FICHA DE REGISTRO DE SÍTIO ARQUEOLÓGICO

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1 Sist. Nac. de Informações Culturais SNIC FICHA DE REGISTRO DE SÍTIO ARQUEOLÓGICO Depto.de Identificação e Documentação-DID Nome do Sítio: SÍTIO MATO DOS ÍNDIOS IV Outras designações ou siglas: Município: ITAGUAÍ Localidade: FAZENDA MATO DOS ÍNDIOS Outras designações da localidade: CNSA : (campo reservado) UF RJ Descrição sumária: Sítio Misto Localizado durante o levantamento arqueológico realizado pela equipe do Laboratório de Arqueologia Brasileira em LAB e cabendo seu resgate à equipe do Instituto de Arqueologia Brasileira- IAB, em Localizava-se próximo à Rua Tocantins, no município de Itaguaí. Situado em terrenos da Fazenda Mato dos Índios de propriedade do Sr. Silvério Zebral, tinha parte dentro da fazenda deste senhor, que não permitiu acesso ao sítio, e, parte, dentro da faixa de domínio desapropriada para a rodovia do Arco Metropolitano, cuja área foi pesquisada. Encontra-se próximo à Serra do Mazomba Trata-se de uma área de pastagem com relevo de planície e pequenos morrotes, cobertas predominantemente por vegetação de gramíneas. Pela prospecção o sítio foi considerado como de ocupação histórica, mas na abordagem intensiva revelou-se também ocupação ceramista pré-histórica, sendo, portanto, considerado sítio misto. Após a limpeza e o reconhecimento da área do terreno foi estabelecido o Marco Zero para a setorização precedida pelo mapeamento e sondagens objetivando identificar os locais de maior ocorrência de material arqueológico em subsuperfície. Constatou-se que apenas 30% do sítio estavam na área diretamente impactada e liberada pelo DER para salvamento. Após a identificação e localização da poligonal, o sítio foi dividido em três áreas A, B e C. Sendo A, a área passível de ser escavada (30%) e B e C (70%) de áreas a serem preservadas pelo proprietário da fazenda. Para execução da setorização o Marco Zero ficou situado na estaca 3357, do eixo da rodovia e estabelecidas duas linhas em ângulo reto uma delas alfabetada e outra numerada, cada piquete distante 2 metros um do outro, resultando em setores de 4m², cada um. As sondagens foram realizadas de 10 em 10 metros num total de 407 pontos, cobrindo uma área de 100 x 370 metros. O solo apresentou-se arenoso com coloração negra até o nível de 30 cm de profundidade. Após este nível, apesar da proximidade com o lençol freático, apresentou uma camada de areia marrom amarelada de alta compactação. A ocorrência do material orientou a localização dos cortes estratigráficos. Para a escavação, o método definido foi o de abertura de cortes de 2 x 2 metros em níveis artificiais de 10 em 10 centímetros de espessura. Os setores foram selecionados em função da quantidade de material arqueológico coletado nas tradagens. Foram estabelecidas 10 linhas setoriais, sendo que na Linha A foram escavados três setores (A30, A31 e A32). Na Linha B outros dois (B28 e B36); na Linha C três setores (C30, C31 e C34); na Linha D mais três (D28, D32 e D36), na Linha E outro (E34); na Linha F mais três deles (F28, F32 e F36); na Linha G os setores G30 e G4, na Linha H os setores H28, H32 e H36, mais os setores I30 e 134, da Linha I e para terminar os setores J28, J32 e J36, da Linha J. Foram escavados, portanto 25 setores, cobrindo praticamente toda a superfície da área disponível. Foram escavados até os 40 cm de profundidade; revelaram que os dois níveis superiores eram compostos por solo arenoso de coloração negra e compactação média, impregnado de radículas e com ocorrência de material arqueológico (cerâmica) nos dois níveis. Os dois níveis inferiores apresentaram terra preta arenosa de compactação média, homogênea e impregnada por radículas; houve ocorrência de material arqueológico (cerâmica) apenas nos níveis e cm. Os dados resultantes permitem concluir que este sítio se encontra numa área de reocupação, hipótese baseada nos variados tipos de material encontrados nos níveis diferenciados durante as escavações. Ainda que a maioria do material arqueológico coletado seja pré-histórico (a princípio vinculado à Tradição Tupiguarani), e raro aqueles vinculados ao período histórico, sem dúvida a área foi ocupada em ambos os períodos, mesmo que por habitações que não deixaram estruturas preservadas.

2 Sítios relacionados: Mato dos índios I, II e III proximidade física. Sítios RJ125, Nazaré, Japeri, Três Lagos, São Sebastião I, Fazenda Seropédica II - Filiação cultural. Nome do proprietário do terreno: Fundação Departamento de Estrada de Rodagem José Novaes Mendes vice-presidente Cidade: Endereço: Rio de Janeiro Av. Presidente Vargas ª andar CEP: Fone/Fax Ocupante atual: UF RJ BR493 Acesso ao sítio: Entrava-se pela cerca da Fazenda Mato dos Índios, próxima a Estrada do Caçador. Medidas do sítio: Comprimento: 410 m Largura: 270 m Altura máxima: m (a partir do nível Área: m² do solo) Medição: Estima Passo Mapa Instrumento Nome e sigla do documento cartográfico: Imagem de Satélite Ano de edição: 2008 Órgão: IBGE DSG OUTRO Escala: Delimitação da área/coordenadas UTM: dados atualizados na escavação Zona: 23K E: N: GPS Em mapa DATUM: Córrego alegre Margem de erro 7 metros Perímetro: Zona: Zona: Zona: Zona: 23 k 23 k 23 k 23 k E: E: E: E: N: N: N: N: Unidade geomorfológica: (vide tabela) Compartimento topográfico: (vide tabela) Planície Altitude: (com relação ao nivel do mar) 14 m Outras referência de localização: Agua mais próxima: Rio Mazomba Planície Distância: 1500 m Rio: Mazomba Bacia: Ribeirão das Lajes/ Baia de Sepetiba Vegetação atual: Floresta ombrófita Campinarana Savana-estépica (caatinga Capoeira Floresta estacional Savana (cerrado) Estepe Outra: Pasto

