Sist. Nac. de Informações Culturais SNIC FICHA DE REGISTRO DE SÍTIO ARQUEOLÓGICO Depto.de Identificação e Documentação-DID Nome do Sítio: SITIO OLARIA SÃO JOÃO Outras designações ou siglas: Município: BELFORD ROXO Localidade: VILA SANTA TEREZA Outras designações da localidade: CNSA: (campo reservado) UF RJ Nomes Antigos (Vila Marquesa de Santos, Engenho do Calundu, Parque São José) Descrição sumária: Sitio histórico Olaria fundada em terras compradas pela família Garcia do Amaral (e Oliveira Durão) que nelas fundaram o Engenho do Calundu em 1750, cujos remanescentes duraram até a década de setenta do século XX. A terra original desse engenho pertenceu ao Engenho Nossa Senhora da Vitoria fundado provavelmente em fins do Século XVI (1594) por Antonio de Mariz (dono de uma das primeiras sesmarias da baixada ) que o deixou para sua descendente Maria da Cunha. O Nossa Senhora da Vitoria é um dos primeiros engenhos do Rio de Janeiro e, sem dúvida, o mais antigo localizado na sesmaria de Sarapuí. Vendido em data incerta para Manuel da Cunha Sampaio (cristão novo), existiu até o Século XVIII (1730) quando foi desmobilizado e suas ferragens vendidas para um dos engenhos do Morgado de Marapicu e parte das terras para o futuro Engenho do Calundu. Os vestígios de sua sede foram localizados no alto de uma colina tangenciada pela Estrada da Conceição que já figura nos mapas coloniais (século XVIII e XIX) ligando a Freguesia de Santo Antonio de Jacutinga ao mosteiro dos Beneditinos no atual Município de Duque de Caxias. A crônica do engenho remonta ter sido este um dos mais ricos engenhos de sua época (contemporâneo do Engenho do Viegas) de quem Antonio Garcia do Amaral era também proprietário. A olaria São João possuía cerca de 50 escravos e estava situada em terras próprias, sobre uma colina, parcialmente arrasada no século XX para a construção da Subestação São José de Furnas Centrais Elétricas. A documentação histórica levantada para o engenho do Calundu informa que no início do século XIX ocorreu a fusão da família Oliveira Durão (ramo separado dos Garcia do Amaral) que se reuniu com os proprietários da grande Olaria do Pantanal (família Panasco originalmente e depois Queiróz Malheiros) através de casamentos. A última notícia que se tem da propriedade ao findar o século XIX é que pertencia a três mulheres, filhas do antigo senhor do engenho do Calundu e que mantiveram um trato da floresta ainda intocada. Nenhuma das três mulheres possuía herdeiros, mas suas terras (sem que se conheça a documentação não localizada) passou para a propriedade de uma companhia que além das antigas instalações da velha olaria de São João de Fora, instalou uma nova fábrica nas proximidades da olaria do Pantanal. Esta se chamava Companhia Fornecedora de Materiais (materiais construtivos) e existiu até o final da década de 1950. Suas terras se estendiam dos terrenos do antigo engenho do Calundu (Vila Santa Teresa) às terras da Olaria de Nossa Senhora da Conceição da Boa Vista do Pantanal (hoje Vila Marquesa de Santos) onde se conservava ainda as ruínas do antigo palacete. Nas terras dessa Companhia se instalou na segunda metade do século XX sobre a elevação onde se situava a casa rural sede da Olaria de São João de Fora (nome preservado na estrada que dá continuidade à Estrada da Conceição) a subestação São José (de energia elétrica) construída por Furnas Centrais Elétricas S/A que acabou com a mata até então preservada, vizinha ao monte durante o processo. No local da Companhia Fornecedora de Materiais, com