Autores clássicos numa exposição de literatura inglesa em Oxford Autor(es): Publicado por: URL persistente: Matos, Victor Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Instituto de Estudos Clássicos URI:http://hdl.handle.net/10316.2/26954 Accessed : 21-Jul-2017 08:09:18 A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos. Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença. Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s) título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do respetivo autor ou editor da obra. Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por este aviso. digitalis.uc.pt
FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA INSTITUTO DE ESTUDOS CLÁSSICOS HYMANITAS VOLS. VI E VII DA NOVA SÉRIE (VOLS. IX E X DA SÉRIE CONTÍNUA) COIMBRA MCMLVII-VIII
AUTORES CLÁSSICOS NUMA EXPOSIÇÃO DE LITERATURA INGLESA EM OXFORD Inaugurada em 1957, esta exposição, que ainda persiste, sob o título de English Literature in the Seventeenth Century, foi sugerida por John Buxton, Fellow do New College. A sua finalidade, expressa na introdução ao óptimo catálogo da exposição, foi mostrar uma selecção «de livros em inglês, escritos e publicados durante o século xvii e lidos, então ou actualmente, pelo seu mérito literário». Este critério estritamente estético-literário exclui, assim, o objectivo histórico- -sociológico, na medida em que (como sublinha Buxton) os livros que nesse século foram lidos por outras razões «pela informação científica, para instrução prática, para o conforto ou amargura de reflexões filosóficas e devotas, ou para os mais ligeiros passatempos da história» foram omitidos, como biblia a-biblia. A ordenação das obras segue as seguintes divisões: poesia, prosa, traduções, literatura popular e música, e drama; e, dentro destas, os livros são agrupados, por autores, segundo a sucessão cronológica da sua publi publicação. Todavia, a transgressão intencional dessa ordem de cação aparece, por vezes, aproximando obras e autores cujas vidas estiveram estreitamente associadas, o que visa mostrar que os escritores têm as suas «inclinações hereditárias e seus clãs, tal como outras famílias». O centro da exposição é, assim, constituído pelos três grandes homens de letras desse século : Jonson, Milton e Dryden este último directamente ligado ao objectivo destas linhas, pela sua tradução em verso das obras de Virgílio (Containing His Pastorals, Georgies, And Aeneis), editada em Londres, 1697.
NOTICIAS E COMENTARIOS 199 Como traduções de outros autores clássicos encontramos : De Homero, duas traduções da Odisseia, uma de John Ogilby (Londres, 1665) e a outra, de Chapman (Londres, 1614?), considerada a mais famosa, porque «é não só, em si mesma, poesia, como é a causa da poesia de outros por exemplo, o belo soneto de Keats» (*). Trata se de uma primeira edição dos Livros I-XII, tendo a totalidade dos vinte e quatro livros sido publicados por volta de 1615. De Esopo, as Fábulas (And other Eminent Mythologists: With Morals and Reflexions), por Sir Roger L Estrange (Londres, 1692). De Lucrécio, os seus Six Books De Natura Rerum, Done into English Verse, With Notes, por Thomas Creech (Oxford, 1682). Este Lucrécio competiu, em popularidade, com o Virgílio de Dryden e com o Homero de Pope. De Ovídio, as Metamorfoses, por G(eorge) S(andys), Londres, 1626. De Lucano, os dez livros da Pharsalia: Or the Civili Warres of Rome, betweene Pompey the great, and Iulius Caesar, por Thomas May (Londres, 1627). De Séneca, as Obras {Both Morrall and Naturali) por Tho. Lodge (Londres, 1614). per Não queremos concluir esta nota sem aludir a uma obra que tence à literatura ligada ao platonismo e que tivemos o gosto de encontrar exposta: os Philosophical Poems (1647) de Henry More, o famoso chefe dos Platónicos de Cambridge, de cujos ideais se enformou a sua Psychozoia, or The Life of the Soul (1642) e de que a edição exibida é a reimpressão revista e anotada. VICTOR MATOS (*) Cf. p. 114 do aludido Catálogo que nos serviu de guia.