao museu, do gabinete de investigação à prestação de serviços) a sua planificação é plurianual e exige a reunião de condições físicas para a sua concretização, que começarão de imediato a ser planeadas. Simultaneamente, a FIMS desenvolverá outras actividades de âmbito cultural relacionadas com a sua missão. 2 Actividades de investigação e divulgação Um dos domínios fundamentais da intervenção e das actividades da FIMS será a investigação em torno da obra e da cultura arquitectónica, urbanística e artística do tempo de Marques da Silva, articulada com a sua divulgação sob múltiplas formas, nomeadamente através de edições impressas e da sua pagina própria na Internet, junto de um largo espectro de públicos. Deverá tirar-se partido do enquadramento e da valorização do contexto geracional de José Marques da Silva (Leandro Morais, Eduardo da Costa Alves, José Teixeira Lopes, Licínio Guimarães, António Rigaud Nogueira, Thomaz Dias, Francisco Oliveira Ferreira, José Porto, entre outros) e do quadro de escola que dinamizou, com Júlio Brito, Manoel Marques, Mário Abreu, David Moreira da Silva, Homero Ferreira Dias, Joaquim Madureira, José Peneda, entre outros. O investimento numa linha editorial monografias, roteiros, etc. articulará as dimensões da investigação e da divulgação da cultura arquitectónica, urbanística e artística do tempo de Marques da Silva até à actualidade, eventualmente reforçada por um programa de visitas guiadas enquadradas pelos roteiros impressos. 12

3 Intervenção cultural No âmbito da sua dinamização da cultura arquitectónica e artística, a FIMS promoverá colóquios, conferências, debates, seminários e outros eventos que contribuam para afirmação da FIMS neste domínio. Algumas dessas iniciativas terão carácter internacional, quer através do convite a especialistas estrangeiros, quer através do apoio à participação de investigadores portugueses em conferências internacionais com comunicações sobre temáticas relevantes para as áreas de intervenção da FIMS. Para iniciar essas actividades, a FIMS promoverá já em 2009, em parceria com a FAUP e a Fundação de Serralves, e com colaboração institucional da UTL, UNL, e da Ordem dos Arquitectos, o seu primeiro colóquio internacional intitulado (Re)construir cidades. Cartografias a partir de José Marques da Silva. Os colóquios internacionais deverão ter uma periodicidade bienal. Manter-se-á a Conferência Marques da Silva, de periodicidade anual e em colaboração com a FAUP, e promover-se-ão outros eventos em torno da arquitectura e das artes, tanto no plano nacional como internacional. Dar-se-á igualmente realce à relação que as diversas artes (pintura, escultura, desenho, mosaico e azulejo, etc) desempenham na arquitectura do século XIX e XX, nomeadamente no Porto. 4 Parcerias Consciente da importância da ligação a entidades congéneres nacionais e internacionais, a FIMS promoverá a realização de parcerias com diversas instituições, tendo em vista a conjugação de esforços e de recursos no domínio da intervenção cultural, artística e arquitectónica. Em colaboração ou individualmente, a FIMS organizará: Exposições temporárias, articuladas com as investigações realizadas no âmbito do CICA e do futuro Museu; Cursos e acções de formação, individualmente ou em colaboração com a Universidade do Porto, suas unidades orgânicas ou outras entidades da região, nomeadamente cursos de Verão e de actualização de conhecimentos, sobre a obra do arquitecto José Marques da Silva, dos seus discípulos e da cultura sua contemporânea, sobre a arquitectura portuense ou sobre questões relacionadas com recuperação de monumentos e reabilitação urbana; Outras iniciativas que de algum modo contribuam para a valorização da arte em geral e da arquitectura, da cidade e da construção em particular. 5 Prestação de serviços à comunidade No futuro, a FIMS deverá definir um programa de prestação de serviços à comunidade, explorando as valências do CICA, sobretudo no domínio do património arquitectónico e artístico, dos serviços educativos e do turismo, bem como da conservação e restauro de papel e fotografia. 13

VDOMÍNIOS DE REABILITAÇÃO PATRIMONIAL E INTERVENÇÃO ARQUITECTÓNICA Constituindo a recuperação e a adaptação das casas nº 30 e 44 da Praça Marquês de Pombal às finalidades e actividades da FIMS uma inequívoca prioridade nestes domínios, a sua planificação condicionará a calendarização das intervenções no âmbito da reabilitação dos edifícios geridos pela FIMS. Sendo necessária uma política integrada de recuperação e revalorização de todo o património edificado, o Conselho de Administração promoverá a elaboração um plano de intervenção que contemple, além da urgente intervenção nas referidas casas da Praça do Marquês, a manutenção, revisão e recuperação faseada de apartamentos cujo rendimento reverte para a FIMS, por forma a garantir e optimizar a sua rentabilidade e sustentabilidade. Será igualmente avaliada a possibilidade e o interesse da construção de raiz de um edifício no espaço do jardim destinado a conter o arquivo de arquitectura da FIMS e outros arquivos de papel em rigorosas condições de preservação e segurança. Os condicionamentos exigidos para uma preservação de longa duração traduzem-se em fortes implicações técnicas e espaciais, que impõem a consideração desta solução por razões de eficiência e economia. Igualmente esta opção, que permitirá uma mais fácil recuperação das casas sede, preservando estes edifícios de condições que lhes seriam estranhamente violentas, permitirá à FIMS captar outros arquivos ou documentação de arquitectura para o seu espólio e vir a prestar serviços de depósito de longa duração. Simultaneamente, tendo em conta a proximidade local e cronológica do conjunto das casas Leite Guimarães (1899), Lopes Martins (1906) e a casa/atelier Marques da Silva (1909), será de as pensar como estação museológica explorando também o contexto urbano de proximidade do quarteirão que inclui as ruas Latino Coelho e Gil Vicente, os tramos finais da rua de Santa Catarina, do Bonjardim e de Costa Cabral e das Doze Casas, bem como a proximidade das ruas da Alegria e de D. João IV, muito significativas para o estudo da arquitectura da casa no período em questão. Aprovado pelo Conselho Geral 6 de Fevereiro de 2009 1 Manuel Mendes, Improvisações para um projecto. Para um programa de recuperação e desenvolvimento das casas deste arquitecto situadas na Praça Marquês de Pombal, texto enviado à Direcção do IMS em Janeiro de 2007 14

Prédio da Rua de Alexandre Braga, Porto 15

16