a cessação de atividades construtivas, instalaram-se sete campos de futebol. Nas suas margens ainda se podia ver os poços antigos, mas o local foi totalmente impactado em 2014/ 2015 para a instalação de um conjunto Habitacional da Minha Casa, Minha Vida, sem que houvesse nenhum monitoramento arqueológico na área. A pesquisa, na estreita faixa de terra que sobrou no morro a montante da Subestação, revelou restos de um piso de lajotas de cerâmica, além de material esparso, tudo na beira do barranco interno da mesma. Muito provável fossem as ruínas da casa grande. Sítios relacionados: Sitio Residência, Sitio do Cruzeiro, sitio do Morro, Sitio Engenho do Calundu, Sítio Olaria do Pantanal. Nome do proprietário do terreno:
Endereço: Áreas de abrangência: Estrada da Conceição/ Estrada São João de Fora/ Rua da Chácara/ Estrada Aníbal da Mota/ Estrada Sarapuí. (Bairros Vila Santa Tereza, Parque Fluminense e Parque São José) Cidade Belford Roxo CEP: E-mail Fone/Fax UF RJ Ocupante atual: Subestação São José de Furnas Centrais Elétricas / conjunto habitacional Minha Casa, Minha Vida. Acesso ao sítio: Vindo do Rio de Janeiro pela Linha Vermelha, entrar na Av. Automóvel Clube na altura de Vilar dos Teles e seguir ate a Estrada Aníbal da Mota no Parque São Jose. Seguir ate a divisa intermunicipal Belford Roxo Duque de Caxias e subir rua do morro a direita. O sítio pode ser visto através do mapa que acompanha esta ficha de registro. Medidas do sítio: Largura Inicial: 400m2 de área com material de superfície. Medição: X gps Passo Mapa Instrumento Nome e sigla do documento cartográfico: GPS Ano de edição: 2008 Órgão: IBGE DSG OUTRO Escala: Delimitação da área/coordenadas UTM: dados atualizados na escavação Po central: Zona: 23 K E: 0671043 N: 7483801 GPS Em mapa DATUM: WGS 84 Margem de erro 3 metros Perímetro: Zona: Zona: Zona: Zona: 23K 23K 23K 23K E: E: E: E: 0671043 0671091 0671062 0671017 N: N: N: N: 7483801 7483788 7483759 7483773 Unidade geomorfológica: (vide tabela) Sope da Serra do Mar Altitude: (com relação ao nivel do mar) 15 a 27 m Outras referência de localização: Agua mais próxima: Corrego de desague ao Rio Sarapui Compartimento topográfico: (vide tabela) Colinados em meia laranja manguezal Distância: 120metros Rio: Sarapui Bacia: Baia de Guanabara Vegetação atual: Floresta ombrófita Campinarana Savana-estépica (caatinga Capoeira Floresta estacional Savana (cerrado) Estepe Outra: arvores exóticas Uso atual do terreno: Atividade urbana Estrutura da fazenda Plantio Via pública Área não utilizada Outro: Subestação de energia elétrica foi construída sobre o
sitio. Proteção legal Unidade de conservação ambiental Municipal Estadual Federal Patrimônio da humanidade/unesco Categoria: Exposição: Contexto de deposição: SIM Uniconponencial Multicomponencial Tipo de sítio: Pré-colonial SIM Céu aberto Gruta De contato Abrigo sob rocha Submerso Outra: SIM Histórico Forma: (vide tabela) Retangular Estratigrafia: (indicar o número, espessura e profundidade das camadas arqueológicas) Tipo de solo Argiloso- arenoso Superfície Estruturas Área de refugo Vestígios de mineração Buracos de estacas De Lascamento Fossas Alinhamento de pedras De Combustão (fogueira, forno, fogão) Mancha preta Muros de Pedra Funerárias Canais tipo trincheira, valetas Palafitas SIM Vestígios de edificação Círculo de pedra Paliçadas SIM Concentrações cerâmicas Quantidades Outras: Artefatos: Lítico lascado Lítico político Cerâmico Concha Sobre material orgânico Outros vestígios líticos: Material histórico: SIM Em