3 Uso atual do terreno: Atividade urbana Estrutura da fazenda Plantio Via pública Pasto Área não utilizada Outro: Propriedade da terra: Área pública Área privada Área militar Área indígena Outra: Proteção legal Unidade de conservação ambiental Categoria: Municipal Estadual Federal Patrimônio da humanidade/unesco Exposição: Contexto de deposição: Uniconponencial Multicomponencial Pré-colonial De contato Histórico Céu aberto Gruta Abrigo sob rocha Submerso Outra: Em superfície Em profundidade Tipo de sítio: Misto Forma: (vide tabela) Tipo de solo Areno-argiloso Estratigrafia: (indicar o número, espessura e profundidade das camadas arqueológicas) Vide resumo Estruturas Área de refugo Vestígios de mineração Buracos de estacas De Lascamento Fossas Alinhamento de pedras De Combustão (fogueira, forno, fogão) Manchas pretas Muros de Pedra Funerárias Canais tipo trincheira, valetas Palafitas Vestígios de edificação Círculo de pedra Paliçadas Concentrações cerâmicas Quantidades Outras: Artefatos: Lítico lascado Lítico político Cerâmico Sobre concha Sobre material orgânico Outros vestígios líticos: Material histórico: Louça, Cerâmica, metal Outros vestígios orgânicos: Outros vestígios inorgânicos: Instituição de guarda do material INSTITUTO DE ARQUEOLOGIA BRASILEIRA Arte rupestre: Artefatos líticos - Filiação cultural: Tradições: Pintura Gravura Ausente Fases: Complementos: Outras atribuições:

4 Artefatos cerâmicos - Filiação cultural: Tradições: Fases: Complementos: Outras atribuições: Arte rupestre - Filiação cultural: Tradições: Fases: Complementos: Outras atribuições: Datações absolutas: Datações relativas: Grau de integridade: Fatores de destruição: mais de 75% entre 25 e 75% menos de 25% Erosão eólica Erosão pluvial Construção de estradas Vandalismo Erosão Fluvial Atividades agrícolas Construções de moradias Outros fatores naturais: Outros fatores antrópicos: Desmatamento e instalação de pasto, construção de canal de drenagem Possibilidades de destruição: Construção do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro em 30% do sítio Medidas para preservação: Salvamento arqueológico Relevância do sítio: Alta Média Baixa Atividades desenvolvidas no local: Registro Coleta de Superfície Responsável pelo registro inicial: Sondagem ou Corte estratigráfico Escavação de grande superfície Levantamento de gráficos rupestres Nome: Jeanne Cordeiro Laboratório de Arqueologia Brasileira Registros no Iphan - - Ondemar Ferreira Dias Junior e Josefa Jandira Neto Ferreira Dias Cidade: Estrada Sarapui, 3199 Belford Roxo CEP: Fone/Fax: UF RJ

5 Nome do projeto: Projeto de Monitoramento, Salvamento Arqueológico e Valorização do Patrimônio Cultural nas Obras da Estrada RJ 493/ RJ-109 Trecho C do Arco Metropolitano. Nome da instituição INSTITUTO DE ARQUEOLOGIA BRASILEIRA Endereço: Estrada da Cruz Vermelha 45, Bairro Santa Teresa, B. Roxo CEP iab@arqueologia-iab.com.br Documentação produzida: (quantidade) Cidade: Fone/Fax: Belford Roxo UF RJ Mapa com sítio plotado: Planta baixa dos locais afetados: Perfil topográfico: Foto preto e branco: Cópia total de arte rupestre: Caderneta de campo: Croqui: Planta baixa de estrutura: Foto aérea: Reprografia de imagem: Cópia parcial de arte rupestre: Video/filme: Planta baixa do sítio: Perfil estratigráfico: Foto colorida: Imagem de satélite: Ilustração de imagem: Outra: Bibliografia: Quantidade de imagens anexadas à Ficha de registro para inclusão no Banco de imagens: 10 fotos Boletim 7 Projeto de Prospecção do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro Relatório Final no IPHAN Observações: 1. O Sítio foi registrado inicialmente pelo LAB em Todos os processos de atividades de Educação Patrimonial e Estudos de Patrimônio Culturais Imateriais desenvolvidos ao longo de cinco anos se encontram no Relatório Final Atenção! Esta Ficha de Registro foi refeita ao final da pesquisa e deverá substituir a anterior no CNA. Data: Inicial 01 /10 /2014 Assinatura: Mapas, planta e fotos, abaixo:

6 Planta

7 Fotos Panorâmica do Sítio Mato dos Índios IV

8 Sede da Fazenda Mato dos Índios IV Área para colocação de estaca raiz, próximo ao Sitio Mato dos índios IV Raspagem de solo, próximo ao Sítio Mato dos Índios IV