superfície Em profundidade telhas, tijolos, louça, vidro, metal. Outros vestígios orgânicos: Outros vestígios inorgânicos: Acervo: Números de catálogo: Instituições: (em que se encontra o material coletado) Numero de catalogo no IAB - 4237 INSTITUTO DE ARQUEOLOGIA BRASILEIRA Arte rupestre: Pintura Gravura Ausente Artefatos líticos - Filiação cultural: Tradições: Fases: Complementos: Outras atribuições: Artefatos cerâmicos - Filiação cultural: Tradições: Fases: Complementos: Outras atribuições: Arte rupestre - Filiação cultural: Tradições: Fases: Complementos: Outras atribuições:
Datações absolutas: Datações relativas: Seculo XVII Grau de integridade: mais de 75% entre 25 e 75% menos de 25% sim Fatores de destruição: Erosão eólica Erosão pluvial Construção de estradas Sim Vandalismo Sim Erosão Fluvial Atividades agrícolas Construções de moradias Sim Outros fatores naturais: Outros fatores antrópicos: Desconhecimento do valor patrimonial Possibilidades de destruição: Já foi destruido por obras publicas. Medidas para preservação: Relevância do sítio: Alta para a região Média Baixa Atividades desenvolvidas no local: Registro Coleta de Superfície SIM Responsável pelo registro Inicial: Josefa Jandira Neto Ferreira Dias ( este registro) Estrada Sarapui, 3200 Vila Santa Tereza Belford Roxo Sondagem ou Corte estratigráfico Escavação de grande superfície Levantamento de gráficos rupestres RJ UF CE26.193.575 Nome do projeto: Fone/Fax: 021 3135.8968 Projeto de Monitoramento e Salvamento de Jazidas Arqueológicas na Baixada Fluminense Instituto de Arqueologia Brasileira Nome da instituição: INSTITUTO DE ARQUEOLOGIA BRASILEIRA- IAB Endereço: IAB Estrada da Cruz Vermelha 45 CEP 26.193.415 E-mail iab@arqueologia-iab.com.br Documentação produzida: (quantidade) Sim Mapa com sítio plotado: Planta baixa dos locais afetados: Sim Perfil topográfico: Sim Foto preto e branco: Cópia total de arte rupestre: Caderneta de campo: Croqui: Planta baixa de estrutura: Foto aérea: Reprografia de imagem: Cópia parcial de arte rupestre: Video/filme: Cidade: Belford Roxo - IAB Fone/Fax: (21) 3135-8117 Planta baixa do sítio: Perfil estratigráfico: Foto colorida: Imagem de satélite: Ilustração de imagem: Outra: UF RJ Quantidade de imagens anexadas à Ficha de registro para inclusão no Banco de imagens: 12 fotos + 6 mapas
Bibliografia: DIAS, Ondemar & NETO, Jandira 2011 O castelo (que nunca foi) da Marquesa de Santos ou Crônica de uma Olaria que deu certo. WAK editora Data Inicial : Este Registro: 14/05/2016 Assinatura: Josefa Jandira Neto Ferreira Dias Mapas e fotos abaixo: Mapas 2016 01. Mapa situacional 2016 02. Mapa da Poligonal
03. Mapa UTMs - GOOGLE 2016 04. Mapa GOOGLE 2016 a 05. Planta de situação do entorno do Sitio Olaria São João 06. Detalhes da localização dos vestígios do sitio
Fotos - 2004 - Acervo IAB 01. Sitio Olaria São João - parte baixa do morro 02. Sitio olaria São João - parte baixa do morro- 2004 02. Sitio Olaria São João - subida do morro -2004
03. Sitio Olaria São João - vista da área do sitio no morro de Furnas 2004 04. Sitio Olaria São João - chegada ao sitio 2004 06. Sitio Olaria São João - vestígios cerâmicos - 2004
07. Sitio Olaria São João - material construtivo 2004 08. Sitio Olaria São João - Ondemar Dias coletando material 2004 09. Sitio Olaria São João - vista da estação de Furnas - 2004
10. Sitio Olaria São João - vista da estação de Furnas 2004 11. Sitio Olaria São João - vista da estação de Furnas 2004 12. Sitio Olaria São João - vista estação de Furnas por Ondemar Dias - 2004